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Habilidade I – Bloco 2 - Discussão 3 1) Quais são os sinais vitais? Temperatura corporal, frequência respiratória, pulso (frequência cardíaca) e pressão arterial. Contudo, para melhor avaliação do paciente, devem ser incluídos nível de consciência e oximetria do pulso. 2) Para que servem? Podem orientar o diagnostico inicial e é um meio fácil e eficiente para monitorização das condições do paciente ou identificar a presença de problemas. 3) Por que é importante e obrigatório no exame clinico? Expressam o funcionamento e as alterações dos órgãos e/ou sintomas mais relacionados com a manutenção da vida. 4) Quais os equipamentos utilizados para cada um deles? Temperatura: termômetro Frequência respiratória: observação da expansão torácica. Pulso (frequência cardíaca): palpação das artérias. Pressão arterial: esfigmomanômetro. 5) Por que se mede a temperatura? Para avaliar se a temperatura corporal está em seus valores normais. 6) Quais os locais no corpo em que se faz este procedimento? Boca Temperatura oral: Colocar o termômetro de vidro sob a língua, na bolsa sublingual posterior. Fazer com que o paciente mantenha o termômetro no local por 3 a 8 minutos com lábios fechados. O método oferece temperatura central. É contraindicada em crianças, idosos, pacientes graves, inconscientes, portadores de doenças mentais, portadores de alterações orofaríngeas, após fumar e após ingestão de alimentos quentes ou gelados. Canal anal Temperatura retal: O termômetro tem um maior calibre e mais arredondado. Para o adulto, inserir 03 centímetros do termômetro lubrificado no ânus. Não forçar o termômetro. Mantê-lo no local por 2 a 4 minutos. É contra indicado após cirurgia do reto ou ferimento no reto e em pacientes com hemorroidas. Axila Temperatura axilar: Mais utilizada, tendo em vista a facilidade. Colocar o termômetro no centro da axila, mantendo o braço da vítima de encontro ao corpo, e mantê-lo ali por aproximadamente 5 minutos. 7) Existem variações de temperatura? Qual o significado? Temperatura axilar: 35,5 a 37 Temperatura bucal: 36 a 37,4 Temperatura retal: 36 a 37,5 Bruna Lago Temperatura da membrana timpânica (37 a 37,5) A aferição da temperatura da membrana timpânica é uma prática cada vez mais realizada. Trata-se de uma técnica rápida, segura e confiável, se realizada de modo apropriado. Assegure-se de que o meato acústico externo não tenha cerume, pois esse material reduz a temperatura. Posicione a sonda no meato acústico externo de modo que o feixe de luz infravermelho esteja apontado para a membrana timpânica (se isso não ocorrer, a leitura não será válida). Espere de dois a três segundos até a temperatura aparecer no mostrador digital. Esse método afere a temperatura corporal central, mais elevada do que a temperatura oral normal em, aproximadamente, 0,8°C (1,4 °F). As aferições timpânicas são mais confiáveis do que as aferições oral ou retal, incluindo as comparações direita e esquerda na mesma pessoa. A temperatura é regulada por mecanismo nervoso de retroalimentação. Necessidade de perda de calor: impulsos nervosos vasodilatação periférica aumento do fluxo sanguíneo estimulo das glândulas sudoríparas transpiração Necessidade de retenção de calor: impulsos nervosos vasoconstrição periférica diminuição do fluxo sanguíneo diminuição da quantidade de calor transportado e perdido. 8) Que significa hipertermia e hipotermia? Hipotermia: temperatura abaixo do valor normal. Caracteriza-se por extremidades frias, cianose e tremores. Hipertermia: é o aumento descontrolado da temperatura corporal não desencadeado pelo ajuste hipotalâmico. Suas causas são exposição a locais extremamente quentes, drogas (antidepressivos, ectasy) entre outros. Febre é o aumento da temperatura corporal acima da faixa da normalidade resultante do ajuste do núcleo termorregulador. Esse ajuste para mais é causado por substancias chamadas pirógeno ou por distúrbios no próprio cérebro. Febre Devem ser analisados: Inicio: Súbito ou gradual Duração: Prolongada – dura mais que 1 semana, ex: malária, febre tifoide, linfoma Intensidade : Leve- até 37,5/ Moderada: 37,6 a 38,5/ Alta: Acima de 38,6 Modo de evolução Termino Subdivide-se nos seguintes tipos: Febre continua Permanece acima do normal com variações de até 1 grau. Ex.: Febre tifoide, pneumonia, tuberculose, viroses. Febre irregular Picos muito altos intercalados com temperaturas baixas ou períodos de apirexia (ausência de febre). Não há caráter cíclico, ex: choque séptico, infecções urinárias, tuberculose. Febre remitente Há hipertermia diária com variações de mais de 1 grau, porém sem períodos de apirexia. Ex.: TB, pneumonia. Febre intermitente Intercalam períodos de temperatura elevada com períodos de apirexia. Ex: malária, linfomas. Febre recorrente Períodos de temperatura normal que dura dias ou semanas até que seja interrompido por um período da temperatura elevada. Ex.: linfoma. 9) Que significa frequência respiratória? É o número de incursões respiratórias realizada no período de 1 minuto. Eupnéia: 16 a 20mpm (movimentos por minuto) Taquipnéia: maior que 20 Bradpnéia: menor que 20 10) Qual a importância de se observar? Dispneia: sucessão de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. Apneia: parada da respiração. Ortopneia: dificuldade para respirar na posição deitada, o que obriga o paciente a ficar sentado ou semissentado. Hiperpneia: aceleração e intensificação dos movimentos respiratórios. 11) Existe variações de gênero? A frequência respiratória é maior em mulheres do que em homens. Homem: 14 a 18 por minuto. Mulher: 16 a 20 por minuto. Recém-nascido: 30 a 50 por minuto. Prematuro: 31 a 114 por minuto. 12) Que significa pulso? Sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias periféricas. Procedimentos para palpação do pulso: Relaxe o paciente para palpar o pulso radial, mantenha o braço do paciente descansado confortavelmente. Para o pulso carotídeo palpe a cartilagem tireoide no pescoço (pomo de Adão) e deslize os dedos lateralmente até sentir o pulso. Use dois ou três dedos para encontrar e sentir o pulso. Use somente a ponta dos dedos e nunca o polegar (usando o polegar o examinador poderá sentir seu próprio pulso digital). Evite muita pressão. Pressionando forte poderá interromper o pulso. Sinta e conte o pulso durante 30 ou 60 segundos (se contar por 30seg, multiplique por dois). Use relógio que marque os segundos. Anote a frequência, o ritmo e o volume do pulso, bem como a hora da medição. Exemplo: Pulso 72,regular, cehio,10h50min. 13) Quais os locais do corpo em que devemos medir o pulso? Pulso radial, Pulso carotídeo, Pulso femoral. 14) Quais as características devemos observar? Estado da parede arterial Normalmente é facilmente depressivo. Frequência Normal: 60 a 100 por minuto Taquiesfigmia (Taquicardia): >100 ex: gravidez, emoções, exercícios, hipertireoidismo, estados febris. Bradiesfigmia (Bradicardia): < 60 ex: atletas, afecções cardíacas. Ritmo É verificado pela sequência das pulsações e distinguem-se em: Pulso regular: as pulsações ocorrem em intervalos iguais. Pulso irregular: os intervalos entre as pulsações ora são mais longos ora são mais curtos. Traduz arritmia cardíaca. Amplitude do manguito Grau de enchimento da artéria Amplo (cheio), mediano ou pequeno (parvus). Tensão ou dureza. Compressão progressiva da artéria Mole ou duro (indica hipertensão arterial). 15) Que significa PA? Refere-se a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. Traduz o sistema de pressão vigente na árvore vasular arterial. Promove boa perfusão dos tecidos e com isso trocas metabólicas. 16) Quais os fatores determinantes da PA? Debito cardíaco: Pressão sistólica Resistência vascular periférica:Pressão diastólica Viscosidade 17) Que significa débito cardíaco? É o volume de sangue sendo bombeado pelo coração em um minuto. É igual à frequência cardíaca multiplicada pelo volume sistólico. DC: VS x FC No homem em repouso 5 a 6L por minuto. 18) Que significa resistência periférica? É a dificuldade que o sangue encontra em passar pela rede de vasos. Representada pela vasocontrisção da rede arterolar. É dependente das fibras musculares na camada média dos vasos, dos esfíncteres pré-capilares e substâncias como angiotensina. 19) Que significa viscosidade sanguínea? O sangue é uma suspensão composta por muitos tipos celulares Uma maior viscosidade aumenta a dificuldade de fluxo sanguíneo através dos vasos. 20) Qual a função da elasticidade da parede dos vasos? Capacidade de se distender devido a quantidade de fibras elásticas. 21) O que é pressão diastólica e sistólica? Pressão sistólica: Pressão no momento da sístole do VE, ou seja, momento que o coração contrai e impulsiona o sangue para as artérias. Pressão diastólica: Influenciada pela resistência que os vasos oferecem a passagem de sangue. 22) Quais os métodos que se utiliza para medir a pressão arterial e qual é o mais usado? Método palpatório O examinador deve localizar o pulso radial. A seguir insuflar o manguito até o desaparecimento do pulso até 30mm/Hg acima. O nível de pressão correspondente ao reaparecimento do pulso. Método auscultatório O receptor do estetoscópio é colocado sobre a artéria branquial (livre do contato com o manguito). 23) Que significa fases de KOROTKORF? Sons auscultados em uma artéria durante o esvaziamento do manguito. 24) Como se determina? Fase I: Sons surdos, pressão sistólica Fase II: Sopros Fase III: Sons altos e claros Fase IV: Sons abafados Fase V: Silêncio 25) Existem diferenças de pressão em crianças, idosos e gestantes? Quais? Idosos: maior frequência do hiato auscultatório (ausência da fase II) – valores falsamente baixos da pressão sistólica e falsamente altos da pressão diastólica; maior ocorrência de hipertensão do jaleco branco; maior presença de arritmias. Gestantes: A PA pode ser aferida em decúbito lateral esquerdo. 26) Quais os problemas mais comuns que influenciam no resultado da medida da pressão arterial? Defeitos do esfignonanometro: orifício de ar obstruído, manguito incompletamente vazio, tubulação defeituosa, sistema de inflação ou válvula de escape, mercúrio insuficiente no reservatório ou indicador zero errado. Estetoscópio danificado Tamanho da braçadeira em desacordo com o do braço. Circunferência do membro em relação a variação da largura da braçadeira maior ou menor que 2,5 produz leituras de pressão indireta falsamente altas ou baixas respectivamente. O examinador posiciona o instrumento ao nível acima ou abaixo do coração ou comprime o estetoscópio demasiadamente firme sobre o vaso. Mãos do examinador e equipamento frios provocam aumento da pressão sanguínea. 27) Quais os fatores que influenciam na medida da PA? Exercícios, tabaco, hipertensão do jaleco branco, uso de bebida alcoólica, uso de cafeína, bexiga cheia. 28) Quais os aspectos fisiológicos que devemos considerar na pressão arterial? Ritmos circadiano Valores mais elevados no período da manhã Níveis baixos durante sono Posição do paciente Gestantes – valores mais baixos 29) Descreva o roteiro para o procedimento de cada sinal vital. Preparo do paciente para a medida da pressão arterial 1. Explicar o procedimento ao paciente 2. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo 3. Evitar bexiga cheia 4. Não praticar exercícios físicos 60 a 90 minutos antes 5. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos e não fumar 30 minutos antes 6. Manter pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado 7. Remover roupas do braço no qual será colocado o manguito 8. Posicionar o braço na altura do coração (nível do ponto médio do esterno ou 4º espaço intercostal), apoiado, com a palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido 9. Solicitar para que não fale durante a medida Procedimento de medida da pressão arterial 1. Medir a circunferência do braço do paciente 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço 3. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossa cubital, cerca de 2 a 3 cm 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial 5. Estimar o nível da pressão sistólica (palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes da medida) 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula do estetoscópio sem compressão excessiva 7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica 8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 a 4 mmHg por segundo) 9. Determinar a pressão sistólica na ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff), que é um som fraco seguido de batidas regulares, e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação 10. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff) 11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa 12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da sistólica/diastólica/zero 13. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas 14. Informar os valores de pressão arterial obtidos para o paciente* 15. Colocar o paciente em posição confortável 16. Anotar os valores e o membro TÉCNICA DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL Realizar assepsia cuidadosa do termômetro antes e após uso. Manter a coluna de mercúrio a 35 C. Para temperatura retal: Termômetro de bulbo alongado, achatado e de uso individual. Paciente em decúbito lateral. Lubrificar o termômetro, introduzido no reto por cerca de 3 a 3,5 cm. Tempo de exposição de 3 minutos. Para temperatura oral: Termômetro similar ao retal. Colocar o termômetro sob a língua e os lábios mantidos fechados. Não deve ter havido ingestão de alimentos frios ou quentes pelo intervalo de no mínimo 30 minutos. Tempo de exposição de 2 a 8 minutos Para temperatura axilar Expor o ombro e braço do paciente Preparar o termômetro Colocar o termômetro bem no centro da axila. Manter o braço do paciente sobre o termômetro. Tempo de exposição 5 a 10 minutos (se termômetro de mercúrio).
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