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Dermatologia Jamille Ponte ECZEMAS CARACTERÍSTICAS EM COMUM Eritema; edema; vesiculação; secreção; formação de crostas; escamas; liquenificação Causado por agentes endógenos ou exógenos. Pode ser: Agudo Subagudo Crônico Edema; eritema; vesiculação; secreção Eritema e edema menos intensos Predominam secreções e formações de crostas Liquenificação CONTATO ATÓPICO SEBORRÉICO CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS tendência hereditária a desenvolver alergia a antígenos alimentares ou inalantes, manifestando-se por eczema, asma ou rinite alérgica prurido, quando presente, é discreto DERMATITE DE CONTATO POR IRRITANTE PRIMÁRIO (DCIP) DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA (DCA) decorre dos efeitos tóxicos e pró- inflamatórios de substâncias capazes de ativar a imunidade da pele ainda que de maneira não específica sempre com muito prurido Não imunológica Dermatologia Jamille Ponte Lesão direta nos queratinócitos morfotopografia é de grande ajuda no diagnóstico Prurido; Localização típica; Cronicidade; Xerose A pitiríase capitis (caspa), caracterizada por descamação pulvurulenta e difusa, parece ser a fase inicial da DS nessa região, podendo progredir gradualmente com surgimento de eritema, aumento da quantidade e espessura das escamas até um quadro franco de DS. substâncias alcalinas ou ácidas fracas que, não sendo capazes de provocar queimadura e/ou necrose, produzem apenas irritação cutânea. envolvimento primário do sistema imunológico, sendo exemplo clássico da hipersensibilidade tipo IV da classificação de Gell e Coombs, que é a hipersensibilidade retardada ou mediada por células Eritema, descamação e fissuras retroauriculares e do ouvido externo são comuns envolvimento característico da parte interna dos supercílios, glabela, sulco nasolabial, asas do nariz e região paranasal, sendo comum a blefarite marginal (eritema e descamação ciliar), fazendo diagnóstico diferencial com rosácea Prurido discreto ou ausente Alterações sudorais, alterações do manto lipídico da pele e baixo limiar ao prurido Forma infantil e forma adulta→ incomum em crianças maiores Sensação de dor ou queimação estresse induzido no atópico provoca eritema e prurido nas áreas de eczema Secreção sebácea e Malassezia spp frequentemente dermatose de caráter ocupacional (pedreiros, químicos, pintores, donas de casa etc.). a partir do 3º mês de vida. Tende a atenuar com a idade Grave no PVHIV Em adultos→ tendência a crônica recidivante Padrão simétrico e em locais de maior produção de secreção sebácea DESCRIÇÃO DA LESÃO eritema, descamação e, por vezes, vesículas e bolhas, que surgem horas depois do contato com agentes Pode apresentar-se de 3 maneiras: - Aguda (eritema, vesículas, exsudação e crostas); DA infantil (até 2 anos): áreas eritematocrostosas Ao término do 2o ano de vida: resolução espontânea em menos da metade dos casos; na maioria, as lesões tornam-se menos exsudativas, mais papulosas e com tendência a liquenificação, lesões são maculopapulosas, eritematosas ou amareladas, sem brilho, delimitadas e recobertas por escamas de aspecto gorduroso, que se distribuem pelas áreas seborreicas Dermatologia Jamille Ponte irritantes mais fortes, ou depois de semanas de contato continuado com agentes irritantes fracos. - Subaguda (eritema, pápulas, escamas e crostas); - Crônica (liquenificação). comprometendo principalmente as dobras antecubitais e poplíteas, punhos, pálpebras, face e pescoço. chegada da adolescência: lesões se tornam papulodescamativas e, mais caracteristicamente, liquenificadas, sujeitas a surtos de agudização. No adulto: distribuição usual é típica e compreende dobras antecubitais e poplíteas (couro cabeludo, face, regiões pré- esternal, interescapular, flexuras axilares e anogenitais). DIAGNÓSTICO História clínica e exame físico; Local do eczema é de grande importância; Atividades de trabalho e hobbies; Teste de contato: positivo na do tipo alérgica Basicamente clínico. associação de um mínimo de 3 critérios maiores a 3 menores. Maiores: Prurido Morfologia e distribuições típicas Liquenificação flexural em adultos Envolvimento facial e extensor em lactentes e crianças Dermatite – crônica ou cronicamente recorrente História pessoal ou familiar de atopia – asma, rinite alérgica, dermatite atópica Menores: Palidez centro-facial com escurecimento orbitário Prega de Dennie Morgan Sinal de Hertogue (sobrancelhas) Tendência a dermatoses crônicas das mãos Tendência a infecções cutâneas repetidas Alterações oculares (catarata e ceratocone) O diagnóstico é clínico. Deve-se considerar a possibilidade de infecção pelo HIV nos casos mais intensos e abruptos ou não responsivos ao tratamento Neles, devemos solicitar sorologia inclusive para HTLV-1 TRATAMENTO Exclusão do agente causador; Se agudo: secativos - Aguda/subaguda: pasta d’água ou creme de corticosteroide tópico. - Crônica: pomada de corticoide, fita oclusiva ou, mesmo, injeção intralesional - Disseminado: oral (prednisona 0,5 mg/kg de peso). imunomoduladores tópicos, inibidores da calcineurina (tacrolimo e pimecrolimo), mostraram-se bastante efetivos no tratamento da dermatite de contato das mãos. anti-histamínicos de primeira geração para redução do prurido. Orientação para recomposição da barreira No máximo dois banhos ao dia Sabonetes suaves Água fria ou morna Hidratante apropriado após 3 minutos do banho Reduz frequência das exacerbações, infecções e alivia prurido Nos episódios de eczema agudo/subagudo – corticoide tópico de potência adequada Corticoide de média a alta potência por até 14 dias contínuos Depois terapia de manutenção até 2x/semana – pró-ativo OBS: cuidados na face e dobras – potência menor e orientar para evitar uso sem recomendação Imunomoduladores – tacrolimo e pimecrolimo Evitar corticoide sistêmico Dermatites mais graves: ciclosporina; metotrexate; imunobiológico – Dupilumabe (acima de 12 anos) Cremes de antifúngico Xampus de cetoconazol, ciclopirox, sulfeto de selênio ou zinco CE de baixa potência para face e dobras e média para couro cabeludo e orelhas Tacrolimo
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