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1CARBOXTERAPIA, ENDEMOLOGIA, MICROAGULHAMENTO E CRIOLIPÓLISE

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1 
 
 
CARBOXTERAPIA, ENDEMOLOGIA, 
MICROAGULHAMENTO E CRIOLIPÓLISE 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE CO2..... 3 
DIÓXIDO DE CARBONO ......................................................................... 5 
EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO SANGUÍNEO 7 
EFEITO BOHR ........................................................................................ 8 
AÇÃO BIOQUÍMICA ................................................................................ 8 
CARBOLIPÓLISE .................................................................................... 9 
AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO........................................................ 10 
APLICAÇÕES CLÍNICAS ...................................................................... 10 
AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES ................................ 11 
ARTERIOPATIAS .................................................................................. 12 
PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA .................................................................. 13 
GORDURA LOCALIZADA ..................................................................... 14 
ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA ........................................................ 15 
OUTRAS APLICAÇÕES ........................................................................ 17 
CARBOXITERAPIA ............................................................................... 19 
Como funciona a carboxiterapia ................................................. 20 
Regiões mais procuradas para fazer a carboxiterapia .............. 20 
Porque fazer a carboxiterapia...................................................... 21 
Benefícios da carboxiterapia ....................................................... 21 
Antes e depois da carboxiterapia ................................................ 21 
Celulites ......................................................................................... 22 
Gordura localizada ....................................................................... 22 
Perda de cabelo ............................................................................ 22 
Flacidez ......................................................................................... 22 
2 
 
 
Olheiras ......................................................................................... 22 
Estrias ............................................................................................ 22 
A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados ........... 23 
Riscos da carboxiterapia ............................................................. 23 
BIOMEDICINA NA ESTÉTICA ............................................................... 25 
ENFERMAGEM NA ESTÉTICA ............................................................. 27 
ESTETICISTA NA ESTÉTICA ............................................................... 29 
FARMÁCIA NA ESTÉTICA .................................................................... 31 
FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA .............................................................. 33 
ODONTOLOGIA NA ESTÉTICA ............................................................ 36 
AS PROFISSÕES NA ESTÉTICA: ESTATÍSTICAS DO SETOR .......... 37 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 39 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a instituição, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
3 
 
 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA INFUSÃO CONTROLADA DE 
CO2 
Segundo alguns autores a Carboxiterapia constitui-se de uma técnica 
onde se utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2) injetado 
no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da 
circulação e oxigenação tecidual. 
O CO2 é um gás inodoro, incolor e atóxico. É o produto endógeno natural 
do metabolismo das reações oxidativas celulares, produzido no organismo 
diariamente em grandes quantidades e eliminado pelos pulmões durante a 
respiração. 
A história do uso terapêutico do gás carbônico teve início em 1932, na 
Estação Termal do Spy de Royat, na França, em pacientes que sofriam de 
arteriopatias periféricas. Seu uso era feito de forma transcutânea através de 
banhos secos ou submersão em água carbonada. 
O dióxido de carbono foi descoberto em 1648. Porém a partir da década 
de 30 surgiram os primeiros trabalhos sobre o tema, como o do cardiologista 
4 
 
 
Jean Baptiste Romuef que teve sua publicação em 1953, após 20 anos de 
experiência utilizando em seus tratamentos injeções subcutâneas de CO2. 
Outro trabalho importante foi publicado em 1956, em que 2400 casos de 
arteriopatia crônica obstrutiva e gangrena foram tratados com CO2 injetável com 
bons resultados. 
Ainda atuando sobre patologias vasculares, em 2002, Toryama mostrou 
uma excelente melhora da circulação periférica em pacientes com isquemia 
crítica, com redução de 83% dos casos de amputação. 
O gás carbônico é o gás mais utilizado nas cirurgias de videolaparoscopia, 
para a insuflação da cavidade abdominal (pneumoperitôneo), histeroscopias e 
como contraste em arteriografias e ventriculopatias. 
Devido ao seu alto poder de difusão, este gás é rapidamente absorvido e 
eliminado4, ficando apenas o efeito vasodilatador o que reduz o risco de embolia 
gasosa fatal. 
Com o desenvolvimento de um equipamento capaz de controlar o fluxo 
injetado por minuto, e o volume total injetado possibilitou a aplicação da 
carboxiterapia e seu reconhecimento terapêutico nos países da Europa, 
principalmente Itália e França, onde é reconhecida para uso em Saúde Pública. 
Controlar o fluxo injetado por minuto, é possível usar esse procedimento 
em vários tipos de tratamentos terapêuticos e até mesmo estéticos, como, por 
exemplo, no tratamento de estrias, cicatrizes, celulite, gordura localizada, 
flacidez cutânea, rugas, olheiras, feridas, calvície, psoríase, dentre vários outros 
(MARSILI, 2006). 
Tudo isso fez com que seu conhecimento terapêutico fosse disseminado 
não só na França, mas também na Itália e vários outros países da Europa e de 
outros continentes, como o Brasil. Na Itália já se trabalha com a técnica há dez 
nos tratamentos de FEG e adiposidade localizada
 
(FRASCA, 2002; MARSILI, 
2006). 
A infusão controlada de CO
2
, conhecida popularmente como 
carboxiterapia, é uma técnica que trabalha com injeção do dióxido de carbono – 
CO
2
 no tecido subcutâneo. 
5 
 
 
É uma prática que tem proporcionado melhora fisiológica, com melhor 
irrigação sanguínea do local e, consequentemente, melhor oxigenação do tecido
 
(ABRAMO, 2010). 
O gás carbônico é o mais utilizado em cirurgias de videolaparoscopia para 
ainsuflação da cavidade abdominal, histeroscopia e como contraste em 
arteriografia e ventriculopatia(ABRAMO, 2010). 
O CO
2
 tem um poder de difusão muito forte, por esse motivo não oferece 
riscos ao paciente. 
Ele é atóxico e é eliminado facilmente do tecido, sendo assim, os riscos 
de embolia gasosa fatal nesse tratamento são mínimos
 
(BRANDI, 2001). 
Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico 
(H
2
CO
3
), excretado pelos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO
2
). 
Portanto é totalmente inócuo para nosso organismo (GUIRRO; GUIRRO, 
2002). O CO
2
 é 20 vezes mais difundido que o O
2
, portanto, o aumento de 
volume que ocorre após a aplicação é rapidamente absorvido e eliminado, 
ficando somente o efeito vasodilatador que irá promover os benefícios locais 
(BRANDI, 2004). 
 
 
 
DIÓXIDO DE CARBONO 
Um dos principais produtos do metabolismo celular é o ácido carbônico 
(H2CO3) excretado através dos pulmões sob a forma de gás carbônico (CO2). 
A quantidade de gás carbônico transportada no sangue venoso até os 
pulmões é cerca de 200 ml/min no adulto em repouso, mas pode aumentar em 
10 vezes durante o exercício físico. 
No interior do eritrócito, o CO2 passa por um processo de hidratação 
formando o ácido carbônico (H2CO3) com a ajuda de uma enzima catalisadora 
denominada anidrase carbônica. 
6 
 
 
Em seguida a dissociação iônica do ácido carbônico é rápida e 
espontânea, sem a necessidade de enzima, formando íons de hidrogênio (H+) e 
o bicarbonato (HCO3). 
Quando a concentração desses íons se eleva dentro do eritrócito, o 
bicarbonato e uma pequena quantidade de hidrogênio difundem-se para fora. O 
hidrogênio liberado liga-se a hemoglobina (Hb), formando hemoglobina reduzida 
(HHb+) e oxigênio (O2). 
Logo, aumenta-se a acessibilidade da molécula de O2 para as reações 
químicas como o carreamento de gás carbônico nos capilares periféricos e seu 
descarreamento nos capilares pulmonares. 
A presença de hemoglobina (Hb) reduzida no sangue periférico ajuda no 
carreamento de CO2, enquanto a oxigenação que ocorre no capilar pulmonar 
ajuda no descarreamento. 
O fato de a desoxigenação do sangue aumentar a sua capacidade de 
transportar CO2 é conhecido como Efeito Haldane. Os compostos carbamino 
(gás carbônico e proteínas) são formados pela combinação de CO2 com 
grupamentos amina terminais nas proteínas no sangue, formando carbamino-
hemoglobina. 
Assim novamente, o descarreamento de O2 nos capilares periféricos 
facilita o carreamento de CO2 20. 
O gás carbônico comumente utilizado na carboxiterapia no Brasil possui 
cerca de 99,9% de pureza, portanto, próprio para uso terapêutico, e além de seu 
uso nesta técnica, também é empregado em videolaparoscopia para insulflação 
a fim de facilitar manipulações de estruturas intra-abdominais, para controle de 
pH em incubadoras, para formação de atmosfera controlada em estufa, nas 
técnicas ginecológicas de criocauterização do colo uterino, etc. 
 
 
 
7 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS - ESTIMULO CIRCULATÓRIO 
SANGUÍNEO 
A resposta inflamatória diante uma “agressão” física é imediata e atua no 
sentido de destruir, diluir ou bloquear o agente agressor, mas, por sua vez, 
desencadeia uma série de eventos no tecido conjuntivo vascularizado, inclusive 
no plasma, nas células circulantes, nos vasos sanguíneos e nos componentes 
extravasculares do tecido conjuntivo, com o objetivo de cicatrizar e reconstituir o 
tecido lesado. 
Aspectos histológicos no processo de reparação mostraram a proliferação 
de pequenos vasos sanguíneos neoformados e de fibroblastos, contudo 
segundo Robbins et al há também alterações no calibre vascular, que conduzem 
ao aumento do fluxo sanguíneo, alterações estruturais na microcirculação e 
emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo nos focos de 
agressão. 
O CO2 atua, sobretudo na microcirculação vascular do tecido conjuntivo, 
promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. 
A carboxiterapia, através da infusão de CO2, permite uma vasodilatação 
persistente identificada por videolaparoscopia e um aumento significativo da 
concentração de oxigênio (O2) local. 
Estudos demonstraram a ação da carboxiterapia na melhora do fluxo 
sanguíneo, verificado através da dopllerfluxometria. Toryama et al relataram que 
o efeito da carboxiterapia sobre a vasodilatação arterial pôde ser observado em 
dados experimentais, onde pacientes com arteriopatia periférica com isquemia 
crítica foram submetidos à terapia com gás carbônico em que foi possível evitar 
a amputação em 83% dos casos. Segundo os pesquisadores isto pode ser 
reflexo do aumento da atividade parassimpática e a diminuição da atividade 
simpática nesses tecidos. 
Além disso, a persistência da melhora clínica ou “cura temporal” de 
afecções vasculares pode ser explicada pela neoangiogênese devido à 
formação de fatores angiogênicos, de crescimento vascular e endotelial e de 
crescimento de fibroblastos desencadeados pela hipercapnia tecidual. 
 
 
8 
 
 
 
 
EFEITO BOHR 
A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende do pH do meio, a 
acidez estimula a liberação de oxigênio diminuindo assim esta afinidade. Além 
disso, o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) no meio também 
abaixa a afinidade por oxigênio. 
A presença de níveis mais altos de CO2 e prótons (H+) nos capilares de 
tecidos em metabolismo ativo promove a liberação de O2 da hemoglobina, o 
efeito recíproco ocorre nos capilares dos alvéolos do pulmão, a alta 
concentração de O2 libera CO2 e H+ da hemoglobina. 
Essas relações são conhecidas como efeito Bohr. Há um consenso entre 
autores de que há um aumento significativo da concentração de oxigênio (O2) 
local após a infusão subcutânea de CO2, consequentemente há um aumento da 
pressão parcial de O2. 
Os autores relataram ainda que há diminuição da afinidade da 
hemoglobina pelo O2 na presença de gás carbônico disponibilizando mais 
oxigênio às células, o que favoreceria o metabolismo dos tecidos da região 
tratada (potencialização do efeito Bohr). 
 
 
 
AÇÃO BIOQUÍMICA 
O CO2 é um potente vasodilatador, ocasionando aumento do fluxo 
sanguíneo no local de sua aplicação. Com a infusão do gás, ocorre uma 
distensão tecidual, com um importante aumento da concentração de oxigênio 
local. Além disso, provoca ativação de barorreceptores, corpúsculos de Golgi e 
Paccini devido a esta distensão tecidual e consequente liberação de substâncias 
“alógenas” quais sejam a bradicinina, catecolamina, histamina e serotonina. De 
acordo com alguns relatos, essas substâncias atuam em receptores beta-
adrenérgicos ativando a Adenilciclase, promovendo assim aumento do AMPc 
tissular e consequente quebra dos triglicérides. 
9 
 
 
 
 
 
CARBOLIPÓLISE 
A gordura localizada vem sendo tratada de várias formas, e a 
carboxiterapia vem se constituindo num recurso de valor para a redução de 
medidas ocasionadas por acumulo de adiposidades. Lembramos que o tecido 
adiposo é constituído basicamente por lipídeos e que contém ou são derivados 
de ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos, onde cada triglicerídeo é 
constituído por moléculas de ácidos graxos esterificados em glicerol. 
O adipócito recebe os ácidos graxos que foram acondicionados em 
quilomícrons. Estes quilomícrons entram na circulação venosa e são eliminados 
na periferia pela hidrólise do triacilglicerol catalisado pela enzima lipoproteína 
lípase (LPL). 
A hidrólise do triacilglicerol armazenado é ativada pelos hormônios 
lipolíticos (Adrenalina e Noradrenalina) que por sua vez ativam a Adenil-ciclase, 
para formar AMP cíclico (AMPc) que irá ativar a lípase-hormônio-sensível na 
hidrólise do triacilglicerol para então liberar ácidos graxos livres e glicerol do 
adipócito e caírem na circulação capilar. 
Baseando-se nesta fisiologia, Legrand et al relataram que o aumento do 
AMPc por meio da ação do CO2, ativando a Adenilciclase, resulta numa açãolítica sobre o tecido adiposo. Através de dados obtidos experimentalmente em 
um amplo estudo, Brandi et al demonstraram aumento da perfusão tecidual, 
aumento da pressão parcial de oxigênio e redução da circunferência das áreas 
tratadas. 
Além disso, os autores demonstraram também, através de estudo 
histológico, cortes com rupturas de membranas de adipócitos pela passagem do 
gás, reforçando o efeito lipolítico da carboxiterapia. 
A prática de carboxiterapia no tratamento de gordura localizada também 
envolve a injeção de soro fisiológico no local a ser tratado antes da injeção do 
gás. O soro fisiológico em contato com o gás carbônico forma uma reação 
química (CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3), com liberação de íons H+, 
10 
 
 
proporcionando um meio ácido no local da aplicação. Essa acidez tecidual 
confere um aumento da oxidação lipídica através da ativação das lipoproteínas 
lípases (LPL), potencializando o poder de queima da gordura. 
 
 
 
AÇÃO NO TECIDO CONJUNTIVO 
Após a ação mecânica ocorrida na carboxiterapia, provocada pelo 
“trauma” da agulha e pela introdução do gás, há a produção de um processo 
inflamatório e consequente migração de fibroblastos para a região da agressão 
e sua posterior proliferação estimulando a síntese de colágeno e de outras 
moléculas do tecido conjuntivo, como a fibronectina, glicoproteína encontrada no 
sangue, associada a vários processos biológicos como adesão e diferenciação 
celular, reparação de tecidos, servindo como substrato para enzimas 
fibrinolíticas e da coagulação . 
Estudo histológico com a Carboxiterapia comprovou um aumento da 
espessura da derme, evidenciando estímulo à neocolagenase, bem como 
preservação total do tecido conjuntivo, incluindo estruturas vasculares e 
nervosas, ou seja, um evidente rearranjo das fibras colágenas. 
Em estudo piloto com ratos jovens (3 meses) e ratos mais velhos (14 
meses), realizou-se biópsia da pele antes e após a injeção subcutânea e 
intradérmica de gás carbônico. 
Verificou-se que de fato, após a injeção do gás carbônico, o arranjo das 
fibras de colágeno dos ratos mais velhos era similar ao dos ratos mais jovens. 
Além disso, houve um aumento da quantidade de fibras de colágeno na área 
tratada, sendo mais pronunciadas com as injeções intradérmicas. 
 
 
 
APLICAÇÕES CLÍNICAS 
Na carboxiterapia, o fluxo e o volume total de gás infiltrado são 
controlados com equipamentos apropriados. O aparelho Italiano chamado 
11 
 
 
Carbomed® foi elaborado para administração subcutânea do CO2, com total 
controle sob a velocidade e volume de gás infiltrado. Tem aprovação nas 
normativas da Comunidade Europeia desde 2002 (CE 0051). É descrito como 
dispositivo médico, classe IIb, apresenta padrões de qualidade e segurança e 
tem aprovação de comercialização e uso pelo FDA americano como 
equipamento de uso médico ambulatorial. 
No Brasil, atualmente, existem diversas marcas e modelos de aparelhos, 
registrados pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e sua 
aplicação oferece conforto e segurança. O aparelho liga-se a um cilindro de ferro 
por meio de um regulador de pressão de gás carbônico e é injetado por via de 
um equipo (sonda) com uma agulha pequena (agulha insulina- 30 G1/2) 
diretamente através da pele do paciente. 
Autores relataram que o fluxo de CO2 normalmente infundido durante 
tratamentos com carboxiterapia encontra-se entre parâmetros de 20 e 80 ml/min. 
Porém há equipamentos que disponibilizam fluxos até 150 ml/min. Com relação 
ao volume total administrado, este gira em torno de 600 ml a 1000 ml, podendo 
atingir 3000 ml nos casos de grandes depósitos de gordura. 
Outros autores mencionaram infusão de um volume total de 2000 ml em 
aplicação para gordura localizada. 
Como consequência da evolução dos estudos a respeito da técnica, a 
medicina estética, e também a medicina convencional, assim como a 
Fisioterapia Dermato-funcional, têm procurado investir na comprovação 
científica dos métodos para o tratamento de diversas afecções. 
 
 
 
AUXILIAR PARA EXAMES COMPLEMENTARES 
Há relatos de que o CO2 foi utilizado em Medicina, em cirurgias 
videolaparoscópicas (para criar um pneumoperitôneo), nas histeroscopias e em 
contraste em angiografias. 
Segundo pesquisadores esses dados justificam a segurança para o uso 
deste tipo de gás neste procedimento terapêutico, demonstrando que o mesmo 
não e passível de promover embolia. Segundo Vilos & Vilos o CO2 pode ser 
12 
 
 
usado para promover pneumoperitoneo em cirurgias endoscópicas. Os autores 
relataram ainda que fluxos de até 1000 ml/min podem ser utilizados com 
segurança e que volumes totais podem até ultrapassar 10 litros, sem que haja 
efeitos sistêmicos significativos. 
Relatos ainda dão conta de que são usados nestes procedimentos 
injeções intravasculares em "bolo" de até 100 ml e fluxos contínuos entre 20 e 
30 ml/segundo, sem reações adversas. 
 
 
 
ARTERIOPATIAS 
Sabe-se que a carboxiterapia, tornou-se terapêutica frequente na Europa, 
principalmente na Itália e na França, inicialmente para arteriopatias periféricas. 
Observando que o distúrbio fisiológico fundamental nas várias afecções 
circulatórias é a limitação obstrutiva do fluxo sanguíneo, com consequente 
isquemia dos tecidos irrigados pela inadequada oxigenação, algumas das 
principais indicações da carboxiterapia em afecções vasculares são: arteriopatia 
periférica, síndrome acrocianotica, e outras patologias que apresentam 
alterações do microcírculo vascular, como insuficiências venosas e ulceras dos 
membros inferiores. 
Fabry et al relataram que cerca de 20.000 (vinte mil) pacientes 
acometidos de arteriopatias periferias foram atendidos utilizando 
terapia com dióxido de carbono, confirmando assim a eficiência 
terapêutica desta técnica. Atualmente, encontramos vários 
profissionais que, em sua prática clínica, utilizam a carboxiterapia em 
telangiectasia em membros inferiores com bons resultados estéticos. 
 
Segundo Weimann, no tecido celulítico há um mau funcionamento dos 
adipócitos, que retém um maior teor de lipídios, diferentes e alternados 
e que estimulam a retenção de líquidos, levando assim ao aumento de 
volume da célula, gerando compressão dos vasos e comprometendo a 
circulação sanguínea. 
Sabe-se que o gás carbônico no tecido subcutâneo atua na 
microcirculação, na curva de dissociação da hemoglobina e está ligado a ação 
lipolítica oxidativa, o que nos faz pensar na histologia do tecido celulítico que 
13 
 
 
apresenta uma alteração bioquímica do interstício (aumento da viscosidade), 
estase vênulo-capilar, com hipo-oxigenação, até um estágio de fibrose cicatricial, 
atrófica, irreversível. 
Por sua virtude de melhorar a microcirculação arterial da pele e 
subcutâneo, por aumentar a perfusão tecidual e a pressão parcial de oxigênio 
(PO2), a carboxiterapia é indicada para o tratamento da lipodistrofia ginóide, 
tratando principalmente o tecido celular subcutâneo que se encontra 
congestionado por retenção de líquido e toxinas não eliminadas por 
comprometimento da microcirculação periférica. 
Pesquisadores investigaram o uso da terapia com gás carbônico no 
tratamento da paniculopatia edemato fibroesclerótica, observando uma 
vasodilatação importante e aumento significativo do fluxo vascular, 
demonstrando importante resultado da técnica da carboxiterapia neste tipo de 
afecção. Corroborando com estes autores, Corrêa et al mostraram que a técnica 
é indicada para este tipo de afecção, em estudo feito em mulheres acometidas 
de graus variados de celulite na região glútea, pois após 10 sessões de 
carboxiterapia, houve uma redução de 40,47% no grau da celulite e 33,78% no 
quadro álgico. 
 
 
 
PÓS-CIRURGIA PLÁSTICA 
No ramo da cirurgia-plástica, a carboxiterapia tem sido empregada para 
correção de irregularidades pós lipoaspiração, ou mesmo, no pré-operatório para 
melhorara vascularização de retalhos cirúrgicos. 
No estudo de Brandi et al, foi verificado uma melhora estatisticamente 
significativa no que diz respeito à elasticidade da pele e as 
irregularidades cutâneas pós lipoaspiração. Com isso, podemos 
esperar efeitos positivos da terapia com CO2 sobre a adiposidade 
localizada e elasticidade cutânea da pele em pacientes que realizaram 
lipoaspiração. A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada 
dérmica. 
Após uma incisão da pele, dá-se início ao processo de reparo, o que se 
faz à custa da proliferação do tecido conjuntivo. 
14 
 
 
Segundo Carvalho et al, o descolamento da pele provocado pelo gás, 
leva a perda da integridade tecidual e a exposição do colágeno, com 
consequente ativação do processo de cicatrização. 
Os autores relataram ainda que a Carboxiterapia também pode ser 
indicada para o tratamento de cicatrizes aderentes após o transcurso 
do processo cicatricial. Isto se justifica pela ação mecânica do gás ao 
promover um “descolamento” das estruturas aderidas durante o 
processo de reparo tecidual, proporcionando efeitos benéficos à 
aderência cicatricial. 
 
 
GORDURA LOCALIZADA 
A Carboxiterapia tem larga utilização em algumas das principais queixas 
da estética, trata-se da gordura localizada e da celulite. O tecido adiposo é uma 
forma especializada do tecido conjuntivo, formado por células chamadas de 
adipócitos. O excedente das reservas nutricionais resultante de uma ausência 
de equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e a necessidade diária de nutrientes 
fica contido no interior dos adipócitos sob a forma de triglicerídeos. Sabe-se que 
o tecido adiposo não é apenas um depósito de gordura, também funciona como 
órgão secretor, já que foi demonstrado que o tecido sintetiza e libera lipoproteína 
lípase (LPL). Pode não parecer, mas o tecido adiposo é altamente 
vascularizado59, com isso a troca gasosa entre as células adiposas e a corrente 
sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização do tecido 
conjuntivo. 
Além disso, há trabalhos demonstrando que a quantidade de sangue que 
circula na hipoderme é inversamente proporcional ao índice de massa corpórea. 
Este dado é importante já que dentre os mecanismos de mobilização dos ácidos 
graxos, o aumento do fluxo sanguíneo é o mais importante. Contudo, a infusão 
de gás carbônico leva ao aumento da concentração de oxigênio tecidual 
promovendo uma vasodilatação e consequente melhora da circulação 
sanguínea da pele e com isso ocorre à ativação do metabolismo local. 
Baseado no fato de que o metabolismo ativado favorece a lipólise, a 
Carboxiterapia se mostra um recurso terapêutico importante para o tratamento 
das adiposidades localizadas, a Carbolipólise. 
15 
 
 
 Resultados semelhantes foram demonstrados por Brandi et al através de 
injeção de gás carbônico, pois mostrou-se um aumento da perfusão tecidual, 
aumento da pressão parcial de oxigênio (PO2) e a redução da circunferência das 
áreas tratadas. Além disso, relataram aumento da espessura da pele, fratura da 
membrana do adipócito e preservação total do tecido conjuntivo, incluindo 
estruturas vasculares e nervosas. 
Como foi dito, o soro fisiológico pode potencializar o efeito lipolítico da 
carboxiterapia, por proporcionar um meio mais ácido pela formação de íons de 
hidrogênio (H+). Em contato com o gás carbônico, o soro forma uma reação 
química com a liberação de íons hidrogênio, responsável pela acidez do meio, 
aumentando o poder de queima na região. 
Segundo Carvalho após a demarcação da área a ser tratada, e com o 
auxílio de uma seringa, injeta-se em torno de 1 ml de soro fisiológico 
por ponto, distribuídos por toda a área aleatoriamente e em seguida 
aplica-se o gás carbônico. 
 
 
 
ESTRIAS E FLACIDEZ CUTÂNEA 
As estrias caracterizam-se por afecções dermatológicas que no início 
apresentam um processo inflamatório, com elastólise e desgranulação de 
mastócitos, seguidos de afluxo de macrófagos em torno das fibras elásticas. 
A estimulação fibroblástica tem importante papel no processo 
regenerativo da atrofia tecidual na estria. 
O eletrolifting, terapia utilizada no tratamento das estrias, através de 
estímulo elétrico de baixa intensidade, provoca uma inflamação aguda na estria 
com um leve edema e hiperemia a fim de aumentar a capacidade de replicação 
dos fibroblastos e produção de fibras colágenas na pele estriada. Além disso, o 
peeling químico é um procedimento bastante utilizado no tratamento das estrias, 
tendo como princípio provocar um processo inflamatório, e a partir daí iniciar o 
processo de reparo do tecido lesado. 
Processo semelhante ocorre com a Dermotonia, onde sua aplicabilidade 
visa a reconstrução das fibras de colágeno e elásticas. Baseado no fato de que 
16 
 
 
a flacidez cutânea é caracterizada por uma atrofia da pele e perda da 
elasticidade, devido à diminuição da capacidade de produção de colágeno que 
dá sustentação a pele, a terapia com gás carbônico torna-se um recurso viável 
para seu “tratamento” tendo em vista estimular a produção de novas fibras de 
colágeno e com isso prover maior sustentabilidade à pele flácida. Isto é 
justificado por Brandi et al, pois através de estudos histológicos com a 
Carboxiterapia comprovaram um aumento da espessura da derme, evidenciando 
estímulo a neocolagenase, bem com um evidente rearranjo das fibras colágenas. 
Portanto, a carboxiterapia ao estimular a formação de colágeno, se torna 
um recurso valioso para o tratamento de estrias e da flacidez cutânea. A pele 
sofre modificações facilmente reconhecidas com o avançar da idade. As rugas 
são sinais evidentes caracterizado por sulcos ou pregas na pele. A causa do 
enrrugamento, da atrofia, do aparecimento de sulcos, ptose e frouxidão são as 
alterações progressivas nas fibras de colágeno e elastina. 
Oria et al já haviam demonstrado em estudo realizado com cadáveres que 
o envelhecimento causa desorganização e rompimento das fibras de colágeno e 
elastina quando comparadas à pele jovem. Dessa forma, a carboxiterapia no 
tratamento facial, proporcionando maior velocidade de troca (aumento fluxo 
sanguíneo) e melhora da oxigenação tecidual, é indicada na diminuição das 
rugas e melhora parcial das bolsas de gordura. 
Segundo Ferreira et al. houve acentuado aumento do colágeno após 
infusão de gás carbônico na pele de ratos. Relataram também que as 
injeções intradérmicas são mais eficientes que as subcutâneas na 
redução de rugas e sulcos. 
Analisando o fato de que as rugas apresentam dano nas propriedades 
mecânicas do colágeno e um dos efeitos fisiológicos da carboxiterapia é a 
produção e reorganização das fibras colágenas, pode-se considerar, baseado 
na literatura e em nossa prática clínica como sendo um método eficaz para 
suavizar e promover firmeza nos locais onde havia rugas. 
 
 
 
17 
 
 
OUTRAS APLICAÇÕES 
De acordo com Carvalho, outras indicações da carboxiterapia que 
apresentam bons resultados são: queimados, ulcerações em membros 
inferiores, psoríase e calvície, ou seja, patologias que se beneficiam 
com o incremento da circulação. 
Outro estudo recente avaliou a reação de pacientes portadores do 
fenômeno de Raynauld com uso de dopplerfluxometria após aplicação 
percutânea de gás carbônico. Foram 18 dias de tratamento e no final observou-
se que os pacientes adaptaram mais fácil à exposição ao frio. Além disso, 
Wollina et al durante um período de 4 anos, trataram de 86 pacientes com feridas 
crônicas (úlcera venosa crônica, úlceras neuropáticas, escaras, úlceras 
reumáticas) com aplicação transdérmica de CO2. Os achados apontam para 
uma mudança positiva na microcirculação e subsequente melhoria no tecido de 
granulação (quer cicatrização completa ou significativa diminuição da 
inflamação, dor e odor). 
Bons resultados também apareceram nas áreas de reumatologia (artrite 
autoimune, osteoartritedegenerativa, atrite aguda: epicondilite, periartrite), 
urologia (disfunção erétil associada à microangiopatias) e dermatologia 
(psoríase, úlceras associadas à microangiopatias). Efeitos positivos foram 
apresentados por 109 pacientes com artrite psoriática submetidos a banhos 
acrescidos de gás carbônico. 
Os pacientes apresentaram melhora do comprometimento articular, no 
aspecto da pele e na circulação sanguínea. Com base na literatura, a 
carboxiterapia pode ser considerada um tratamento seguro, sem efeitos 
adversos ou complicações importantes, tanto locais, como sistêmicas. 
Como mencionado anteriormente, o gás carbônico é um metabólico 
presente na circulação sanguínea, e a quantidade de gás injetado durante o 
tratamento está abaixo do volume produzido pelo organismo. Além disso, 
pacientes submetidos a injeções subcutâneas de CO2 não mostraram nenhum 
dano em seu tecido conectivo, vascular e estrutura nervosa. Contudo, a 
utilização de injeções intravasculares em “bolo” de até 100 ml e fluxos contínuos 
entre 20 e 30 ml/segundo foram realizados como contraste em angiografia, 
assegurando de que o dióxido de carbono não provoca embolia, nem reações 
adversas. Portanto, pode-se dizer que os efeitos secundários apresentados pela 
18 
 
 
carboxiterapia se limitam em dor no local da aplicação, pequenos hematomas ou 
equimoses devido às várias punturas e sensação de crepitação devido à 
formação de um enfisema local que desaparece em no máximo 30 minutos. 
Verificamos na pratica clínica, relatos de aumento da temperatura no local 
da aplicação do gás, hiperemia, dor localizada no momento e após a aplicação 
do gás de curta duração. 
Há também sensação de ardor e peso/fadiga no membro onde foi 
infundido o gás carbônico logo após sua aplicação. 
Segundo Goldman et al este efeito está relacionado com a velocidade 
do fluxo e limiar do paciente. Com o intuito de minimizar a dor do 
paciente durante a aplicação da carboxiterapia, aparelhos mais novos 
utilizam dispositivos eletroeletrônicos localizados durante o transcurso 
do gás para aquecerem-no antes que ele seja injetado no segmento 
corpóreo. 
O objetivo é de aliviar o desconforto do paciente, permitindo assim infundir 
o gás numa velocidade maior, tornando a terapia mais rápida. Porém não se 
sabe se o aquecimento do gás altera sua eficácia e resultados, pois faltam 
estudos conclusivos sobre este aspecto. 
Além disso, na prática clínica, verificamos que há pacientes que não 
relatam maior conforto durante a terapia com o uso do aquecedor do gás. 
 
Contraindicações 
Como foi dito, a carboxiterapia é considerada uma técnica segura, mas 
devemos atentar para algumas contraindicações citadas por alguns autores: 
infarto agudo do miocárdio, angina instável, insuficiência cardíaca, hipertensão 
arterial, tromboflebite aguda, gangrena, infecções localizadas, epilepsia, 
insuficiência respiratória, insuficiência renal, gravidez, distúrbios psiquiátricos. 
19 
 
 
 
 
CARBOXITERAPIA 
Hoje em dia muitas pessoas desejam acabar com a gordura localizada, 
as celulites, a pele flácida e outras imperfeições, o procedimento 
de carboxiterapia pode ser a solução para esses problemas. 
Esse processo consiste resumidamente na injeção de gás carbônico 
sobre a pele com o objetivo de ajudar na circulação e na oxigenação dos tecidos, 
desta forma, faz com que a pele forme o colágeno e também as fibras elásticas. 
Ao buscar o que as pessoas acreditam ser o corpo perfeito, muitos 
procuram por algum procedimento estético que prometa algum milagre ou até 
mesmo mudanças radicais. 
Existem diversos outros tratamentos que transformam a aparência de um 
dia para o outro. 
Atualmente um dos produtos mais vendidos e comercializados dentro do 
mundo da beleza é a carboxiterapia. 
Carboxiterapia é o processo de aplicar gás carbônico medicinal utilizando 
agulhas finas é conhecido como carboxiterapia e isso é o suficiente para reduzir 
estrias, gorduras localizadas, celulites e cicatrizes na pele. 
A carboxiterapia é um tratamento derivado de uma técnica cuja origem é 
de 1932, onde o tecido subcutâneo recebia a aplicação de gás carbônico para 
os tratamentos médicos. 
Já nos dias atuais, esse procedimento recebeu destaque pela sua 
variedade de uso, principalmente pelos baixos riscos e efeitos colaterais, mas 
principalmente por proporcionar um bom resultado. 
Se trata de um procedimento que deve ser feito por um profissional 
especializado e dentro de uma clínica ou consultório, pois, a carboxiterapia é 
realizada com algumas injeções em pequena quantidade de gás carbônico nas 
diversas camadas do corpo. 
A profundidade da injeção depende do propósito do tratamento, já que: 
Para reduzir medidas o tratamento é entre a camada de gordura e camada da 
20 
 
 
pele; Já se for para conseguir se livrar de estrias, esse procedimento é 
precisamente na cicatriz. 
O uso do gás é para promover a circulação do sangue na região, para 
estimular a produção do colágeno e para ajudar a eliminação das células com 
gordura. 
Pode ser que seja necessário de 10 a 15 sessões, porém, o paciente 
consegue sentir os resultados após a primeira sessão. 
 
Como funciona a carboxiterapia 
O CO2 é aplicado sob a pele com o uso de uma agulha esterilizada, se 
trata de uma agulha similar à agulha da insulina. 
Através do aparelho que está conectado à agulha é possível regularizar a 
velocidade do fluxo do gás, assim como também a dose e o tempo de aplicação. 
Essa introdução sob a pele é completada com uma massagem manual, 
cujo objetivo é auxiliar a dispersão do gás e fazer com ele possa circular. 
É necessário entender que terá um aparelho acoplado no cilindro de gás 
carbônico medicinal. 
Será esse equipamento responsável por regular a vazão do gás, que não 
pode atingir mais de 80ml de gás a cada minuto, para uma seringa cuja agulha 
seja de calibre mínimo. 
Como já mencionado, a profundidade da agulha para cada aplicação 
varia. 
Os profissionais especializados nesse procedimento garantem que não 
há efeito secundário, apenas uma dor muito forte e passageira na área em que 
o gás é aplicado. 
No entanto, alguns pacientes podem relatar algum efeito colateral. É 
indicado que sejam feitas apenas duas ou três sessões por semana, o total de 
sessões deve ser de 10 a 15 para concluir o tratamento, cada sessão dura cerca 
de 30 minutos. 
 
Regiões mais procuradas para fazer a carboxiterapia 
21 
 
 
Existem diversas regiões do nosso corpo que podem passar pelo 
procedimento de carboxiterapia, mas algumas são mais procuradas do que 
outras. 
Sendo assim, são vários tipos de carboxiterapia, as mais buscadas são: 
 Carboxiterapia para estrias; 
 Carboxiterapia para celulite; 
 Carboxiterapia para flacidez; 
 Carboxiterapia para fibrose pós-lipo; 
 Carboxiterapia para olheiras; 
 Carboxiterapia para gordura localizada; 
 Carboxiterapia para o bigode chinês; 
 Carboxiterapia para papada; 
 Carboxiterapia para o abdômen. 
 
Cada tipo de carboxiterapia é mais profunda do que a outra e pode haver 
modificação nesse processo, portanto, é possível combinar a carboxiterapia com 
ultrassom, carboxiterapia com gás aquecido e a carboxiterapia 
com Eletrolipólise. 
 
Porque fazer a carboxiterapia 
Ainda não entende porque esse procedimento pode ser benéfico para 
você? Confira no tópico a seguir. 
 
Benefícios da carboxiterapia 
Quem faz esse procedimento com finalidade estética tem determinada 
região que passou pelo procedimento com a aparência melhorada, certo? Sendo 
assim, o principal benefício é a melhoria estética. 
Quando a estética é renovada, a auto estima da paciente melhora e 
certamente reflete em outros aspectos da vida. 
 
Antes e depois da carboxiterapia 
22 
 
 
Para entender um pouco melhor sobre os benefícios proporcionados pela 
carboxiterapia, saiba como é o processo em algumas regiões e como será o 
antes edepois. 
 
Celulites 
A carboxiterapia na celulite elimina a gordura localizada da região, pois, 
lesiona os adipócitos e isso favorece a sua queima, além é claro de aumentar a 
circulação do sangue e a drenagem linfática feita no local. 
 
 
 
Gordura localizada 
Ao realizar esse procedimento nas gorduras localizadas ocorre uma lesão 
nas células de gordura, isso promove a sua retirada e também a melhoria da 
circulação sanguínea onde a injeção foi feita. 
 
Perda de cabelo 
Sim, a carboxiterapia também pode ser um tratamento capilar, já que 
favorece no crescimento de novos fios de cabelo e também aumenta o fluxo 
sanguíneo na região do couro cabeludo. 
 
Flacidez 
Quando a carboxiterapia é feita para flacidez, o paciente passa a produzir 
mais fibras de colágeno que são responsáveis pela sustentação da pele. 
Olheiras 
A carboxiterapia nas olheiras é responsável pela redução de inchaço, pelo 
fortalecimento de vasos sanguíneos e pelo clareamento da pele. 
Estrias 
23 
 
 
O processo de carboxiterapia em estrias vai alongar os tecidos desse local 
e preencher a região com o gás carbônico medicinal, estimulando o corpo a 
produzir o colágeno. 
A carboxiterapia é um tratamento que requer cuidados 
As principais recomendações antes de uma sessão é que o paciente não 
use creme, óleos ou algum produto que seja possível penetrar a pele. 
É importante também estar vestindo uma roupa confortável e que não 
comprima o local onde a aplicação será feita. 
Quando o procedimento for realizado, é essencial usar o protetor solar de 
alto fator e evitar a exposição ao sol. 
Mantenha a atenção no local que foi feito a aplicação, portanto, não coce 
ou arranhe a região tratada. 
Se o paciente desejar é possível e até mesmo indicado que a rotina de 
exercícios físicos seja mantida, ou até mesmo sessões de drenagem linfática, de 
acordo com o que o profissional responsável oriente. 
 
Riscos da carboxiterapia 
Os profissionais especializados sempre apontam alguns riscos e efeitos 
possíveis, como: 
 Dormência; 
 Ruptura de vasos sanguíneos pequenos; 
 Sangramento; 
 Dor; 
 Ardência durante o tratamento. 
 
Alguns sintomas são raros, porém possíveis. De forma geral, os 
hematomas, que são roxos, sumirem em poucos dias, porém, em alguns 
cenários, existem as chances da região tratada ficar um pouco mais escura e 
machada. 
Vale ressaltar que de acordo com uma nota do Conselho Federal de 
Medicina, a carboxiterapia ainda é um método experimental, mesmo que seja 
uma técnica usada a muitos anos. 
24 
 
 
Terapias com propósito estético que usam o gás carbônico não tem aval 
científico por isso ainda são colocadas nessa categoria. 
Ademais, como esse processo consiste na perfuração da pele, mesmo 
que seja superficial, existem riscos de infecções quando não há a higienização 
correta. 
Desta maneira, mesmo que existam poucos riscos que já foram 
associados e descritos, o conhecimento da eficácia dessa técnica e as 
consequências do tratamento ainda não tem um estabelecimento científico. 
O mercado na área de estética tem se mostrado muito promissor. Com o 
setor aquecido, várias profissões na estética foram se ligando, e seus 
tratamentos inseridos em nichos similares. Como é o caso da odontolgia, fisio 
dermatocunfional, entre outras. 
 
 
 
Para atender toda essa demanda, não é qualquer formação que permite 
a realização de tratamentos e a indicação de produtos. Cursos de graduação, 
tecnólogos e especializações e/ou capacitações são fortemente recomendados 
para esse setor. 
Pesquisas mostram que algumas carreiras são promissoras para quem 
quer trabalhar com Saúde estética. Alguns fatores estão associados à isso, 
como: potencial de mercado, aumento da expectativa de vida da população, 
novas técnicas na área da saúde, inclusive da beleza e falta de mão de obra 
especializada. 
Nesse artigo, vamos esclarecer sobre as profissões da área da saúde que 
estão aptas para atuar no mercado de estética. Vale a pena frisar que além do 
curso de pós-graduação é necessário solicitar a habilitação ao conselho 
profissional da área, caso seja necessário. 
25 
 
 
 
BIOMEDICINA NA ESTÉTICA 
 
 
Dentro das principais profissões na estética, destacamos 
a biomedicina, que têm se tornado uma das profissões mais promissoras na 
área da saúde. Esse curso tem um diferencial, forma profissionais que são 
capazes de se adaptar ao futuro devido à variedade de áreas de atuação de um 
biomédico e da necessidade que a medicina tem de obter respostas para o 
diagnóstico e tratamento das doenças. 
Com tudo, os biomédicos compõem o grupo de profissionais da área da 
saúde que podem atuar no âmbito da estética. 
A partir dos conhecimentos adquiridos durante a graduação, esses 
profissionais estão aptos à serem pesquisadores, a identificar doenças e 
desenvolver novos diagnósticos. Os biomédicos são profissionais que transitam 
entre a biologia e a medicina. 
São técnicos que apresentam amplo conhecimento das estruturas e 
funcionamento do corpo humano. Percepção, que é essencial para aqueles que 
desejam ingressar no setor da estética e se destacar nos procedimentos 
inovadores e utilização de dermocosméticos. 
A Biomedicina Estética é uma Especialidade reconhecida pelo Conselho 
Federal de Biomedicina (CFBM). Segundo a Sociedade Brasileira de 
Biomedicina Estética (SBBME) (https://sbbme.org.br/biomedicina-estetica/), a 
26 
 
 
Biomedicina Estética é uma nova área da Biomedicina, onde o especialista está 
apto a realizar os seguintes procedimentos: 
 
 Avaliação e Acompanhamento; 
 Eletroterapia e Eletroestimulação; 
 Laserterapia; 
 Epilação a Laser; 
 Fototerapia e LED; 
 Lasers Fracionados não-ablativos; 
 Luz Intensa Pulsada; 
 Remoção de Tatuagem e Maquiagem Definitiva; 
 Microagulhamento; 
 Peelings; 
 Químicos; 
 Superficial; 
 Médio; 
 Profundo; 
 Mecânicos; 
 Hidrodermobrasão; 
 Microdermobrasão; 
 Cristal; 
 Diamante; 
 Biotecnologias; 
 Radiofrequência; 
 Ultra cavitação; 
 Ultrassom dissipado; 
 Ultrassom focalizado; 
 Endermologia; 
 Criolipólise; 
 Procedimentos Injetáveis, Escarifacantes, Perfurocortantes e Medicamentosos; 
 Carboxiterapia; 
 Intradermoterapia capilar, corporal e facial; 
 Intramuscular capilar, corporal e facial; 
 Preenchimentos injetáveis; 
27 
 
 
 Toxina Botulínica; 
 Cosmetologia avançada. 
 
A SBBM nasceu em 10 de outubro de 2010, data histórica, pois foi a 
primeira vez que o Conselho Federal de Biomedicina declarou oficialmente o 
surgimento da Biomedicina Estética no Brasil. 
Posteriormente, a Resolução n°197 de 21 de novembro de 2011 foi 
implementada, cuja a qual dispõe sobre as atribuições do 
profissional Biomédico no Exercício da Saúde Estética e como Responsável 
Técnico de Empresas que executam Atividades para fins Estéticos. 
A partir desse momento, o biomédico esteta passou a ser devidamente 
reconhecido e autorizado pelo Conselho, mediante cumprimento dos critérios 
necessários para obter habilitação em Biomedicina Estética. 
Os biomédicos estetas também podem realizar procedimentos estéticos 
como botox, peelings, enzimas, preenchimentos e lasers. Tratamentos que são 
reconhecidos pela SBBME e autorizados pelo CFBM. 
 
 
 
ENFERMAGEM NA ESTÉTICA 
 
A arte da estética tem sido resgatada na enfermagem, especialmente 
devido ao surgimento de estudos sobre o cuidado alternativo ou complementar, 
dando uma nova roupagem, um novo brilho e desvelando a sensibilidade. 
28 
 
 
A percepção da estética na enfermagem não é somente a busca pela 
beleza, pela perfeição, e sim reafirmar que a estética é um princípio de 
autonomia e de trabalho em saúde, onde a ética, a saúde e o bem-estar estão 
reunidos harmoniosamente. 
Segundo Kahlow e Oliveira (2012) a atuação do enfermeiro 
especialista em estética não se limita ao tratamento estético do 
indivíduo saudável, livrede doenças, mas sim, daquele sujeito que 
apresenta patologias, restrições, necessidades de orientação, 
cuidados, entre outras situações. 
O princípio desses profissionais está centrado no resgate das 
necessidades humanas básicas, do bem-estar, da qualidade de vida e 
da beleza. Sempre considerando a condição de saúde, o uso de 
medicações/suplementos/vitaminas e seus efeitos, estilo de vida, as alterações, 
os desequilíbrios e as expectativas do cliente. 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) destaca que 
profissionais enfermeiros estetas devem ser especialistas, com pós-graduação 
lato sensu em estética, de acordo com a legislação estabelecida pelo Ministério 
da Educação, com no mínimo de 100 horas de aulas práticas). 
A Resolução do Cofen n° 529/2016 regulamenta as normas 
do enfermeiro na área de estética. 
Os seguintes procedimentos podem ser realizados pelos enfermeiros 
estetas: 
 
 Carboxiterapia; 
 Criolipólise; 
 Dermo pigmentação; 
 Depilação à laser; 
 Eletroterapia; 
 Escleroterapia; 
 Mesotarepia; 
 Laserterapia; 
 Terapia combinada de Ultrassom e Micro correntes; 
 Micro pigmentação; 
 Peeling superficiais; 
29 
 
 
 Ultrassom cavitacional; 
A atuação da enfermagem esteta ganha destaque no ano de 2018. A 
atividade da Enfermagem como profissão liberal ganha força com a publicação 
da Resolução n°568 de 20 de fevereiro, 2018. 
Esta norma regulamenta o funcionamento 
dos consultórios e clínicas de enfermagem, o que pode alavancar o trabalho 
dos enfermeiros que querem seguir no setor da estética. 
 
 
 
ESTETICISTA NA ESTÉTICA 
 
Atualmente, a demanda de uma importante área está em grande 
ascensão: a estética e cosmética. 
O curso tecnólogo de estética e cosmética, com duração de 
aproximadamente 3 anos, se efetiva na formação de profissionais com um perfil 
diferenciado, que substitui o profissional autodidata por um profissional de alto 
nível, capaz de aperfeiçoar os dons naturais das pessoas atuantes nessa área. 
Esse profissional é especialista em tratamentos de beleza e saúde. O 
esteticista busca oferecer para seus clientes a manutenção da beleza, da saúde 
e do bem-estar, por meio de cosméticos e aparelhos de alta tecnologia. 
A Lei n° 13.643/2018 regulamenta a profissão de Esteticista, que 
compreende o esteticista e cosmetólogo. De acordo com a lei, passa a ser 
30 
 
 
considerado técnico em estética o profissional habilitado em curso técnico com 
concentração em estética, oferecido por uma instituição regular de ensino. 
A partir dessa Lei sancionada recentemente pelo presidente Michel 
Temer, novos passos podem ser iniciados como a criação do Conselho da 
Classe dos Esteticistas, o que possibilita abrir um leque de novas oportunidades. 
A Federação Brasileira dos Profissionais Esteticistas (FEBRAPE) 
representa os profissionais regulamentados e reconhecidos legalmente. 
Também estabelece normas éticas e valores morais da classe para uma correta 
conduta da profissão. 
Segundo a Lei n° 13.643/2018, compete ao técnico em estética: 
– Executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando 
como recursos de trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com 
registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 
– A responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e aplicam 
recursos estéticos, observado o disposto nesta Lei; 
– Observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente, ou 
solicitar, após exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica; 
– Solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que 
complemente a avaliação estética. 
Com o avanço da dermatologia e cirurgia estética, novos horizontes foram 
traçados para a atuação do esteticista, incorporando cuidados estéticos e 
embelezamento da pele. 
Com isso, os profissionais de estética também se tornaram 
indispensáveis nas clínicas dermatológicas e de medicina estética. Atualmente, 
o esteticista exerce muitos procedimentos corporais e capilares não invasivos, 
tratamentos faciais, aliando técnicas, produtos cosméticos e alta tecnologia. 
Esse profissional pode atuar nos mais variados espaços, como: salões de 
beleza, clínicas, hotéis, academias e SPAs. 
31 
 
 
FARMÁCIA NA ESTÉTICA 
 
A atuação dos farmacêuticos na área de estética vem ganhando força. 
Profissionais com especialização na área, estão habilitados a trabalhar nesse 
tipo de atividade. 
O Farmacêutico começou a se interessar com a área da estética, quando 
percebeu que existiam disciplinas comuns entre as profissões que atuam na 
estética, na manipulação de medicamentos, cosméticos, insumos farmacêuticos 
e mecanismos de ação farmacológica. Foi a partir disso que o Conselho da 
classe começou a lutar em busca da legalização da responsabilidade técnica 
como farmacêutico esteta. 
A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) n° 573 de 22 de 
maio de 2013, dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no exercício da 
saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que 
executam atividades afins. 
Essa Resolução reconhece a atuação do farmacêutico na estética. O 
qual poderá ser responsável técnico por estabelecimentos que utilizam 
técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos para fins estéticos, desde 
que não haja prática de intervenções de cirurgia plástica. Devendo o profissional, 
estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição. 
Os farmacêuticos podem executar as seguintes técnicas de natureza 
estética: 
 
32 
 
 
Tratamentos faciais 
– Indicações: Rejuvenescimento, clareamento de manchas, melasmas, acne, 
rugas olheiras, flacidez facial. 
 
Tratamentos: 
 Luz Intensa Pulsada; 
 Peelings; 
 Microagulhamento; 
 Radiofrequência; 
 Carboxiterapia; 
 Laserterapia, Iontoforese e Led. 
 
Tratamentos corporais 
– Indicações: Gordura localizada, Flacidez Tissular e Muscular, Celulite e Estrias. 
 
Tratamentos: 
 Criolipólise; 
 Ultrassom; 
 Radiofrequência; 
 Microagulhamento; 
 Laserterapia, Laserlipólise; 
 Carboxiterapia; 
 Endermologia, Corrente Russa e Led. 
 
 
Tratamentos capilares 
– Indicações: Queda de cabelo, alopecia e seborreia. 
 
Tratamentos: 
 Alta Frequência; 
 Carboxiterapia, Mesoterapia; 
 Microagulhamento e Led. 
 
33 
 
 
A Resolução do CFF n°645, de 27 de julho de 2017, mais atual, define os 
requisitos técnicos para o exercício do farmacêutico ampliando o rol 
das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos utilizados pelo 
farmacêutico em estabelecimento de saúde. 
Alguns tratamentos minimamente invasivos podem ser realizados 
pelos farmacêuticos estetas, como: toxina botulínica, preenchimento dérmico, 
procedimento estético injetável para microvasos, intradermoterapia e Fios Lifting. 
Para o farmacêutico poder exercer atividades estéticas ele precisa 
preencher os seguintes requisitos: 
 
1. Ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo 
Ministério da Educação, na área de saúde estética; 
2. Ser egresso de curso livre de formação profissional em saúde estética 
reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), de acordo com os 
referenciais mínimos definidos em nota técnica específica, disponível no sítio 
eletrônico do CFF (www.cff.org.br). Conforme a edição estabelecida na 
Resolução nº 645/17. 
 
 
 
 
FISIOTERAPIA NA ESTÉTICA 
 
34 
 
 
Em 2009, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional 
(COFFITO) publicou a Resolução n°362/2009. O fisioterapeuta é um dos cargos 
de maior destaque dentro das profissões na estética. Esta especialidade atua na 
prevenção, recuperação e promoção da saúde da pele. Seu foco está centrado 
no tratamento estético e de doenças dermatológicas. 
O fisioterapeuta dermatofuncional é um profissional capaz de 
compreender de maneira abrangente os determinantessociais do processo 
saúde-doença. 
O fisioterapeuta apresenta conhecimentos de anatomia, fisiologia, 
cinesiologia, farmacologia, patologia, massoterapia e eletrotermofototerapia. 
Esse entendimento, facilita a escolha do procedimento mais apropriado para 
cada caso, oferecendo benefícios e bons resultados no eixo da fisioterapia 
dermatofuncional. 
Todos os profissionais formados em fisioterapia e que desejam trabalhar 
no ramo da estética, devem se especializar. A especialização em fisioterapia 
dermatofuncional é uma boa opção. 
Após o curso o profissional fisioterapeuta estará apto a tratar dos 
seguintes casos: 
 
 Flacidez da pele; 
 Gordura localiza; 
 Estrias; 
A fisioterapia dermatofuncional apresenta habilidades para trabalhar 
de maneira multidisciplinar, ou seja, atuando em conjunto com outros 
profissionais da área da saúde. Proporcionando assim, associar tratamentos da 
fisioterapia dermatofuncional com outras técnicas e consequentemente obter 
resultados satisfatórios e seguros para os pacientes. 
Os fisioterapeutas dermatofuncionais podem associar seus tratamentos 
com nutricionistas, profissionais de educação física, endocrinologistas, 
dermatologistas, angiologistas e cirurgiões plásticos. 
O segmento deste setor é bem amplo, além das funções descritas a cima 
o profissional que se especializa em fisioterapia dermatofuncional está 
habilitado a trabalhar com os seguintes tratamentos: 
 
35 
 
 
 Pré e Pós-cirurgia plástica; 
 Fibro Edema Gelóide; 
 Drenagem linfática manual; 
 Massagem do tecido conjuntivo e reflexa; 
 Estrias; 
 Queimaduras; 
 Envelhecimento facial da pele; 
 Úlceras de pressão; 
 Ultrassom; 
 Eletroterapia; 
 Endermologia; 
 Radiofrequência; 
 Laserterapia; 
 
A Associação Brasileira de Fisioterapia 
Dermatofuncional (BRAFIDEF), recentemente, tem atuado fortemente 
na legitimidade do fisioterapeuta para a realização de procedimentos 
estéticos, dentre eles: Criolipólise (Parecer BRAFIDEF n°01/2016), aplicação de 
toxina botulínica (Parecer BRAFIDEF n°166/2015), produtos específicos para 
peelings (Parecer BRAFIDEF 2015) e Laser fracionado não ablativos de alta 
potência (Parecer BRAFIDEF n°03/2016). 
 
 
 
36 
 
 
ODONTOLOGIA NA ESTÉTICA 
 
Outra categoria quando abordamos profissões na estética, é a 
Odontologia. Os profissionais da odontologia também têm aderido aos 
procedimentos estéticos. 
O dentista moderno tem ampliado sua visão orofacial, visando uma 
harmonia facial de seus pacientes. 
O uso da Toxina Botulínica pelos dentistas é permitido desde 2011, de 
acordo com Resolução do Conselho Federal de Odontologia (CFO) 112/2011. 
Antes disso, os profissionais podiam utilizar somente para fins 
funcionais como Bruxismo, Migrânia Crônica (dor de cabeça e na Cervical), 
Nevralgia do Trigêmio e Blefaroespasmos (“Tique nervoso”). 
A Toxina Botulínica gera relaxamento do músculo o qual a substância foi 
aplicada, impedindo que a musculatura se contraia. O resultado do Botox pode 
ser observado em média 7 dias após a aplicação, seu efeito é passageio e duram 
entre 4 a 6 meses. 
Após esse período é necessária nova aplicação. Ele pode ser aplicado 
para corrigir problemas de assimetria facial e sorriso gengival, assim 
como, rugas dinâmicas, aquelas que aparecem quando fizemos mímica facial. 
A partir da Resolução 112/2011, os dentistas também podem 
utilizar Ácido Hialurônico para preenchimento labial. Essa técnica permite 
remodelar o contorno perdido e ainda remodela os pontos específicos do lábio, 
superior ou ambos. 
37 
 
 
O preenchimento facial também pode ser realizado. Com o 
envelhecimento é normal desenvolvermos sulcos e rugas mais profundas. É um 
processo natural da nossa pele, mas que prejudicam a estética do sorriso e do 
rosto como um todo. 
Para suavizar as rugas profundas, deixar o rosto mais harmônico ou dar 
volume, a substância Ácido Hialurônico é utilizada para preenchimento. Ela é 
totalmente absorvida pelo organismo e seus efeitos duram entre 8 e 18 meses. 
Outro procedimento associado à estética e que o profissional da 
odontologia pode fazer é a Bichectomia. É uma técnica cirúrgica que tem a 
finalidade de reduzir o tamanho das bochechas, deixando o rosto mais fino. 
O procedimento é rápido, onde o dentista faz um corte na parte interior da 
boca e retira as bolas de gordura, conhecidas como Bolas de Bichat. A incisão 
varia entre 1 a 2 centímetros e é realizada sob anestesia local. 
 
 
AS PROFISSÕES NA ESTÉTICA: ESTATÍSTICAS DO SETOR 
 
 
 
A queda da economia brasileira não afetou o setor 
de Beleza e Estética que cresce cada vez mais. Um estudo do SEBRAE 
realizado entre os anos de 2010 a 2015, mostra que os centros estéticos e salões 
de beleza cresceram 567% no País. 
Transformando em números, o avanço foi de 72.000 empreendimentos 
para cerca de 500.000 no ano de 2016. Esses valores mostram o quanto esse 
38 
 
 
setor tem superado a crise no Brasil e aponta como um dos mais vantajosos no 
País. 
Para o ano de 2018, o mercado brasileiro de produtos de beleza projetou 
um crescimento de 8% no faturamento, segundo a Associação Brasileira da 
Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Alguns fatores 
influenciam nesse crescimento, como: queda da taxa básica de juros (Selic), 
melhora nas condições de crédito e a redução da inflação estão influenciando 
positivamente, disponibilidade de renda da população e o consequente consumo 
de produtos e serviços do setor. 
Outro ponto positivo é que o faturamento equivalha ao triplo do resultado 
do Produto Interno Bruto (PIB) que, segundo a mais recente projeção do Banco 
Central, será de 2,7% neste ano (2018). 
As estimativas do SEBRAE mostram que até 2020 esse setor vai 
crescer mais de 14%. Esse ramo tem se mostrado promissor e vem estimulando 
o interesse de novos empreendedores e de organizações já existentes. 
Contudo, investir em capacitações e equipamentos adequados é 
extremamente importante. 
Muitas instituições de ensino superior oferecem capacitações e/ou 
especializações na área. Basta procurar qual é a mais adequada para o ramo do 
profissional e qual o habilita, perante o Conselho de sua jurisdição. 
Se você tem interesse em atuar no ramo da beleza, existem diversas 
opções para profissões na estética…analise qual se encaixa melhor com seu 
perfil! 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
REFERÊNCIAS 
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Rejuvenescimento Cutâneo. In Yamaguchi C. I Annual Meeting of Aesthetic 
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