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SIMULADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO NOME_____________________________________________________________________________________________ 1. Ao receber a ordem do fiscal de sala, confira este caderno com muita atenção, pois nenhuma reclamação sobre o total de questões e/ou falhas na impressão serão aceitas depois de iniciada a prova. 2. Cartão de respostas: a) Tem, obrigatoriamente, de ser assinado e não poderá ser substituído, portanto, não o rasure nem o amasse; b) Marque, no cartão de respostas, para cada questão, uma única resposta. Aausência de marcação, a rasura ou a marcação de mais de um campo implicaráanulação dessa questão; c) No cartão de respostas, a marcação das letras correspondentes às respostasdeve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço do campo, de formacontinua e densa. A leitora ótica é sensível a marcas escuras; portanto, preencha fortemente os campos de marcação comple- tamente, veja o exemplo: d) Reserve os trinta (30) minutos finais para marcar seu cartão de respostas. 3. Será eliminado o candidato que: a) Utilizar-se, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) Ausentar-se da sala em que se realizam as provas levando consigo o caderno de questões e/ou o cartão de respostas; c) Recusar-se a entregar o caderno de questões e/ou o cartão de resposta quando terminar o tempo estabelecido. Observações: Recursos até terça-feira às 12 horas. PROVA 1 31/01/2021 ALFACON CONCURSOS PÚBLICOS SIMULADO: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CARGO DE TÉCNICO JUDICIÁRIO Aplicação: 31/01/2021 PROVA OBJETIVA GABARITOS POVISÓRIO 1 E 11 A 21 A 31 C 41 C 51 B 2 D 12 E 22 C 32 A 42 B 52 A 3 C 13 E 23 D 33 A 43 A 53 D 4 A 14 D 24 B 34 C 44 C 54 E 5 D 15 A 25 A 35 B 45 C 55 D 6 A 16 D 26 B 36 E 46 E 56 E 7 A 17 D 27 C 37 E 47 A 57 E 8 A 18 E 28 A 38 A 48 B 58 E 9 E 19 D 29 D 39 E 49 B 59 B 10 B 20 D 30 C 40 E 50 C 60 C Língua Portuguesa Texto CG1A1-II Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n.º 13.709/2018), dados pessoais são informações que podem identificar alguém. Dentro desse conceito, foi criada uma categoria chamada de “dado sensível”, que diz respeito a informações sobre origem racial ou étnica, convicções religio- sas, opiniões políticas, saúde ou vida sexual. Registros como esses, a partir da vigência da lei, passam a ter nível maior de proteção, para evitar formas de discriminação. Todas as ativi- dades realizadas no país e todas as pessoas que estão no Brasil estão sujeitas à lei. A norma vale para coletas operadas em outro país, desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de informações pelo Estado para a segurança pública. Ao coletar um dado, as empresas deverão informar a finalidade da coleta. Se o usuário aceitar repassar suas informações, o que pode acontecer, por exemplo, quando ele concorda com termos e condições de um aplicativo, as companhias passam a ter o direito de tratar os dados (respei- tada a finalidade específica), desde que em conformidade com a legislação. A lei prevê uma série de obrigações, como a garantia da segurança das informações e a notificação do titular em caso de um incidente de segurança. A norma permite a reutilização dos dados por empresas ou órgãos públicos, em caso de “legítimo interesse”. Por outro lado, o titular ganhou uma série de direitos. Ele pode, por exemplo, solicitar à empresa os dados que ela tem sobre ele, a quem foram repassados (em situações como a de reutilização por “legítimo interesse”) e para qual finali- dade. Caso os registros estejam incorretos, ele poderá cobrar a correção. Em determinados casos, o titular terá o direito de se opor a um tratamento. A lei também prevê a revisão de decisões automatizadas tomadas com base no tratamento de dados, como as notas de crédito ou os perfis de consumo. Internet: <www.agenciabrasil.ebc.com.br> (com adaptações). 1 Mantendo-se a coerência e a correção gramatical do texto CG1A1-II, o verbo “aceitar” (L. 15) poderia ser substituído por: a) Consentir. b) Prescindir. c) Assistir. d) Obstar. e) Enjeitar. Gabarito: A Comentário: A palavra “aceitar” no contexto está sendo emprega- da como sinônimo de “consentir”. a) Consentir: permitir, aprovar, concordar b) Prescindir: renunciar, dispensar, não levar em conta, abstrair c) Assistir: presenciar, ver, prestar socorro, caber, morar d) Obstar: opor-se, criar embaraço ou obstáculo e) Enjeitar: não estar de acordo, reprovar, repudiar 2 Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto CG1A1-II, a forma verbal “há” (L. 12) poderia ser substituída por: a) Existem. b) Existe. c) Ocorre. d) Têm. e) Tem. Gabarito: A Comentário: O verbo “haver”, no contexto, está sendo empre- gado no sentido de “existir”. O verbo “haver” deve permanecer flexionado na 3º pessoa do singular quando estiver no sentido de existir, ocorrer ou acontecer, pois é impessoal, ou seja, não possui sujeito. Já os verbos existir, ocorrer e acontecer possuem sempre sujeito e devem concordar com ele. Na oração “mas há exceções”, o termo “exceções” exerce função sintática de objeto direto do verbo “haver” (impessoal). Ao substituir tal verbo por “existir”, o termo “exceções” passa a exercer função de sujeito, então o verbo deverá se flexionar no plural: existem exceções, ocorrem exceções, acontecem exceções. Vale destacar que o verbo “ter” não pode ser empregado para substituir o verbo “haver” (= existir), essa substituição não é aceita pelos gramáticos e é consi- derada marca de linguagem coloquial (informal). 3 No período em que se insere no texto CG1A1-II, a oração “Ao coletar um dado” (R.14) exprime uma circunstância de: a) Causa. b) Modo. c) Finalidade. d) Explicação. e) Tempo. Gabarito: E Comentário: Veja que a oração em destaque não é introduzida por conjunção. Além disso, o verbo está no infinitivo. As orações que apresentam essa forma recebem o nome de orações reduzidas. Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a forma reduzida, podemos desenvolvê-la da seguinte maneira: 1) Substitui-se a forma nominal do verbo por um tempo do indica- tivo ou do subjuntivo; 2)Inicia-se a oração com um conectivo adequado (conjunção ou pronome relativo), de modo que apenas a forma da frase seja alterada, e não o seu sentido. Observe agora como seria o desenvolvimento da oração: quando (as empresas) coletarem os dados, deverão informar a finalidade da coleta. A conjunção “como” expressa a ideia de tempo. Dica: Quando encontrar uma oração reduzida introduzida por “ao”, essa oração expressará circunstância de tempo. Ao persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Quando persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. Ao sair, feche a porta. Quando sair, feche a porta. CONHECIMENTOS GERAIS 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 Texto CG1A1-I 1 “Família, família/ vive junto todo dia/ nunca perde essa mania” — os versos da canção Família, composta por Arnaldo Antunes e Tony Belotto na década de 80 do século passado, no Brasil, parece que já não traduzem mais a reali- dade dos arranjos familiares. Observa-se que a solidez dos lugares ocupados por cada uma das pessoas, nos moldes da família nuclear, não se adéqua à realidade social do momento, em que as relações são caracterizadas por sua dinamicidade e pluralidade. De acordo com o médico e psicanalista Jurandir Freire Costa, “família nem é mais um modo de transmissão do patrimônio material; nem de perpetuação de nomes de linhagens; nem da tradição moral ou religiosa; tampouco é a instituição que garante a estabilidade do lugar em que são educadas as crianças”. Então, o que é a família? Como defini-la, consi- derando-se que uma de suas marcas na pós-modernidade é justamente a falta de definição?Para a cientista social e política Elizabete Dória Bilac, a variabilidade histórica da instituição família desafia qualquer conceito geral de família. A centralidade assumida pelos interesses indivi- duais no mundo contemporâneo é um dos aspectos que influenciam a singularidade de cada família e distinguem os propósitos que justificam a escolha de duas pessoas ou mais viverem juntas, compartilhando regras, necessidades e obrigações. Se não é fácil definir a família, é legítimo o esforço de tentar decifrar quem é o homem pós-moderno e quais as necessidades emergentes que o impulsionam ao encontro com o outro, seja no espaço social, seja no interior da família, produzindo significados e razões que o lançam na busca de realização. Segundo o filósofo francês Dany-Robert Dufour, a pós-modernidade produz um sujeito não engendrado, o que significa um sujeito que se vê na posição de não dever mais nada à geração precedente. Trata-se de uma condição que comporta riscos, pois, segundo Dufour, desaparece o motivo geracional. No que tange à família, a consequên- cia é o surgimento de relações pautadas em trocas reais e carentes de valores simbólicos que se contraponham à lógica do consumo. Assim, assiste-se a uma ruptura na ordem da transmissão, o que gera indivíduos desprovidos de identida- de sólida, condição esta que acarreta a redução de sua capaci- dade crítica e dificulta o estabelecimento de compromisso com a causa que lhe precede. Fernanda Simplício Cardoso e Leila Maria Torraca de Brito. Reflexões sobre a paternidade na pós-moderni- dade. Internet:<www.newpsi.bvs-psi.org.br> (com adaptações). 4 Seria mantida a correção gramatical do texto CG1A1-I se o segmento “em que”, nas linhas 8 e 13, fosse substituído, respectivamente, por: a) Onde e onde. b) Onde e que. c) A qual e o qual. d) No qual e onde. e) Que e no qual. Gabarito: D Comentário: O segmento “em que” é a junção da preposição “em” com o pronome relativo “que”. Tal pronome retoma o termo antecedente “momento” (l.7), então só pode ser substituído por “o qual”, com isso resulta a forma “no qual” (em + o qual). Observe que, se o pronome relativo estivesse substituindo “realidade social”, a substituição de “em que” deveria ser por “na qual” e não há essa opção nas alternativas. Vale destacar que o pronome relativo “onde” deve retomar necessariamente termo com ideia de lugar. Além disso, esse pronome equivale a “em que”, “na qual”, “no qual”. Na linha 13, o pronome relativo “que” está retomando o termo “lugar”, então “em que” (l.13) pode ser substituído por “no qual” ou “onde”. 5 No terceiro parágrafo do texto CG1A1-I, a forma pronomi- nal “o”, em “o lançam” (29), faz referência a: a) “Esforço” (25). b) “Homem” (26) c) “Outro” (27). d) “Espaço” (28). e) “Interior” (28). Gabarito: B Comentário: O pronome oblíquo átono retoma termo citado anteriormente no texto, então funciona como um recurso de coesão referencial anafórico. Esse pronome está retomando o termo “homem pós-moderno”. “Se não é fácil definir a família, é legítimo o esforço de tentar decifrar quem é o homem pós-mo- derno e quais as necessidades emergentes que o impulsionam (que impulsionam o homem pós-moderno) ao encontro com o outro, seja no espaço social, seja no interior da família, produ- zindo significados e razões que o lançam (que lançam o homem pós-moderno) na busca de realização.” Legislação Especial João e José, policiais militares do Estado do Rio de Janeiro, foram denunciados pela prática de crime contra vítima civil. João foi denunciado por ter assassinado dolosamente um vizinho seu, enquanto José, em ato impensado, durante uma manobra da tropa, espanca Inocêncio, que só não morreu por ter sido socorrido por transeuntes. Condenados ambos, os advogados resolvem interpor recurso. Com base no informado e, segundo a LODJERJ, julgue os itens: I. Os recursos interpostos pelos advogados de João e José deverão ser julgados pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro. II. Cabe à Seção Criminal decidir sobre a perda da patente ou graduação de João e José. III. A competência para o processo e julgamento dos feitos não seria modificada se os crimes tivessem sido praticados por bombei- ros militares do Estado do Rio de Janeiro. 6 Está correto o que se afirma apenas em: a) III. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. Gabarito: A Comentário: I. ERRADO. O Rio de Janeiro não possui Tribunal de Justiça Militar. 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 II. ERRADO. Cabe ao Tribunal de Justiça decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e graduação dos praças. III. CORRETO. A Justiça Militar Estadual é competente, tanto para processar e julgar os policiais militares quanto os bombeiros militares do Estado do Rio de Janeiro. Suponhamos que dez juízes de direito de entrância especial tenham sido promovidos a desembargadores do Tribunal de Justiça, elevando o número de membros do respectivo órgão para 190 (cento e noventa). Com base na situação hipotética e, segundo a LODJERJ, julgue os itens que seguem: I. A elevação do número de membros exige iniciativa legislativa exclusiva do Tribunal Pleno. II. A elevação do número de membros do Tribunal de Justiça não acarretará aumento do número de membros de seu Órgão Especial. III. O aumento do número de membros do Tribunal de Justiça implicará aumento na reserva de vagas para o quinto constitucional. IV. Cabe ao Presidente do Tribunal de Justiça, por resolução, alterar o número de membros dos órgãos de segundo grau. 7 Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) II e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. e) I, II, III e IV Gabarito: B Comentário: I. ERRADO. Não está entre as competências exclu- sivas do Tribunal Pleno a iniciativa legislativa. Ela pode ser delegada ao Órgão Especial – Art. 24, § 1º II. Correto. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro possui 25 desembargadores, composição máxima autorizada pela Constituição da República. III. Correto. A reserva de vagas aumenta à medida que aumenta o número de membros do TJ. IV. ERRADO. A atribuição é do Tribunal Pleno e não do seu Presidente. 8 Segundo dispõe a Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado do Rio de Janeiro, o juiz de paz é: a) Eleito pelo voto direto, para mandato de 4 anos, entre candi- datos indicados pelo Juiz de Direito do Registro Civil. b) Escolhido por meio de concurso interno entre serventuários da serventia extrajudicial de registro civil. c) Escolhido pelo juiz de Direito, diretor do fórum, entre os três servidores mais antigos das serventias judiciais e extrajudi- ciais da comarca que manifestem interesse no exercício do cargo, sem prejuízo de suas atribuições ordinárias. d) Escolhido por meio de processo seletivo presidido pela autoridade judiciária, dentre cidadãos de notória idoneidade moral para exercício da função, que é considerada de interesse público relevante e não remunerada. e) Designado pelo Presidente do Tribunal de Justiça mediante processo de escolha regulamentado pelo Conselho da Magistratura. Gabarito: E Comentário: Art. O Juiz de Paz, no Rio de Janeiro, não exerce mandato eletivo. É escolhido por processo regulamentado pelo Conselho e designado pelo Presidente do TJRJ. Art. 64 e 65 9 Para divulgar notícias de interesse geral voltadas para grupos ou atividades específicos ou não, no âmbito interno e externo, o Corregedor-Geral da Justiça expedirá: a) Aviso. b) Provimento. c) Portaria. d) Convocação. e) Ordem de Serviço. Gabarito: A Comentário: Art. 2º da Consolidação. Provimento: consolida normas Portaria: aplica disposições legais a casos concretos Convocação: convoca magistrados e servidores para atividades administrativas Ordem de Serviço: transmite ordens uniformes 10 O ato correicional que consiste na inspeção constante, através de verificação de autos processuais, livros, papéis ou atos submetidos aexame judicial, denomina-se: a) Correição Ordinária. b) Correição Extraordinária. c) Correição Permanente. d) Correição Geral. e) Correição Geral Ordinária. Gabarito: C Comentário: Art. 120 Art. 121. A correição geral ordinária será realizada anualmente pelos Juízes de Direito, nos serviços judiciais, observado o calen- dário organizado pela Corregedoria Geral da Justiça. Art. 122. A correição extraordinária consiste na fiscalização excepcional, realizável a qualquer momento, podendo abranger todos os serviços judiciais da Comarca, ou apenas alguns. Noções sobre direitos da pessoa com deficiência 11 Em julho de 2015, tendo como base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei n° 13.146/2015), destinada a assegurar e promover, em condi- ções de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Nesse sentido: a) O Código Civil passou a considerar relativamente incapa- zes a certos atos ou à maneira de os exercer aqueles que, por ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. b) Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedi- mento de curto, médio e longo prazos, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. c) A pessoa com deficiência tem direito a condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de igual valor; admitindo-se, contudo, nos termos da lei, restrição ao trabalho da pessoa com deficiência e diferen- ciação em razão de sua condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, contratação e admissão no emprego. d) Uma vez vigente o contrato de trabalho, a pessoa com deficiência tem direito à participação e ao acesso a cursos, treinamentos, educação continuada, planos de carreira, promoções, bonificações e incentivos profissionais ofereci- dos pelo empregador, com prioridade em relação aos demais empregados. e) O Código Civil deixou de considerar absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: (i) os ausentes, declarados tais por ato do juiz; (ii) os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessá- rio discernimento, e (iii) os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. Gabarito: A Comentário: A Lei Brasileira de Inclusão alterou completamen- te a teoria das incapacidades previstas no Código Civil. Tendo como base que as pessoas com deficiência têm direito ao exercí- cio da capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas, o art. 3º do Código Civil foi alterado para prever como única hipótese de incapacidade absoluta os menores de 16 anos. Evidencia-se, portanto, que a deficiência, por si só, não justifica a imposição de incapacidade: Art. 3º, CC: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmen- te os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. ... Art. 4º, CC: São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I- os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II- os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III- aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV- os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 12 A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência é destinada a assegurar e a promover, em condições de igual- dade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência. Diante disso, considera-se pessoa com deficiência aquela que: a) Tem impedimentos, momentaneamente, de natureza física e mental, de participar na sociedade em igualdade de condições como os seus iguais. b) Tem impedimentos, a longo prazo, de natureza mental e intelectual, de participar na sociedade em igualdade de condições como os seus iguais. c) Tem impedimentos, momentaneamente, de natureza física e mental, de participar de forma plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. d) Tem impedimentos, a longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, de participar de forma plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. e) NDA Gabarito: D Comentário: De acordo com a Lei 13.146/2015, em seu Art. 2.º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedi- mento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras (V) e as falsas (F) de acordo com a diretriz da Lei n° 13.146/2015, em relação à inclusão da pessoa com deficiência no trabalho. ( ) Compartilhamento e distribuição parcial de recursos de tecno- logia assistiva. ( ) Prioridade no atendimento com maior dificuldade de inserção no trabalho. ( ) Impossibilidade de participação em organizações da sociedade civil e política. 13 Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo: a) V • V • V b) V • V • F c) V • F • V d) F • V • F e) F • F • V Gabarito: D Comentário: Nos moldes da Lei 13.1246/15: (F) Compartilhamento e distribuição parcial de recursos de tecnologia assistiva. O erro desta alternativa é palavra parcial. (V) Prioridade no atendimento com maior dificuldade de inserção no trabalho. (F) Impossibilidade de participação em organizações da socieda- de civil e política. O erro desta alternativa é a palavra impossibilidade. Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportunida- des com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de acessi- ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 bilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho. Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com deficiên- cia pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, observadas as seguintes diretrizes: I- prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com maior dificuldade de inserção no campo de trabalho; II-provisão de suportes individualizados que atendam a necessi- dades específicas da pessoa com deficiência, inclusive a disponi- bilização de recursos de tecnologia assistiva, de agente facilitador e de apoio no ambiente de trabalho; III- respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com deficiência apoiada; IV- oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, com vistas à definição de estratégias de inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais; V- realização de avaliações periódicas; VI- articulação intersetorial das políticas públicas; VII- possibilidade de participação de organizações da sociedade civil. 14 De acordo com a Lei n° 13.146/2015 e Resolução n° 230/2016, do Conselho Nacional de Justiça, os Tribunais e os serviços auxiliares do Poder Judiciário devem promover o amplo e irrestrito acesso de pessoas com deficiência às suas respectivas carreiras e dependências e o efetivo gozo dos serviços que prestam. Com essa finalidade, a) Servidor com horário especial, em função de ter cônjuge, filho ou dependente com deficiência, ainda que possa acumular banco de horas como os demais servidores, não poderá exercer cargo em comissão, em função de sua onerosidade. b) Como medida protetiva e em razão dos elevados custos para a promoção da acessibilidade do servidor em seu local de trabalho, a Administração poderá impor ao servidor com mobilidade comprometida o uso do sistema “home office”. c) Se o órgão, por sua liberalidade, determinar a diminuiçãoda jornada de trabalho dos seus servidores, esse benefício não é extensivo ao servidor beneficiário de horário especial. d) Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportuni- dades com as demais pessoas, devendo ser fornecidos recursos de tecnologia assistiva. e) NDA Gabarito: D Comentário: De acordo com o artigo 37 da Lei 13.1246/15: Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de opotunidade com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhistas e previden- ciária , na qual devem ser atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de recursos tecnologicos assitiva e a adaptação razoável no ambiente de trabalho. 15 Assinale a opção que indica o processo destinado a propi- ciar às pessoas com deficiência a aquisição de conhecimen- tos, habilidades e aptidões para o exercício de profissão ou de ocupação, permitindo-lhes nível suficiente de desenvolvi- mento profissional para ingresso no campo de trabalho. a) Colocação competitiva no mercado de trabalho b) Reabilitação profissional c) Programa de estímulo ao empreendedorismo d) Programa de estímulo ao trabalho autônomo e) Habilitação profissional Gabarito: D Comentário: Art. 36, § 2º da Lei 13.1246/15: A habilitação profis- sional corresponde ao processo destinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de conhecimentos, habilidades e aptidões para exercício de profissão ou de ocupação, permitindo nível suficiente de desenvolvimento profissional para ingresso no campo de trabalho. Ética A ética dos direitos humanos extrapola o pensamento binário do “isto é certo” e “aquilo é errado”, criando espaço para que o agente público tenha liberdade para formar seu juízo de valor. 16 Partindo da premissa da moral inclusiva, é correto afirmar que o agente público: a) Deverá zelar pelo princípio da lealdade para com seus pares, ainda que conivente com alguma falta à lei. b) Poderá mentir, contrariamente aos interesses da pessoa interessada, em favor da administração pública, porque isso demonstra zelo pelo interesse público. c) Deverá zelar pelo decoro, pela sociabilidade e pela saúde no local de trabalho, à luz do espírito de solidariedade. d) Poderá desrespeitar o público, caso venha a ser desrespeitado, em nome do princípio da reciprocidade. e) Poderá se eximir de atender ao público, caso essa atividade não esteja entre as atribuições de seu cargo. Gabarito: C Comentário: A ética relacionada aos direitos humanos pretende estudar a forma de ação de uma pessoa perante outra levando em consideração a ideia prática de direitos iguais. Atua-se sem observar o destinatário da ação, seu passado, sua vida, suas trans- gressões, mas o ser humano igual e detentor de direitos que ali se encontra. Por isso, toda ação de um agente público deve ser voltada pela prestação zelosa, social, respeitosa, universal. Todas as posturas éticas, sejam quais forem suas orientações, suas premissas, seus engajamentos e suas preocupax’ções, sempre elegem “o melhor” como a finalidade do comportamento humano e para o direcionamento da ação humana. 17 Considerando o fragmento de texto apresentado como referência inicial, é correto afirmar que a ética e a moral: a) Subordinam a validade da lei na busca do que é ‘o melhor’. b) Exteriorizam as melhores normas de conduta dos seres humanos que convivem em sociedade. c) São normas jurídicas ideais à evolução da sociedade. d) Têm por atributo serem cogentes e heterônomas. ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 e) São subordinadas entre si, com prevalência da moral sobre a ética, de modo que o que for moralmente aceitável será ético. Gabarito: B Comentário: O estudo de ética e moral tem como principal objetivo delimitar ações, condutas, regras de convivência consi- deradas corretas e mais completas dentro de uma sociedade. Determinado servidor público, apesar de devidamente capacitado por sua chefia imediata, tem cometido repetidos erros na execução de suas tarefas, demonstrando uma conduta de difícil correção. 18 Sob o ponto de vista da ética no serviço público, é correto associar o desempenho insatisfatório desse servidor a: a) Imprudência. b) Imperícia. c) Desonestidade. d) Desvio de finalidade. e) Ato atentatório à dignidade. Gabarito: A Comentário: Conforme explicitado na Seção I do Capítulo I XI do Decreto 1.171/94, a ação descrita no enunciado configu- ra imprudência do agente público. Imprudência se entende por uma conduta descuidada cometida por uma pessoa que sabe como deveria agir naquele momento. Sabe o que deve fazer, mas não toma os devidos cuidados na execução da ação. 19 Do ponto de vista atitudinal, o servidor público, no desempe- nho das suas atribuições: a) Deve respeitar a hierarquia, tomando cuidado ao representar contra determinados comprometimentos indevidos da estru- tura em que se funda o poder estatal. b) Poderá, usando a própria faculdade, exercer as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, desde que sua atuação tenha foco no objetivo no bem comum. c) Poderá exercer sua função com finalidade estranha ao interes- se público, desde que sua atuação satisfaça interesse legítimo do destinatário da prestação de serviço. d) Deve comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato contrário ao interesse público e exigir as provi- dências cabíveis. e) Deve escolher sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para a administração pública. Gabarito: D Comentário: Todo agente público deve denunciar imediatamente a seus superiores o cometimento de atos atentatórios ao interes- se público, exigindo que medidas sejam tomadas para a imediata apuração da irregularidade apontada e efetiva cessação do ilícito e punição do agente infrator. 20 Considerando-se que o exercício da cidadania deve basear-se na adoção da conduta que de melhor forma promova o bem comum, estará exercitando sua cidadania a pessoa que: a) Conduzir seu carro na cidade, por motivos familiares, nos dias em que, em razão de rodízio, estiver proibida de fazê-lo. b) Lavar as calçadas da vizinhança, utilizando água encanada, durante período de racionamento. c) Cuidar, habitualmente, da conservação da área de lazer e esportes de seu bairro, bem como de parques e jardins públicos. d) Votar em candidato que prometa realizar, em troca do voto, reparos no asfalto da rua onde ela reside. e) Promover manifestação violentas para garantir a preservação de seus interesses. Gabarito: C Comentário: Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país. Uma boa cidadania implica que os direitos e deveres estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para uma socie- dade mais equilibrada e justa. Direito Administrativo 21 Assinale a opção que apresenta a única modalidade licitató- ria possível para a alienação de bens imóveis pertencentes a órgão público do Estado. a) Sistema de registro de preços b) Convite c) Tomada de preços d) Concorrência e) Leilão Gabarito: D Comentário: A concorrência será obrigatória como modalidade de licitação, independente do valor do contrato, quando se tratar de: Empreitada Integral, Concessão de Uso de Bem Público, Conces- são de Serviço Público, Licitação Internacional e Alienação de Bens Imóveis. 22 O atributo ou característica do ato administrativo que assegura que o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, até que se prove o contrário, denomina-se: a) Finalidade. b) Exequibilidade. c) Autoexecutoriedade. d) Coercibilidade. e) Presunção de legitimidade. Gabarito: E Comentário: A Presunção de Legitimidade (Teoria da Aparência) se configura pela reunião de duas características essenciais de um ato administrativo: presunção de veracidade (o ato foi produzido com base em um fato real) e presunção de legalidade (a instru- ção legal foi devidamente respeitada peloagente público). Por tal razão se diz que o ato administrativo possui fé pública, sendo considerado, até que se prove o contrário, um ato legítimo. 23 Por princípio, as agências reguladoras: a) São constituídas como pessoa jurídica de direito privado e, por isso, deveriam ser classificadas como fundação. b) São entes vinculados e podem celebrar contratos de gestão com respectivos ministérios. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 c) Possuem independência e podem escolher instrumentos que incentivem a eficiência produtiva e alocativa. d) Recebem certificação e podem celebrar termos de parceria com o poder público. e) Promovem gestão associada de serviços públicos e transfe- rência de encargos e de pessoal. Gabarito: C Comentário: Agências Reguladoras são espécies de Autarquia em Regime Especial, constituída como Pessoa Jurídica de Direito Público, vinculadas ao Ministério competente para tratar da respectiva atividade prestada. O regime diferenciado das agências reguladoras decorre da maior independência e autonomia que esta entidade goza em relação aos entes da Administração Direta, executando suas atividades com maior liberdade de atuação, embora ainda sujeita à supervisão ministerial. 24 A respeito do preenchimento de vagas na administração pública federal por meio da realização de concurso público, assinale a opção correta. a) O concurso público é necessário ao provimento de cargo público, mas dispensável na contratação para emprego público. b) Os aprovados em concurso público, uma vez investidos no cargo público, ficam obrigados à dedicação exclusiva. c) O poder público tem a faculdade de estabelecer, ou não, um prazo de validade para concursos públicos. d) Os cargos públicos somente são acessíveis aos brasileiros natos ou naturalizados. e) O provimento de vagas tanto na administração direta quanto na indireta deve ser feito por concurso público. Gabarito: E Comentário: A regra constitucional vigente determina que acesso aos cargos públicos e aos empregos públicos devem se dar mediante realização de um concurso público, ressalvados os cargos de livre nomeação e livre exoneração (chefia, direção e assessoramento) e a contratação temporária. Com observância do contraditório e da ampla defesa e com a autorização judicial competente, é possível que a prova seja emprestada do processo penal para o processo administrativo disciplinar. 25 Nesse sentido, o empréstimo de provas: a) Restringe-se a processos em que figurem partes idênticas. b) Exige o trânsito em julgado do processo penal. c) É cabível quando envolver prova produzida de interceptação telefônica. d) Restringe-se às provas testemunhais. e) É vedado quando envolver o empréstimo de prova produzida em inquérito policial. Gabarito: C Comentário: A súmula 591 do STJ definiu a possibilidade de prova emprestada no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juiz competente e garantido o contraditório e a ampla defesa. Em entendimento jurisprudencial, ficou definido que tal prova emprestada também abrange prova obtida por meio de interceptação telefônica. 26 Constatada inexecução total ou parcial de um contrato administrativo, a administração pública poderá aplicar ao contratado a sanção de: a) Advertência, independentemente da apresentação de prévia defesa. b) Multa, cujo valor poderá ser superior ao valor da garantia contratual prestada. c) Suspensão temporária de participação em licitação, por prazo de até cinco anos. d) Impedimento de celebrar contratos com a administração, que deve ser determinado exclusivamente por ministro de Estado ou secretário estadual ou municipal. e) Declaração de inidoneidade para licitar ou celebrar contratos com a administração pública, o que veda a reabilitação do inadimplente. Gabarito: B Comentário: Podem ser aplicada dentro de um contrato adminis- trativo as sanções de: advertência, multa, suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração por até 2 anos e declaração de inidoneidade por até 2 anos enquanto perdurarem os motivos da punição ou até que seja promovida a reabilitação. Art. 87 Lei 8.666/93. 27 De acordo com o entendimento majoritário e atual do STJ, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é: a) Objetiva, bastando que sejam comprovadas a existência do dano, efetivo ou presumido, e a existência de nexo causal entre conduta e dano. b) Objetiva, bastando a comprovação da culpa in vigilando e do dano efetivo. c) Subjetiva, sendo necessário comprovar negligência na atuação estatal, o dano causado e o nexo causal entre ambos. d) Subjetiva, sendo necessário comprovar a existência de dolo e dano, mas sendo dispensada a verificação da existência de nexo causal entre ambos. e) Objetiva, bastando que seja comprovada a negligência estatal no dever de vigilância, admitindo-se, assim, a responsabiliza- ção por dano efetivo ou presumido. Gabarito: C Comentário: No caso de responsabilização do Estado por dano causado a terceiros por um agente público resultante de conduta omissiva é majoritário o entendimento de que tal omissão deverá ser comprovada pelo autor da demanda, junto com a demonstra- ção do dano e do nexo causal. Nos demais casos, a responsabili- dade é objetiva, exigindo apenas demonstração da conduta, dano e nexo causal, sem necessidade da apresentação de dolo ou culpa do agente. 28 De acordo com a Lei n.º 9.784/1999, que regula processos administrativos no âmbito federal, um órgão administrativo ou o seu titular poderá delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que: a) Estes sejam hierarquicamente subordinados àqueles. b) A finalidade seja editar atos de caráter normativo. ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 c) A finalidade seja decidir recursos administrativos. d) Não haja impedimento legal, e que a delegação seja feita com base na conveniência. e) A finalidade seja editar atos de caráter exclusivo. Gabarito: D Comentário: Na forma do art. 12 da Lei 9.784/99, a delegação de atos administrativos se dará mesmo entre órgãos e titulares que não estejam hierarquicamente subordinados, apenas sendo neces- sário seguir a formalidade e respeitar as condições de atos indele- gáveis, conforme art. 13 da mesma lei. Direito Constitucional 29 Se uma Emenda Constitucional diminuir a capacidade de auto-administração dos Estados-membros, poderá ela sujei- tar-se ao sistema de controle de constitucionalidade? a) Sim, por caracterizar emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado. b) Sim, por caracterizar emenda tendente a abolir o sistema de separação de poderes. c) Não, porque se trata de poder constituinte derivado. d) Não, porque esta matéria não se inclui nos limites constitu- cionais ao poder de reforma. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: A Comentário: O pacto federativo é clausula pétrea , ou seja, para propor emenda nesta matéria , e proibido abolir matéria da consti- tuição.O art.60,inciso I da CF.No caso em tela, a emenda é para diminuir a competência dos estados-membros, isto não é possível , portanto é considerada inconstitucional , daí a resposta opção A. 30 Sobre A Constituição Federal de 1988, ao estabelecer a competência legislativa concorrente entre os diversos entes federativos: a) Reservou aos Municípios as competências que não lhe sejam vedadas pela Constituição. b) Permitiu que leis federais posteriores suspendam a eficácia de leis estaduais anteriores, ainda que respeitantes a normas específicas. c) Permitiu que os Estados-membros exerçam a competência legislativa plena, inexistindo lei federal sobre normas gerais. d) Limitou a competência dos Estados-membros a normas gerais. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: C Comentário: Conforme o art.24 e seus parágrafos acompetencia concorrente funciona assim: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: (...) § 1º No âmbitoda legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Dessa forma, podemos compreender que a União legisla em caráter geral , se não faz o Estado pode legislar as matérias deste artigo, exatamente o que descreve a opção C. 31 A liminar no mandado de segurança coletivo, na atual legislação: a) No mandado de segurança coletivo somente poderá ser concedida após ouvir a outra parte no prazo de 72 horas; b) No mandado de segurança coletivo somente poderá ser concedido sem ouvir a outra parte; c) Não há previsão; d) No mandado de segurança coletivo somente poderá ser concedida ouvindo a outra parte no prazo de 24 horas. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: A Comentário: Seguindo a letra da Lei do mandado de segurança, esta liminar só poderá ser concedida depois de ouvida a outra parte no prazo de 72 horas. Lei nº 12.016 de 07 de Agosto de 2009 Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 2º No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. 32 Não será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: a) Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial. b) Tiver reconhecida outra nacionalidade originária, por lei estrangeira. c) Adquirir outra nacionalidade para poder viajar a este país. d) Naturalizar-se em país que tenha tratado de reciprocidade de tratamento com o Brasil. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: B Comentário: Conforme art. 12, parágrafo 4º, caso um brasilei- ro tenha outra nacionalidade reconhecida e concedida por Lei Estrangeira, excepcionalmente ele poderá ter duas nacionalidades e manter a brasileira, ora nacionalidade de origem. J. G., empresário do ramo imobiliário, surpreendeu-se ao tomar conhecimento de que seu nome constava de um banco de dados de caráter público como inadimplente de uma dívida no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Embora reconheça a existência ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 da dívida, entende que o não pagamento encontra justificativa no fato de o valor a que foi condenado em primeira instância ainda estar sob discussão em grau recursal. Com o objetivo de fazer com que essa informação complementar passe a constar juntamente com a informação principal a respeito da existência do débito, consulta um advogado, que sugere a impetração de um habeas data. 33 Sobre a resposta à consulta, assinale a afirmativa correta. a) O habeas data não é o meio adequado, já que a ordem jurídica não prevê a possibilidade de sua utilização para complemen- tar dados, mas apenas para garantir o direito de acessá-los ou retificá-los. b) Deveria ser impetrado, em vez de habeas data, mandado de segurança, ação constitucional adequada para os casos em que se faça necessária a proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus c) Deve ser impetrado habeas data, pois, embora o texto constitucional não contemple a hipótese específica do caso concreto, a lei ordinária o faz, de modo a ampliar o âmbito de incidência do habeas data como ação constitucional. d) O habeas data não deve ser impetrado, pois a lei ordinária não pode ampliar uma garantia fundamental prevista no texto constitucional, já que tal configuraria violação ao regime de imutabilidade que acompanha os direitos e as garantias fundamentais. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: C Comentário: A Lei 9507 DE 1997, no art.7 determina que habeas data serve para conhecer, retificar e acrescentar informação pessoal em assentamento público ou que preste serviço público. Art. 7º Conceder-se-á habeas data: I-para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; II- para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; III- para a anotação nos assentamentos do interessado, de contes- tação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. José é cidadão do município W, onde está localizado o distrito de B. Após consultas informais, José verifica o desejo da população distrital de obter a emancipação do distrito em relação ao municí- pio de origem. 34 De acordo com as normas constitucionais federais, dentre outros requisitos para legitimar a criação de um novo Municí- pio, são indispensáveis: a) Lei estadual e referendo. b) Lei municipal e plebiscito. c) Lei municipal e referendo. d) Lei estadual e plebiscito. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: D Comentário: De acordo com o art. 18, parágrafo 4 da CF, um município é criado por meio de um plebiscito, consulta popular, da população local envolvida, e depois se aprovada o município é criado por lei ordinária estadual. Obs: Em breve este artigo deve ser alterado por emenda constitucional. 35 No que concerne às condições de elegibilidade para o cargo de prefeito, previstas na CRFB/88, assinale a opção correta. a) José, ex-prefeito, que renunciou ao cargo 120 dias antes da eleição poderá candidatar-se à reeleição ao cargo de prefeito. b) João, brasileiro, solteiro, 22 anos, poderá candidatar-se, pela primeira vez, ao cargo de prefeito. c) Marcos, brasileiro, 35 anos e analfabeto, poderá candidatar-se ao cargo de prefeito. d) Luís, capitão do exército com 5 anos de serviço, mas que não pretende e nem irá afastar-se das atividades militares, poderá candidatar-se ao cargo de prefeito. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: B Comentário: O gabarito é a letra B, pois João, tem idade mínima de 21 anos,é brasileiro e preenche os requistos do art. 14 parágrafo 3, que define a capacidade eleitoral passiva , ou seja as condições para concorrer a um cargo eletivo no Brasil. Cabe ressaltar , que analfabeto não pode ser eleito , e militar tem condição especifica para concorrer no art. 14 parágrafo 9 da CF. Imagine a hipótese na qual o avião presidencial sofre um acidente, vindo a vitimar o Presidente da República e seu Vice, após a conclusão do terceiro ano de mandato. 36 A partir da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. a) O Presidente do Senado Federal assume o cargo e completa o mandato. b) O Presidente da Câmara dos Deputados assume o cargo e convoca eleições que se realizarão noventa dias depois de abertas as vagas. c) O Presidente do Congresso Nacional assume o cargo e completa o mandato. d) O Presidente da Câmara dos Deputados assume o cargo e convoca eleições que serão realizadas trinta dias após a abertura das vagas, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. e) Nenhuma das alternativas Gabarito: D Comentário: A letra (D), e opção correta de acordo com o artigo 80 e 81 da Constituição. Observe que o Presidente e o Vice morreram no terceiro ano de mandato. Aplicando o art. 81, haverá eleição indireta pelo congresso no prazo de 30 dias, enquanto isto pelo art. 80 sobe o presidente da Câmara até as eleições decidirem o novo Presidente. Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presi- dente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-áeleição noventa dias depois de aberta a última vaga. ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. § 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Direito Processual Civil Advogado postulou em juízo sem procuração, sob o fundamento de que a medida seria indispensável para evitar preclusão. 37 Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A validade do ato do advogado está condicionada a compro- vação de urgência, independentemente da apresentação posterior do mandato. b) É imprescindível a prestação de caução no ato do protocolo do pedido. c) Por ter postulado em juízo sem procuração, o referido advogado poderá responder por ato atentatório à dignidade da justiça. d) Por esse ato, a parte poderá ser condenada por litigância de má-fé. e) O ato terá validade, desde que a procuração seja regularmente exibida no prazo dilatório de quinze dias. Gabarito: E Comentário: A procuração é o instrumento que comprova a capacidade postulatória da parte. Em regra, as pessoas não possuem capacidade para postular em juízo, salvo casos previstos em procedimentos especiais (Juizados Especiais, Habeas Corpus e Reclamação Trabalhista). Tal capacidade é exercida pelos Advogados, pelos Defensores Públicos e Membro do Ministério Público e está disciplinada nos Art. 102 ao Art. 107 do CPC. Para responder esta questão, é necessário relembrar o Art. 104, CPC. a) A validade do ato do advogado está condicionada a compro- vação de urgência, independentemente da apresentação posterior do mandato. (Art. 104, caput. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclu- são, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.) b) É imprescindível a prestação de caução no ato do protocolo do pedido. c) Por ter postulado em juízo sem procuração, o referido advogado poderá responder por ato atentatório à dignidade da justiça. ( Art. 104, § 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relati- vamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos".) d) Por esse ato, a parte poderá ser condenada por litigância de má-fé. ( Art. 104, § 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respon- dendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos".) e) O ato terá validade, desde que a procuração seja regularmen- te exibida no prazo dilatório de quinze dias. (Art. 104, § 1º Nas hipóteses previstas no caput , o advogado deverá, independen- temente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.) Júlio, fiador de Vicente no contrato de aluguel de um imóvel, em certo dia recebeu citação por estar sendo demandado em processo referente ao bem resguardado pela fiança. Ao perceber que Vicente, como devedor principal não compunha o polo passivo da ação, Júlio procurou um advogado para incluir Vicente na demanda. 38 Nesse caso, o procurador de Júlio deverá fazer um pedido de: a) Denunciação da lide. b) Assistência simples. c) Assistência litisconsorcial. d) Chamamento ao processo. e) Amicus curiae. Gabarito: D Comentário: Pelo inadimplemento de Vicente, o Locador ingressou com a Ação não em face do Devedor (Vicente) mas em face do garanti- dor da dívida, o Júlio. Para que Júlio, Réu no processo possa exercer toda a sua defesa no processo poderá incluir, de maneira forçada um terceiro no processo. Perceba que a relação processual é somente entre o Locador e Júlio. Assim, por meio do Chamamento ao Processo, o Vicente (que é terceiro em relação ao processo), será colocado no polo passivo da demanda junto a Júlio. Veja o Art. 130, CPC. “Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu: I- do afiançado, na ação em que o fiador for réu;” Julgue os seguintes itens, acerca de citação, considerando o disposto no CPC. I. Citação é o ato pelo qual o réu, o executado ou o interessado são convocados para integrar a relação processual. II. A citação do réu é indispensável para a validade do processo, ainda que haja improcedência liminar do pedido. III. Sendo nula a citação, o comparecimento espontâneo do réu suprirá a falha e determinará o início do prazo para contestação. 39 Assinale a opção correta. a) Apenas o item I está certo. b) Apenas o item II está certo. ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. e) Todos os itens estão certos. Gabarito: C Comentário: A questão cobrou a literalidade do CPC. Acerca da citação , o artigo 230 informa que a "Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual". Logo, a assertiva no item I está CORRETA. Além disso, nem sempre a citação será necessária para a validade do processo, porque existem exceções como no indeferimento da petição inicial (Art. 322, CPC) e na improcedência liminar do pedido (Art. 332, CPC). Esta informação está contida no Art. 239 do CPC que diz "para a validade do processo é indispensá- vel a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido". Logo a assertiva do item II está INCORRETA. Relembre também que por mais que haja um vício na citação, o comparecimento espontâneo do réu ao processo, irá supri-la. Veja o artigo 239, §1º, do CPC/15: "O comparecimento espontâ- neo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contesta- ção ou de embargos à execução". Logo a assertiva do item III está CORRETA. Em determinado caso, após a interposição de recurso especial e apresentação das contrarrazões, os autos foram conclusos ao presi- dente do tribunal recorrido, que negou seguimento ao recurso sob o fundamento de ele ter sido interposto contra acórdão que estava em conformidade com entendimento do STJ exarado no regime de recursos repetitivos. 40 Considerando essa situação hipotética, assinale a opção que apresenta o único recurso cabível contra essa decisão. a) Agravo de instrumento b) Agravo interno c) Agravo em recurso especial d) Recurso extraordinário e) Recurso ordinário Gabarito: B Comentário: Dentre os Recursos cabíveis ao STJ ou contra decisão proferida pelo STJ, temos: Embargos de Declaração – Art. 1.022, CPC Recurso Especial – Art. 1029, CPC c/c Art. 105, CRFB/88 Recurso Ordinário – Art. 1.027,II, CPC. Agravo Interno – Art. 1.021 c/c 1.030,§2°, CPC Agravo em Recurso Especial Além das regras no CPC e na CRFB/88 devemos observar o regramento procedimental do STJ, previstas em seu Regimento Interno. Na situação hipotética, a decisão foi proferida pelo Presidente do Tribunal de 2° Grau que, em juízo prévio de admissibilidade do Recurso Especial, negou seguimento ao REsp. Esta hipótese está prevista diretamente no Art. 1.030,§2°, CPC que prevê o recurso de agravo Interno, vejamos: Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarra- zões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recor- rido, que deverá: I- negar seguimento: (...) b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendi- mento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos. (...) § 2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021". Um dos litisconsortes passivos de determinada ação judicial retirou o processodo cartório, em carga, após ser proferida sentença em autos físicos, mas antes de sua publicação. Na mesma semana em que isso ocorreu, foram opostos embargos de declaração. 41 Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando que os réus têm procuradores diferentes, de escritórios de advocacia distintos. a) O dia do vencimento deverá ser excluído da contagem do prazo. b) Não se aplica ao caso o benefício da contagem do prazo em dobro. c) Considera-se o dia da carga como o dia do começo do prazo. d) A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil seguinte ao dia da disponibilização da informação no Diário de Justiça. e) O recurso é considerado intempestivo, pois foi oposto antes do termo inicial do prazo. Gabarito: C Comentário: Pressupostos da questão: 1 – Litisconsortes, processo físico, advogados diferentes de escri- tórios distintos; 2 – Embargos de Declaração antes da publicação da sentença. Na contagem dos prazos, excluímos o dia do começo e incluímos o dia do vencimento/término. Quanto ao dia do começo, devemos verificar como ocorreu a intimação da parte. Se a intimação for por carga dos autos, consi- dera-se o dia do começo o dia da carga. Prazo em dobro para litisconsortes, desde que tenham advogados diferentes de escritórios de advocacia distintos em processo físico. O recurso interposto antes do seu prazo é considerado tempestivo Vejamos os artigos do CPC: “Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescri- tos em lei. § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.” “Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.” ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 “Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.” "Art. 231, caput. Salvo disposição em sentido diverso, considera- -se dia do começo do prazo: VII- a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico; VIII- o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria". 42 O Código de Processo Civil (CPC) estabelece que os atos processuais: a) Corram em segredo de justiça, como regra geral. b) Sejam registrados eletronicamente em padrões fechados, para se assegurar a sua confidencialidade. c) Independam de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir. d) Sejam nulos se não obedecerem à forma determinada em lei, ainda que atinjam sua finalidade essencial. e) Sigam prazos legais, sendo vedada a estipulação de calendário por acordo entre o juiz e as partes em processos específicos. Gabarito: C Comentário: Sobre os atos processuais, é importante lembrar que, em regra, são públicos. Todavia, os processos em que o exija o interesse público ou social; que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; e os que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitra- gem seja comprovada perante o juízo, tramitaram em segredo de justiça, sejam autos físicos ou eletrônicos (Art. 189 c/c Art. 195, CPC) Sobre a forma dos atos, vigora a regra de não existir forma determinada e da instrumentalidade das formas. Inclusive, caso um ato não preencha sua forma válida, mas mesmo assim atinja sua finalidade, poderão ser reputados válidos, veja o Art. 188 c/c Art. 277, CPC: “Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, conside- rando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.” “Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.” Importante inovação trazida pela LEI 13.105/2015 (NCPC) foi a possibilidade de as partes e o juiz definirem calendário para a realização de atos processuais, conforme Art. 191, CPC: “De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.” Sobre os atos do processo eletrônico, necessária a leitura dos artigos 193 ao 198, bem como da Lei 11.419/2006. Sobre o Registro dos atos eletrônicos o CPC prevê que deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos de auten- ticidade, integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada a infraestrutura de chaves públicas unificada nacional- mente, nos termos da lei. O Código de Processo Civil disciplina os atos processuais que podem ser praticados pelas partes e os que devem ser praticados pelo juiz. 43 A respeito dos atos processuais, assinale a opção correta. a) São exemplos de atos bilaterais das partes a petição inicial e a conciliação. b) São exemplos de atos processuais das partes a contestação e a mediação. c) O ato processual do juiz que está apto a por fim ao processo é a decisão interlocutória. d) Despacho é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não põe fim ao processo. e) A sentença é o ato processual do juiz que põe fim à fase cognitiva, mas não extingue a execução. Gabarito: B Comentário: Os atos das partes podem ser divididos em unilate- rais e bilaterais. Os unilaterais são realizados por uma única parte, sem a neces- sidade de participação da outra, como a desistência do processo pelo autor, o reconhecimento dos pedidos pelo réu, a renúncia, a petição inicial pelo autor, a contestação pelo réu e etc. Os Bilaterais são realizados pelas partes em conjunto, como os negócios jurídicos processuais, as transações como conciliação, mediação, acordo e etc. Dentre os atos do Juiz, temos os despachos, as decisões interlocu- tórias e as sentença, consoante Art. 203 do CPC, sendo que: "Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em senten- ças, decisões interlocutórias e despachos. §1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. §2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no §1º. §3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. (...)". 44 Caso um órgão da administração pública direta ou indireta seja polo passivo de uma demanda jurisdicional, sua citação deverá preferencialmente se realizar por: a) Edital. b) Hora certa. c) Via eletrônica. d) Via postal. e) Oficial de justiça. Gabarito: C ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 Comentário: Modalidade de Citação são de acordo com o art. 246, CPC: “Art. 246. A citação será feita: I-pelo correio; II- por oficial de justiça; III- pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; IV- por edital; V- por meio eletrônico, conforme regulado em lei.” Sobre a citação por meio eletrônico, relembre que é modalidade válida para as Pessoas Jurídicas, exceto para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Veja os §§1° e 2° do 246: "§1º. Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. §2º. O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da adminis- tração indireta(dentre as quais se encontram as empresas públicas). Direito Processual Penal 45 Em relação à ação penal de iniciativa privada: a) A renúncia ao exercício do direito de queixa se estende a todos os querelantes. b) O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. c) Não se admite renúncia tácita. d) O Ministério Público não pode intervir na ação penal de iniciativa privada. e) Admite-se a ocorrência de perempção na ação penal de iniciativa privada exclusiva ou subsidiária da pública. Gabarito: B Comentário: O erro da letra A é falar querelantes, pois o certo é querelados. NA Letra B, Além disso, pelo princípio da indivisibi- lidade, a alternativa está certa (art. 51 do CPP). Letra C, Admite-se a renúncia tácita (art. 57 do CPP).Letra D, O Ministério Público pode aditar a queixa-crime (art. 45 do CPP). E na Letra E, Não cabe renúncia, perdão e nem perempção na ação penal privada subsidiária da pública e nem na ação penal pública. 46 Na questão , assinale a afirmativa correta em relação à propo- sição apresentada. No tocante à ação penal de iniciativa pública condicionada: a) O direito de representação somente pode ser exercido pessoalmente. b) A representação é irretratável depois de relatado o inquérito policial. c) O prazo de seis meses para o oferecimento da representação é contado, em regra, do dia em que se consumou o delito. d) O direito de representação poderá ser exercido mediante declaração oral feita à autoridade policial. e) Em caso de morte do querelado, o direito de prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Gabarito: D Comentário: O direito de representação pode ser exercido pessoalmente através de procurador com poderes especiais e pode ser apresentada perante a autoridade policial, o MP ou o Juízo. O prazo de oferecimento, sob pena de decadência, é de 6 meses, contados da data em que souber quem foi o autor da infração. Ela é irretratável após o oferecimento da denúncia. O erro da Letra E foi falar querelado, pois o certo é querelante. 47 Não caberá recurso em sentido estrito da decisão que: a) Anular o processo em todo ou em parte. b) Rejeitar a denúncia. c) Retirar a competência do tribunal do júri. d) Negar a ordem de habeas corpus. e) Decidir o incidente de insanidade mental. Gabarito: E Comentário: O incidente de insanidade mental é irrecorrível. Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I- que não receber a denúncia ou a queixa; II- que concluir pela incompetência do juízo; (...) III- que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; (...) IV- que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte; 48 Sobre a ação penal, é correto afirmar: a) Na ação penal privada, se o ofendido for mentalmente enfermo e não tiver representante legal o direito de queixa poderá ser exercido por curador especial nomeado de ofício pelo juiz competente. b) O prazo para aditamento da queixa será de cinco dias. c) A ação penal pública será promovida por denúncia do Minis- tério Público, mas nos casos de contravenção penal poderá ser iniciada por portaria da autoridade policial. d) Será admitida ação penal privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, concedendo-se ao ofendido o prazo prescricional do crime para oferecer a queixa. e) As fundações, associações ou sociedades legalmente consti- tuídas poderão exercer a ação penal, devendo sempre ser representadas pelos seus diretores ou sócios-gerentes. Gabarito: A Comentário: A letra C está incorreta, pois o art. 26 do CPP não foi recepcionado pela CF/88. As contravenções penais são promo- vidas por ação penal pública incondicionada. A letra A está de acordo com o art. 33 do CPP. Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, ou mental- mente enfermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, o direito ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 de queixa poderá ser exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, pelo juiz compe- tente para o processo penal. Art 46, §2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo. Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitu- tiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu repre- sentante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente constituídas poderão exercer a ação penal, devendo ser represen- tadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes. 49 Jorge, Promotor de Justiça, após receber os autos relatados de um determinado inquérito policial instaurado para apuração de crime de concussão praticado por Marcelo, apresenta a denúncia ao Magistrado competente e, na cota, formula pedido de prisão preventiva em desfavor de Marcelo. O Magistrado recebe a denúncia e indefere o pedido de decre- tação de prisão preventiva. Inconformado com a decisão e pretendendo reformá-la, Jorge deverá interpor recurso: a) De apelação, no prazo de 15 dias. b) Em sentido estrito no prazo de 10 dia. c) Em sentido estrito no prazo de 5 dias. d) De apelação, no prazo de 05 dias. e) Em sentido estrito no prazo de 15 dias. Gabarito: C Comentário: É o caso do inciso V do art. 581 do CPP. Art. 581: Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: (...) V- que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança, indeferir requerimento de prisão preventiva ou revoga-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante 50 No processo Z, Márcio, magistrado é curador do autor. No processo Y, João é acionista de sociedade interessada no referido processo. Nestes casos, no processo Z e no processo Y haverá a: a) Suspeição de Márcio e impedimento de JoãoS b) Impedimento de Márcio e suspeição de João. c) Suspeição de ambos os magistrados. d) Impedimento de ambos. e) Somente impedimento de João. Gabarito: C Comentário: É o caso dos incisos V e VI do art. 254 do CPP: Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: (...) V- se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; Vl – se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interes- sada no processo. 51 Manoel e Joaquim estão sendo processados acusados da prática de crime de concussão contra a vítima José. No curso da ação penal, José pretende intervir como Assistente do Ministério Público, assim como o corréu Joaquim. Nos termos preconizados pelo Código de Processo Penal: a) O despacho que não admitir o assistente é recorrível através de recurso em sentido estrito. b) O corréu não poderá intervir como assistente do Ministério Público. c) O assistente será admitido enquanto não for prolatada a sentença em primeiro grau e receberá a causa no estado em que se achar. d) O Ministério Público não será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. e) Ao assistente não é permitido propor meios de prova. Gabarito: B Comentário: Resposta da alternativa B em conformidade com o art. 270 do CPP. Art. 270. Oco-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério Público. Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e receberá a causa no estado em que se achar. Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às testemunhas, aditar o libelo e os articula- dos, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598. 52 Nos crimes de ação pública, quando a lei o exigir, esta será promovida pelo Ministério Público, mas dependerá de: a) Instrução preliminar. b) Representação do Ministro da Justiça, do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. c) Autorização do Poder Judiciário. d) Recebimento da denúncia pelo Juiz Criminal. e) Requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Gabarito: E ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 Comentário: Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Legislação Especial João, Juiz de direito da vara cível da comarca de Volta redonda, cometeu o crime de feminicídio contra sua esposa no seu domicí- lio, que é na mesma comarca. 53 No caso, conforme o regimento interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ele será submetido a julgamento perante: a) Tribunal do Júri de Volta Redonda. b) Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. c) Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. d) Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. e) Vara de violência doméstica do local de Volta Redonda. Gabarito: B Comentário: Em que pese tenha o magistrado cometido crime doloso contra a vida, em razão de possuir foro por prerrogativa de função previsto na Constituição Federal, ele será submetido a julgamento em caso de crime comum e de responsabilidade perante o Órgão Especial do TJRJ. Art.3º – Compete ao Órgão Especial: I- Processar e julgar, originariamente: a) o Vice-Governador e os Deputados Estaduais, nos crimes comuns; b) os Secretários de Estado, nos crimes comuns e nos de responsa- bilidade, estes quando não conexos com os do Governador; c) os Juízes Estaduais e os membros do Ministério Público, os Procuradores-Gerais do Estado, da Assembleia Legislativa e da Defensoria Pública, nos crimes comuns e nos de responsabilidade; 54 O Governador do Estado do Rio de Janeiro foi denunciado pelo Ministério Público por ter cometido crime de corrup- ção ativa, organização criminosa, entre outros, ele será, dessa forma, submetido a julgamento perante: a) Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. b) Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. c) Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. d) Superior Tribunal de Justiça. e) Supremo Tribunal Federal. Gabarito: D Comentário: Cuidado, pois embora o Regimento Interno do TJRJ tenha competência para julgar o Vice-Governador, a Constituição Federal, confere ao STJ a competência para julgar o Governador do Estado. Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I- processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desem- bargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribu- nais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conse- lhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 55 Assinale a alternativa que apresenta hipótese de competência do Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro: a) Processar e julgar os membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro nos crimes comuns. b) Processar e julgar nos crimes comuns os Deputados Estaduais. c) Processar e julgar originalmente os habeas corpus, quando o coator for o Governador do Estado. d) Eleger o Diretor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de janeiro. e) Os conflitos de atribuições entre autoridades judiciárias e administrativas, quando forem interessados o Tribunal de Justiça, o Governador ou Órgãos do Poder Legislativo. Gabarito: D Comentário: Dispõe o Regimento Interno do TJRJ, que o Tribunal Pleno possui competência para eleger a Administração Superior e Diretor da EMERJ entre outros. Art.2º – Ao Tribunal Pleno, integrado por 180 (cento e oitenta) Desembargadores, compete: I- eleger o Presidente, o Corregedor-Geral da Justiça, os 03 (três) Vice-Presidentes; II- eleger o Diretor da Escola da Magistratura do Estado do Rio de janeiro; 56 Assinale a alternativa correta em relação à competência do Conselho de Magistratura. a) Compete escolher os candidatos ao quinto constitucional do Ministério Público e da Advocacia que integrarão a lista tríplice. b) Compete elaborar a lista tríplice de advogados para nomeação pelo Presidente da República para comporem o Tribunal Regional Eleitoral. c) Compete processar e julgar originalmente os dissídios coleti- vos e estado de greve. d) Compete dar posse a Desembargador. e) Conceder licença aos Juízes de primeiro grau. Gabarito: E Comentário: Nos termos do artigo 9, do Regimento interno do TJRJ Art.9º – Compete ao Conselho da Magistratura: XXI- conceder licença aos Juízes de primeiro grau; ALFACON — TJRJ PROVA1 — Aplicação: 31/01/2021 João Carlos, Juiz de direito substituto, apresenta um grau muito baixo em relação a sua produtividade, sem prejuízo não é pontual, as audiências são presididas de forma autoritária, entre outros problemas apresentadas em desfavor do magistrado. 57 Nessa situação, a solução apontada pelo regimento interno é: a) Compete ao Conselho de Magistratura supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos Juízes de primeiro grau, opinando sobre a aquisição ou não da vitaliciedade, e propondo ao Órgão Especial, na segunda hipótese, a instau- ração de processo para a exoneração de Magistrado. b) Compete ao Corregedor supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos Juízes de primeiro grau, opinando sobre a aquisição ou não da vitaliciedade, e propondo ao Órgão Especial, na segunda hipótese, a instauração de processo para a exoneração de Magistrado. c) Compete ao Tribunal Pleno supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos Juízes de primeiro grau, opinando sobre a aquisição ou não da vitaliciedade, e propondo ao Órgão Especial, na segunda hipótese, a instauração de processo para a exoneração de Magistrado. d) Compete ao Presidente do TJ supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos Juízes de primeiro grau, opinando sobre a aquisição ou não da vitaliciedade, e propondo ao Órgão Especial, na segunda hipótese, a instau- ração de processo para a exoneração de Magistrado. e) Compete ao corregedor supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos Juízes de primeiro grau, opinando sobre a aquisição ou não da vitaliciedade, e propondo ao Conselho de Magistratura, na segunda hipótese, a instaura- ção de processo para a exoneração de Magistrado. Gabarito: A Comentário: Nos termos do art.9 a avaliação do juiz vitaliciando é feita pelo Conselho de Magistratura, caso seja desfavorável deve encaminhar ao Órgão Especial para exonerar. Art.9º – Compete ao Conselho da Magistratura: XXIII-supervisionar e avaliar o primeiro biênio de exercício dos
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