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Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica Geometria Analítica Vetores Segmentos Orientados É um par ordenado (A, B) de pontos do espaço. A é a origem e B é a extremidade do segmento. ● Um segmento (A, A) é chamado de nulo ● (A, B) ≠ (B, A) Dependem de um sentido, direção e comprimento. Equipolência A relação de equipolência é uma relação de equivalência! Os segmentos orientados são equipolentes se forem ambos nulos ou se tiverem mesma direção, sentido e comprimento ● Propriedade reflexiva➜ (A, B) ~ (A, B), ou seja, todo segmento orientado é equipolente à ele mesmo ● Propriedade simétrica➜ (A, B) ~ (C, D) ⇒ (C, D) ~ (A, B) ● Propriedade transitiva➜ (A, B) ~ (C, D) e (C, D) ~ (E, F) ⇒ (A, B) ~ (E, F) ● (A, B) ~ (C, D) ⇒ (A, C) ~ (B, D) A classe de equipolência do segmento (A, B) é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a (A, B), tal que (A, B) é chamado de representante da classe. Devido a propriedade reflexiva, o próprio segmento (A, B) é um membro dessa classe. Vetores É uma classe de equipolência de segmentos orientados. Um vetor que tem como representantes (A, B) é escrito como AB (com uma seta em cima). São usualmente escritos como letras minúsculas com uma setinha em cima (u, v, w...). O conjunto de todos os vetores é indicado por 𝕍³. AB = {(X, Y): (X, Y) ~ (A, B)} ➜ obs: vetores não podem ser equipolentes, somente segmentos orientados. ● Para um ponto P escolhido arbitrariamente e um vetor u, sempre existirá um ponto B que torne PB = u ● Vetor nulo é aquele que tem como representante um segmento orientado igual a 0. Indicado por 0 com uma flecha em cima! 0 = (A, A) ● -u é o vetor oposto ao vetor u, ou seja, se u = (A, B) então -u = (B, A) tal que -AB = BA ● -(-u) = u ● u = -u ⇒ u = 0 ● Indica-se u paralelo à v como: u//v ● Um vetor nulo é paralelo a qualquer vetor Norma Norma (comprimento ou módulo) de um vetor é o comprimento de qualquer um dos seus representantes. É indicada por ||u||. ● Um vetor com norma 1 é conhecido como vetor unitário ● ||u|| ≥ 0 ● ||-u|| = ||u|| Soma de Vetores Soma Sendo (A, B) o segmento de u e (C, D) o segmento de v, a soma de u com v (u + v) é o vetor (A, C). ● AB + BC = AC ● Se os vetores u e v não forem paralelos, é possível "fechar um triângulo" e achar o vetor resultante ou usar a "regra do paralelogramo". ● A soma de u com o oposto de v é chamado de diferença (u - v = u + (-v)) ● Propriedade associativa➜ (u + v) + w = u + (v + w) ● Propriedade comutativa➜ u + v = v + u ● Elemento neutro➜ u + 0 = u ● Elemento oposto➜ u + (-u) = 0 Produto de Número Real por Vetor Multiplicação O produto entre vetores e números reais é uma operação externa em 𝕍³. (v = vetor) e ( = número real).α ● Se = 0 ou v = 0, então v = 0α α ● v//vα ● v e v são de mesmo sentido se > 0 e de sentidoα α contrário se < 0α ● || v|| = | | ||v||α α ● O vetor é chamado de versor de v, tal que gera um 𝑣 ||𝑣|| vetor de mesma direção e sentido porém unitário ● A propriedade comutativa, associativa e distributiva também vale para a multiplicação ● (- )v = - v / (-v) = -( v) / (- )(-v) = vα α α α α α ● Dois vetores não-nulos u e v são paralelos se, e somente se, existe uma escala λ tal que u = λv (v = u/λ) 1 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica Soma de Ponto com Vetor Soma de Ponto com Vetor Operação híbrida que permite obter um ponto como resultado (Geometria afim). Dados um ponto P e um vetor u, o ponto Q que define o segmento (P, Q) é um representante de u chamado de soma de P com u (P + u = Q / PQ = u) ● P + u = Q, logo P + PQ = Q ● A propriedade associativa é verídica nesse caso ● Cancelamento de ponto➜ A + u = A + v ⇒ u = v ● Cancelamento de vetor➜ A + u = B + u ⇒ A = B ● (A - u) + u = A Ângulos entre Vetores Ângulos entre Vetores Sejam u e v dois vetores não nulos, a medida angular entre u e v é definida por θ do ângulo (PÔQ) sendo (P, O) e (O, Q) segmentos dos vetores. θ = ang(u, v) ● Vetores não nulos u e v são ortogonais quando formam um ângulo de 90° entre si (u ⊥ v). O vetor nulo é ortogonal a qualquer vetor Dependência Linear Dependência Linear e Independência Linear Sendo n um número natural não-nulo, o símbolo (v1, v2, ... vn) indica a sequência, ou n-upla ordenada, desses vetores ● (u1, u2, ... un) = (v1, v2, ... vn) ⇔ u1, = v1, u2, = v2, un, = vn. Se n = 2, trata-se de um par ordenado. Se n = 3, trata-se de uma tripla ordenada. A seguir tem os conceitos de linearmente dependente (LD) e linearmente independente (LI) para cada caso: ● Uma sequência (v) é LD se v = 0 e LI se v ≠ 0 ● Um par ordenado (u, v) é LD se u//v e LI se não são paralelos ● Uma tripla ordenada (u, v, w) é LD se são coplanares e LI quando um dos vetores sai do plano em que os outros dois estão contidos ● Se n ≥ 4, qualquer sequência de vetores é LD ● Se u = a1v1 + a2v2 + … + anvn , dizemos que u é a combinação linear de v1 , v2 , vn . ● Os escalares an são chamados de coeficientes da combinação linear. Um exemplo é o vetor nulo que é gerado pelos vetores v1 , v2 ... vn tal que 0 = 0v1 + 0v2 + … + 0vn . Esta expressão é chamada de trivial. A seguir, uma série de proposições sobre LD e LI: ● Se (u, v) é LI, então (u, v, w) é LD se, e somente se, w é gerado por u, v ● (u, v, w) é LD se, e somente se, um dos vetores é gerado pelos outros dois ● Se (u, v, w) é LI, então qualquer vetor x é a combinação linear de u, v, w ● Uma sequência (v1, v2, ... vn), com n ≥ 2, é LD se, e somente se, algum vetor da sequência é gerado pelos demais. ● Uma sequência (v1, v2, ... vn), em que 1 ≤ n ≤ 3 é LI se, e somente se, a1v1 + a2v2 + … + anvn = 0 admite apenas a solução nula: a1 = a2 = an = 0 ● Se (v1, v2, ... vn) é LI, então, para cada vetor gerado por v1, v2, ... vn, os coeficientes são univocamente determinados, ou seja: a1v1 + a2v2 + … + anvn = b1v1 + b2v2 + … + bnvn⇒ … an = bn ● Uma sequência de vetores (v1, v2, ... vn) 1 ≤ n ≤ 3 é LD se, e somente se, a equação a1v1 + a2v2 + … + anvn = 0 admite uma solução não-nula, isto é, existem escalares a1, a2, an tais que a1v1 + a2v2 + … + anvn = 0 Separação de Ponto e Reta Considerando um plano π qualquer e dois pontos P e Q nele que não pertencem a uma reta r. Dizemos que r separa P e Q quando r contém um único ponto X interior a PQ. r não separa P e Q quando P e Q pertencem ao mesmo semiplano π de origem r. Base Base ● Base➜ uma tripla ordenada linearmente independente E = (e1, e2, e3) em 𝕍³ ● Sendo E = (e1, e2, e3) uma base, podemos dizer que todo vetor u é gerado por E e por escalares a1, a2, a3 tal que u = a1e1 + a2e2 + a3e3 ● Cada escalar dessa tripla é chamado de coordenada de u em relação à base E ● a1 é a primeira coordenada, a2 a segunda e a3 a terceira ● u = (a1, a2, a3)E significa que u = a1e1 + a2e2 + a3e3 2 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica A seguir, uma série de proposições sobre base: ● (a1, a2, a3)E + (b1, b2, b3)E = (a1 + b1, a2 + b2, a3 +b3)E ● λ(a1, a2, a3)E = (λa1, λa2, λa3)E ● Os vetores u = (a1, b1, c1)E e v = (a2, b2, c2)E são LD se, e somente se, a1, b1, c1 e a2, b2, c2 são proporcionais ou os três determinantes são nulos a1 b1 a1 c1 b1 c1 a2 b2 a2 c2 b2 c2 ● Os vetores u = (a1, b1, c1)E, v = (a2, b2, c2)E e w = (a3, b3, c3)E são LD se, e somente se, a1 b1 c1 a2 b2 c2 = 0 a3 b3 c3 Ortonormalidade Uma base é ortonormal se e1, e2, e3 são unitários e dois a dois ortogonais (e1⊥ e2, e2⊥ e3, e1⊥ e3). ● Seja (e1, e2, e3) uma base ortonormal. Se u = αe1 + βe2 + γe3, então: ||𝑢|| = α2 + β2 + γ2 Essa fórmula não pode ser usada para bases não ortonormais. Base Canônica A base canônica é definida por E = (i, j, k) ● i = (1, 0, 0) ● j = (0, 1, 0) ● k = (0, 0, 1) Mudança de Base Dados os vetores u = (x1, x2, x3)E e v = (y1, y2, y3)F e suponhamos que aij sejam números conhecidos. Podemos escrever então: u = x1e1, x2e2, x3e3 = (x1, x2, x3)E u = y1f1, y2f2, y3f3 = (y1, y2, y3)F Colocando e como combinação linear, temos que: u = y1(a11e1 + a21e2 + a31e3) + y2(a12e1 + a22e2 + a32e3) + y3(... u = (y1a11 +y2 a21 + y3a31)e1 + (y1a12 +y2 a22+ y3a32)e2 + (...)e3 Logo, x1 = y1a11 +y2a21 + y3a31 x2 = y1a12 +y2a22 + y3a32 x3 = y1a13 +y2a23 + y3a33 Essas relações podem ser escritas como matrizes: x1 a11 a12 a13 y1 x2 = a21 a22 a23 × y2 x3 E a31 a32 a33 F y3 Essa matriz 3 3 ( ) é chamada de matriz de mudança× 𝑀 𝐸𝐹 de base, de E para F. Toda matriz de mudança de base possui matriz inversa. Multiplicando todos os lados pela inversa obtemos o resultado desejado: x1 y1 𝑀 𝐸𝐹 −1 x2 = y2 x3 E y3 F A igualdade fornece um bom método para se calcular (y1, y2, y3)F conhecendo-se (x1, x2, x3)E. Escreve-se a matriz ,𝑀𝐸𝐹 calcula-se sua inversa e efetua-se a multiplicação de matrizes indicada no primeiro membro. Mudança de Base Direta Sendo B = (u, v, w) e C = (r, s, t), se quisermos transformar um vetor z = (x1, x2, x3)B em um vetor z na base C, devemos: ● Determinamos que z = (a, b, c)C com essas respectivas incógnitas ● Igualamos o vetor na base inicial (z)B com o vetor z sem valores adotados (z)C multiplicado pelos vetores da base C (supondo que você já saiba os valores de r, s e t de acordo com a base B): z = (x1, x2, x3)B = (ar, bs, ct)B z = a(r1, r2, r3)B + b(s1, s2, s3)B + c(t1, t2, t3)B z = (ar1 + bs1 + ct1, ar2 + bs2 + ct2, ar3 + bs3 + ct3)B No último processo, foi realizada a multiplicação de matrizes de uma forma mais direta. Por um sistema, comparamos os valores para chegar ao resultado final: x1 = ar1 + bs1 + ct1 x2 = ar2 + bs2 + ct2 x3 = ar3 + bs3 + ct3 z = (a, b, c)C Corolário ● A matriz mudança de base de E para F é a matriz inversa da matriz mudança de base de F para E. Produto Escalar 3 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica Produto Escalar Sejam u (OP) e v (OQ) vetores não-nulos. A medida angular entre u e v é o ângulo θ (PÔQ). O θ só pode estar entre o intervalo de 0 ≤ θ ≤ 180, em grau, e 0 ≤ θ ≤ π, em radiano. O produto escalar entre os vetores u e v, indicado por u・v é um número real tal que: ● Se u ou v é nulo, u・v = 0 ● Se não são nulo , então: 𝑢 · 𝑣 = ||𝑢|| ||𝑣|| 𝑐𝑜𝑠θ 𝑐𝑜𝑠θ= 𝑢·𝑣||𝑢|| ||𝑣|| ||𝑢|| = 𝑢 · 𝑢 𝑢 ⊥ 𝑣 ⇔ 𝑢 · 𝑣 = 0 Se u・v > 0, o ângulo é agudo, se é obtuso se u・v < 0. Se u・v = 0, eles são perpendiculares ● Em uma base ortonormal, u (x1, x2, x3) e v (y1, y2, y3), o produto escalar u・v = x1y1 + x2y2 + x3y3 ● Quaisquer que sejam os vetores u, v e w com λ pertencente aos reais: 𝑢 · (𝑣 + 𝑤) = 𝑢 · 𝑣 + 𝑢 · 𝑢 · (λ𝑣) = (λ𝑢) · 𝑣 = λ(𝑢 𝑢 · 𝑣 = 𝑣 · 𝑢 𝑠𝑒 𝑢 ≠ 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑢 · 𝑢 > 0 Algumas outras propriedades: ● Bilinearidade do produto escalar ➜ 𝑢 · (𝑎𝑣 + β𝑤) = 𝑎𝑢𝑣 + β𝑢𝑤 ● ||𝑢 + 𝑣||2 = ||𝑢||2 + 2𝑢 · 𝑣 + ||𝑣||2 ● Relação de Euler➜ AB・CD + BC・AD + CA・BD = 0 ● Desigualdade de Schwartz➜ |𝑢 · 𝑣| ≤ ||𝑢|| ||𝑣|| ● Propriedade triangular➜ ||𝑢 + 𝑣|| ≤ ||𝑢|| + ||𝑣|| Projeção Ortogonal Dados dois vetores não-nulos, a projeção ortogonal de v sobre u (p) é indicado por projuv, onde p // u e (v - p) ⊥ u 𝑝𝑟𝑜 𝑢 𝑣 = 𝑢·𝑣 ||𝑢||2 𝑢 ||𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑢 𝑣|| = 𝑢·𝑣||𝑢|| Orientação Espacial Um triedro é positivo quando, ao fixarmos o terceiro vetor, a rotação do primeiro vetor em direção ao segundo for em sentido anti-horário: Exemplo de base positiva Exemplo de base negativa Produto Vetorial Produto Vetorial Fixada a orientação 𝕍³, o produto vetorial entre u e v (𝑢 ∧ 𝑣 ): ● Se (u, v) é LD, então: u ^ v = 0 ● Se (u, v) é LI e θ a medida angular, então: ○ ||u ^ v|| = ||u|| ||v|| senθ ○ u ^ v é ortogonal a u e v ○ (u, v, u ^ v) é uma base positiva ○ Existem dois produtos vetoriais em 𝕍³ O produto escalar entre dois vetore é um número real, já o produto vetorial entre dois vetores é um vetor! Seja B = (i, j, k) uma base positiva. Se u = (a1, b1, c1) e v = (a2, b2, c2), então: i j k u ^ v = a1 b1 c1 a2 b2 c2 𝑢 ∧ 𝑣 =− 𝑣 ∧ 𝑢 𝑢 ∧ (λ𝑣) = (λ𝑢) ∧ 𝑣 = λ(𝑢 ∧ 𝑣) 𝑢 ∧ (𝑣 + 𝑤) = 𝑢 ∧ 𝑣 + 𝑢 ∧ 𝑤 (𝑢 ∧ 𝑣) ∧ 𝑤 =− (𝑣 · 𝑤)𝑢 + (𝑢 · 𝑤)𝑣 𝑢 ∧ (𝑣 ∧ 𝑤) = (𝑢 · 𝑤)𝑣 − (𝑢 · 𝑣)𝑤 Produto Misto Produto Misto O produto misto entre u, v e w, nessa ordem, é definido pelo número real u^v⋅w = (u^v)⋅w = [u, v, w] ● (u^v)⋅w ➜ ||u|| ||v|| sen(ang uv) ||w|| cos(ang [u^v]w) 4 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica ● Em relação a uma base ortonormal B = (i, j, k), sejam u = (a1, b1, c1)B, v = (a2, b2, c2)B e w = (a3, b3, c3)B, então a determinante definirá o produto misto entre eles a1 b1 c1 [u, v, w] = a2 b2 c2 a3 b3 c3 ● Uma tripla ordenada é, portanto, LD se [u, v, w] for igual a zero ○ [u, v, w] = 0, então não é base ○ [u, v, w] > 0, então é base positiva ○ [u, v, w] < 0, então é base negativa ● O produto misto é trilinear para quaisquer valores de α e β ○ [αu1 + βu2, v, w] = α[u1, v, w] + β[u2, v, w] ○ [u, αv1 + βv2, w] = α[u, v1, w] + β[u, v2, w] ○ [u, v, αw1 + βw2] = α[u, v, w1] + β[u, v, w2] ● O produto misto é alternado ○ [u, v, w] = -[v, u, w] = [v, w, u] = -[u, w, v] = [w, u, v] = -[w, v, u] ● O resultado não se altera somarmos a um dos fatores uma combinação linear dos outros ○ [u, v, w] = [u, v + αu + βw, w] ● Permutar o símbolo ^ e ⋅ não altera o resultado ➜ u^v⋅w = u⋅v^w Sistema de Coordenadas Definição Relação de um ponto com um sistema E3. ● Seja O um ponto e E = (e1, e2, e3) uma base. O par ordenado ∑ = (O, E) é o sistema de coordenadas (em E3) de origem O e base E ● O eixo x é denominado eixo das abcissas; O y é o eixo das ordenadas; O z é o eixo das cotas ● Um plano coordenado é definido por Oxy se for o plano de x e y, por exemplo Proposições Considerando um sistema (O, E), sejam A = (x1, y1, z1), B = (x2, y2, z2), u⃗ = (a, b, c) e λ um número real ● AB = (x2 - x1, y2 - y1, z2 - z1) ● A + λu⃗ = (x1 + λa, y1 + λb, z2 + λc) ● 𝑑(𝐴, 𝐵) = (𝑥 1 − 𝑥 2 )2 + (𝑦 1 − 𝑦 2 )2 + 𝑧 1 − 𝑧 2 )2 ● Se o determinante de A, B e C (x3, y3, z3), for nulo então eles são colineares x1 y1 z1 x2 y2 z2 = 0 x3 y3 z3 Equação de Reta e Plano Equações de Reta ● Qualquer vetor não-nulo paralelo a uma reta chama-se vetor diretor dessa reta ● Sendo A um ponto da reta r e u⃗ seu vetor diretor. Um ponto X pertence a r se (AX, u⃗) é LD / AX = λu⃗ ● Equação vetorial da reta r: r: 𝑋 = 𝐴 + λ𝑢 Onde r é o lugar geométrico dos pontos X. ● Sendo X = (x, y, z), A = (x0, y0, z0), e u⃗ = (a, b, c): (x, y, z) = (x0, y0, z0) + λ(a, b, c) ● Sistema de equações paramétricas da reta x = x0 + λ a y = y0 + λ b z = z0 + λ c A u⃗ ● Sistema de equações da reta r na forma simétrica 𝑥−𝑥 0 𝑎 = 𝑦−𝑦 0 𝑏 = 𝑧−𝑧 0 𝑐 Equações de Plano Um par de vetores (u⃗, v⃗) LI determina a direção de um plano ● Seja A um ponto no plano π e (u, v) um par de vetores de π. X pertence a π se, e somente se, (u, v, AX) é LI ● Equação vetorial do plano π π: (λ, μ ∈ ℝ)𝑋 = 𝐴 + λ𝑢 + µ𝑣 ● Fixando um sistema ∑, e v = (m, n, p), temos o sistema de equações paramétricas do plano π (x, y, z) = (x0, y0, z0) + λ(a, b, c) + μ(m, n, p) x = x0 + λ a + μ m y = y0 + λ b + μ n z = z0 + λ c + μ p A u⃗ v⃗ ● Equação geral do plano π. n = (a, b, c) [normal] x - x0 y - y0 z - z0 r s t = 0 5 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica m n p s t = a - r t = b + r s = c p n m p m n 𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐𝑧 + 𝑑 = 0 ● Sejam ax + by + cz + d = 0 uma equação geral de um plano π e u = (m, n, p). Então, u//π se, e somente se: am + bn + cp = 0 ● π é paralelo ou contêm um dos eixos coordenados se o coeficiente da variável correspondente a esse eixo for nulo ● π é paralelo ou contêm dois dos eixos coordenados se os coeficientes das variáveis correspondentes a esse eixo forem nulos Posição Relativa de Retas e Planos Entre Retas considerando duas retas (r e s), existem 4 possibilidades de posições entre elas em E3: ● Reversas➜ somente se (r, s, AB) for LI, onde A e B pertencem a r e s respectivamente e (r, s) são LI ● Coplanares➜ somente se (r, s, AB) são LD ● Paralelas➜ somente se (r, s) são LD ○ Paralelas distintas➜ A não pertence a s ○ Paralelas coincidentes➜ A pertence a s ● Concorrentes➜ somente se (r, s) são LI e (r, s, AB) LD Entre Reta e Plano Para uma reta r = (m, n, p) e um plano π: ax + by+ cz + d = 0, com vetores diretores (u, v) existem 3 possibilidades: ● Transversais➜ a intersecção entre r e π é um único ponto ○ (u, v, r) são LI ○ am + bn + cp ≠ 0 ● Paralelos➜ intersecção é vazia ○ (u, v, r) são LD e os pontos de r não estão contidos em π ○ am + bn + cp = 0 com pontos diferentes ● Contido➜ r ⋂ π = r ○ (u, v, r) são LD com pontos iguais ○ am + bn + cp = 0 com pontos pertencentes Entre Planos Existem 3 possibilidades para planos. Considerando π': a'x + b'y + c'z + d' = 0 e π'': a''x + b''y + c''z + d'' = 0, eles podem ser: ● Transversais➜ a intersecção é uma reta ○ a', b', c' e a'', b'', c'' não são proporcionais ● Paralelos coincidentes➜ π' e π'' são iguais ○ a', b', c', d' e a'', b'', c'', d'' são proporcionais ● Paralelos distintos➜ os vetores diretores são proporcionais mas os pontos não ○ a', b', c' e a'', b'', c'' são proporcionais mas d' e d'' não Feixe de Planos Considerando uma reta r e um plano π, temos: ● Feixe de planos paralelos a π➜ dado um plano π: ax + by + cz + d = 0, a equação ax + by + cz + ⍺ = 0 descreve, quando ⍺ percorre R, o feixe de planos paralelos a π ● Feixe de planos que contêm uma reta r➜ Seja a reta r uma reta de equações planares: a'x + b'y + c'z + d' = 0 a''x + b''y + c''z + d'' = 0 O feixe de planos que contêm r é: ⍺(a'x + b'y + c'z + d') + β(a''x + b''y + c''z + d'') = 0 Sob a condição de que ⍺ e β não sejam simultaneamente nulos Medida Angular Está fixado um sistema ortogonal com base positiva. Se não houver menções explícitas, a medida angular será em radianos. 6 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica Entre Retas A medida angular entre duas retas r e s é definida por ang(r, s) tal que ela considera a menor medida do ângulo [0, π/2]. ● Considerando φ = ang(r, s), podemos analisar o sinal de cosφ cosφ ≥ 0 → cosφ = cosθ cosφ ≤ 0 → cosφ = -cosθ Concluímos portanto, com base no produto vetorial entre r e s que: 𝑐𝑜𝑠θ = |𝑟·𝑠|||𝑟|| ||𝑠|| Entre Reta e Plano Considerando uma reta r e um plano π, a medida angular entre r e π, denotada por ang(r, π), se baseia no produto escalar entre a normal n do plano e da reta, tal que cosφ = senθ Assim temos que: 𝑠𝑒𝑛θ = |𝑛·𝑟|||𝑛|| ||𝑟|| Entre Planos A medida angular entre os planos π' e π'' é indicada por ang(π', π'') e é a medida angular entre as retas r' e r'' perpendiculares aos planos. 𝑐𝑜𝑠θ = |𝑛'·𝑛''|||𝑛'|| ||𝑛''|| Semi-Espaço Existe o semi-espaço S' e o semi-espaço S''. Entre eles existe um plano divisório, não pertencente a nenhum desses dois conjuntos, π: ax + by + cz +d = 0. Fixando um ponto P ∈ π, uma reta normal n à π e um ponto X = (x, y,z), temos que: ● Se n⋅PX > 0 ➜ ângulo agudo ● Se n⋅PX < 0 ➜ ângulo obtuso Em uma análise qualitativa, ax + by + cz + d > 0 pertence a um semi-plano e ax + by + cz + d < 0 pertence a outro. Distância Está fixado (O, E) com E = (i, j, k) uma base ortonormal positiva. Entre Pontos ● Sejam A = (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2). A distância d(A, B) entre A e B é ||BA||, ou seja, 𝑑(𝐴, 𝐵) = (𝑥 1 − 𝑥 2 )2 + (𝑦 1 − 𝑦 2 )2 + (𝑧 1 − 𝑧 2 )2 Entre Ponto e Reta ● A d(P, r) é a menor distância entre os dois que se pode obter entre P e Q, considerando Q um ponto de r que garante essa distância mínima. Considerando AB um vetor diretor de r, podemos escrever que: ∴𝑑(𝑃, 𝑟) = ||𝐴𝑃∧𝑟||||𝑟|| 𝑑(𝑃, 𝑟) = ||𝐴𝑃∧𝐴𝐵|| ||𝐴𝐵|| Entre Ponto e Plano ● É a menor distância a ser obtida d(P, π). Basta escolher um ponto A de π e um vetor normal n à π, e então calcular a projeção ortogonal de AP sobre n 7 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica ||𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑛 𝐴𝑃|| = 𝑑(𝑃, π) = |𝐴𝑃·𝑛|||𝑛|| 𝑑(𝑃, π) = | 𝑎𝑥 0 + 𝑏𝑦 0 + 𝑐𝑧 0 + 𝑑 | 𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐2 Entre Retas ● A distância entre r e s é calculada a partir da menor distância de algum ponto que pertencem a elas. ○ Reversas➜ considerando um único plano π que contém r e é paralelo a s e um ponto B pertencente a s, podemos dizer que d(r, s) = d(B, π). Escolhendo um ponto A qualquer de r e tendo r^s como a normal de π, temos que: 𝑑(𝑟, 𝑠) = |𝐴𝐵·𝑟∧𝑠|||𝑟∧𝑠|| ○ Concorrentes➜ d(r, s) = 0 ○ Paralelas➜ d(r, s) deve ser calculado a partir de um ponto escolhido em algum lugar da reta Entre Reta e Plano ● Menor distância entre pontos de r e π. Escolhemos um vetor diretor de r e um vetor normal ao plano π, e calculamos o produto escalar (r⋅n) entre eles ○ Transversal➜ r⋅n ≠ 0 ∴ d(r, π) = 0 ○ Contido➜ r⋅n = 0 e d(r, π) = 0 ○ Paralelos➜ r⋅n = 0 e d(r, π) é a distância de um ponto qualquer de r ao plano Entre Planos ● É a menor distância entre pontos de π' e π''. Considerando as normais desses planos, temos que fazer uma análise da dependência linear ○ Transversais➜ (n', n'') é LI∴ d(π', π'')= 0 ○ Paralelos➜ (n', n'') é LD∴ d(π', π'') é a distância de um ponto qualquer de um deles ao outro Cônicas Introdução Sendo duas retas concorrentes em O e não perpendiculares. Ao girarmos em 360º a reta g em torno de e, obtemos uma superfície cônica circular infinita. g é chamada de geratriz e e é o eixo da superfície. Parábola ● É o conjunto de todos os pontos de um plano equidistantes de um ponto fixo e de uma reta desse plano ∴ d(P, F) = d(P, P') ● Foco \ é o ponto F ● Diretriz \ é a reta d ● Eixo \ é a reta e que passa por F e é perpendicular a d ● Vértice \ é o ponto V de intersecção da parábola com seu eixo ● Equação reduzida ○ Parábola no eixo y Considerando P(x, y) um ponto qualquer da parábola de foco F(0, P/2) e diretriz de equação y = -P/2, obtemos uma equação: 𝑥2 = 2𝑝𝑦 Onde p ≠ 0 é o parâmetro da parábola e, se p > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima, e se p < 0, ela tem concavidade voltada para baixo. ○ Parábola no eixo x Agora considerando F(P/2, 0), obtemos a equação reduzida: 𝑦2 = 2𝑝𝑥 Cujas propriedades são as mesmas que as da parábola em y. ● Translação de eixos \ considerando xOy, podemos mudar a localização do vértice da parábola adorando (x = x-h) e (y = y-k) ○ Eixo y \ (𝑥 − ℎ)2 = 2𝑝(𝑦 − 𝑘) ○ Eixo x \ (𝑦 − 𝑘)2 = 2𝑝(𝑥 − ℎ) ● Equações paramétricas \ assumimos a variável ao quadrado igual a t e isolamos a variável para obter a paramétrica, por exemplo, no eixo y e x, respectivamente, temos que: 𝑥 = 𝑡 𝑥 = 12𝑝 𝑡 2 ,𝑦 = 12𝑝 𝑡 2 𝑡 ∈ ℝ ,𝑦 = 𝑡 𝑡 ∈ ℝ 8 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica Elipse É o conjunto de todos os pontos de um plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos desse plano é constante∴ d(P, F') + d(P, F") = 2a ● Focos \ são os pontos F' e F" ● Distância focal \ é a distância 2c entre os focos ● Centro \ é o ponto médio C do segmento F'F" ● Eixo maior \ é o segmento A'A" de comprimento 2a que contém ambos os focos ● Eixo menor \ é o segmento B'B" de comprimento 2b e perpendicular a A'A" no seu ponto médio ● Vértices \ são os pontos A', A", B' e B" ● Excentricidade \ é o achatamento da elipse (e) definido por e = c / a O triângulo B"CF" assume a propriedade a2 = b2 + c2. ● Equação reduzida ○ Eixo maior sobre o x 𝑥2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 = 1 ○ Eixo maior sobre o y 𝑥2 𝑏2 + 𝑦 2 𝑎2 = 1 ○ Translação de eixos maiores sobre x e y, respectivamente &(𝑥 − ℎ) 2 𝑎2 + (𝑦 − 𝑘) 2 𝑏2 = 1 (𝑦 − 𝑘) 2 𝑎2 + (𝑥 − ℎ) 2 𝑏2 = 1 ● Equação paramétrica \ com eixos maiores sobre x e y, respectivamente, obtemos: 𝑥 = 𝑎 · 𝑐𝑜𝑠 θ 𝑥 = 𝑏 · 𝑐𝑜𝑠 θ 𝑦 = 𝑏 · 𝑠𝑒𝑛 θ 𝑦 = 𝑎 · 𝑠𝑒𝑛 θ Definidas para 0 ≤ θ ≤ 2π. Hipérbole É o conjunto de todos os pontos de um plano cuja diferença das distâncias, em valores absolutos, a dois pontos fixos desse plano é constante. |d(P, F') - d(P, F")| = 2a. ● Focos \ são os pontos F' e F" ● Distância focal \ é a distância 2c entre os focos ● Centro \ é o ponto médio C do segmento F'F" ● Vértices \ são os pontos A' e A" ● Eixo real ou transversal \ é o segmento A'A" de comprimento 2a ● Eixo imaginário ou não transversal \ é o segmento B'B" de comprimento 2b, em que B'B" ⊥ A'A" em C ● Assíntotas \ retas r e s ● Excentricidade \ (e) em que e = c / a que define a abertura da hipérbole● Hipérbole equilátera \ a = b, tal que as assíntotas serão perpendiculares c2 = b2 + a2 ● Equação reduzida ○ Eixo real sobre x 𝑥2 𝑎2 − 𝑦 2 𝑏2 = 1 ○ Eixo real sobre y 𝑦2 𝑎2 − 𝑥 2 𝑏2 = 1 ○ Centro deslocado (paralelo a x) (𝑥 − ℎ)2 𝑎2 − (𝑦 − 𝑘) 2 𝑏2 = 1 ● Equações paramétricas \ com eixos reais sobre x e y, respectivamente, obtemos: 𝑥 = ℎ + 𝑎 · 𝑠𝑒𝑐 θ 𝑥 = ℎ + 𝑏 · 𝑡𝑔 θ 𝑦 = 𝑘 + 𝑏 · 𝑡𝑔 θ 𝑦 = 𝑘 + 𝑎 · 𝑠𝑒𝑐 θ Superfícies Quadráticas Superfícies de Revolução É a superfície gerada por uma curva plana (geratriz) que gira 360º em torno de uma reta no plano da curva. 9 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica É definida por: 𝑥2 + 𝑧2 = 2𝑦 ● Eixo x \ substitui (y ou z) por 𝑦2 + 𝑧2 ● Eixo y \ substitui (x ou z) por 𝑥2 + 𝑧2 ● Eixo z \ substitui (x ou y) por 𝑥2 + 𝑦2 Elipsóides Consideramos uma elipse bidimensional. Quando giramos em torno de um dos eixos, ela gera uma elipsóide. 𝑥2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 + 𝑧 2 𝑐2 = 1 (𝑥 − ℎ)2 𝑎2 + (𝑦 − 𝑘) 2 𝑏2 + (𝑧 − 𝑙) 2 𝑐2 = 1 Hiperbolóides de Uma Folha A rotação de uma hipérbole é feita com a intenção de criar-se uma única superfície, tal que na equação o termo com o sinal negativo é o eixo em que ela gira em torno. Considerando uma hipérbole rotacionando em torno do eixo Oz, temos: 𝑥2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 − 𝑧 2 𝑐2 = 1 Porém esse negativo pode estar em qualquer um dos outros termos mantendo o padrão 2 positivos e 1 negativo. Hiperbolóides de Duas Folhas Nesse hiperbolóide, há a formação de duas superfícies diferentes com a rotação sendo em torno do eixo real ao qual ela pertence. Nesse caso, ela gira em torno do eixo positivo da equação: − 𝑥 2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 − 𝑧 2 𝑐2 = 1 A rotação sempre acontece no eixo com sinal positivo, obtendo assim 2 negativos e 1 positivo. Tipos Sinais Eixo Elipsóides + + + ... Hiperbólicas 1 folha - + + x + - + y + + - z Hiperbólicas 2 folhas + - - x - + - y - - + z Parabolóide Elíptico Esse parabolóide consiste na rotação de uma parábola em torno de um eixo. Esse eixo é aquele que, na equação, aparece sem nenhum quadrado e pode ser isolado. Por exemplo, a equação de uma parabolóide elíptica que gira em torno do eixo z é: 𝑧 = 𝑥 2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 Parabolóide Hiperbólico Nesse parabolóide, a superfície é formada por planos que, quando cruzados com eles, geram hipérboles. Na equação: 𝑧 = − 𝑥 2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 Temos que a parábola tem a concavidade voltada para cima em z e que a superfície é voltada para baixo em x. Hiperbolóides de Duas Folhas Uma reta geratriz g, quando rotacionada, gera uma superfície cônica circular. Uma superfície cônica elíptica que gira em torno do eixo z, por exemplo, pode ser denotada por: 10 Gustavo Meira - EQ • UEM Geometria Analítica 𝑧2 = 𝑥 2 𝑎2 + 𝑦 2 𝑏2 Tal que o termo elevado ao quadrado e isolado representa o eixo sobre o qual ela gira em torno. 11
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