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Corrente Galvânica A corrente galvânica é uma corrente contínua e direta com fluxo constante de elétrons em uma só direção, fluindo do pólo negativo (catodo preto) para o positivo (anodo ver- melho) a qual há um sentido único de corrente tornando - a polarizada e com efeito térmico. Esse fluxo da corrente não sofre uma interrupção e nem varia a sua intensidade na unidade de tempo. É conhecida também como corrente contínua, corrente direta ou de corrente unidirecional. O deslocamento das cargas para o pólo oposto a fim de introduzir radicais químicos chama-se iontoforese. AÇÃO FÍS ICO - Q UÍMICA ELETRÓ LIS E Eletrodo Eletrodo negativo positivo AÇÃO FÍS ICO - TÉRMICA ELETRO TERMAL A eletrotermal ocorre leve aquecimento tecidual de 2oC a 3oC que faz com que os movimentos das partículas carre- gadas, aumentando a circulação causando uma hiperemia. Esse aquecimento pode causar queimaduras químicas no paciente. AÇÕ ES BIO LÓ GICAS E FIS IO LÓ GICAS AÇÕ ES BIO LÓ GICAS Efeitos sobre nervos sensitivos: Primeiramente ocorre uma sensação de cócegas na região aplicada com o eletro- do no paciente, quando é aumentada progressivamente a intensidade, há uma sensação de leve formigamento. Caso aumente-se ainda mais a intensidade, causa uma sensação de agulhadas, ardência e dor. AÇÕ ES FIS IO LÓ GICAS Efeito analgésico: Causa uma mudança do limiar das fi- bras nervosas sensitivas e a diminuição dos estímulos do- lorosos pela vasoconstrição e pela teoria das comportas. Efeito anti-inflamatório: É o efeito da eletroendosmose, que é a fuga de líquido do eletrodo positivo para o eletrodo negativo facilitando a drenagem. Efeito tonificador (aumento de tônus): Causa uma mudança do limiar de excitabilidade das fibras nervosas motoras, a capacidade de reação e função. Indicado nos casos de paresias e hipotrofias. Tônus é a atividade elétrica do musculo. EFEITO S P O LARES S O BRE O ELETRO D O P O S ITIVO ( AN O D O ) O eletrodo positivo (anodo ver- melho) ocorre a atração de íons negativos, embaixo do eletrodo vai possuir formação de ácidos O2 e HCI, promovendo vasocons- trição da região e como conse- quência acontece uma sedação elétrica nervosa que vai alterar a excitabilidade e a condutibilidade (devagar/lento). O eletrodo positivo (anodo vermelho) deve ser aplicado sobre uma região com um edema. S O BRE O ELETRO D O N EGATIVO ( CATO D O ) O eletrodo negativo (catodo pre- to) ocorre a atração de íons posi- tivos, embaixo do eletrodo vai possuir uma formação de bases NaOH e H2, promovendo vasodi- latação (hiperemia), consequen- temente um cúmulo de líquido edemaciada, porque a água no organismo possui as caracterís - ticas positivas, assim atraída pelo pólo negativo (eletroen- dosmose). De preferência se deve aplicar em uma região vascula- rizada ao invés de uma articulação por exemplo, porque a região vascularizada possui uma presença maior de liqui- do o que vai favorecer a drenagem. ELETRO EN D O S MO S E ( FACILITA A D REN AGEM) Para a aplicação da eletroendosmose o eletrodo é embebi - do em água quando a esponja for utilizada. • O eletrodo positivo (anodo vermelho) deve ser aplica- do sobre a região de um edema. • O eletrodo negativo (catodo preto) deve ser aplicado em uma região mais proximal e de preferência que seja vascularizada. AP LICAÇÃO D O S ELETRO D O S Nas técnicas para a aplicação dos eletrodos no paciente, primeira precisa limpar a pe- le e depois identificar a pola- ridade dos eletrodos. Os ele- trodos devem ser do mesmo formato e do mesmo tama- nho. Os eletrodos precisam estar entre quatro dedos ou de um palmo de distância de um eletrodo para o outro eletrodo. Longitudinal: Os eletrodos devem ser aplicados no mes- mo lado do corpo. Transversal: Os eletrodos devem ser aplicados em faces opostas de um segmento corporal. Quando utilizar a esponja umedecida, dentro da esponja pode ter o eletrodo de silicone ou também o eletrodo de metal. Ambos dentro da esponja. É preciso cuidado com o tempo de terapia no paciente, poque em algumas situações o uso de um eletrodo de metal pode ter o tempo de terapia entre 01 a 05 minutos enquanto um eletrodo de esponja pode durar um pouco mais como 10 ou 15 minutos. Sempre ficar atento para não queimar o paciente. IN D ICAÇÕ ES E CO N TRAIN D ICAÇÕ ES IN D ICAÇÕ ES As indicações para o uso da corrente galvânica são: • Fase aguda para a eliminação da inflamação (edema, algia e excitação nervosa). Uso do eletrodo positivo. • Fase crônica para estimular a fase de processo de re- paro tecidual aumentando o fluxo sanguíneo. Uso do eletrodo negativo. • Artralgia (dores nas articulações). • Mialgia (dor de origem muscular). • Neurite (inflamação nervosa). • Ciatalgia (dor de origem nervosa que irradia). • Distensão. • Artrose (desgaste crônico da articulação). • Contusão. CO N TRAIN D ICAÇÕ ES As contraindicações para o uso da corrente galvânica são: • Região precordial (tórax). • Neoplasias. • Sensibilidade alterada, seja hiposensibilidade ou uma hipersensibilidade (caso o paciente permita). • Desintegridade epitelial. • Lesões por decúbito (somente corrente alternada). • Tromboflebites. • Varizes. • Uso de marcapasso cardíaco. • Osteossínteses de metal. D O S IMETRIA ( D O S AGEM) D A GALVAN O TERAP IA Por muito tempo preconizava-se a intensidade controlada por sensações subjetivas do paciente, o que poderia favo- recer as queimaduras químicas caso tenha por exempl o uma sensibilidade alterada. Área do eletrodo multiplicada por uma constante (0,15). 10 cm 5 cm 10 x 5 = 50 cm² x 0,15 = 7,5 mA/cm² Tempo de 10-15 minutos, com eletrodo de esponja. TÉCN ICAS D E AP LICAÇÃO IO N TO FO RES E A iontoforese é uma técnica que permite a introdução, a partir da pele e mucosas, de íons medica- mentosos no interior dos teci- dos cutâneos do paciente. Ele facilita a introdução de medica- mentos, ativos e iontos no teci- do. Deve-se utilizado o eletrodo rolete positivo para penetrar o produto na pele. A concentração das substancias devem ser bai- xas, geralmente de 01 a 03% para se ter um coeficiente de ionização elevada. Quando a ionização ocorrer através do eletrodo do tipo rolete de metal (direto na pele) a intensidade deve ser menor que 1 Ampère – 250 a 300 μA (microiontoforese). De acordo com a lei de Faraday, a estimativa de quanti - dade do íon introduzido por iontoforese através da pele é proporcional à amplitude e duração da aplicação da corrente. Quando maior o tempo de aplicação e a ampli- tude da corrente, maior será a quantidade transferida do íon. A penetração é maior durante os seis primeiros minu- tos chegando a 70%, o aumento da aplicação para 12 minutos aumenta a penetração em aproximadamente 25%. Após esse período a quantidade de solução é redu- zida e pouco adianta aumentar o tempo de aplicação. Em casos de utilização de ácidos na pele deve-se inverter a polaridade para negativo para sair do tecido cutâneo. As drogas polares aumentam sua penetração devida à presença de corrente elétrica e a corrente aumenta também a permeabilidade cutânea. Alguns necessitam de prescrição médica como o caso de medicamentos, porém caso seja um fitoterápico por exemplo não é necessário. As drogas já vêm com indicação de carga iônica, tempo, corrente utilizada e diluição recomendada. Vantagens: • Não apresenta agressões digestivas. • Efeito local. • Aplicação indolor. • Permite aplicações repetidas. Indicações: • Analgesia local. • Lesões inflamatórias. • Relaxante muscular. • Cicatrizante. • Antiedematoso. • Peeling facial e corporal. • Rejuvenescimento cutâneo. • Controle do pH da pele. Íon Polaridade IndicaçõesÁcido acético + Tendinite calcificada Atropina sulfato + Hiper hidrose Calcitonina + Inflamação Cloreto de sódio - Queloide e aderência Dexametasona - Tendinite e bursite Hialuronidase + Edema e celulite ELETRO LIP O FO RES E O U ELETRO LIP Ó LIS E A eletrolipoforese ou como é chamada também de eletro- lipólise é uma técnica desti - nada para o tratamento das adiposidades (acúmulo dos ácidos graxos localizados) e de celulites. Ele é realizado com aplicações de corrente de baixa frequência com eletrodos em forma de agulhas finas de acupunturas, que são introduzidas nas áreas especi- ficas de tratamento diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo lipólise e favorecen- do a sua eliminação. As técnicas para a aplicação são: Estimulação da lipólise: Aplicação direta ou indireta- mente nos adipócitos e lipídeos armazenados promoven- do sua degradação e favorecendo sua eliminação. Técnica transcutânea: Eletrodos de silicone com gel, lado a lado, em sequência positivo e negativo. F: 5 a 50Hz. Tempo de 40 a 60 min com intensidade baixa. Técnica intracutânea: Agulhas de acupuntura no subcu- tâneo (8 a 15mm de profundidade), paralelas a pele. F: 5 a 30 Hz. Tempo de 20 min com intensidade mais baixa. Mecanismos de ação: • Estímulo circulatório local. • Estímulo da lipólise (direta ou indiretamente). • Liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrena- lina). • Atuam sobre os receptores beta dos adipócitos • Estimulam a trigliceridolipase (lipólise de lipídeos, glicerol e ácidos graxos). • Excreção. MICRO GALVAN O P UN TURA São tratamento para as estrias. Possui dois tipos de estrias sendo vermelhas que são as mais recentes e as brancas que são as mais antigas. As técnicas para a aplicação da microgalvanopuntura são com o uso de eletrodos tipo agu- lha negativo. A penetração da agulha é transversal, 3 a 4 pontos por centímetros, durante 03 segundos. Evitar exposição ao sol após o tratamento. O estimulo físico, mais o estimulo da corrente vai causar uma inflamação no local, vasodilatação, presenças de ede- mas, hiperemia e dor. Essa vasodilatação aumenta a per- meabilidade dos vasos, causando um processo inflamató - rio. Após a fase inflamatória vai ocorrer a fase de reparo tecidual, onde tem o nascimento de novos vasos (neovas - cularização ou angiogênese), formação e do acumulo de fibroblastos que vai causar uma epitelização do local e finalmente tendo um preenchimento daquele espaço. ELETRO LIFTIN G Atenua linhas de expressão e rugas. A ação é semelhante à descrita para o tratamento de estrias. A corrente elétrica atua através da lesão induzida, provocando uma inflama- ção local e consequentemente reparação do tecido com estimulo da produção de colágenos e elastina. Esse tratamento estimula a produção de novas células, colágeno e elastina, incrementa a nutrição do local, agindo sobre os tecidos desnutridos e desvitalizados. As técnicas de aplicação devem ser com a agulha aplicada no mesmo sentido da linha de expressão ou da ruga. Deslizamento: Consiste em deslizar a agulha dentro do canal da ruga. Puntura: Consiste na introdução da agulha superficial - mente a epiderme, em pontos adjacentes e no interior da ruga. Escarificação: Método de deslizamento da agulha no canal da ruga, diferencia-se pela agulha ser posicionada a 90o graus, causando uma lesão no tecido. ELETRÓ LIS E CAP ILAR É um procedimento que leva de 10 a 20 sessões pois ele realiza a cauterização do folículo piloso pelo aquecimento e presença de NaOH formada no eletrodo negativo. As técnicas para a aplicação da eletrólise capilar são com o uso de um eletrodo de agulha negativo. A agulha é intro- duzida no folículo piloso por 05 segundos, e novamente introduzida se o pelo não caiu. Caso não tenha caído na segunda tentativa deverá tentar novamente na próxima sessão. Não pode passar de 20 folículos por sessão e nem deve ser feita de forma sequencial, escolher pelos distantes um do outro. Após 15 e 30 dias outra sessão é feita para a retirada definitiva. Deve se ter cuidados com a exposição ao sol e assepsia do local.
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