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Toxicidade Quimioterápica

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Efeitos Colaterais e Cuidados
Emanuelle Pinheiro
Enfermeira Oncologista
Quimioterapia Antineoplásica
Efeitos Colaterais da 
Quimioterapia
Decorrentes da não especificidade das drogas
antineoplásicas;
Afetam principalmente as células de rápida
divisão celular;
Podem afetar outros órgãos de maneira
específica;
IMPORTANTE: conhecimento e manejo
adequado dos efeitos indesejáveis;
Efeitos Colaterais da 
Quimioterapia
Principais Efeitos Colaterais e Toxicidades:
Toxicidade Hematológica;
Toxicidade Gastrintestinal;
Cardiotoxicidade;
Toxicidade pulmonar;
Neurotoxicidade;
Hepatotoxicidade;
Disfunção reprodutiva;
Toxicidade vesical e renal;
Toxicidade dermatológica;
Alterações metabólicas;
Reações alérgicas e 
anafilaxia;
Fadiga.
Toxicidade Hematológica
Efeito Colateral + comum e de maior potencial
de letalidade;
Drogas quimioterápicasMielotóxicas;
Exceto: Bleomicina, Elspar, VCR;
Fator dose limitante;
Leucopenia Trombocitopenia Anemia
Toxicidade Hematológica
NADIR:
Tempo transcorrido entre a aplicação da droga e o
aparecimento do menor valor de contagem
hematológica;
Recuperação Medular:
Segue ao período de NADIR até atingir valores
próximos do normal;
Variações: Quimioterápico – Indivíduo;
Dose, velocidade de aplicação e a via;
Toxicidade Hematológica
Leucopenia:
Mais séria forma de mielossupressão;
Leucopenia:
Granulocitopenia
Neutropenia
Supressão da 
imunidade celular e 
humoral
Suscetibilidade aos 
quadros infecciosos 
graves
Toxicidade Hematológica
Neutropenia:
• Neut. > 
1500 mm3
Risco Normal
• Neut. < 
1000 mm3
Risco 
moderado • Neut. < 
500 mm3
Risco severo
• Neut. < 
100 mm3
Risco extremo
Toxicidade Hematológica
Graus de mielossupressão:
Toxicidade 0 1 2 3 4
Leucócitos ≥ 4.000 3.000 a 3.900 2.000 a 2.900 1.000 a 1.900 < 1.000
Plaquetas > 100.000 75.000 a 
99.000
50.000 a 
74.900
25.000 a 
49.900
< 25.000
Hg >11 9,5 a 10,9 8 a 9,4 6,5 a 7,9 <6,5
Granulócitos ≥ 2.000 1.500 a 1.900 1.000 a 1.400 500 a 900 < 500
Hemorragia Ausente Leve, sem 
transfusão
Importante, 1 
a 2 unidades
Importante, 3 
a 4 unidades
Maciça, > 4 
unidades
Infecção Ausente Leve Moderada Grave Potencialmen
te fatal
Toxicidade Hematológica
Neutropenia + infecção:
Condutas:
Obtenção de culturas;
Antibioticoterapia maciça de amplo espectro;
Cefalospirina de 3ª geração associada ou não a um
Aminoglicosídeo ou a Vancomicina;
Febre que persiste por + de 5 dias:
Terapia antifúngica – anfotericina B;
Terapia viral - aciclovir;
Uso profiláticos dos fatores de crescimento hematopoiético -
GCSF
Toxicidade Hematológica
Trombocitopenia:
Decorrentes de efeitos mielossupressores de
alguns quimioterápicos;
OBS: algumas outras drogas também afetam a
função plaquetária – anti-inflamatórios,
vancomicina, anticoagulantes, cefalosporinas,
diuréticos – pode agravar ou prolongar a
trombocitopenia;
Toxicidade Hematológica
Trombocitopenia:
Risco => sangramentos...
• Plaquetas < 
50.000 
cel/mm³
Risco 
moderado
• Plaquetas < 
10.000 
cel/mm³
Risco 
acentuado
Toxicidade Hematológica
Trombocitopenia:
Dacarbazina
Bleomicina
Cisplatina
Carboplatina
Mitomicina
Fludarabina
Gencitabina
Oxaliplatina
Lomustina
Thiotepa
QT
Ciclosporina 
Interferon
Outras 
drogas 
Toxicidade Hematológica
Anemia:
Redução da concentração de glóbulos vermelhos;
OMS:
Hb < 
13g/dL
Hb < 
12g/dL
CAUSAS
Perdas sanguíneas Mielossupressão cumulativa ↓ da produção de 
eritropoetina
Deficiências nutricionais Doença metastática Rxt próximo a MO
Infiltração tumoral em MO Algumas neoplasias Tto quimioterápico
Toxicidade Hematológica
Anemia:
Docetaxel em 
altas dosagens
Cisplatina
Carboplatina
Citarabina
Topotecano
PaclitaxelQT
Dispnéia, 
Tontura, 
Cefaléia e 
Taquicardia
Indisposição
Alterações no 
humor
Sinais e 
sintomas
Toxicidade Hematológica
Ações de Enfermagem:
Avaliação rigorosa do paciente a procura de sinais de
infecção, sangramento e/ou anemia;
Observar presença de tosse, dispneia, dor de
garganta, fadiga, mal-estar, palidez cutânea;
Verificar presença de disúria, aumento da frequência
urinária, alterações na coloração e odor da urina;
Procurar lesões em pele, presença de
secreções ou sinais flogísticos;
Observar sinais de pequenos
sangramentos: petéquias, equimoses;
Toxicidade Hematológica
Ações de Enfermagem:
Atentar para sinais de sangramento grave: cefaleia,
tonturas, queixas visuais, hemoptise, hematêmese,
melena, palidez cutânea, hematúria;
Avaliação dos SSVV;
Observar presença de tremores, calafrios, mialgia;
Atenção no hemograma;
Uso de GCSF profilático;
Se neutropenia febril: coletar culturas e
início de ATB;
Lavagem rigorosa das mãos;
CVC: manuseio com criteriosa técnica asséptica;
Toxicidade Hematológica
Ações de Enfermagem:
Trocas de curativos, equipos e punções de acordo com
o protocolo;
Evitar procedimentos invasivos;
Higiene corporal diária;
Atenção quanto a dieta e a hidratação;
Proporcionar ambiente seguro para evitar acidentes,
quedas e traumas;
Atenção especial na administração
de sangue e hemoderivados;
Orientações aos pacientes e familiares;
Alterações Cutâneas
Ocorrem com relativa frequência durante e
após administração da droga quimioterápica;
Podem perdurar após o término do
tratamento durante anos ou se tornarem
permanentes;
Alterações Cutâneas
Alterações de pigmentação; Alopécia;
Reações de hipersensibilidade; Rash;
Fotossensibilidade; Recall.
Alterações nas unhas;
Alterações Cutâneas
Alterações de pigmentação:
Hiperpigmentação – patogênese:
Acúmulo de melanina (livre na pele, macrófagos) – decorrente
da estimulação pela medicação ou pela resposta a um
processo inflamatório não específico associado à droga;
Acúmulo da droga, sem associação com a melanina –
apresenta-se como grânulos livres ou dentro de macrófagos;
Síntese de pigmentos especiais (lipofuscina) provavelmente
por influência direta da droga;
Deposição de ferro – drogas que causam lesões nos vasos e
quebra de glóbulos vermelhos;
Aumento da produção de melanina pela hipersecreção do
hormônio adrenocorticotrófico ou do hormônio
melanotrófico;
Alterações Cutâneas
Alterações de pigmentação:
Hiperpigmentação localizada:
Dorso das mãos e 
dos pés
• CDDP;
• Antraciclinas;
• Mitoxantrona;
• 5-FU;
Áreas flexurais
• Ifosfamida;
• Bleomicina;
• Doxorrubicina;
Áreas de atrito ou 
trauma prévio
• 5-FU;
• CTX;
• Ifosfamida;
• Hidroxiuréia;
• CDDP;
• Taxanes;
• Bleomicina;
Alterações Cutâneas
Fotossensibilidade:
Ocorre quando a droga combinada com a radiação
UV causa uma reação fototóxica ou fotoalérgica;
Fotoalérgicas Fototóxicas
Causada por agentes tópicos;
Aspecto eczematoso;
Ocorre entre minutos a horas após a exposição 
ao agente e a luz;
Prurido (24-72 h após ) pode se estender a 
regiões não expostas ao sol;
Hiperemia e edema pode evoluir para 
ulcerações, bolhas e vesículas;
Não desencadeia hiperpigmentação; Prurido pode ou não estar presente;
Frequentes; Reação é limitada a áreas expostas ao sol;
DROGAS QUIMIOTERÁPICAS
MTX, 5-FU, Dacarbazina, Doxo, Hidroxiuréia, mitomicina, vimblastina e taxanes;
Alterações Cutâneas
Eritrodisestesia palmo plantar:
Reação tóxica a droga;
Desenvolvimento bilateral de paresia da região palmo
plantar - precede o aparecimento de edema e placas
dolorosas;
Pele ressecada, hiperemiada, com fissuras e
descamação.
Tratamentos: redução da dose da droga ou
interrupção do tratamento (dexa, crioterapia,
adesivos de nicotina);
QT: Doxo, Doxo lipossomal, Ara C, 5-FU, Capecitabina,
Idarrubicina, Hidroxiuréia.
Alterações Cutâneas
Recall:
Alteração que ocorre após aplicação de algumas
drogas em regiões onde foi aplicada radiação prévia;
Sintomas: hiperemia, manchas vermelhas e
descamação, após a regressão do quadro a pele
torna-se permanentemente escurecida;
QT; Doxo, Doxo lipossomal, Dactinomicina, Genzar,
MTX, docetaxel, 5-FU, Hidroxiuréia, VP, Taxol, Oxali;
Alterações Cutâneas
Cuidados(Recall+Eritrodisestesia palmo plantar):
Utilizar protetor solar;
Utilizarcompressas frias e lavar as mãos com água fria;
Manter a pele hidratada – cremes com lanolina;
Evitar uso de perfumes, desodorantes na área afetada;
Utilizar toalhas de banho macias;
Utilizar luvas para realizar atividades domésticas;
Manter a região afetada limpa e seca;
Fazer uso de sabonetes neutros;
Alterações Cutâneas
Rash:
Caracterizada por: hiperemia,
irritação, prurido, inflamação,
ulcerações;
Associado a reações alérgicas;
QT: Clorambucil, Ara-C, Daunorrubina,
Doxorrubicina, Epirrubicina, 5-FU, Lamustina,
Hidroxiuréia, Mitomicina, Mitoxantrona, Paclitaxel
e Procarbazina;
Alterações Cutâneas
Flushing:
Hiperemia temporária da face e/ou
do pescoço causado pela dilatação
dos capilares sanguíneos;
QT: Elspar, Bleomicina, Carboplatina,
Carmustina, CDDP, CTX,
Dacarbazina, Docetaxel, Doxo, 5-FU,
Lomustina, Paclitaxel, Procarbazina
e Tenoposide.
Alterações Cutâneas
Alopecia:
Efeito adverso cutâneo + frequente associado a QT;
90% dos folículos pilosos estão em fase de rápido
crescimento;
Depende da dose, frequência e via de adm;
QT
Danos estruturais no 
couro cabeludo
Reduz a taxa de 
crescimento
Queda total ou parcial
Alterações Cutâneas
Alopecia:
Um dos sintomas psicologicamente mais
devastador do tto quimioterápico e mais
estressante, traumático e doloroso
emocionalmente;
Afeta o paciente por alterar negativamente a auto
imagem e estima;
Pode causar raiva, depressão e ansiedade e ser
uma lembrança constante de que a doença está
presente;
Alterações Cutâneas
Alopecia:
Bussulfan
MTX
Mitomicina
Tenoposideo
Actinomicina
Alopecia 
moderada
CTX, Dauno
Doxo, VCR
Vimblastina
Ifosfamida
Etoposideo
Taxanes
Alopecia 
severa
Alterações Cutâneas
Alopecia:
Tratamento:
Não existe terapia que evite a alopecia durante o tto
quimioterápico;
Minoxidil – acelerar o crescimento dos fios após o término
do tto quimioterápico;
Cuidados e orientações:
Momento em que a alopecia pode ocorrer;
Cuidados com o couro cabeludo;
Medidas que ajudam a conviver com a alopecia;
Possíveis alterações do novo cabelo;
Apoio psicológico;
Alterações Cutâneas
Alterações Cutâneas
Alterações nas unhas:
Os citostáticos quase sempre são responsáveis
pela cor castanha da lúnula ou da lâmina ungueal;
As alterações geralmente desaparecem em
períodos de 3 a 6 meses após o término do
tratamento;
Cromoníquea: coloração da unha diferente do
normal;
Onicólise – descolamento da lâmina;
Alterações Cutâneas
Alterações nas unhas:
Cromoníquia:
Melanoníquia:
Pigmentação escura da unha em bandas ou
listras;
Frequentemente coexiste com
hiperpigmentação da pele;
Depósitos de melanina subungueal;
Leuconíquia:
Bandas ou linhas de cor branca;
Associadas a traumas, hipoalbuminemia,
anormalidades do leito vascular da unha e
uso de quimioterápicos;
Toxicidades Vesical e Renal
Rins – podem ser aguda ou irreversivelmente
lesados pela ação de alguns quimioterápicos;
Bexiga urinária – também está propensa a
alterações;
Fatores de risco
Antineo-plásicos 
nefrotóxicos
Condição nutricional Idade
Uso de outras drogas 
nefrotóxicas
Disfunção renal pré-
existente
Toxicidades Vesical e Renal
Nefrotoxicidade
Interfere com o clearance das 
drogas administradas ao paciente
Modificações nas dosagens
(Fator Dose Limitante)
Prevenção da Hipertoxicidade 
quimioterápica
Toxicidades Vesical e Renal
Síndrome de lise tumoral – alterações renais:
Elevação do ácido úrico;
Insuficiência renal;
Desequilíbrio acido-básico;
Distúrbios hidroeletrolíticos;
QUIMIOTERÁPICOS COM POTENCIAL NEFROTÓXICO
Cisplatina Asparaginase Mitomicina
Metrotexato Dacarbazina Ciclofosfamida (alta dose)
Carboplatina Ifosfamida Mercaptopurina
Toxicidades Vesical e Renal
Sinais e sintomas de Nefrotoxicidade:
Alterações do volume urinário;
Disúria e Hematúria;
Edema periférico bilateral;
Aumento da PA e FR;
Aumento de peso;
Náuseas, vômitos e anorexia;
Dor lombar e/ou nos flancos;
Alterações laboratoriais: aumento dos níveis séricos
de ureia, creatinina, ácido úrico e potássio.
Diminuição do clearence de creatinina;
Toxicidades Vesical e Renal
Toxicidade vesical:
QUIMIOTERÁPICOS RELACIONADOS A TOXICIDADE VESICAL
Ifosfamida Ciclofostamida
Irritação química causada pelo contato da mucosa 
vesical com os metabólicos das drogas (Acroleína)
Cistite Hemorrágica
(hematúria e disúria)
Toxicidades Vesical e Renal
Sinais e sintomas de toxicidade vesical:
Disúria e hematúria;
Aumento da frequência urinária;
Urgência urinária;
Dor lombar e/ou sacral e/ou suprapúbica;
Alterações laboratoriais: urina tipo I (hematúria e
eventualmente proteinúria), hemograma (anemia);
Toxicidades Vesical e Renal
Prevenção 
e cuidados 
Hiperhidratação
Alcalinização 
da urina
Estimulação 
da diurese
Exames 
laboratoriais
Balanço 
hídrico
Mesna
Manitol 
Toxicidade Ocular
Profissionais muitas
vezes subestimam as
queixas oculares dos
pacientes em tratamento
quimioterápico; C
au
sa
s 
Propriedades 
intrínsecas da droga
Duração do 
tratamento
Dose
Vias de 
administração
Fatores inerentes 
ao paciente
Toxicidade Ocular
Principais danos oculares causados pela QT:
Blefarite
• Inflamação das 
pálpebras;
• CTX, MTX;
Ptose palpebral
• Borda palpebral 
cai;
• VCR (potencial 
neurotoxicidade), 
oxaliplatina;
Cegueira 
• Perda da visão;
• CDDP, VCR, 
Carbo;
Ceratite
• Inflamação da 
córnea;
• Ara C altas doses, 
5-FU;
Ceratoconjutivite
seca
• Redução da 
produção de 
lágrimas;
• CTX, bussulfan;
Conjutivite
• Inflamação 
conjuntiva;
• Ifo, CTX,, 
carmustina, 
epirrubicina, 
MTX, 5-FU;
Diplopia 
• Visão dupla;
• Fludarabina, 
VCR, clorambucil;
Escotomas
• Alteração de uma 
área dentro do 
campo visual;
• Paclitaxel, 
docetaxel;
Fotofobia 
• Ara C altas doses, 
5-FU, fludarabina, 
MTX;
• Corticóides
colírio (dexa);
Fotopsia
• Sensação 
luminosa como 
faiscas;
• Paclitaxel
(durante a 
infusão da droga)
Toxicidade Gastrintestinal
Náusea:
Sensação desagradável, mal-estar ou desconforto
localizado no epigástrio, região da garganta e/ou
difusamente pelo abdome;
Fenômeno subjetivo – sensação urgente de vomitar;
Acompanhada de taquicardia, sudorese, inquietação,
palidez ou rubor cutâneo, sialorréia, diminuição do
tônus gástrico, redução do peristaltismo e
refluxo do conteúdo intestinal para o
estômago.
Ânsia de vômito:
Movimento rítmico e espasmódico envolvendo o
peito, diafragma e os músculos abdominais que
ocorre antes ou durante o vômito;
Esforço ou tentativa de vomitar sem que nada seja
eliminado (vômito seco).
Toxicidade Gastrintestinal
Vômito:
Expulsão forçada do conteúdo do estômago,
duodeno e/ou jejuno proximal através da boca e
nariz, acompanhado de alterações somáticas;
Ocorre em aproximadamente 60-80% dos
pacientes submetidos à quimioterapia;
Causa desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos,
com a perda de potássio, cloro, sódio,
magnésio e água.
Toxicidade Gastrintestinal
Incidência:
Cerca de 30% dos agentes quimioterápicos produzem
náuseas e vômitos;
Dose, vias de administração, velocidade de aplicação e
combinação de drogas influenciam na incidência;
A cisplatina em altas doses (mais de 70mg/m²) é o agente
isolado com maior potencial emético;
Outros fatores: idade, sexo, ingestão alcoólica,
predisposição, fatores emocionais, condição orgânica
desfavorável, outras drogas ou tratamentos, nº de
aplicações de quimioterapia e presença de náusea e/ou
vômito antecipatório.
Toxicidade Gastrintestinal
Incidência:
Nível Incidência Agente
5 Muito severa
(> 90%)
Ciclofosfamida (> 1500mg/m²), cisplatina (> 49mg/m²), citarabina (> 
1000mg/m²)
4 Severa
(60% a 90%)
Dacarbazina, dactinomicina, doxorrubicina (> 60mg/m²), 
epirrubicina (> 89mg/m²), etoposide (> 750mg/m²), metotrexato (> 
1000mg/m²)
3 Moderada
(30% a 60%)
Idarrubicina, ifosfamida, irinotecano, oxaliplatina, procarbazina
2 Baixa
(10% a 30%)
Docetaxel, fluorouracil, gemcitabina, mercaptopurina, paclitaxel, 
topotecan
1 Muito baixa
(< 10%)
Bleomicina, hidroxiuréia, hormônios, imatinib,rituximab, 
transtuzumab, vinblastina, vincristina, vinorelbina
Toxicidade Gastrintestinal
Potencial emético agudo de alguns antineoplásicos
Tipos de êmese:
• Ocorrem 1 a 2 horas após a aplicação do
quimioterápico e se resolvem em 24
horas.
AGUDA
• Persistem ou desenvolvem-se 24 horas 
após a administração do quimioterápico.TARDIA
• Ocorrem antes da aplicação do 
quimioterápico, após uma exposição 
anterior.
ANTECIPATÓRIA
Toxicidade Gastrintestinal
Tipos de êmese:
Agente Início (horas) Duração (horas)
Carboplatina 1 a 6 4 a 24
Ciclofosfamida 2 a 12 12 a 24
Cisplatina 1 a 6 24 a 120
Citarabina 6 a 12 3 a 12
Doxorrubicina 2 a 6 6 a 24
Etoposido alta dose 4 a 6 24 ou mais
Metotrexato 4 a 12 3 a 12
Irinotecano 24 ou mais 48
Toxicidade Gastrintestinal
Início e duração de êmese com drogas quimioterápicas.
Tratamento:
1. Avaliação clínica do paciente;
2. Avaliação farmacológica.
Toxicidade Gastrintestinal
Objetiva reduzir a intensidade das 
náuseas e vômitos, prevenir e mesmo 
eliminar sua incidência.
Tratamento:
3 classes de
antieméticos:
Toxicidade Gastrintestinal
o Antagonistas da Dopamina
(fenotiazínicos, análogos das benzamidas e
butiferona); Ex: Haldol, Risperidona
o Antagonistas da Serotonina
(ondasetrona e ganisetrona);
o Drogas miscelânea
(esteróides, canabinóides e benzodiazepínicos).
Orientações de Enfermagem:
Toxicidade Gastrintestinal
O que fazer? O que evitar?
• Higiene oral;
• Ingerir líquidos claros, alimentos frios,
alimentos secos;
• Comer e beber devagar;
• Alimentos favoritos, atrativos
visualmente;
• Posição sentada ao se alimentar;
• Execução e adequação da terapia
antiemética;
• Recipientes coletores;
• Monitorar o ambiente.
• Alimentos com molho, gordurosos,
frituras e condimentos;
• Líquidos durante as refeições,
alimentos quentes e doces;
• Comer no mesmo ambiente de
preparo da comida;
• Odores;
• Alimentar-se contra a vontade;
• Deitar logo após ter se alimentado.
Intervenções de Enfermagem:
1. Administrar antieméticos antes da QT e após;
2. Observar sinais e sintomas (reação extrapiramidal);
3. Garantir um bom protocolo antiemético;
4. Manter o paciente confortável durante a administração da QT;
5. Promover medidas para aliviar o estresse, a ansiedade e o medo;
6. Se vômito logo após a administração da QT, deve-se repetir a dose;
7. Observar o balanço hídrico do paciente;
8. Controlar o peso semanalmente;
9. Providenciar alimentação agradável;
10. Encorajar uma boa higiene oral;
11. Utilizar medidas de proteção para manipular o vômito;
12. Informar o paciente e familiares.
Toxicidade Gastrintestinal
Mucosite:
Resposta inflamatória das células do epitélio da
mucosa aos efeitos citotóxicos da quimioterapia;
Lesões eritematosas, erosivas, inflamatórias e
ulcerativas;
Impacto na qualidade de vida;
Outras complicações: dor, ulceração,
sangramento, xerostomia, má absorção,
diarréia, alterações do paladar, disfagia,
dispepsia e infecção.
Toxicidade Gastrintestinal
30% a 70%
(quimioterapia)
+ de 90%
(TMO)
100%
(radioterapia)
Fisiopatologia:
Toxicidade Gastrintestinal
1ª Fase
Iniciação
Dura 2 dias – lesão direta às células epiteliais.
2ª Fase
Auto-regulação
e produção de 
mensagens
Dura de 2 a 3 dias – liberação de citocinas
inflamatórias (dano adicional) – mucosa fina,
eritema.
3ª Fase
Sinalização e 
amplificação
Dura de 2 a 10 dias – dano direto às células e
início da ativação de citocinas pró-inflamatórias.
4ª Fase
Ulceração
Dura de 10 a 15 dias – estende-se desde o
epitélio até a submucosa – colonização –
estimulação de mais citocinas – dor debilitante.
5ª Fase
Recuperação
Leva de 14 a 21 dias – proliferação de células
epiteliais – restabelecimento da flora.
Fatores de risco:
Toxicidade Gastrintestinal
o Idade;
o Diagnóstico;
o Nível de saúde oral;
o Danos à mucosa;
o Alterações da flora
microbiológica;
o Doença enxerto x hospedeiro;
o Tipo da droga, frequência e
intensidade da dose;
o Tratamento oncológico prévio;
o Quimio + Radio;
o Trauma;
o Alimentos ásperos;
o Dentes pontiagudos;
o Disfunção de glândulas
salivares;
o Uso de álcool e tabaco;
o Defeitos genéticos em certas
enzimas;
o Diabetes, AIDS e obesidade.
Manifestações clínicas:
Toxicidade Gastrintestinal
Sensibilidade alterada 
(alimentos ácidos, 
quentes e frios)
Hiperemia, edema, 
ulceração, dor, 
sialorréia, queimação, 
hemorragia e infecção
Ingestão , 
comunicação verbal, 
higiene oral e 
autoimagem 
comprometidas
Classificação:
Leve, moderada e severa:
Toxicidade Gastrintestinal
1
43
2
Grau 0 Sem alterações
Grau 1 Inflamação e eritema
Grau 2 Eritema, úlceras, consegue 
comer alimentos sólidos
Grau 3 Eritema, úlceras, apenas dieta 
líquida
Grau 4 Não consegue se alimentar
World Health Organization - WHO
Drogas associadas à mucosite:
Toxicidade Gastrintestinal
o 5-FU
o Metotrexato
o Bleomicina
o Capecitabina
o Cisplatina
o Ciclofosfamida
o Citarabina
o Dactinomicina
o Daunorrubicina
o Docetaxel
o Doxorrubicina lipossomal
o Doxorrubicina
o Mitomicina
o Paclitaxel
o Vimblastina
o Vincristina
o Vinorelbina
Tratamento e prevenção:
Toxicidade Gastrintestinal
Protetores orais
Soluções para bochecho
Profilaxia antiviral
Profilaxia antifúngica
Antiinflamatórios
Anestésicos locais
Analgésicos sistêmicos
Fatores de crescimento hematopoiético 
Laserterapia
Intervenções de Enfermagem:
1. Avaliar a cavidade oral de todos os pacientes submetidos à
quimioterapia;
2. Manter a equipe médica informada sobre a evolução da mucosite;
3. Enfatizar a importância da manutenção de uma boa higiene oral;
4. Oferecer soluções de nistatina para bochechos e gargarejos;
5. Aliviar a dor com uso de soluções anestésicas;
6. Estar atento aos pacientes neutropênicos com mucosite;
7. Acompanhar a contagem hematológica;
8. Evitar traumatismos em cavidade oral;
9. Se sangramento, instituir medidas de contenção;
10. Recomendar visita ao dentista;
11. Manter os lábios lubrificados.
Toxicidade Gastrintestinal
Anorexia:
Perda do apetite ou do desejo de comer;
Está presente em 15% a 25% no momento do
diagnóstico;
Pode ser consequência de alterações neurormonais,
mudanças no paladar, reação psicológica,
complicações da própria doença ou dos efeitos
colaterais do tratamento;
Drogas que causam alteração do paladar: cisplatina,
ciclofosfamida, dacarbazina, mecloretamina,
fluorouracil e metotrexato.
Toxicidade Gastrintestinal
Intervenções de Enfermagem:
1. Avaliar o estado nutricional do paciente
(peso/altura);
2. Avaliar a aceitação alimentar;
3. Orientar quanto a importância de um estado
nutricional adequado;
4. Incentivar a prática de exercícios físicos;
5. Orientar quanto à higiene oral adequada;
6. Orientar quanto ao controle das náuseas,
vômitos e estomatite.
Toxicidade Gastrintestinal
Diarréia:
Liberação anormalmente frequente de matéria fecal mais
ou menos líquida pelo intestino, acompanhada ou não de
cólicas abdominais;
Três ou mais evacuações por dia, de conteúdo amolecido
ou líquido;
A quimioterapia destrói a mucosa intestinal, levando a
descamação celular, irritação, alterações de motilidade e
consequente diarréia;
Quando não tratada ocasiona estresse físico e
emocional, depleção fluida, desequilíbrio
eletrolítico, escoriação de pele e mucosa e até morte.
Toxicidade Gastrintestinal
Incidência:
75% a 80% dos pacientes que recebem quimioterapia;
Quimioterápicos mais relacionados – antimetabólitos e
antibióticos antitumorais (Ex.: citarabina, dactinomicina,
fluorouracil, floxuridine, irinotecano, topotecan,
capecitabina, raltitrexed, oxaliplatina, hidroxiuréia,
metotrexato, nitrosuréias);
Diarréia aguda (primeiras 24h) e tardia (3 a 11 dias após);
A incidência de diarréia é proporcional a dose e a
frequência de aplicação;
Também é comum na primeira semana pós-transplante de
medula óssea.
Toxicidade Gastrintestinal
Causas da diarréia:
Toxicidade Gastrintestinal
Diarréia osmótica
(Redução ou impedimento da 
absorção)
Diarréia secretora(Aumento da secreção 
intestinal)
Dismotilidade intestinal
(Trânsito rápido do material)
Diarréia inflamatória
(Mudanças na morfologia da 
mucosa)
Tratamento:
Reposição de fluidos e eletrólitos;
Frequentemente o tratamento quimioterápico é
interrompido temporariamente;
Modificação na dieta;
Antidiarréicos (difenoxilato / loperamida) – diminuem
a ação muscular do intestino, diminuindo a motilidade
e oferecendo um tempo maior para absorção de
fluidos e eletrólitos;
Cuidados com a região perianal.
Toxicidade Gastrintestinal
Intervenções de Enfermagem:
1. Observar, avaliar e registrar as características, a quantidade e
a frequência das eliminações intestinais;
2. Monitorar e corrigir desequilíbrio hidroeletrolítico;
3. Monitorar ingestões hídrica e calórica, diurese e peso;
4. Estimular ingestão calórica e hídrica (3000ml/dia);
5. Administrar antidiarréicos e ansiolíticos conforme prescrição
médica;
6. Orientar quanto às medidas de proteção perianal;
7. Coletar amostra de fezes para cultura;
8. Promover períodos maiores de repouso;
9. Promover medidas de alívio do estresse e ansiedade.
Toxicidade Gastrintestinal
Constipação:
Estado no qual as fezes são evacuadas com dificuldade ou
a longos intervalos;
É acompanhada de anorexia, desconforto, dor e distensão
abdominal;
Pode ocorrer devido a neurotoxicidade de alguns
antineoplásicos (Ex.: alcalóides da vinca);
Fatores de risco: idade avançada,
diminuição da motilidade e atividade, erros
alimentares, uso de narcóticos e alterações
piscológicas.
Toxicidade Gastrintestinal
Prevenção e tratamento:
Aumentar a quantidade de fibras na dieta;
Ingerir de 2 a 3L de líquidos por dia;
Incrementar os exercícios físicos e deambulação;
Planejar um horário regular, diariamente;
Drogas laxativas.
Toxicidade Gastrintestinal
Intervenções de Enfermagem:
1. Estabelecer o padrão normal de evacuação do
paciente;
2. Incentivar aumento da ingestão hídrica;
3. Controlar a efetividade da medicação laxante;
4. Orientar dieta rica em fibras;
5. Estimular atividade física;
6. Inspecionar condições da região anal.
Toxicidade Gastrintestinal
Pode ser:
Aguda:
Ocorre durante ou nas primeiras horas de aplicação;
Manifesta-se por alterações eletrocardiográficas transitórias.
Crônica:
Pode manifestar-se durante o tratamento ou após semanas,
meses ou anos;
Síndrome da cardiomiopatia cumulativa (insuficiência
cardíaca congestiva e falência cardíaca)
Evolução progressiva e irreversível.
Cardiotoxicidade
Principais quimioterápicos cardiotóxicos:
Antracíclicos (doxorrubicina, daunorrubicina epirrubicina) /
Mitoxantrona / CTX em altas doses / 5-FU / Paclitaxel.
Dose cumulativa / esquema de aplicação / idade / doença
cardíaca pré-existente / associação de drogas /
radioterapia prévia / sensibilidade individual;
Cardiotoxicidade
Droga Dose máxima cumulativa
Doxorrubicina 550mg/m²
450mg/m² - p/ pcts com histórico de RXT, uso de CTX e doença cardíaca
Daunorrubicina 600mg/m²
4459mg/m² - p/ pcts com histórico de RXT, uso de CTX e doença cardíaca
300mg/m² - crianças
Epirrubicina 900 a 1100mg/m²
São hepatotóxicas:
Asparaginase, metotrexato, citarabina, mercaptopurina,
tioguanina, dacarbazina, ciclofosfamida, carmustina,
lomustina, bussulfano, mitomicina, hidroxiuréia,
clorambucil, cisplatina, doxorrubicina, vincristina,
vimblastina e Glivec associado ao paracetamol;
É reversível com a interrupção temporária do tratamento,
mas pode evoluir para necrose ou fibrose hepática
irreversível;
Fatores de risco: radioterapia em região hepática prévia ou
concomitante / administração concorrente de outras
drogas ou hepatite em atividade.
Hepatotoxicidade
Incomum, porém fatal;
Drogas: bleomicina, taxanes, ciclofosfamida,
clorambucil, melfalan, metotrexato, citarabina,
procarbazina, mitoxantrona, gencintabina;
Fatores de risco: associação de drogas,
radioterapia concomitante, doença pulmonar
anterior, idade avançada, hábito de fumar,
insuficiência renal e/ou hepática.
Toxicidade Pulmonar
Vincristina, vimblastina, vinorelbine,
asparaginase, cisplatina, oxaliplatina,
etoposide, teniposide, paclitaxel e docetaxel;
Fatores de risco: dose e via de administração,
idade, função hepática e renal, uso prévio ou
concomitante de outras drogas e radioterapia
em SNC.
Neurotoxicidade
Anormalidades Centrais Anormalidades Periféricas
o Encefalopatia
o Síndrome Cerebelar
o Convulsões
o Neuropatia periférica
o Neuropatia craniana
o Neuropatia autonômica;
o Aracnoidite e irritação meníngea

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