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ATUALIDADES
Realidade do Distrito Federal e da RIDE
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública 
e é professor de Direito Administrativo em 
concursos públicos, tendo sido aprovado para 
vários cargos, dentre os quais se destacam: 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil 
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil 
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes 
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.
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RIDE
Realidade do Distrito Federal e da RIDE
Prof. Diogo Surdi
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SUMÁRIO
Realidade do Distrito Federal e da RIDE .........................................................4
1. A Região Integrada de Desenvolvimento – RIDE ..........................................4
2. Aspectos Históricos .................................................................................8
2.1. Chegada dos Portugueses ao Brasil .........................................................9
2.2. O Tratado de Tordesilhas .......................................................................9
2.3. Enfraquecimento da Coroa Portuguesa ..................................................11
2.4. Tratado de Madri ...............................................................................12
2.5. A Primeira Capital Brasileira .................................................................14
2.6. A Segunda Capital Brasileira ................................................................15
2.7. A Terceira e Atual Capital Brasileira .......................................................16
3. Aspectos Geográficos ............................................................................22
3.1. Clima e Vegetação..............................................................................25
3.2. Hidrografia ........................................................................................27
4. Aspectos Políticos ................................................................................29
5. Desenvolvimento Urbano ......................................................................33
6. Aspectos Econômicos ...........................................................................42
Questões de Concurso ...............................................................................48
Gabarito Comentado .................................................................................63
Gabarito ..................................................................................................65
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RIDE
Realidade do Distrito Federal e da RIDE
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REALIDADE DO DISTRITO FEDERAL E DA RIDE
1. A Região Integrada de Desenvolvimento – RIDE
A possibilidade de criação de uma Região Integrada de Desenvolvimento decor-
re do próprio texto da Constituição Federal, que apresenta, na parte destinada à 
organização dos entes federativos, a faculdade de união para fins de aceleração do 
desenvolvimento econômico e redução das desigualdades regionais. 
Nesse sentido, dois artigos, mais precisamente, merecem destaque do texto da 
Constituição Federal. 
Art. 21. Compete à União:
IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e 
de desenvolvimento econômico e social;
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mes-
mo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução 
das desigualdades regionais.
§ 1º Lei complementar disporá sobre:
I – as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos 
regionais, integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, 
aprovados juntamente com estes.
§ 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsa-
bilidade do Poder Público;
II – juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III – isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pes-
soas físicas ou jurídicas;
IV – prioridade para o aproveitamento econômico e social dos rios e das massas de água 
represadas ou represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
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Assim, podemos conceituar as regiões integradas de desenvolvimento como 
uma forma de associação entre diversos entes federativos que possui, basicamen-
te, dois objetivos principais: 
a) acelerar o desenvolvimento econômico da região;
b) reduzir as desigualdades sociais.
Com base nessas premissas, a Lei Complementar n. 94, de 1998, institui a Re-
gião Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno – RIDE. 
Fazem parte da RIDE o Distrito Federal e alguns municípios pertencentes aos 
Estados de Goiás e Minas Gerais. 
Vamos conhecer quais são estes Municípios? 
No ano de 2018, por meio da edição da Lei Complementar n. 163, a lista dos 
municípios que fazem parte da RIDE foi alterada, passando a contar, além do Dis-
trito Federal, com uma série de novos municípios, sendo eles:
a) do Estado de Goiás: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de 
Goiás, Alexânia, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Barro Alto, Cabe-
ceiras, Cavalcante, Cidade Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, 
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Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Goianésia, Luziânia, Mimoso de Goiás, 
Niquelândia, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antô-
nio do Descoberto, São João d’Aliança, Simolândia, Valparaíso de Goiás, Vila 
Boa e Vila Propício;
b) do Estado de Minas Gerais: Arinos, Buritis, Cabeceira Grande e Unaí.
E será que a lista de municípios que fazem parte da RIDE pode ser mo-
dificada? 
Certamente que sim! Prova disso é que tivemos, como já informado, a inclu-
são de diversos outros entes no ano de 2018. 
Além disso, deve ser salientado que, em caso de desmembramento de al-
gum dos municípios que já fazem parte da RIDE, os novos entes constituídos 
irão, de forma automática, passar a fazer parte da mencionada região. 
Nesse sentido, por exemplo, é a previsão do § 2º do artigo 1º da Lei Comple-
mentar n. 94/1998:
Art. 1º
§ 2º Os Municípios que vierem a ser constituídos a partir de desmembramento de 
território de Município citado no § 1º deste artigo passarão a compor, automatica-
mente, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno.
Anorma determina, ainda, que o Poder Executivo deverá constituir um Con-
selho Administrativo. Esse órgão, por sua vez, será composto por representan-
tes dos Estados e Municípios integrantes da RIDE, de acordo com as regras 
previstas em regulamento.
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Como informado, um dos principais objetivos, com a instituição da RIDE, é pro-
mover o desenvolvimento econômico da região. Nesse sentido, a própria lei 
complementar autoriza o Poder Executivo a instituir um Programa Especial de 
Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal.
O programa, ouvidos os órgãos competentes, estabelecerá, mediante convênio, 
normas e critérios para unificação de procedimentos relativos aos servi-
ços públicos, abrangidos tanto os procedimento federais e de responsabilidade 
de entes federais, quanto aqueles de responsabilidade dos entes federativos que 
compõem a RIDE, especialmente em relação a:
a) tarifas, fretes e seguros, ouvido o Ministério da Fazenda;
b) linhas de crédito especiais para atividades prioritárias;
c) isenções e incentivos fiscais, em caráter temporário, de fomento a ativida-
des produtivas em programas de geração de empregos e fixação de mão de 
obra.
Faz todo o sentido, não é mesmo? Na medida em que estamos diante de 
uma região integrada, nada mais natural que os procedimentos relacionados com 
os serviços públicos sejam, na medida do possível, unificados. 
Consideram-se de interesse da RIDE os serviços públicos comuns ao Distrito Fede-
ral e aos Municípios que a integram, especialmente aqueles relacionados às áreas 
de infraestrutura e de geração de empregos.
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Por fim, precisamos saber a forma como os programas e projetos prioritários da 
RIDE (com especial ênfase para os relativos à infraestrutura básica e geração de 
empregos) serão financiados. 
De acordo com a lei, o financiamento desses programas e projetos será feito 
com base em três diferentes fontes, a saber: 
a) recursos de natureza orçamentária, que lhe forem destinados pela União, 
na forma da lei;
b) recursos de natureza orçamentária que lhe forem destinados pelo Distrito 
Federal, pelos Estados de Goiás e de Minas Gerais, e pelos Municípios abran-
gidos pela Região Integrada de que trata esta Lei Complementar;
c) recursos de operações de crédito externas e internas.
2. Aspectos Históricos
Para compreendermos os aspectos históricos do Distrito Federal e dos entes que 
fazem parte da RIDE, temos que recorrer a diversos acontecimentos da própria 
história do nosso país.
Sendo assim, iremos “passear” por diversos acontecimentos que, ao longo dos 
tempos, influenciaram na formação do Distrito Federal (e, por consequência, da 
RIDE). 
Ressalto, desde já, que é muito provável que as questões de prova sobre 
o assunto se refiram ao Distrito Federal, ainda que a RIDE seja formada, como 
anteriormente analisado, por entes de outros dois Estados (Minas Gerais e Goiás). 
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2.1. Chegada dos Portugueses ao Brasil
No século XV, mais precisamente no ano de 1500, o militar português Pedro 
Alvares Cabral decidiu refazer a rota de Vasco da Gama, percorrendo os caminhos 
da Índia.
No entanto, a embarcação tomou outros rumos e acabou chegando em território 
brasileiro. Existem historiadores que afirmam que a chegada de Cabral ao Brasil 
foi proposital, haja vista que, antes dele, outros europeus já tinham chegado em 
nosso território. 
Inicialmente, a embarcação acreditava que o território se tratava apenas de um 
ilha, motivo pelo qual ela recebeu o nome de “Ilha de Vera Cruz”.
Posteriormente, o território foi intitulado de “Terra de Santa Cruz”, sendo, hoje, 
a cidade de Porto Seguro, na Bahia. O nome “Brasil” apenas surgiu em momento 
mais tarde, sendo oriundo do amplo fluxo de exportação da madeira Pau-Brasil.
Conforme se espalhava a notícia do “Novo Mundo”, o território descoberto ia 
ficando cada vez mais povoado.
No início, a mão de obra era feita pelos nativos que aqui habitavam, que, ainda 
que enfrentassem uma forte resistência, acabavam trabalhando em troca do rece-
bimento de objetos. 
2.2. O Tratado de Tordesilhas
Disputas e guerras. Esse era o cenário em que se encontrava o Brasil em mea-
dos do século XVI, ou seja, em um constante embate entre a monarquia espanhola 
e a monarquia portuguesa. 
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A notícia do “novo mundo” se proliferava por todos os cantos. As maravilhas 
e riquezas naturais em abundância, dessa forma, despertaram a curiosidade de 
diversas outras nações, que não aceitavam que Portugal e Espanha ficassem com 
todos esses bens e recursos. 
Além disso, deve ser salientado que Portugal e Espanha disputavam, interna-
mente, para ver quem ficava com a maior parte território.
Nesse cenário, ambas as nações, por meio de seus comandantes, assinaram, 
em 7 de julho de 1494, na cidade de Tordesilhas, na Espanha, o Tratado de 
Tordesilhas. 
A assinatura do tratado em questão teve uma importante participação do Papa 
Alexandre VI, que, após ser procurado por ambos os países, envolveu-se na ques-
tão e demarcou as terras que ficariam como cada uma das nações. 
Seria um tratado que traria uma trégua para os conflitos entre os dois 
países, certo? 
De forma alguma! Portugal, por ter “descoberto” o território, sentiu-se no di-
reito de ficar com, pelo menos, uma maior parte da extensão territorial. 
Além disso, nações como a Inglaterra, França e Países Baixos não aceitaram o 
acordo. Nem o próprio D. João II, Rei de Portugal, ficou satisfeito com a decisão do 
Papa. 
Após a demarcação do Papa, os governadores de Portugal e Espanha se reuni-
ram novamente e mudaram o resultado do tratado. A Espanha ficou com a parte 
Oeste do Cabo Verde, e Portugal com a parte Leste (ficando com a maior parte 
do Centro-Oeste localizado em Goiás). 
Nesse meio tempo, e, considerando que, conforme informado, a notícia das ma-
ravilhas naturais se espalhava pelo mundo, chegaram ao Brasil imigrantes de 
toda parte, com a intenção de colonizar e sobreviver nas terras brasileiras. 
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2.3. Enfraquecimento da Coroa Portuguesa
No período de 1580 a 1640, a Coroa Portuguesa, por diversos motivos (princi-
palmente econômicos) enfraqueceu, passando a se submeter ao domínio dos es-
panhóis. 
Esse período ficou conhecido como União Ibérica (unidade política entre mo-
narquia e dinastia). No âmbito da União Ibérica, algumas normas e leis foram esta-
belecidas, incluindo a que resultava nas divisões das colônias brasileiras. 
Como resultado, tivemos, em 1621, a divisão do território brasileiro, pela Co-
roa Espanhola, em duas diferentes unidades administrativas, sendo elas:
a) Maranhão, cuja capital era São Luís. 
b) Brasil, cuja capital era Salvador. 
Entre 1590 e 1593, as tropas de Domingos Luís Grau e Antônio Macedo er-
gueram suas bandeiras em Goiás.
Posteriormente, os portugueses trouxeram os padres Jesuítas, que teriam a 
missão de catequizar os índios brasileiros e “domesticá-los” para o trabalho escra-
vo. A missão coordenada pelo padre Cristóvão de Lisboa, em 1625, concentrou-
-se em uma aldeia na Amazônia. 
Dessa época, três importantes termos merecem destaque, sendo eles: entra-
das, bandeiradas e descidas.
• Entradas: organização feita pelo governo, com o dinheiro público, para con-
trolar as exportações e importações de escravos, minérios e produtos extra-
ídos do Brasil. Respeitavam, na maioria das vezes, o Tratado de Tordesilhas. 
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• Bandeiradas: movimentos particulares que impunham a escravidão dos ín-
dios nativos para a extração de metais preciosos. Tais movimentos não res-
peitavam o Tratado de Tordesilhas. 
• Descidas: expedições feitas pelos Jesuítas com o objetivo de recrutar os 
índios do interior para o serviço escravo. As principais bandeiradas estavam 
concentradas nas regiões Norte e Sul do país.
No período de crise, o rei de Portugal precisava de bons aliados. Foi nesse perí-
odo que surgiu Marquês de Pombal, que, além de administrar as finanças da co-
roa portuguesa, ficou responsável pelas extrações e exportações no Brasil. 
Mais à frente, cogitou-se, pela primeira vez, a ideia de que a capital brasileira 
teria que ser localizada, por questões de segurança, no interior do país. 
2.4. Tratado de Madri 
Devido às constantes expedições, e tendo como objetivo extrair o abundante 
ouro localizado no território de Goiás, Portugal, cada vez mais, não respeitava as 
demarcações do Tratado de Tordesilhas.
Após uma série de conflitos, fez-se necessário que um novo tratado fosse as-
sinado. 
Foi assim que, em 1750, o rei de Portugal (D. João V) e o rei da Espanha (Fer-
nando VI) assinaram o Tratado de Madri. 
Com o tratado, novas regras e divisões foram estabelecidas, sendo uma das 
características do acordo a existência de uma administração e supervisão mais 
rigorosa.
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A principal medida do tratado foi a decretação de que cada uma das nações 
ficaria com que já possuísse (conceito denominado de uti possidetis). 
Além disso, todo o território goiano e a maior parte do Centro-Oeste dei-
xariam de ser da Espanha e passariam a ser oficialmente do Brasil.
Deve ser salientado que, com a demarcação, tornou-se mais fácil a localização 
geográfica. No entanto, as demarcações foram, em partes, meramente simbólicas, 
haja vista que as guerras e disputas pelos tesouros naturais (principalmente o 
ouro) continuaram. 
Com o declínio nas explorações do ouro (até mesmo pela escassez de recursos 
naturais), Portugal e Espanha tomaram conhecimento de que outro tipo de ativida-
de estava sendo bastante lucrativa. 
Tratava-se da agropecuária, que estava sendo realizada, com maior intensida-
de, no Estado da Bahia. 
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2.5. A Primeira Capital Brasileira
Em meados do século XVI, Salvador (BA) estava em alta com a plantação 
e cultivo da cana-de-açúcar.
Assim como acontecia com os primeiros anos da exploração do ouro, as 
exportações eram bastante lucrativas. No entanto, ao contrário do que ocorria 
com a atividade anterior, a cana-de-açúcar existia em extrema abundância, não 
se tratando, pelo menos em um primeiro momento, de um recurso com possi-
bilidade de escassez. 
O fluxo de exportação era ótimo e muito lucrativo, tendo atraído os interes-
ses das principais nações exploradoras da época (Portugal e Espanha). 
O interesse foi tanto que resolveram fazer de Salvador a 1° capital bra-
sileira, tendo sido governada pelo conselheiro do rei de Portugal, Tomé de 
Souza. 
O monarca português queria ter certeza que os lucros e impostos seriam 
enviado a ele, então, ninguém melhor que Tomé, seu conselheiro, para garantir 
a transição.
No entanto, assim como aconteceu com o ouro (só que com um período 
maior de tempo), a exploração, após alguns anos, começou a ficar prejudicada, 
principalmente se levarmos em conta a má preparação do solo da época. 
Com a baixa produção, poucos recursos eram enviados para a monarquia 
portuguesa, fazendo surgir a necessidade de se encontrar uma nova “fonte de 
recursos”.
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2.6. A Segunda Capital Brasileira
Por volta de 1763, foram descobertos novos pontos de extração de minério pelo 
Brasil. Desses, o que ganhou destaque foi o Rio de Janeiro, que, além das extra-
ções, possuía o porto, ensejando a possibilidade de uma minuciosa fiscalização.
Como resultado, o Rio de Janeiro passou a ser, a partir de 1763, a segun-
da capital brasileira, fato que perdurou até o ano de 1960.
No século XIX, o Rio de Janeiro foi tão almejado com suas maravilhas naturais e 
recursos econômicos que chamou a atenção até mesmo da Família Real Por-
tuguesa. 
O próprio Rei de Portugal resolveu se instalar no Rio de Janeiro. Com a sua che-
gada, uma série de reformas foram realizadas, dentre as quais merecem destaque:
a) novos pontos da organização da Administração Pública;
b) construção de igrejas, hospitais e quartéis;
c) a fundação do primeiro Banco do Brasil;
d) a criação da Imprensa Régia, com o primeiro jornal do país (o 
Jornal Gazeta);
e) o surgimento do Jardim Botânico.
Ainda nesse período, e até meados de 1889, o Brasil foi palco de grandes acon-
tecimentos políticos, sendo eles:
a) abolição da escravidão;
b) independênciado Brasil;
c) proclamação da República;
d) mobilização militar/ Regime Republicano.
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Entre 1902 a 1906, o Brasil voltou a ser governado por um conselheiro do im-
pério português, Rodrigues Alves. Foi um período próspero, um momento de 
estabilidade econômica, como resultado das exportações regidas pelos coronéis de 
São Paulo e Minas Gerais. 
Rodrigues Alves fez muitos reparos na área urbana do Rio de Janeiro, sendo que 
ruas e bairros ganharam formas inspiradas nos centros urbanos europeus. 
No entanto, a aglomeração de pessoas vivendo em condições precárias se espa-
lhava pelas ruas do Rio. Nesse cenário, antigos escravos e colonizadores (que não 
tinham como se manter e viviam em casas sem as mínimas condições básicas) fo-
ram expulsos de seus cortiços, originando o crescimento das periferias nos morros. 
O Rio de Janeiro, aos poucos, foi se revelando um lugar que já não era ideal 
para acumular riquezas. O risco era grande demais, ainda mais se considerarmos 
que estávamos diante de uma cidade litorânea. 
Nada mais natural, como já acontecera em outras oportunidades, do que trans-
ferir a capital do Brasil para um local mais seguro. 
Sendo assim, a questão da segurança foi um dos principais motivos que leva-
ram, muito tempo depois, à transferência da capital para a região Centro-Oeste. 
2.7. A Terceira e Atual Capital Brasileira
Ainda no mandato de Floriano Peixoto, as chamadas “Metas Mudancistas” 
foram criadas para garantir a construção da atual capital brasileira. Essa missão foi 
confiada a Luiz Cruls, que demarcou o território do Planalto Central.
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Além disso, Lúcio Costa foi o responsável por desenvolver o projeto urbanístico 
de Brasília e Oscar Niemeyer desenvolveu o projeto arquitetônico.
Por se tratar de uma cidade projetada, Brasília teve o seu Plano Piloto tombado 
como patrimônio histórico nacional. Além disso, a Unesco inscreveu o plano na lista 
do Patrimônio Mundial. 
Ambas as medidas foram adotadas com o objetivo de preservar as características 
primordiais do excelente projeto urbanístico realizado. 
Em 1823, essa proposta havia sido sugerida por José Bonifácio de Andrada e 
Silva, em uma época em que se cogitava, ainda que remotamente, a ideia de que 
a capital deveria ser no centro do país.
A construção de uma nova capital constou, inclusive, no texto da Constituição 
Federal de 1891, que apresentava, em seu artigo 3º, a seguinte redação: 
Art. 3º Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 14.400 
quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a 
futura Capital federal.
Parágrafo único. Efetuada a mudança da Capital, o atual Distrito Federal passará a cons-
tituir um Estado.
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Posteriormente, com a entrada em vigor da Constituição de 1934, passamos a 
contar, conforme estabelecia o artigo 4º das Disposições Transitórias, com a previ-
são de transferência da capital para um ponto central do Brasil.
Além disso, a Constituição estabelecia procedimentos a serem executados pelo 
Presidente da República com o objetivo de realizar a mudança.
Art. 4º Será transferida a Capital da União para um ponto central do Brasil. O Presiden-
te da República, logo que esta Constituição entrar em vigor, nomeará uma comissão, 
que, sob instruções do Governo, procederá a estudos de várias localidades adequadas 
à instalação da Capital. Concluídos tais estudos, serão presentes à Câmara dos Deputa-
dos, que escolherá o local e tomará sem perda de tempo, as providencias necessárias à 
mudança. Efetuada esta, o atual Distrito Federal passará a constituir um Estado.
Parágrafo único. O atual Distrito Federal será administrado por um Prefeito, cabendo as 
funções legislativas a uma Câmara Municipal, ambos eleitos por sufrágio direto sem pre-
juízo da representação profissional, na forma que for estabelecida pelo Poder Legislativo 
Federal na Lei Orgânica. Estendem-se lhe, no que lhes forem aplicáveis, as disposições 
do art. 12. A primeira eleição para Presidente será feita pela Câmara Municipal em es-
crutínio secreto.
Em 1946, tivemos a entrada em vigor de mais uma Constituição. Nela, tínhamos 
a previsão, novamente no artigo 4º das Disposições Transitórias, de que a capital 
da União seria transferida para o planalto central do país. 
Ainda que a norma estabelecesse um prazo para que o Presidente da República 
nomeasse uma comissão com o objetivo de realizar estudos, poucos avanços foram 
feitos neste sentido.
Art. 4º A Capital da União será transferida para o planalto central do País.
§ 1º Promulgado este Ato, o Presidente da República, dentro em sessenta dias, nomeará 
uma Comissão de técnicos de reconhecido valor para proceder ao estudo da localização 
da nova Capital.
§ 2º O estudo previsto no parágrafo antecedente será encaminhado ao Congresso Na-
cional, que deliberará a respeito, em lei especial, e estabelecerá o prazo para o início da 
delimitação da área a ser incorporada ao domínio da União.
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§ 3º Findos os trabalhos demarcatórios, o Congresso Nacional resolverá sobre a data da 
mudança da Capital.
§ 4º Efetuada a transferência, o atual Distrito Federal passará a constituir o Estado da 
Guanabara.
Porém, só no mandato de Juscelino Kubitschek de Oliveira é que esse pro-
jeto foi posto em prática. 
Antes disso, durante seu mandato como governador do Estado de Minas Gerais, 
Juscelino investiu nos setores de transporte e energia, além de considerar 
a industrialização fundamental para o crescimento do país. No final de 1954, 
as lideranças do partido PSD lançaram JK à vaga de Presidente do Brasil. 
Como anteriormente informado, dois foram os projetistas da atual capital brasi-
leira. Vamos conhecer um pouco mais sobre eles? 
Lúcio Costa foi, sem dúvidas, o grande inventor de Brasília, tendo sido reco-
nhecido, inclusive, pelo próprio Oscar Niemeyer.
Filho de pais brasileiros, Lúcio nasceu na França, em 1902. No governo de Ge-
túlio Vargas, foi nomeado Diretor da Faculdade de Belas Artes, com o objetivo prin-
cipal de reformar a grade curricular da instituição. 
Dirigiu, entre outros, o projeto arquitetônico que abriga o antigo e o novo Minis-
tério da Educação e Saúde. 
Foi o responsável por apresentar o esboço do projeto-piloto da nova capital,ex-
plicando geograficamente como o processo seria feito.
Oscar Niemeyer, arquiteto reconhecido em vários países, nasceu no Rio de 
Janeiro, em 1907. 
Sua obra é considerada genial. Nas linhas que parecem flutuar no céu de Brasí-
lia, sua arquitetura se assemelha a uma pomba quando pousa lentamente ao chão.
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Seus projetos arquitetônicos despertaram a curiosidade de outros arquitetos ao 
redor do mundo, tendo sido convidado, inclusive, para uma organização que proje-
tava os pavimentos da Organização das Nações Unidas em Nova York. 
Niemeyer ficou responsável pelos prédios dos Palácios da Alvorada, do Planalto, 
do Itamaraty, do Ministério da Justiça, do Congresso Nacional, da Catedral Metro-
politana e do Cine Brasília. 
Não podemos falar de Brasília sem mencionar a importância de João Bosco.
Por volta de 1883, o bispo italiano, sonhando que estava viajando para a 
América do Sul, teve uma visão profética: segundo ele, um anjo lhe apareceu 
em sonho e revelou onde seria a futura capital brasileira.
Neste local, ainda de acordo com João, seria erguida uma cidade, que teria um 
lago bem no centro. Além disso, a capital seria um dos centros urbanos mais 
movimentados e almejados pelo mundo. 
O relato ficou popularmente conhecido como “o sonho de Dom Bosco”. 
No período de 1956-1961, Juscelino Kubitschek de Oliveira e seu vice, João 
Goulart, foram eleitos. Nos primeiros anos de mandato, Juscelino, com medo da 
repressão de seus oponentes políticos e com a ameaça dos militares, resolveu ra-
pidamente colocar em prática os planos de metas para a construção de Brasília, 
que seria a Nova Capital.
Um dos principais fatos relacionados com a construção de Brasília foi a criação 
da NOVACAP (Companhia Urbanizadora da Nova Capital), projeto encami-
nhado ao Congresso Nacional, em 1956, por Juscelino Kubitschek. 
O objetivo, com a criação da companhia, era fomentar e impulsionar a constru-
ção da nova capital. 
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A construção perdurou cerca de 5 anos, e aconteceu durante o mandato do en-
tão presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Ele fez questão de apurar as obras, 
repassando aos projetistas a responsabilidade de consolidar o plano de metas. 
No dia 21 de abril 1960, Brasília foi inaugurada como a terceira e atual ca-
pital brasileira.
A notícia da construção da nova capital se espalhou pelo Brasil, sendo que uma 
grande quantidade de imigrantes do Norte e Nordeste do país saíram em busca de 
trabalho. 
Em 1957, os “candangos”, como ficaram conhecidos (por serem os pioneiros 
a chegar às terras da nova capital, que ainda não estava habitada), eram, uma sua 
grande maioria, nordestinos.
Muitos trouxeram apenas a roupa do corpo, pegavam carona com os caminho-
neiros e enfrentavam estradas em péssimas condições para chegar à “Terra da 
Esperança”. 
Instalaram-se em alojamentos organizados por órgãos públicos. Seus registros 
ocorriam na Instituição de Imigração e Colonização.
Para Juscelino Kubitschek, era impossível regularizar a economia brasileira sem 
fazer acordo com outros países. Como principal medida, Juscelino abriu novamente 
as portas do Brasil para investidores estrangeiros, começando pela indústria auto-
mobilística, o que resultou no aumento das dívidas externas.
Além da Petrobras, que já gerava lucros, Juscelino investiu nas Hidrelétricas de 
Paulo Afonso, no rio São Francisco, e nas barragens de Furnas e Três Marias.
Tais mudanças e investimentos ocasionaram o aumento do PIB (Produto Interno 
Bruto) anual em 7%, mas o crescimento já não superava a dívida. A industrializa-
ção intensificou-se na região Sudeste, influenciando a migração nordestina para 
esta região. 
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Vamos aproveitar para sistematizar os fatos relacionados com aquelas 
que foram, ao longo da história, as três capitais do Brasil. 
Capital Fatores
Salvador (1549)
Foi instituída em razão da queda na exploração do ouro e da abun-
dância de plantação e cultivo da cana-de-açúcar na região.
Foi governada por Tomé de Souza, conselheiro do rei de Portugal.
Rio de Janeiro 
(1763)
Foi instituída em razão da queda na exploração da cana-de-açúcar, 
além da descoberta, na região, de novos pontos de extração de 
minerais. 
No entanto, revelou-se, com o tempo, uma cidade que não tinha segu-
rança.
Brasília (1960)
Inaugurada em 21/04/1960, ainda que sem estar totalmente concluída. 
Inúmeros foram os fatores que levaram à construção da atual capital, 
dentre os quais merecem destaque:
a) desenvolvimento econômico e populacional das regiões centrais 
e interioranas, afastadas das cidades litorâneas;
b) segurança nacional, que, segundo estudos da época, seria melhor 
desenvolvida em uma cidade não litorânea;
c) modernização: ainda que a possibilidade de construção de Brasília 
fosse algo que já encontrava previsão, o momento histórico, econômico e 
político estava intimamente ligado à modernização. Logo, nada mais natu-
ral do que a construção de uma nova (e moderna) cidade. 
3. Aspectos Geográficos
Brasília é a capital da República Federativa do Brasil e a sede do Governo do 
Distrito Federal. 
No site oficial do Distrito Federal (www.df.gov.br), encontramos as informações 
gerais acerca da mencionada cidade. 
Brasília faz parte do Planalto Central, Centro-Oeste do Brasil, onde se encontram 
as cabeceiras de afluentes de três dos maiores rios brasileiros: o Rio Maranhão 
(afluente do Rio Tocantins), o Rio Preto (afluente do São Francisco) e os rios São 
Bartolomeu e Descoberto (tributários do Rio Paraná).
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A cidade está localizada a 15°47’ de latitude sul e a 47°56′ de longitude 
oeste e ocupa uma área de 5.779 km². A cidade fica a cerca de 1.000 metros 
do nível do mar e tem relevo predominantemente plano. O ponto mais alto é o 
Pico do Roncador, com 1.341 metros, localizado na Serra do Sobradinho.
É importante salientar que o Distrito Federal, ainda que seja uma das unidades 
federativas brasileiras, possui uma série de peculiaridades, isso ocorre na medida 
em que o nosso ordenamento jurídico é formado por quatro diferentes espécies de 
entes, sendo eles: 
a) União;
b) Estados;
c) Municípios;
d) Distrito Federal.
Assim, o Distrito Federal não é um Estado, tampouco um Município, mas sim um 
ente federativo suigeneris. 
De acordo com a Constituição Federal, o Distrito Federal desempenha tanto 
as competências elencadas para os Estados quanto aquelas previstas para 
os Municípios. 
Ao contrário do que ocorre com os Estados, o Distrito Federal não pode ser dividido 
em municípios.
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No entanto, o Distrito Federal é dividido, para fins administrativos, em 31 dife-
rentes regiões, sendo elas: 
• Região Administrativa I: Plano Piloto
• Região Administrativa II: Gama
• Região Administrativa III: Taguatinga
• Região Administrativa IV: Brazlândia
• Região Administrativa V: Sobradinho
• Região Administrativa VI: Planaltina
• Região Administrativa VII: Paranoá
• Região Administrativa VIII: Núcleo Bandeirante
• Região Administrativa IX: Ceilândia
• Região Administrativa X: Guará
• Região Administrativa XI: Cruzeiro
• Região Administrativa XII: Samambaia
• Região Administrativa XIII: Santa Maria
• Região Administrativa XIV: São Sebastião
• Região Administrativa XV: Recanto das Emas
• Região Administrativa XVI: Lago Sul
• Região Administrativa XVII: Riacho Fundo
• Região Administrativa XVIII: Lago Norte
• Região Administrativa XIX: Candangolândia
• Região Administrativa XX: Águas Claras
• Região Administrativa XXI: Riacho Fundo II
• Região Administrativa XXII: Sudoeste/Octogonal
• Região Administrativa XXIII: Varjão
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• Região Administrativa XXIV: Park Way
• Região Administrativa XXV: SCIA
• Região Administrativa XXVI: Sobradinho II
• Região Administrativa XXVII: Jardim Botânico
• Região Administrativa XXVIII: Itapoã
• Região Administrativa XXIX: SIA
• Região Administrativa XXX: Vicente Pires
• Região Administrativa XXXI: Fercal
De acordo com a CODEPLAN (Companhia de Planejamento do Distrito Federal), 
Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Brasília e Planaltina são, atualmente, as 
regiões administrativas mais populosas. 
Frisa-se que o Distrito Federal possui uma área de aproximadamente 5.780 
km², sendo esta a menor entre as 27 unidades da federação. 
3.1. Clima e Vegetação
O clima pode ser definido como o conjunto de condições atmosféricas que ca-
racterizam, após as diversas influências recebidas, uma determinada região. 
No Distrito Federal, o clima é tropical ou tropical semiúmido, sendo que a 
temperatura do território varia muito a depender da época do ano em que estamos. 
Basicamente, o Distrito Federal é dividido por duas diferentes estações, sendo 
elas o verão (quente e chuvoso) e o inverno (frio e seco).
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Ainda que a temperatura varie, a depender do local em que estamos, pode-se 
afirmar que a média da temperatura do Distrito Federal é de 20ºC.
A vegetação pode ser conceituada como o conjunto de plantas de um determi-
nado território. A vegetação é diretamente influenciada por fatores como o clima e 
o solo do local. 
No Distrito Federal, a vegetação que predomina é o cerrado. Juntamente com 
a caatinga, o cerrado é considerado uma espécie de savana brasileira. 
Nas regiões em que o cerrado predomina, a temperatura tende a ser quente, 
sendo frequente, também, a divisão dos períodos do ano em seca e chuva. 
 
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3.2. Hidrografia
A hidrografia trata-se do ramo da geografia que se preocupa com o estudo das 
águas, sejam elas correntes, paradas, oceânicas ou subterrâneas.
A bacia hídrica do Distrito Federal é composta, dentre outros, por sete princi-
pais reservatórios, sendo eles:
• Bacia do Descoberto: trata-se do maior reservatório de abastecimento pú-
blico da região. 
• Bacia do São Bartolomeu: devido ao crescimento populacional, parte dessa 
bacia já está comprometida. Ao longo do tempo, a bacia perdeu boa parte das 
matas ciliares, nascentes e veredas. 
• Bacia do Rio Preto: trata-se do rio que é utilizado, de forma intensiva, pelas 
atividades agropecuárias. Isso ocorre com maior frequência durante o perío-
do de estiagem. 
• Bacia do Rio Maranhão: o desmatamento de áreas de preservação, a polui-
ção do solo, a extração irregular de areia, os resíduos de animais jogados no 
rio são as principais causas dos problemas encontrados nesta bacia. 
• Bacia do Rio Corumbá: a baixa existência de mata ciliar, declividade e pou-
ca fertilidade no solo facilitam o processo de erosão. É importante salientar 
que esta bacia está sendo estudada para ser o próximo reservatório de água 
do Distrito Federal. 
• Bacia do Paranoá: trata-se de um lago planejado, juntamente com os “Pla-
nos de Metas”, em meados do século XIX.
• Bacia do Rio São Marcos: trata-se de uma bacia que apresenta problemas 
relacionados com a poluição. Todavia, já existem comitês trabalhando em 
programas de concretização e bom uso da água. 
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Ainda com relação à hidrografia, merece destaque o teor dos artigos 282 a 284 
da Lei Orgânica do Distrito Federal, uma vez que estabelece uma série de regras 
destinadas à proteção de tais recursos. 
Art. 282. Cabe ao Poder Público estabelecer diretrizes específicas para proteção 
de mananciais hídricos, por meio de planos de gerenciamento, uso e ocupação 
de áreas de drenagem de bacias e sub-bacias hidrográficas, que deverão dar 
prioridade à solução de maior alcance ambiental, social e sanitário, além de respeitar a 
participação dos usuários.
Parágrafo único. Cabe ao órgão ambiental do Distrito Federal a gestão do sistema de 
gerenciamento de recursos hídricos.
Art. 283. O órgão ambiental do Distrito Federal deverá divulgar, a cada semestre, 
relatório de qualidade da água distribuída à população.
Art. 284. Os recursos hídricos do Distrito Federal constituem patrimônio públi-
co.
§ 1º É dever do Governo do Distrito Federal, do cidadão e da sociedade zelar pelo regi-
me jurídico das águas, devendo o Poder Público disciplinar:
I – o uso racional dos recursos hídricos para toda a coletividade;
II – a proteção das águas contra ações ou eventos que comprometam a utiliza-
çãoatual e futura, bem como a integridade e renovação física, química e biológica do 
ciclo hidrológico;
III – seu controle, de modo a evitar ou minimizar os impactos danosos causados por 
eventos meteorológicos;
IV – a utilização das águas para abastecimento público, piscicultura, pesca e 
turismo;
V – a exploração racional dos depósitos naturais de água, águas subterrâneas 
e afluentes.
§ 2º Compete ao Distrito Federal para assegurar o disposto neste artigo:
I – instituir normas de gerência e monitoramento dos recursos hídricos no seu 
território;
II – adotar a bacia hidrográfica como base unitária de gerenciamento, conside-
rado o ciclo hidrológico em todas as suas fases;
III – cadastrar, registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de atividades de pesqui-
sa ou exploração de recursos hídricos concedidas ou efetuadas pela União.
§ 3º A exploração de recursos hídricos no Distrito Federal não poderá compro-
meter a preservação do patrimônio natural e cultural do seu território.
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4. Aspectos Políticos 
Em nosso ordenamento jurídico, quatro são as diferentes espécies de entes fe-
derativos, sendo eles:
a) a União;
b) os Estados;
c) os Municípios;
d) o Distrito Federal.
Podemos afirmar, em linha gerais, que a União é a responsável pela elaboração 
e execução de serviços e políticas públicas relacionadas com todo o país.
Aos Estados, por sua vez, compete a efetivação das políticas públicas regio-
nais. Os Municípios, enquanto divisões dos Estados, elaboram as políticas locais. 
O Distrito Federal, no entanto, trata-se de um ente federativo repleto de pecu-
liaridades. A primeira delas, e que o diferencia dos Estados, é o fato de não poder 
ser dividido em municípios. 
E o que seria o Distrito Federal? Um Estado ou um Município? 
A “melhor” resposta é a de que o DF se trata de um ente federativo sui generis, 
desempenhando, ao mesmo tempo, as competências atribuídas pela Constituição 
Federal aos Estados e aos Municípios. 
Com base nisso, podemos afirmar que o Distrito Federal trata-se de um ente 
da federação híbrido, que ora executa competências municipais, ora desempenha 
funções estaduais. 
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Além disso, deve ser mencionado que Brasília, que é a capital federal do 
Brasil, está localizada no Distrito Federal, sendo, inclusive, a sede do Governo do 
respectivo ente. 
União Competências gerais e relacionadas com toda a federação.
Estados Competências regionais.
Municípios Competências locais.
Distrito Federal
Competências regionais (dos Estados) e locais (dos Municípios);
Impossibilidade de divisão em municípios;
É onde está localizada Brasília, sede do Governo e capital do país.
De acordo com a Constituição Federal, o Distrito Federal será regido com base 
em uma Lei Orgânica, que é, assim como ocorre com os Municípios, uma espécie 
de “constituição”, contendo todas as informações relacionadas com a organização 
do ente federativo. 
Assim como acontece com os demais entes (União, Estados e Municípios), o 
Distrito Federal goza de autonomia. 
Como decorrência dessa autonomia, possui o Distrito Federal a capacidade de 
auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. 
Por meio da auto-organização, pode o DF elaborar suas próprias normas fun-
damentais, que devem ser observadas quando da edição dos demais diplomas le-
gais. 
No âmbito da União, tal norma é a Constituição Federal. Nos Estados, cabe tal 
função às Constituições Estaduais. Nos Municípios e no Distrito Federal, como já 
informado, a norma máxima será expressa por meio de uma Lei Orgânica. 
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei or-
gânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois 
terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição.
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E foi justamente com base na capacidade de auto-organização que o Distrito 
Federal promulgou, em 08/06/1993, sua Lei Orgânica. 
A autolegislação confere aos entes federativos a possibilidade de editarem 
suas próprias normas jurídicas, tal como as leis ordinárias, as leis complementares 
e as resoluções. 
Quando da sua edição, não devem tais entes sofrer influência das disposições 
emanadas pelas demais pessoas jurídicas. Devem, contudo, observar as normas 
expressas pela Constituição Federal (que possui alcance nacional), e pela norma 
fundamental do respectivo ente federativo (no caso, a Lei Orgânica). 
Aprendendo na Prática
O Distrito Federal, fazendo uso da prerrogativa de auto-organização, edita a res-
pectiva Lei Orgânica. Tal norma deve ser observada por todos os administrados 
do respectivo ente federativo.
Posteriormente, quando o Distrito Federal, fazendo uso da autolegislação, editar 
normas com a finalidade de regulamentar os mais diversos assuntos, deverá obser-
var as regras emanadas pela Lei Orgânica.
No entanto, todos os entes federativos, independentemente da obrigação de obser-
var as regras previstas nas respectivas normas fundamentais, devem obediência às 
disposições da Constituição Federal, uma vez que esta possui abrangência nacional, 
alcançando todos os entes federados.
A prerrogativa de autogoverno refere-se à possibilidade de cada um dos entes 
federativos escolher seus próprios representantes e organizar os membros que irão 
atuar nos demais Poderes. 
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No âmbito dos cargos eletivos, a escolha será feita de forma direta pela popula-
ção, oportunidade em que os eleitores serão convocados a, por meio do voto direto, 
obrigatório e secreto, manifestar suas vontades em eleições realizadas periodica-
mente. 
No Distrito Federal, o Poder Executivo é exercido pelo Governador, que é 
auxiliado pelos Secretários de Governo. 
O Poder Legislativo, por sua vez, é desempenhado pela Câmara Legislativa, 
que é composta, para tal, de 24 Deputados Distritais. 
Ambas as previsões constam no texto da Lei Orgânica, que possui a seguintes 
redação:
Art. 54. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Legislativa, composta de Deputados 
Distritais, representantes do povo, eleitos e investidos na forma da legislação federal.
Art. 87. O Poder Executivo é exercido pelo Governador do Distrito Federal, auxiliado 
pelos Secretários de Governo.
Além disso, deveser salientado que o Distrito Federal elege 3 Senadores e 8 
Deputados Federais. 
Com relação ao Poder Judiciário, a Constituição Federal determina, em seu 
artigo 21, XIII, que compete à União “organizar e manter o Poder Judiciário, o 
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pú-
blica dos Territórios”. 
A autoadministração, por fim, refere-se às competências administrativas pró-
prias que são estabelecidas, pela Constituição Federal, a cada um dos entes fede-
rativos. Assim, ainda que cada um dos entes se organize internamente e possua 
a capacidade de criar normas destinadas ao correto funcionamento interno, certas 
competências são atribuídas diretamente pela Constituição Federal.
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É importante frisar que, ao passo que certas competências são atribuídas aos 
entes em caráter exclusivo (não podendo ser exercidas por outro ente que não 
o previsto na Constituição), inúmeras outras, ainda conforme as disposições da 
Constituição Federal, devem ser exercidas cumulativamente, ou seja, por todos os 
entes da federação.
No âmbito do Distrito Federal, como já mencionado, são atribuídas tanto as 
competências municipais quanto estaduais. 
Auto-organização 
Os entes podem elaborar suas próprias Constituições (Federal ou 
Estadual) ou Leis Orgânicas.
Autolegislação
Os entes podem elaborar suas próprias normas, devendo observar 
as regras da Constituição Federal e da respectiva norma fundamen-
tal de cada ente.
Autogoverno
Os entes podem organizar seus próprios poderes. Nos cargos eleti-
vos, a escolha será feita pela população. Nos demais Poderes, será 
feita conforme previsão de cada um dos entes.
Autoadministração
Cada ente possui competências administrativas próprias, estabele-
cidas pela Constituição de forma exclusiva ou cumulativa.
5. Desenvolvimento Urbano 
Para falarmos do desenvolvimento urbano, temos que mencionar, inicialmente, 
a Revolução Industrial. 
Em linhas gerais, a Revolução Industrial foi um processo ocorrido na Europa, 
nos séculos XVIII e XIX. Com o processo, as atividades deixaram de ser executa-
das de forma manual e passaram, em sua maior parte, a ser desempenhadas por 
máquinas. 
E como as exigências, com a utilização das máquinas, apenas aumentava por 
parte dos empregadores, os empregados, que eram submetidos a péssimas condi-
ções de trabalho, chegavam a ter que trabalhar mais de 15 horas por dia. 
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Com a Revolução Industrial, tivemos o início do processo de urbanização, 
que foi materializado, principalmente, por meio das diversas formas de migração. 
A migração trata-se do processo de trocar de território. A migração pode acon-
tecer tanto com relação a países diversos quanto no âmbito de um mesmo país, 
estado ou município. 
No processo de urbanização, tivemos a migração mediante a transferência de 
pessoas das atividades do campo (rurais) para as atividades urbanas (da cidade). 
Não podemos confundir os conceitos de migração, emigração e imigração. 
A migração trata-se de um gênero, caracterizado pela locomoção de um indi-
víduo de um território para outro. 
A imigração trata-se da entrada de um indivíduo em determinado território. 
Logo, a imigração é um conceito adotado sob a perspectiva do território que “rece-
be” o indivíduo. 
A emigração, diversamente, é a forma de locomoção na qual um indivíduo 
deixa um território. Ao sair, o indivíduo está emigrando para outro território. A emi-
gração, assim, é um conceito adotado sob a ótica do território do qual o indivíduo 
está “saindo”. 
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Obs.:� no Distrito Federal (principalmente quando da construção de Brasília), a imi-
gração ocorreu, preponderantemente, por nordestinos. 
Ao contrário do que ocorre com diversos outros conceitos, a urbanização não se 
trata de uma definição estática ao longo do tempo, mas sim de um conceito mutá-
vel, que se modifica com o passar dos anos. 
Ainda assim, conseguimos extrair que a urbanização, para ser possível, deve 
contar com uma característica importante: a passagem de porcentagem signi-
ficativa da população da área rural para a área urbana. 
Com exceção do Distrito Federal, todos os demais entes estaduais são divididos 
em municípios. Dentro dos municípios, poderemos ter a área urbana e a área 
rural. A área urbana é denominada de cidade. 
Assim, as cidades podem ser conceituadas como a parte do município onde 
estão localizadas as atividades urbanas (indústrias, comércios e a maior parte 
das demais atividades). 
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As cidades podem ser classificadas de acordo com quatro diferentes critérios, 
sendo eles: 
a) quanto à situação: nessa classificação, são levados em conta os aspec-
tos que a cidade ocupa em relação aos fatores geográficos. Poderemos ter, 
dentre outras, cidades fluviais, cidades litorâneas e cidades marítimas. 
b) quanto à origem: a origem da cidade pode ser tanto planejada quanto 
espontânea. Uma cidade planejada é aquela que, antes da sua construção, foi 
idealizada e pensada pelas autoridades competentes. Uma cidade espontânea 
é aquela que foi construída não com planejamento, mas com a aglomeração, 
ao longo dos anos, de seus habitantes. 
c) quanto ao sítio: aqui, o que é levado em conta é a posição topográfica, 
ou seja, o localização em que a cidade foi construída. Sendo assim, podere-
mos ter, dentre outras, cidades em que a posição topográfica é uma planície, 
uma montanha ou até mesmo um aterro. 
d) quando à função: a função refere-se à atividade que é desenvolvida, de 
maneira preponderante, na cidade. Como exemplos, temos as cidades indus-
triais e as cidades turísticas. 
É importante salientar que os municípios podem ainda se organizar, dentre ou-
tras formas, por meio de aglomerações urbanas, microrregiões ou regiões 
metropolitanas. 
A aglomeração urbana, de acordo com a Lei n. 13.089/2015, possui a seguin-
te definição:
Art. 2º
I – Aglomeração urbana: unidade territorial urbana constituída pelo agrupamento de 2 
(dois) ou mais Municípios limítrofes, caracterizada por complementaridade funcional e 
integração das dinâmicas geográficas, ambientais, políticas e socioeconômicas 
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A região metropolitana, ainda de acordo com a Lei n. 13.089/2015, trata-
-se de uma “aglomeração urbana que configure uma metrópole”.
As microrregiões, por fim, são regiões especiais, assim definidas para fins 
tipicamente administrativos. As microrregiões são formadas por municípios li-
mítrofes que apresentam certa homogeneidade e problemas administrativos 
comuns. 
Todas as formas de associação apresentadas possuem um objetivo primor-
dial: o planejamento, a organização e a execução de funções públicas 
de interesse comum.
Essa função pública de interesse comum, por sua vez, pode ser definida 
como a atividade ou o serviço cuja realização por parte de um município, iso-
ladamente, seja inviável ou cause impacto nos outros municípios inte-
grantes da região metropolitana.
Nessas situações, o mais sensato e eficaz é a agregação com outros entes 
federativos. E foi justamente com base nas disposições constitucionais, bem 
como nos conceitos apresentados, que a RIDE foi instituída pela Lei Comple-
mentar n. 94/1998. 
Apenas para lembrarmos, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distri-
to Federal e Entorno é composta pelo Distrito Federal e por alguns municí-
pios dos Estados de Minas Gerais e Goiás. 
Não podemos falar em desenvolvimento urbano do Distrito Federal sem 
mencionar as diretrizes estabelecidas na Constituição Federal de 1988. Essas 
diretrizes, salienta-se, são de observância obrigatória por todos os entes fede-
rativos. 
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Em seu artigo 182, encontramos as seguintes regras gerais: 
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público 
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus 
habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com 
mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e 
de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fun-
damentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização 
em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída 
no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não 
edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, 
sob pena, sucessivamente, de:
I – parcelamento ou edificação compulsórios;
II – imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III – desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão 
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em 
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros 
legais.
“Professor, e o que temos que ‘memorizar’ para a prova com base nes-
sas previsões da Constituição Federal?”
A mais importante das regras, sem dúvidas, é a que determina que a política 
de desenvolvimento urbano será executada pelo Poder Executivo Munici-
pal (no caso do DF, pelo Governador do Estado, haja vista a impossibilida-
de de divisão em municípios). 
Logo, o Distrito Federal possui autonomia para, desde que observados os re-
quisitos da Constituição, editar a lei que irá determinar como o planejamento e o 
desenvolvimento urbano serão realizados.
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O instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana é o 
Plano Diretor. No entanto, o documento em questão apenas será obrigatório nas 
cidades que contem com mais de 20 mil habitantes. 
A propriedade urbana deverá cumprir, obrigatoriamente, a sua função social. 
Essa função social é atendida quando a propriedade atende às exigências funda-
mentais de ordenação da cidade expressas no Plano Diretor.
E o que será que acontece quando a propriedade urbana não cumpre 
com a sua função social? 
Diversas são as medidas que podem ser adotadas. Para fins de prova, devemos 
conhecer, por se tratar de previsão constitucional, a desapropriação. 
A desapropriação pode ser entendida como o procedimento regido pelo direito 
público por meio do qual o Poder Público transfere para si a propriedade que 
até então pertencia a terceiros, sejam eles particulares ou até mesmo entes 
federativos.
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Celso Antônio Bandeira de Mello apresenta o seguinte conceito de Desapro-
priação:
Procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade pública, utili-
dade pública ou interesse social, compulsoriamente despoja alguém de um bem certo, 
normalmente adquirindo-o para si, em caráter originário, mediante indenização prévia, 
justa e pagável em dinheiro, salvo no caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, 
por estarem em desacordo com a função social legalmente caracterizada para eles, a 
indenização far-se-á em títulos da dívida pública, resgatáveis em parcelas anuais e su-
cessivas, preservado seu valor real.
Diversas são as possibilidades e hipóteses de desapropriação. No âmbito 
das propriedades urbanas, a desapropriação é utilizada com o objetivo de 
fazer valer a função social da propriedade. 
Nesse sentido, é facultado ao Poder Público do Distrito Federal, mediante 
lei específica para área incluída no plano diretor, exigir do proprietário do solo 
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu ade-
quado aproveitamento (atendendo com isso à função social da proprie-
dade). 
Caso o proprietário não atenda à solicitação do Poder Público, deve este, 
inicialmente, promover o parcelamento ou edificação compulsória. 
Não havendo êxito, parte-se para a cobrança do imposto sobre a proprieda-
de predial e territorial urbana (IPTU) progressivo no tempo.
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Quando as duas medidas se revelarem insuficientes, parte-se, aí sim, para a de-
sapropriação. Nessa hipótese, o proprietário será indenizadocom títulos da dívida 
pública de competência municipal, resgatáveis no prazo de 10 anos.
Vejamos agora algumas peculiaridades sobre os aspectos populacio-
nais do Distrito Federal... 
No DF, os moradores foram atraídos pela promessa de novas oportunidades 
de emprego e pela geração de lucros, pois, com a chegada da “Cidade Livre” ou 
“Cidade da Esperança” uma grande leva de imigrantes se instalaram na nova 
capital. 
Atualmente, o Distrito Federal conta com uma população de aproximadamente 
3 milhões de habitantes. 
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É importante que você saiba, nesse sentido, que a maioria da população 
atual do DF não é mais imigrante, mas, sim, natural da própria capital.
Deve ser destacado que a Lei Orgânica do Distrito Federal apresenta, em seus 
artigos 163 e 164, importantes informações relacionadas com as políticas de 
desenvolvimento urbano. 
Art. 163. O Plano Diretor de Ordenamento Territorial é o instrumento básico 
da política de expansão e desenvolvimento urbanos, de longo prazo e natureza 
permanente.
Art. 164. As ações de integração com a região do entorno do Distrito Federal são 
constituídas pelo conjunto de políticas para o desenvolvimento das áreas do 
entorno, com vistas a integração e harmonia com o Distrito Federal, em regime de 
corresponsabilidade com as unidades da Federação às quais pertencem, preservada a 
autonomia administrativa e financeira das unidades envolvidas.
6. Aspectos Econômicos 
Não há como falarmos em economia sem uma prévia compreensão do conceito 
de globalização e suas consequências. 
Em linhas gerais, a globalização pode ser conceituada como o fenômeno por 
meio do qual ocorre a integração política, econômica, social e cultural em 
nível mundial. 
A origem exata do início da globalização é desconhecida. No entanto, pode-se 
afirmar que o processo está intimamente ligado à necessidade dos povos de 
realizar transações comerciais. Nesse cenário, o mercantilismo foi uma impor-
tante etapa do processo de globalização. 
Inicialmente, vivíamos uma época em que imperava o absolutismo, teoria que 
afirmava que não a sociedade como um todo, mas sim uma única pessoa (normal-
mente o rei), era quem deveria ter a posse de todas as riquezas. 
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Consequentemente, as transações comerciais eram realizadas quase que to-
talmente pelo monarca, que exigia da população, ainda, o pagamento de taxas e 
impostos. 
O surgimento do mercantilismo foi o primeiro passo no sentido de acabar com 
esse monopólio do rei. No mercantilismo, as relações comerciais eram caracte-
rizadas pela intervenção do Estado, que defendia e estimulava a acumulação de 
riquezas (principalmente ouro e prata) e, com isso, impulsionava o processo de 
nacionalização. 
De acordo com o mercantilismo, para que uma nação alcance o bem-estar, é 
preciso que haja uma grande acumulação de riquezas. 
Como decorrência do mercantilismo, tivemos o incentivo à realização de diver-
sas expedições ao redor do mundo com o objetivo de localizar novas riquezas. 
Quando essas riquezas eram encontradas, as principais economias da época 
(aquelas que estavam em busca de novas riquezas) tentavam estabelecer, com os 
demais países, um mecanismo de troca. 
No entanto, apenas após o término da Guerra Fria, que ocorreu em 1991, 
e que teve como uma das consequências a extinção da União Soviética, é que o 
termo “globalização” efetivamente surgiu. 
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Um dos principais recursos no processo de disseminação da globalização foi a 
internet. 
A origem da internet remonta à década de 1960, mais precisamente no período 
em que, no auge da Guerra Fria, potências como Estados Unidos e União Soviética 
disputavam quem era a maior economia do planeta. 
Nesse sentido, a internet surgiu como uma estratégia de defesa americana. Por 
meio de computadores interligados a distância, os Estados Unidos tinham como ob-
jetivo evitar que todo o sistema de informação até então armazenado fosse perdido 
em virtude de um eventual ataque soviético. 
Ainda assim, levou um longo tempo até que a internet se consolidasse como 
uma tecnologia acessível à população. No início, os computadores, por meio dos 
quais era possível transmitir informações, eram de custo elevado. 
No início da década de 1990, começaram a surgir, nos Estados Unidos, as pri-
meiras empresas que tinham como atividade a comercialização da internet para a 
população.
Paralelo ao desenvolvimento da internet, bem como ao término da Guerra Fria, 
a globalização começava, cada vez mais, a integrar os povos em nível mundial. 
Ao contrário do que se pode imaginar, a globalização não se trata de um fe-
nômeno ou processo que é estanque no tempo, mas, sim, de um ciclo contínuo 
e que é constantemente alvo de aperfeiçoamento. 
Em outros termos, pode-se afirmar que a globalização não está finalizada, mas 
que é objeto de incrementos (normalmente, pela utilização de novos recursos) ao 
longo dos anos. 
No âmbito do Distrito Federal, a economia é baseada em três setores, sendo 
eles o primário, o secundário e o terciário. 
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O setor primário é composto pela agricultura, pela pecuária e pelo extrati-
vismo. No setor secundário, encontramos as indústrias. Por fim, temos o setor 
terciário, que é onde estão localizados o comércio e a prestação de serviços. 
A maior parte das atividades desempenhadas no Distrito Federal é decorrente 
da prestação de serviços. Isso ocorre na medida em que a capital conta com 
uma grande quantidade de repartições públicas. 
É importante mencionarmos que o PIB per capita do Distrito Federal é, 
atualmente, o maior do Brasil, sendo inclusive o triplo da média nacional. 
Além disso, o PIB do Distrito Federal corresponde a aproximadamente 4% do 
PIB nacional. 
Segundo dados da CODEPLAN, o Distrito Federal apresenta uma população 
com renda média superior em 3 vezes ao restante do país. 
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