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Apostila CPA 20 - Pro Educacional

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Curso CPA 20 – Preparatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 
 
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apostila impressa (além da versão on-line), como material de apoio. Todos 
os cursos passam por atualizações constantes a fim de acompanhar o 
conteúdo exigido nos exames. Além disso, temos um canal aberto de 
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momentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta apostila é parte integrante do Curso Preparatório 
CPA-20 da Pro Educacional. Este é um material 
complementar para seus estudos. Você pode conferir 
os exercícios de fixação, simulados e videoaulas na sua 
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1. Sistema Financeiro Nacional e 
Participantes do Mercado 
COMENTÁRIO! 
O que esperar desse capítulo? 
Proporção de 5% a 10% no exame. 
Espere de 3 a 6 questões. 
É um capítulo relativamente mais fácil e de “decoreba”, garanta alguns pontos 
aqui. 
1.1. Introdução ao Sistema Financeiro e Participantes 
do Mercado 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por instituições normativas e 
reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco Central do Brasil 
(BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que 
desenvolvem mecanismos (leis) a fim de sistematizar o funcionamento das demais 
instituições financeiras públicas e privadas que servem como intermediárias de 
captação, distribuição e transferências de recursos financeiros de toda a sociedade 
(ASSAF NETO, 2014). 
Nesse capítulo você encontrará 12 aulas e o Resumo. O objetivo é familiarizar o 
aluno com as funções doas agentes normativos, reguladores e executores do SFN, 
dentre eles o CMN, o Conselho de Valores Mobiliários (CVM) o BACEN, a Caixa 
Econômica Federal, o Banco do Brasil, bancos comerciais, bancos de 
desenvolvimento, como o BNDES, bancos múltiplos, bancos de investimento, 
cooperativas e sociedades de crédito e as clearings e sistemas. 
1.2. Sistema Financeiro Nacional 1 
O sistema financeiro serve para estruturar as relações econômicas que envolvem 
dinheiro; desde, por exemplo, a compra de um automóvel por uma pessoa física até 
a aquisição de uma máquina por uma empresa. De modo geral, é a transação de 
recursos entre poupadores (indivíduos e empresas) e investidores através do 
mercado financeiro. 
No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) é composto por instituições 
normativas e reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco 
Central do Brasil (BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
que desenvolvem mecanismos (leis) a fim de sistematizar o funcionamento das 
demais instituições financeiras públicas e privadas que servem como intermediárias 
 
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de captação, distribuição e transferências de recursos financeiros de toda a 
sociedade (ASSAF NETO, 2014). As decisões das instituições normativas e 
reguladoras impactam a economia e, consequentemente, toda a sociedade. 
Além disso, o SFN possui o papel de harmonizar os interesses, de modo que 
necessidades individuais não se sobreponham às demandas coletivas. 
Figura – Composição e segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). 
 
Fonte: Banco Central do Brasil. 
A figura mostra as instituições organizadoras e o papel de cada uma delas, de modo 
a demonstrar o sistema, suas divisões e hierarquias. A fim de compreender o 
funcionamento desses órgãos, ao longo dos próximos subtemas, estudaremos 
essas instituições e seus papéis, para, posteriormente, verificarmos a legislação em 
vigor. 
O Sistema Financeiro Nacional representa um grupo de agentes executivos, 
normativos e as instituições financeiras públicas e privadas que atuam na captação 
de recursos e distribuição, assim como transferências de valores entre os agentes 
econômicos, com o objetivo de garantir que a transmissão de recursos entre quem 
os tem de sobra (investidores ou credores) seja equilibrada em relação a quem 
necessita destes – tomadores ou credores (ASSAF NETO, 2014). 
 
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Instituições do Sistema Financeiro Nacional 
As instituições do SFN estabelecem as funções normativas, harmonizam os direitos 
e deveres dos clientes, apresentando-lhes as soluções mais adequadas. Esse 
sistema é composto por três tipos de instituições: 
 Órgão normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento do 
SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência 
Complementar (CNPC). 
 Entidades supervisoras: estão subordinadas aos órgãos normativos e 
atuam de modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam 
as regras definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do 
Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP) e Superintendência de Previdência 
Complementar (Previc). 
 Operadores: estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o 
público sob o papel de intermediário financeiro. São eles: bancos e caixas 
econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento, 
administradoras de consórcios, corretoras e distribuidoras, demais instituições 
não bancárias, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e futuros, seguradoras 
e resseguradoras, entidades abertas de previdência, sociedades de 
capitalização e entidades fechadas de previdência complementar (fundos de 
pensão). 
Essas instituições existem para organizar as mais variadas possibilidades de 
transações financeiras, que abrangem desde a aquisição de um empréstimo 
bancário, um seguro de vida até a contratação de um plano de previdência ou um 
consórcio. 
Ligados diretamente ao CMN estão o Banco Central do Brasil (BACEN) que é um 
órgão executivo e fiscalizador, responsável por colocar em prática a política 
monetária do governo, e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que atua no 
controle e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários. As principais 
instituições financeiras ligadas ao BACEN são os bancos comerciais e múltiplos e 
bancos de investimentos; já ao CVM, são as bolsas de valores e as bolsas de 
mercadorias e futuros. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é responsável por determinar 
as normas da política de seguros privados. Ligada a ele, a Superintendência de 
Seguros Privados (SUSEP) controla e fiscaliza os mercados de seguros, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. 
O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão 
responsável pela regulação das entidades fechadas de previdência complementar, 
também conhecidas como fundos de pensão. Está ligado à Superintendência 
 
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Nacional de Previdência Complementar (Previc), que fiscaliza e supervisiona as 
atividades das entidades fechadas de previdência complementar. 
Esclarecimento: A previdência complementar ou previdência privada é aquela cuja 
escolha pela contratação é totalmente pertinente ao cliente, ou seja, facultativa, o 
que difere da previdência social, que é obrigatória para os funcionários registrados 
em carteira e regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho(CLT). 
É importante ressaltar que todas as instituições financeiras do país pertencem ao 
Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas nem todas trabalham diretamente com 
transações financeiras. Assim, o SFN também pode ser subdividido em: subsistema 
normativo e subsistema operativo. 
O subsistema normativo fiscaliza e regulamenta o sistema financeiro e as 
instituições que o compõem, sendo responsável por garantir o seu correto 
funcionamento. Ele é composto por instituições que estabelecem diretrizes de 
atuação das instituições que compõem o SFN. 
A Figura a seguir auxilia na compreensão do modo como está estruturado o 
subsistema normativo. Conforme é possível identificar, o subsistema normativo é 
composto por três instituições principais: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o 
Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele 
também possui algumas instituições que são classificadas como especiais, dadas as 
funções que exercem: o Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal (CEF). 
Figura – O subsistema normativo. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
O subsistema operativo abrange todas as instituições que atuam na intermediação 
financeira, bancárias ou não, e na realização da transferência de recursos entre 
fornecedores e tomadores de recursos por meio de regras bem definidas. 
A Figura a seguir explicita o modo como está estruturado o subsistema operativo. 
Conforme é possível ver, o subsistema operativo é composto por instituições 
financeiras que são formadas por pessoas jurídicas, privadas ou públicas que 
 
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possuem como atividade primordial a intermediação, coleta ou aplicação de recursos 
financeiros da instituição, ou de moeda estrangeira ou nacional, assim como a tutela 
do valor de propriedade de terceiros. 
Figura – O subsistema operativo. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
O principal objetivo do Sistema Financeiro Nacional é facilitar a transferência de 
recursos entre os agentes superavitários e os agentes deficitários. Isso é feito 
pelo que chamamos de intermediação financeira, conforme ilustrada na Figura a 
seguir. 
Figura – Intermediação financeira. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isto é, ele tem 
dinheiro para suprir todas as suas necessidades e ainda possui sobra de 
capital. Pode ser entendido, por exemplo, como o investidor depositando ou 
aplicando seus recursos em uma instituição financeira. Essa instituição financeira 
faz a intermediação entre o agente superavitário e o agente deficitário, que pode ser 
um banco, por exemplo. Já o agente deficitário é aquele cuja renda não cobre suas 
despesas; ou seja, suas necessidades não permitem que sobre dinheiro. Por isso, 
torna-se necessário buscar recursos junto a uma instituição financeira. 
Referências da aula 
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. São Paulo: Atlas, 2014. 
Banco Central do Brasil. Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn_gt_. Acesso em: 13 de fev. de 
2020. 
1.3. Sistema Financeiro Nacional 2 
 
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O quadro a seguir apresenta uma visão geral do Sistema Financeiro Nacional (SFN). 
Figura – Visão geral do Sistema Financeiro Nacional. 
 
 
Observações: 
1 – Dependendo de suas atividades, corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM. 
 2 – As instituições de pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, 
conforme diretrizes estabelecidas pelo CMN. 
Legenda: 
1° nível: instituições normativas 
2° nível: instituições supervisoras 
3°/4° níveis: demais instituições operadoras 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
As instituições financeiras possuem o papel de facilitar as transações monetárias a 
fim de torná-las cada vez mais transparentes, independentemente do nível social ou 
conhecimento do cliente sobre o tema, auxiliando-o a tomar decisões financeiras 
(GITMAN; MADURA, 2003). Essa transparência só é possível na medida em que 
 
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suas normas consigam refletir os interesses dos envolvidos, de modo a tornar o 
ambiente complexo do mercado financeiro sempre mais preciso e coerente. Nesse 
contexto, as instituições do sistema normativo determinam as normas que devem 
ser obedecidas pelas instituições intermediárias e operacionais. 
As instituições normativas que existem no SFN brasileiro são: o CMN, o CNSP e o 
CNPC, que serão abordados com mais detalhe a seguir. 
Definição das instituições normativas 
O CMN é o órgão do SFN com maior poder, responsável por determinar as regras 
para as instituições financeiras, que estão todas submetidas a ele. O BACEN e a 
CVM também são instituições normativas, com as funções, respectivamente, de 
fiscalizar as instituições financeiras, como os bancos, e as operações realizadas, por 
exemplo, nas bolsas de valores. 
É possível concluir, desse modo, que as resoluções normativas do CMN estão 
interligadas aos bancos, bolsas de valores e outras instituições financeiras, de modo 
que a função do CMN é criar as regras para essas instituições, cabendo a seus 
subordinados, o BACEN e a CVM, fiscalizar a obediência a elas pelas instituições 
operacionais. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), por sua vez, determina as 
regras para outro tipo de instituição, que são as seguradoras. A SUSEP, diretamente 
subordinada a ele, fiscaliza as instituições que realizam seguros, como, por 
exemplo, resseguradoras, entidades de previdência complementar aberta, 
sociedades de seguradoras e sociedades de capitalização. 
Já o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) estabelece as 
normas que devem ser obedecidas por fundos de pensão e planos de previdência 
complementar fechados. Caberá à Previc fiscalizar se as normas estão sendo 
cumpridas pelas instituições que fazem planos de previdência complementar 
fechada e fundos de pensão. 
Papel das instituições normativas 
Como já vimos, cada instituição normativa possui uma área de atuação. Vejamos 
cada uma delas: 
CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não) 
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também 
conhecida como política de crédito ou financiamento. Sua principal atribuição é gerar 
um ambiente de estabilidade monetária, permitindo o desenvolvimento econômico e 
social do país. 
Figura – O Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
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Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
 CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, através não 
só do estabelecimento de normas, mas também da observação da evolução 
dos indicadores de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos contratos 
de seguros, podendo assim permitir a modernização e evolução deste 
serviço. 
 CNPC: além de ser um órgão normativo, precisa também estar atento aos 
movimentos e reflexos que a economia e a gestão dos planos de previdência 
complementar podem causar no montante de recursos acumulados pelos 
clientes para assim modernizar a legislação, garantindo os planos futuros de 
aposentadoria dos contratantes desses produtos. 
Essas atribuições das instituições normativas contribuem de modo que cada uma 
delas exerça seu papel e importância no SFN, como veremos mais detalhadamente 
a seguir. 
Figura – Importância das instituições normativas. 
 
Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
A importância das instituições normativas deve-se ao fato de elas regulamentarem o 
funcionamento do SFN, modernizarem as leis e determinarem as garantias que 
devem ser dadas às pessoase empresas que operam nesse sistema. Para tanto, 
 
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cada uma delas é composta por diversos membros que deliberam sobre questões 
importantes do mercado. 
O CMN é composto por autoridades do alto escalão do governo federal: o ministro 
da Economia, como presidente, o presidente do Banco Central e o secretário 
especial de Fazenda do Ministério da Economia. Eles se reúnem periodicamente 
para discutir e estabelecer estratégias sobre assuntos referentes a perspectivas e 
ações necessárias para tratar de temas específicos do SFN e deliberarem sobre 
assuntos relacionados às competências do CMN, como controle de reservas 
cambiais e o nível de endividamento do país. 
O CNSP é composto pelo Ministro da Economia, como presidente, pelo 
superintendente da SUSEP e por representantes dos Ministérios da Justiça e da 
Previdência Social*, do BACEN e da CVM, que discutem aspectos referentes à 
constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos contratos de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Além disso, atuam para 
estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro, fixação dos limites 
legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e 
a profissão de corretor. 
*Nota: O Ministério da Previdência e Assistência Social atualmente não possui 
representação em razão de suas funções relacionadas à previdência terem sido 
absorvidas pelo Ministério da Fazenda e, em 2019, passou a integrar a pasta do 
Ministério da Economia. 
O CNPC é formado pelo Ministro da Previdência Social, como presidente, e por 
representantes da Previc, da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar 
(SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Economia (que 
passou a abranger os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e 
Gestão), das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores 
e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência 
complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas 
entidades. 
Todos esses órgãos são importantes para organizar a intermediação financeira da 
sociedade, equilibrando interesses entre os diversos agentes. A seguir, 
conheceremos as instituições subordinadas a eles. 
 
 
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Figura – Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional 
de Previdência Complementar (CNPC). 
 
Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
Os intermediários financeiros são classificados de acordo com a área de atuação, 
considerando sua capacidade de oferta de crédito ou de indenizações e garantias 
(SZTAJN, 2011). 
Os principais agentes intermediadores são os bancos comerciais, os bancos de 
desenvolvimento e investimento, instituições que operam no mercado de câmbio, 
cooperativas de crédito, seguradoras, fundos de previdência complementar, 
arrendamento mercantil, agências de fomento, entre outros. Por estarem em contato 
direto com os clientes, são os responsáveis por alocar os recursos dos poupadores 
(investidores) para os tomadores, que passam a ser devedores. 
Definição das instituições de intermediação/operacionais 
As instituições financeiras estão divididas em grupos de acordo com sua forma de 
atuação. Veremos agora as principais instituições intermediárias com base nas 
definições do BACEN. 
Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos e 
repassam-nos às empresas, famílias e governos, e prestam serviços. Podem operar 
as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, de crédito 
imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos. 
Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem 
recursos para financiar, em curto e médio prazo, a indústria, o comércio, serviços e 
pessoas físicas, e também podem captar depósitos à vista e a prazo. 
Outro tipo de instituição são os bancos de investimento, instituições privadas 
especializadas em operações de participação societária, financiamento de atividade 
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de 
terceiros. Já os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos 
estaduais e têm o objetivo de proporcionar recursos necessários para o 
financiamento de programas e projetos que promovam o desenvolvimento 
econômico e social dos estados. 
 
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As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da 
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, de 
empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados. Os 
lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os associados. 
Seguros, previdência e capitalização são considerados parte do sistema 
financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes 
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em 
investimentos específicos, pois muitas vezes podem ser necessários para fazer 
frente a compromissos de seus clientes. 
As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de recursos 
do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas 
promissórias) e contratos de derivativos. As Sociedades Corretoras de Títulos e 
Valores Mobiliários (SCTVMs) são instituições autorizadas a negociar valores 
mobiliários e derivativos no mercado de negociações (pregão), e as sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários possuem basicamente a mesma 
função, mas não podem atuar diretamente no mercado de negociações (pregão). 
Papel das instituições operacionais 
O papel das instituições operacionais é, em seu sentido mais amplo, o de funcionar 
como intermediadoras ou facilitadoras das atividades que ocorrem no SFN. Elas 
oferecem ou vendem os serviços prestados pelo sistema financeiro, sendo assim, 
quando se deseja fazer algum tipo de operação financeira, recorre-se a ela. 
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) 
A resolução nº 1.655, de 26 de outubro de 1989, trata sobre a constituição, 
organização e o funcionamento das Sociedades Corretoras de Títulos e Valores 
Mobiliários (SCTVMs). 
A sociedade corretora tem por objetivo social: 
 Operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores; 
 Subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades 
autorizadas, emissões de títulos e valores mobiliários para revenda; 
 Intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no 
mercado; 
 Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas áreas de 
competência; 
 Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores 
mobiliários; 
 Incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação de endossos, 
de desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, 
juros e outros proventos de títulos e valores mobiliários; 
 
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 Exercer funções de agente fiduciário; 
 Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
 Constituir sociedade de investimento – capital estrangeiro – e administrar a 
respectiva carteira de títulos e valores mobiliários; 
 Exercer as funções de agente emissor de certificados e manter serviços de 
ações escriturais; 
 Emitir certificados de depósito de ações; 
 Intermediar operações de câmbio; 
 Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; 
 Praticar operações de conta margem, conforme regulamentaçãoda Comissão 
de Valores Mobiliários; 
 Realizar operações compromissadas; 
 Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado 
físico, por conta própria e de terceiros, nos termos da regulamentação 
baixada pelo Banco Central do Brasil; 
 Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas áreas de 
competência; 
 Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em 
operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais; 
 Exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo 
Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Referências da aula 
GITMAN, Lawrence Jeffrey; MADURA, Jeff. Administração financeira: uma 
abordagem gerencial. Addison Wesley, 2003. BRASIL. Decreto n° 1.307. 
Disponível em: _lt_http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-
1994/D1307.htm_gt_. Acesso em: 14 de fev. de 2020. 
BRASIL. Resolução n° 1.655. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
Lists/Normativos/Attachments/41828/Res_1655_v5_P.pdf_gt_. Acesso em: 14 de 
fev. de 2020. SZTAJN, Rachel. Sistema financeiro: entre estabilidade e risco. 
Elsevier Brasil, 2013. 
 
 
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1.4. Conselho Monetário Nacional – CMN 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), criado pela Lei nº 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964, pode ser considerado um órgão de caráter unicamente 
normativo. Ele não realiza atividades executivas. Além disso, o CMN é responsável 
pelo controle do SFN; assim, define as diretrizes, regulamentações e regulações 
que as entidades que compõem o SFN devem seguir, sendo também responsável 
por disciplinar a atuação dessas entidades. 
IMPORTANTE! 
Guarde bem as quatro funções citadas acima: estabelecer diretrizes, 
regulamentar, regular e disciplinar. 
Tome muito cuidado quando for responder às questões da prova. Lembre-se 
sempre de que o CMN não exerce atividades executivas. Ele também não é 
responsável por fiscalizar, efetuar transações ou supervisionar entidades. 
Sua função é unicamente normativa. Existem outras instituições responsáveis por 
fiscalizar as demais que compõem o SFN e proceder conforme necessário caso 
identifiquem atividade suspeita. 
Órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional: 
São membros do Conselho Monetário Nacional (Lei n° 13.844, de 18 de junho de 
2019): 
 Ministro da Economia (presidente do conselho); 
 Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN); e 
 Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia. 
IMPORTANTE! 
Até então o Conselho Monetário Nacional era composto por apenas três 
integrantes: o ministro da Fazenda, que ocupava o lugar de presidente do CMN; o 
presidente do BACEN; e o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão 
(MPOG). 
Em 2019, houve uma reorganização nos ministérios. Assim, o CMN passou a ser 
composto por: ministro da Economia, presidente do BACEN e pelo secretário 
especial de Fazenda. 
Outras competências do CMN: 
 Autorizar as emissões de papel-moeda; 
 Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil 
emita moeda-papel de curso forçado; 
 Aprovar os orçamentos monetários, preparados pelo Banco Central da 
República do Brasil; 
 Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e 
venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em 
moeda estrangeira; 
 
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 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem 
atividades subordinadas ao CMN, bem como a aplicação das penalidades 
previstas; 
 Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos nas comissões 
e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários 
ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do 
Brasil; 
 Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos 
público; 
 Determinar o percentual de recolhimento de compulsório; 
 Regulamentar as operações de redesconto; 
 Decidir sobre a estrutura técnica e administrativa do Banco Central da 
República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os 
vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, 
cabendo ao presidente deste apresentar as respectivas propostas; 
 Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as 
instituições financeiras que operam no país; e 
 Baixar normas que regulam as operações de câmbio, inclusive swaps, a fim 
de fixar limites, taxas, prazos e outras condições. 
 DICA DO PROFESSOR! 
 
O CMN é um órgão normativo, ou seja, ele não executa tarefas. Lembre-se dos 
verbos autorizar, regulamentar, determinar, disciplinar etc. Cuidado com os 
verbos autorizar e regulamentar, pois também podem ser usados para se referir 
às funções do BACEN. 
O CMN realiza reuniões ordinárias, uma a cada mês, porém, o presidente do CMN 
pode convocar reuniões extraordinárias quando for necessário. 
O CMN divulga resoluções nas quais torna públicas suas deliberações, as quais são 
aprovadas com a maioria dos votos. Nos casos de urgência e relevante interesse 
(fixe esses dois termos, pois eles são importantes), o presidente do CMN pode 
deliberá-las sozinho. Nesses casos, não é necessária a reunião dos três membros 
do CMN. 
Nesse caso, tem-se uma deliberação ad referendum, ou seja, na próxima reunião do 
CMN, os demais membros devem ratificar a decisão tomada pelo presidente, a qual 
deixa de ser válida se não for validada por todos. 
Mas, afinal, quais são as funções do CMN? Veremos cada uma delas a seguir. 
 Formular a política da moeda e do crédito: esta é a sua principal função. 
Isto é, o CMN possui a incumbência de garantir a eficiência na troca de 
recursos entre os agentes superavitários e deficitários e a estabilidade do 
SFN. 
 
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 Regular o valor interno da moeda: o CMN possui como função prevenir ou 
corrigir os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa. 
Ele também é responsável por agir em caso de depressões econômicas e 
outros desequilíbrios conjunturais. Assim, cabe ao CMN tomar medidas que 
busquem adaptar o volume dos meios de pagamento às necessidades da 
economia. 
 Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de 
pagamento do país, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em 
moeda estrangeira: as diretrizes editadas pelo CMN podem ser utilizadas 
para regular o valor da moeda brasileira em relação ao valor observado das 
moedas estrangeiras. Assim, o CMN é responsável por determinar os 
instrumentos utilizados para controlar as reservas internacionais e por definir 
o modo de utilização desses instrumentos. 
 Estabelecer as metas de inflação: conforme dito antes, o CMN possui, entre 
suas funções, evitar surtos inflacionários e deflacionários, através da 
definição de metas de inflação que devem ser perseguidas pelo Banco 
Central e os intervalos de tolerância. Isto é, o quanto a inflação pode se 
desviar para cima ou para baixo dessa meta. 
 Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas e 
privadas: o CMN é responsável por definir quais instituições financeiras 
podem exercer atividades em cada segmento dos mercados financeiros. 
 Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, de modo a garantir a eficiência do sistema de pagamentos: 
o CMN é responsável por garantir a eficiência do mercado financeiro. Assim, 
ele pode definir diretrizes para aumentá-la. 
 Zelar pela liquidez e solvência das instituiçõesfinanceiras: trata-se de 
outra função muito importante exercida pelo CMN. Ele é responsável por 
garantir a segurança do SFN, sendo que, para isto, precisa fixar diretrizes que 
garantam a solvência e a liquidez das instituições financeiras. 
 Coordenar a política monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da 
dívida pública, interna e externa: cabe ao CMN editar diretrizes que evitem 
abusos na condução dessas políticas, principalmente o endividamento público 
excessivo. 
 Autorizar as emissões de papel-moeda: o CMN também é responsável por 
definir as diretrizes sobre o modo como deve ocorrer a emissão de papel-
moeda. 
 
Esta última função do CMN leva-o a exercer funções adicionais, tais como: 
 
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1) Estabelecer condições seguidas pelo Banco Central para a emissão de 
moeda-papel; 
2) Aprovar os orçamentos monetários do Banco Central utilizados para 
estimar as necessidades totais de moeda e crédito; e 
3) Determinar as características das cédulas e moedas. 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial: trata-se de outra função 
do CMN; ao definir as diretrizes e normas da política cambial, ele normatiza 
as reservas internacionais. 
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e 
prestações de quaisquer garantias por parte das instituições 
financeiras: cabe ao CMN disciplinar e regular o crédito, definindo as 
condições que devem ser seguidas nessas operações. 
 Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização dos que 
exercerem atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplicação das 
penalidades previstas: o CMN é a entidade responsável por dizer quais 
instituições podem atuar, o modo como estas devem atuar e quem será 
responsável por sua regulação. 
 
 Limitar, se necessário, as taxas de juros, comissões e outros meios de 
remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, 
incluindo os prestados pelo Banco Central: o CMN pode limitar as taxas 
de juros e demais remunerações oriundas de transações financeiras. Observe 
que ele não deve exercer essa função diariamente, mas apenas em casos 
extraordinários e se houver necessidade. 
 Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de 
fundos públicos (atualmente chamados de sociedades corretoras de 
títulos e valores mobiliários): também cabe ao CMN estabelecer as 
diretrizes que devem ser seguidas pelas Bolsas de Valores e corretores de 
fundos públicos. 
 Expedir normas gerais de contabilidade e estatística observadas pelas 
instituições financeiras: esta é outra função do CMN, em que é responsável 
por determinar as normas de contabilidade e estatísticas seguidas pelas 
instituições financeiras, o que garante a transparência e a segurança do SFN. 
Referências da aula 
BRASIL. Lei n° 4.595. Disponível em: 
_lt_http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%204.5
95-1964?OpenDocument_gt_. Acesso em 14 de fev. de 2020. 
 
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BRASIL. Lei n° 13.844. Disponível em: 
_lt_http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.
844-2019?OpenDocument_gt_. Acesso em 14 de fev. de 2020. 
1.5. Banco Central do Brasil – BACEN 
O Banco Central do Brasil (BACEN) é a entidade supervisora do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN). Cabe destacar que ele deve obedecer às diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo responsável pela 
supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio e outras instituições 
financeiras intermediárias. 
 Autarquia vinculada ao Ministério da Economia (anteriormente era vinculada 
ao Ministério da Fazenda, que foi extinto em janeiro de 2019). 
 Diretoria colegiada composta por um presidente e oito diretores (nove 
membros), todos nomeados pelo presidente da república e aprovados pelo 
Senado. 
 Principal órgão executivo do SFN. 
Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas 
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo CMN. 
Principais atribuições do BACEN: 
 autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras, punindo-as 
se for o caso; 
 emitir moeda-papel e moeda metálica; 
 controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros; e 
 executar a política monetária e cambial. 
Outras atribuições: 
 executar os serviços do meio circulante; 
 determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à 
vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições 
financeiras; 
 realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras 
bancárias; 
 ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de 
Direitos Especiais de Saque, realizando todas e quaisquer operações 
previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
 formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as 
diretrizes do Governo Federal; 
 executar as diretrizes e normas do CMN; 
 regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
 administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante; 
 receber os recolhimentos compulsórios dos bancos. 
 
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IMPORTANTE! 
O BACEN é o “banco dos bancos” e responsável pelo bom funcionamento do SPB. 
O BACEN possui as funções apresentadas a seguir. 
 Emitir a moeda: o Banco Central possui o monopólio da emissão de papel-
moeda e moeda metálica. Porém, essa emissão não é desregulada; quem 
estabelece os limite e diretrizes para a emissão de moeda é o CMN. 
 Executar os serviços de meio circulante: cabe ao BACEN retirar do 
mercado moedas que apresentam defeitos ou que sejam muito velhas e 
substituí-las por moedas novas. 
 
 Exercer o controle de crédito em todas as suas formas: o BACEN deve 
controlar os volumes de crédito na economia. 
 Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários à 
vista das instituições financeiras: quando os bancos pegam dinheiro que 
se encontra parado nas contas-correntes e emprestam-no para outros 
clientes, eles podem ocasionar inflação. Para evitar que isso ocorra, o 
BACEN recolhe compulsoriamente parte dos depósitos à vista. Assim, os 
bancos comerciais são obrigados a recolher parte dos depósitos à vista para 
o Banco Central. O BACEN também recebe depósitos voluntários dos bancos 
comerciais. 
 
 Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e 
venda de títulos públicos federais: o BACEN pode comprar ou vender 
títulos públicos emitidos pelo governo. 
 Banco dos bancos: o BACEN presta diversos serviços financeiros para os 
demais bancos, principalmente serviços de redesconto (concessão de 
créditos para instituições financeiras bancárias), de modo que o BACEN é o 
emprestador de última instância do SFN. 
 Banco do governo: o BACEN é o banco do governo, nele ficam depositadas 
as reservas internacionais do país, seja reservas oficiais de ouro, moeda 
estrangeira ou direitos especiais de saques. Ademais, é preciso enfatizar 
 
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que as transações realizadas entre o BACEN e o governo são limitadas, para 
evitar o financiamento dos gastos públicos com a emissão de moeda. O 
BACEN não pode conceder empréstimos ao governo federal, apesar de 
as reservas de caixa do governo permanecerem no BACEN. 
 Supervisão do Sistema Financeiro Nacional: conforme foi enfatizado 
anteriormente, o CMN normatiza, mas não fiscaliza, o SFN. O BACEN, junto 
com outras instituições, é responsável por supervisionar o SFN. 
As instituições supervisionadas pelo BACEN são: 
 instituições que captam depósitos à vista; 
 instituições financeiras que não captam depósitosà vista; 
 bancos de câmbio; e 
 outras entidades financeiras que atuam como intermediárias de recursos. 
Entre as atividades de supervisão realizadas pelo BACEN, é possível destacar: 
 A fiscalização das instituições financeiras e a aplicação das penalidades 
adequadas; 
 Concessão de autorizações para as instituições financeiras: 
o atuarem no país; 
o instalarem ou transferirem suas sedes ou dependências, inclusive no 
exterior; 
o serem transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
o realizarem operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida 
pública federal, estadual ou municipal, debêntures, ações, letras 
hipotecárias e demais títulos de crédito ou mobiliários; 
o prorrogarem os prazos concedidos para funcionamento; 
o alterarem seus estatutos; 
o alienarem ou transferirem o seu controle acionário; e 
o estabelecerem as condições para o exercício de cargos de direção nas 
Instituições financeiras privadas. 
 Evitar a entrada de outras instituições no SFN: 
o controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o funcionamento 
adequado do sistema cambial, inclusive com a operação via ouro, moeda 
e operações de crédito no exterior; 
o regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros 
papéis; 
o vigiar as empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais que 
possam interferir nesses mercados e em relação às modalidades ou 
processos operacionais que utilizam; 
o Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem as firmas 
que operam com suas agências há mais de um ano; e 
o autorizar instituições financeiras estrangeiras a operar no Brasil. 
 
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O quadro a seguir resume as funções do BACEN: 
Quadro – Funções do BACEN. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) compete regular a constituição, o 
funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras, cabendo ao BACEN a 
execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
O SFN tem como órgão executivo central o BACEN, que estabelece normas a serem 
observadas pelo CMN. 
Em termos de política econômica, o Banco Central dispõe de alguns instrumentos. 
Ou seja, o Banco Central possui a sua disposição basicamente três instrumentos 
para a realização da política monetária: operações de mercado aberto, redesconto e 
depósitos compulsórios. Os depósitos compulsórios consistem em um instrumento à 
disposição do Banco Central para influenciar a quantidade de moeda na economia. 
Eles representam uma parcela dos depósitos captados pelos bancos, os quais 
devem ser mantidos compulsoriamente “esterilizados” no Banco Central. 
A alíquota dos depósitos compulsórios é um dos determinantes do multiplicador 
monetário, ou seja, da oferta de moeda em relação à base monetária. Por exemplo, 
diminuições na alíquota farão com que os bancos possam emprestar maior parcela 
das suas reservas e, assim, aumentar a quantidade total de moeda para uma dada 
quantidade de base monetária. Esse instrumento de política monetária tem 
assumido outras funções, como, por exemplo, funcionar como instrumento auxiliar 
 
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para garantir a fluidez dos pagamentos no Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB 
–, considerando que as instituições podem movimentar livremente, ao longo do dia, 
os valores correspondentes à exigibilidade do compulsório, devendo efetuar o 
recolhimento apenas no final do dia. Outra nova função é a atuação dos depósitos 
como ferramenta macroprudencial, que contribui para a estabilidade do sistema 
financeiro. Essa atuação tornou-se evidente ao longo da crise de 2008 quando o 
instrumento foi utilizado para ajustar o nível geral e a distribuição da liquidez no 
sistema financeiro. 
Atualmente, no Brasil, existem as seguintes modalidades de depósitos compulsórios 
e de encaixe obrigatório: 
 depósito compulsório sobre recursos à vista; 
 depósito compulsório sobre recursos de depósitos e de garantias realizadas; 
 encaixe obrigatório sobre recursos de depósitos de poupança; e 
 depósito compulsório sobre recursos a prazo. 
Há também outros dois tipos de depósitos compulsórios que atualmente estão com 
alíquotas iguais a zero: 
 depósito compulsório sobre a concessão de aval, fiança ou outras garantias 
em operações de empréstimos/financiamentos entre pessoas físicas ou 
jurídicas não financeiras (Circular nº 2.563, 1995); e 
 depósito compulsório sobre operações ativas e passivas (Circular nº 2.511, de 
1994). 
Além disso, há outros tipos de recolhimentos obrigatórios realizados no Banco 
Central. São eles: 
 os depósitos decorrentes de insuficiência no direcionamento para operações 
de financiamento imobiliário dos recursos captados em depósitos de 
poupança; 
 insuficiência no direcionamento dos recursos captados em depósitos à vista 
para operações de crédito destinado à população de baixa renda e a 
microempreendedores; e 
 o decorrente da insuficiência no direcionamento para crédito rural. 
Referências da aula 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 2.511, de 1994. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
Lists/Normativos/Attachments/43180/Circ_2511_v1_O.pdf_gt_. Acesso em: 18 de 
fev. de 2020. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 2.563. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/1995/pdf/circ_2563_v3_p.pdf_gt_. 
Acesso em: 18 de fev de 2020. 
1.6. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP 
 
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A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de 
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. É uma autarquia 
federal vinculada ao Ministério da Fazenda. 
A SUSEP é uma entidade supervisora, devendo sempre respeitar as diretrizes do 
órgão normativo CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados). 
Principais atribuições da SUSEP: 
 Controle e fiscalização dos mercados de seguro e previdência 
complementar aberta; 
 Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das 
Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada 
Aberta e Reseguradores; 
 Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados; 
Outras atribuições da SUSEP: 
 Proteger a captação de poupança popular que se efetua através das 
operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e 
resseguro; 
 Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema 
Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; 
 Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua 
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; 
 Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; 
 Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial 
os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; 
 Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades 
que por este forem delegadas; 
 Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
1.7. Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar – PREVIC 
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é uma 
entidade governamental autônoma constituída sob a forma de autarquia especial 
vinculada ao Ministério da Economia, com a finalidade de fiscalizar e supervisionar 
as entidades fechadas de previdência complementar e de executar políticas 
para o regime de previdência complementar. 
Ela é uma autarquia que atua como entidade de fiscalização e de supervisão das 
atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das 
políticas para o regime de previdência complementar operadapelas entidades 
 
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fechadas de previdência complementar, observando as diretrizes estabelecidas pelo 
CMN e pelo CNPC. A PREVIC tem em sua composição um superintendente e 
quatro diretores. Eles são nomeados pelo Presidente da República após serem 
aprovados em sabatina pelo Senado Federal. O mandato dos dirigentes é de cinco 
anos, vedada a recondução, devendo ser renovado a cada ano 1/5 dos membros do 
colegiado. 
Dentre os operadores, neste segmento, temos as EFPC, Entidades Fechadas de 
Previdência Complementar, isto é, os fundos de pensão. As entidades fechadas de 
previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de 
fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, 
aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados 
patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter 
profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. 
Julgue o seguinte item com base na Resolução CMN n.º3.792/2009 e na Lei n.º 
12.154/2009. 
“Entre outras competências que as são atribuídas por lei, a PREVIC pode instituir 
taxa de fiscalização e controle, em face do seu poder de polícia.” 
(CESPE – Especialista em Gestão de Telecomunicações (TELEBRAS)/Analista 
Superior/Auditoria/2015 – Adaptada) 
A frase está correta. A PREVIC pode cobrar taxas para cobrir suas atividades 
de fiscalização. 
1.8. Bancos múltiplos e bancos de investimento 
Bancos múltiplos 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras (IF), privadas ou públicas, que 
realizam as operações ativas, passivas e assessórias das diversas IF. Essas 
operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às 
instituições singulares correspondentes as suas carteiras. 
De acordo com a Resolução CMN 2.099, de 1994, os bancos múltiplos são 
instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, 
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras por intermédio das 
seguintes carteiras: 
 comercial; 
 investimento e/ou de desenvolvimento; 
 crédito imobiliário; 
 arrendamento mercantil e de crédito (leasing); e 
 financiamento e investimento (financeiras). 
As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. 
As exigências são apresentadas a seguir. 
 
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 Em sua denominação social, deve constar a expressão “banco”. 
 Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos 
duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de 
investimentos. 
 A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco 
público. 
Um banco múltiplo deve ser constituído por um CNPJ para cada carteira, podendo 
publicar um único balanço. 
Principais funções e atribuições de bancos múltiplos: 
 operações de underwriting; 
 negociação de títulos e valores imobiliários; 
 administração de recursos de terceiros; 
 intermediação de câmbio; 
 intermediação de derivativos; e 
 operações estruturadas de empréstimos ou financiamento. 
IMPORTANTE! 
Os bancos múltiplos com carteira comercial são considerados instituições 
monetárias. Para constituir um banco múltiplo é necessário possuir, no mínimo, 
duas carteiras, de modo que uma delas seja, obrigatoriamente, comercial ou de 
investimento, além de ser organizado sob a forma de sociedade anônima. 
Bancos de investimento 
São IF privadas especializadas em operações de participação societária de caráter 
temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e 
de giro e de administração de recursos de terceiros. Não possuem contas-correntes 
e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e 
venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados. As principais 
operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou 
aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de 
empréstimos externos (Resolução CMN 2624, de 1999). São instituições criadas 
para conceder créditos de médio e longo prazo para as empresas. 
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, 
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão “Banco de 
Investimento”. 
As principais operações são: 
 financiamento de capital de giro e capital fixo; 
 subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários; 
 depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos; 
 
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 podem manter contas-correntes, contanto que estas não sejam remuneradas 
e não movimentáveis por cheques; 
 administração de fundos de investimentos; e 
 captação recursos através de CDB/RDB ou venda de cotas de fundos. 
Notas sobre operações ativas, passivas e acessórias 
Nas operações ativas, a instituição financeira assume a posição de credora. Ela 
fornece os recursos. O cliente, devedor, paga os juros e o principal. 
Exemplos: 
 abertura de crédito, simples e em conta-corrente; 
 desconto de títulos; 
 concessão de empréstimo para capital de giro; 
 concessão de crédito rural; e 
 etc. 
Nas operações passivas, a instituição financeira assume obrigação com terceiros, 
recebendo os seus recursos, aos quais lhes paga os juros e devolve o principal. 
Exemplos: 
 depósitos à vista e a prazo fixo (pessoas físicas e jurídicas); 
 emissões de Certificados de Depósitos Bancários (CDBs); e 
 etc. 
Nas operações acessórias, o banco atende a particulares, empresas e/ou o 
governo, oferecendo o seu conhecimento (know-how) através de serviços de tipo 
bancário. Nesse caso, ele atua como um intermediador entre essas entidades 
(pessoas físicas ou jurídicas). 
Exemplos: 
 operações de câmbio; 
 custódia de títulos e valores; 
 operações compromissadas; 
 administração de fundos de investimento; e 
 etc. 
 
 
Referências da aula 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução CMN n° 2099, de 1994. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/1994/pdf/res_2099_v1_O.pdf_gt_. 
Acesso em: 17 de fev. de 2020. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Resolução CMN n°2624, de 1999. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
 
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Lists/Normativos/Attachments/45083/Res_2624_v1_O.pdf_gt_. Acesso em: 17 de 
fev. de 2020. 
1.9. Corretoras e Distribuidoras 
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) e as Distribuidoras de 
Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) atuam nos mercados financeiros e de 
capitais, assim como no mercado cambial, intermediando a negociação de títulos e 
valores mobiliários entre investidores e tomadores de recursos. 
As corretoras e as distribuidoras devem ser constituídas sob a forma de sociedade 
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Elas possuem a função de 
proporcionar maior liquidez e segurança ao mercado acionário. 
As Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM) oferecem os serviços: 
 plataformas de investimento pela internet (Home Broker); 
 consultoria financeira; 
 clubes de investimentos; 
 financiamento para compra de ações (conta margem); 
 administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes; 
 intermediação de operações de câmbio; 
 administração de fundos e clubes de investimento; 
 uma corretora pode atuar também por conta própria; e 
 na remuneração pelos serviços, essas instituições podem cobrar comissões e 
taxas. 
A supervisão das corretoras de valores é responsabilidade do BACEN, e o exercício 
de sua atividade depende da autorização da CVM. Estão sujeitas à fiscalização da 
Bolsa de Valores, BACENe CVM. 
De acordo com a Lei 6.385/76, a competência da CVM em relação às CTVMs e 
DTVMs está limitada às operações com valores mobiliários sujeitos ao regime da 
referida lei, na qual se incluem, por exemplo, ações, debêntures e contratos 
derivativos. Mas, por exemplo, não são incluídos os títulos públicos, sendo que toda 
a atividade relativa a esses ativos está sujeita à regulamentação e fiscalização do 
Banco Central do Brasil. 
Os fundos de investimentos administrados por corretoras ou outros intermediários 
financeiros são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião de 
recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, 
com o objetivo de propiciar aos condôminos valorização de quotas a um custo global 
mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos 
fundos de investimento são de competência da CVM. 
Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
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Outro ente que se enquadra como operador no sistema são as Sociedades 
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM). Elas são constituídas sob 
a forma de S.A. ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua 
denominação social a expressão “Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários”. São 
supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Algumas de suas atividades: 
 intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no 
mercado; 
 administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; 
 instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; 
 operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e 
valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; 
 fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; 
 efetuam lançamentos públicos de ações; e 
 operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. 
VOCÊ SABIA? 
Não existe mais diferença na área de atuação entre as CTVM e as DTVM. 
Os limites operacionais estabelecidos pelas corretoras e regulamentados pela 
CVM reduzem os riscos de falta de solvência e de liquidez. 
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, de modo 
que uma delas, obrigatoriamente, seja comercial ou de investimento, além de 
ser organizado sob a forma de sociedade anônima. 
1.10. Normas Legais e Infralegais: Instrução CVM nº 
554/14 e alterações posteriores 
Investidores qualificados, profissionais e não-residentes 
INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 
A Instrução nº 554/2014 da CVM define como investidores qualificados as 
pessoas físicas e jurídicas com aplicações financeiras superiores a um milhão de 
reais e que se identificam por escrito como possuindo essa função. 
Porém, também são designados como investidores qualificados: investidores 
profissionais; agentes autônomos de investimento, analistas e consultores de 
valores mobiliários; administradores de carteira, e clubes de investimento com 
carteira gerida por cotistas que são investidores qualificados. 
São considerados investidores profissionais: 
a) instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco 
Central do Brasil; 
b) companhias seguradoras e sociedades de capitalização; 
c) entidades abertas e fechadas de previdência complementar; 
d) pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor 
superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente, atestem 
 
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por escrito sua condição de investidor profissional mediante termo próprio, de acordo 
com o Anexo 9-A; 
e) fundos de investimento; 
f) clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por administrador de 
carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM; 
g) agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, analistas e 
consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus 
recursos próprios; 
h) investidores não residentes.” 
São considerados investidores qualificados: 
a) investidores profissionais; 
b) pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor 
superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por 
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio, de acordo 
com o Anexo 9-B; 
c) as pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de qualificação 
técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como requisitos para o 
registro de agentes autônomos de investimento, administradores de carteira, 
analistas e consultores de valores mobiliários, em relação a seus recursos próprios; 
e 
d) clubes de investimento, desde que tenham a carteira gerida por um ou mais 
cotistas, que sejam investidores qualificados.” 
Os regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou por Municípios são considerados investidores profissionais ou 
 investidores qualificados apenas se reconhecidos como tais conforme 
regulamentação específica do Ministério da Economia. 
Já os Investidores Não Residentes (INRs) são pessoas físicas ou jurídicas, 
inclusive fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência, sede 
ou domicílio no exterior e que investem no Brasil. A Resolução CMN nº 4.373/14 
disciplina sobre as aplicações dos INRs no Brasil, nos mercados financeiro e de 
capitais do país. Ainda, de acordo com o art. 4º do mesmo normativo, tais 
investidores estão sujeitos a registro prévio na CVM. Nesse sentido, a instrução 
CVM 560 é a norma que atualmente trata sobre o registro destes investidores na 
Autarquia. Recomenda-se que os representantes dos INRs tenham pleno 
conhecimento dessas duas normas. 
Para conhecimento 
Agentes Autônomos de Investimento (AAI) são pessoas físicas que atuam como 
representantes, e sob a responsabilidade de integrantes do sistema de distribuição 
de valores mobiliários, como exemplo as corretoras. E podem atuar na forma de 
sociedade ou individual. Para exercer suas atividades, os agentes autônomos 
devem ser credenciados por entidade credenciadora autorizada pela CVM, suas 
 
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atividades são: Prospecção e captação de clientes; Recebimento e registro de 
ordens; e Prestação de informações sobre os produtos e serviços oferecidos pelas 
corretoras. 
Por outro lado, os investidores profissionais são aqueles com somas elevadas de 
investimentos e considerável conhecimento técnico e experiência na operação com 
valores mobiliários. Para ser classificado como um investidor profissional, um agente 
precisa ter mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras e se identificar por 
escrito como pertencentes a essa classificação. Esses investidores, por possuírem 
maior conhecimento têm mais flexibilidade para realizar transações, podendo fazer 
negócios mais arriscados. 
Já os investidores não-residentes são pessoas físicas e jurídicas, que não moram 
em território nacional e que investem no Brasil. Essa categoria inclui os fundos e 
outras entidades de investimento coletivo. 
A Portaria N° 493, de 13 de Novembro de 2017, faz referência aos valores que 
devem ser pagos à CVM - Valores da Taxa de Fiscalização do Mercado de Valores 
Mobiliários. 
1.11. Clearings e Sistemas 
O processo de compra e venda de ativos por meio eletrônico, como é o caso da 
BM&F BOVESPA, exige um sistema confiável de custódia (Custody), compensação 
(Clearing) e entesouramento (Treasury). No Brasil a Companhia Brasileira de 
Liquidação e Custódia (CBLC) é responsável pela guarda, compensação e 
liquidação das operações que ocorrem na BM&F Bovespa, seja no mercado à vista 
ou nos mercados de derivativos. Além disso, a CBLC executa o controlede risco dos 
negociantes, evitando possíveis desequilíbrios no mercado. 
Os serviços prestados pela CBLC são: 
 Custódia dos Títulos: guardar os valores prestados pelos participantes do 
mercado. A administração das contas de custódia é realizada pelos agentes 
de custódia que na maioria dos casos são corretoras ou bancos autorizados. 
 Liquidação: alocação e liquidação das operações realizadas na BM&F 
Bovespa, permitindo que os intermediários da negociação (como as 
corretoras) possam identificar os investidores finais. Assim como a custódia, é 
necessário um agente de compensação, que também pode ser uma corretora 
ou banco, além de demais instituições autorizadas ASSAF (2009). 
 Controle de risco: provê cobertura a riscos, além de identificar e mensurar 
riscos. 
 Empréstimo: a CBLC também pode agir como contraparte em negociações 
de empréstimo de títulos em negociações. 
 
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Após entendida a importância da CBLC para o correto funcionamento a BM&F 
Bovespa, o próximo tópico demonstra um estudo de caso para apreciação de uma 
das operações possíveis nesse mercado. 
Desenho do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB): conceitos 
A função básica de um sistema de pagamentos é transferir recursos, bem como 
processar e liquidar pagamentos para pessoas, empresas, governo, Banco 
Central e instituições financeiras. Ou seja, praticamente todos os agentes atuantes 
em nossa economia. 
O cliente bancário utiliza-se do sistema de pagamentos toda vez que emite cheques, 
faz compras com cartão de débito e de crédito ou ainda quando envia um DOC – 
Documento de Crédito. 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, 
regras, instrumentos e operações integradas que, por meio eletrônico, dão 
suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do 
mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto estrangeira, visando a maior 
proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras. 
O SPB reúne as entidades, sistemas e procedimentos referentes ao processamento 
e à liquidação de operações de transferência de fundos, transações com moeda 
estrangeira, ativos financeiros e valores mobiliários. Ele congrega os procedimentos, 
regras, instrumentos e operações que dão suporte à movimentação financeira em 
moeda local e estrangeira, oferecendo maior proteção contra a falência em cadeia 
das instituições financeiras. Assim, a sua finalidade é realizar a transferência de 
recursos entre as instituições financeiras. 
De acordo com o Banco Central, integram o SPB, os serviços de compensação de 
cheques, de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito, 
de transferência de fundos e de outros ativos financeiros, de compensação e de 
liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, de compensação e de 
liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros, entre 
outros. Isto é, ela congrega as entidades responsáveis pela infraestrutura do 
mercado financeiro (BANCO CENTRAL. Relatório de Vigilância do Sistema de 
Pagamentos Brasileiro, 2013. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/content/estabilidadefinanceira/Documents/sistema_paga
mentos_brasileiro/RELATORIO_DE_VIGILANCIA_SPB2013.pdf_gt_. Acesso em: 11 
set.2019.). 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro é composto por: 
 Banco Central; 
 Instituições financeiras; 
 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos 
BM&F; 
 
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 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio 
BM&F; 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de 
Derivativos BM&F; 
 B3 (antiga Cetip); 
 Selic; 
 Cielo (antiga Visanet) e Redecard; 
 TecBan; e 
 Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 
Clearings 
Clearing House, também conhecida como câmara de compensação, identifica a 
parte de uma bolsa de valores na qual as transações dos clientes são processadas e 
registradas. Ela é responsável por assegurar que todas as transações sejam 
realizadas, eliminando o risco de crédito. Uma Clearing é uma câmara, ou 
prestadora de serviços de compensação e liquidação de ordens eletrônicas, de 
transferências de fundos e de outros ativos financeiros, e principalmente de 
compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e 
de futuros e de compensação envolvendo operações com derivativos. 
IMPORTANTE! 
O principal objetivo de uma clearing houses é mitigar o risco de liquidação. 
Principais clearing houses: 
 SELIC: Títulos Públicos Federais; 
 COMPE: Responde pela compensação de cheques e outros papéis; 
 CIP – Câmara Interbancária de pagamentos; 
 B3 – o que considera: 
o CETIP: 
 Títulos Privados (Derivativos: Termo, Futuros, Swaps e Opções); 
 Renda Fixa (CDB, RDB, LF e DI); 
 Títulos Agrícolas (CPR, CRA e LCA); 
 Títulos de crédito (CCB); 
 Títulos Imobiliários (CCI, CRI e LCI); 
 Valores Mobiliários (Debêntures e NC); e 
 Cotas de Fundos. 
o BM&FBOVESPA – Câmara de Ações – (antiga CBLC): 
 Ações e outras operações realizadas nos mercados da 
BM&FBOVESPA; e 
 
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 Segmento Bovespa (à vista, derivativos, balcão organizado e renda fixa 
privada). 
O mercado de balcão é um mercado no qual são negociados títulos de empresas, 
principalmente entre instituições financeiras, ou seja, ações e outros títulos das 
empresas sociedades anônimas que não estão listadas na bolsa de valores. 
Exemplo de títulos negociados: Um CDB captado por um banco pode ser negociado 
no mercado de balcão para outro banco interessado naquele título. Um CDB é 
negociável por endosso (quando o credor assina no verso do documento 
autorizando sua transferência). 
As ações negociadas são geralmente de empresas de menor porte ou que tenham 
menor liquidez no mercado. Esse mercado pode ser o início para que uma empresa 
tenha ações negociadas em bolsa. São realizados também operações com 
derivativos, como por exemplo: operações a termo de moedas, onde compradores e 
vendedores fixam no ato o valor em reais do preço futuro de outra moeda 
(normalmente o dólar). 
O mercado de balcão se caracteriza por ainda ser mais simples e de menores 
custos para as empresas e menores exigências por parte do órgão fiscalizador 
(CVM). Este mercado é operado através da SOMA (Sociedade Operadora do 
Mercado de Ativos) cujo sistema interliga e fecha eletronicamente todos os negócios 
feitos. A SOMA é uma Sociedade Anônima de Capital Fechado controlada pela 
BM&F Bovespa. Atualmente a SOMA integra a BM&F Bovespa. 
O mercado de balcão não tem um lugar físico determinado para realizar as 
negociações. São realizadas por telefone entre as Instituições Financeiras. 
A B3 (antiga CETIP) é depositária principalmente de títulos de renda fixa privados, 
títulos públicos estaduais e municipais. É uma clering house, com poucas 
exceções, os títulos são emitidos escrituralmente (eletrônicos). As operações de 
compra e venda são realizadas no mercado de balcão. Conforme o tipo de operação 
e o horário em que realizada, a liquidação é em D ou D+1. 
 
 
Mais sobre a CETIP e a B3 
A Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privados (CETIP) é uma 
empresa de capital aberto sem fins lucrativos que possui como objetivo conferir 
transparência e eficiência da liquidação dos títulos privados. Ela atua como Clearing 
House, realizando a liquidação e a custódia de títulos públicos e privados. Ela é 
responsável pelo registro, pela custódia e liquidação das operações de renda fixa 
privada e títulos públicos estaduais e municipais, sendo a maior câmara de 
compensação de títulos privados do Brasil. Em 2017 a CETIP se fundiu com a 
BVM&Bovespa, originandoa única bolsa de valores do Brasil e também responsável 
pela liquidação dos títulos. 
 
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Entre os títulos negociados na Cetip se destacam CDB: 
 RDB; 
 letras hipotecárias; 
 debêntures; 
 swaps; 
 TED; e 
 DOC. 
Esse órgão também é responsável por registrar as operações diárias de 
empréstimos entre instituições bancárias. Assim, a Cetip é o órgão responsável por 
garantir a segurança das negociações de títulos privados de renda fixa, realizando o 
registro dos títulos negociados. 
Entre as instituições que utilizam os serviços da Cetip se destacam Bancos 
Múltiplos: 
 Bancos Comerciais; 
 Bancos de Investimento; 
 Fundos de Investimento; 
 Financeiras; 
 Corretoras de Valores Mobiliários; 
 Operadoras de Consórcio; 
 Distribuidoras de Valores Mobiliários; 
 Leasing; e 
 Crédito Imobiliário. 
B3 
Originada pela fusão entre a BM&FBOVESPA e a Cetip, a B3 é a companhia de 
infraestrutura de mercado financeiro. Antes da fusão ela era a bolsa de valores, as 
mercadorias e os futuros do Brasil, realizando a intermediação dos títulos 
negociados no mercado de capitais. Ela era responsável pela provisão de sistemas 
para a negociação de ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos 
públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities 
agropecuárias. 
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) 
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), do Banco Central do Brasil, 
é um sistema informatizado que se destina à custódia de títulos escriturais de 
emissão do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações 
com esses títulos. 
As liquidações no âmbito do Selic ocorrem por meio do mecanismo de entrega 
contra pagamento (Delivery Versus Payment — DVP), que opera no conceito de 
Liquidação Bruta em Tempo Real (LBTR), sendo as operações liquidadas uma a 
uma por seus valores brutos em tempo real. 
 
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Além do sistema de custódia de títulos e de registro e liquidação de operações, 
integram o Selic os seguintes módulos complementares: 
 Oferta Pública (Ofpub); 
 Oferta a Dealers (Ofdealers); 
 Lastro de Operações Compromissadas (Lastro); e 
 Negociação Eletrônica de Títulos (Negociação). 
1.12. ANBIMA 
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais 
(ANBIMA) é um agente regulador privado, que representa as instituições que 
atuam no mercado financeiro e mercado de capitais brasileiro. 
Quadro – O papel da ANBIMA e atividades desenvolvidas. 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
A autorregulação e os mecanismos de supervisão e atividades autorreguladas. 
A autorregulação é: 
“expressa na forma de códigos de melhores práticas, criados a partir de 
propostas que nascem e são aperfeiçoadas nos comitês e subcomitês de 
representação. Assim, representantes das instituições associadas, ou seja, do 
próprio mercado, discutem, formulam e colocam em prática as regras que 
norteiam cada uma das atividades nas quais atuamos. 
O cumprimento dessas regras é acompanhado permanentemente por meio de 
uma série de ações da área de Supervisão de Mercados. 
As atividades da autorregulação são apoiadas por dois tipos de organismos: os 
que orientam a atuação da área de supervisão e analisam os relatórios elaborados 
 
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pelas equipes técnicas da Associação (comissões de acompanhamento) e 
aqueles que instauram e julgam processos, além de emitir deliberações e 
orientações sobre as nossas normas (conselhos de autorregulação).” Fonte: 
anbima.com.br 
A ANBIMA criou e supervisiona o Código de Regulação e Melhores Práticas, 
atuando em conjunto com as instituições financeiras para regular as atividades 
exercidas das entidades de mercado financeiro e de capitais do Brasil. 
O Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas é dividido em vários outros 
“sub-códigos”. 
1.13. Código ANBIMA de Regulação e Melhores 
Práticas para o Programa de Certificação 
Continuada 
Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de Certificação 
Continuada 
O objetivo do Código de Regulação e Melhores Práticas para o Programa de 
Certificação Continuada é estabelecer princípios e regras que deverão ser 
observados pelas Instituições Participantes, que atuam no mercado financeiro e de 
capitais, de maneira a buscar a permanente elevação da capacitação técnica de 
seus profissionais, bem como a observância de padrões de conduta no 
desempenho de suas respectivas atividades. 
O Código se destina aos bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de 
investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades corretoras e distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, administradores fiduciários e às pessoas jurídicas que 
desempenham as atividades e Gestores de Recursos de Terceiros e Gestão de 
Patrimônio. 
Padrões de conduta a serem seguidos pelos profissionais certificados: As 
Instituições Participantes devem assegurar que seus profissionais: 
 Possuam reputação ilibada; 
 Exerçam suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade; 
 Cumpram todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas 
atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma 
dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo por 
quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas; 
 Norteiem a prestação de suas atividades pelos princípios da liberdade de 
iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas 
caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, 
respeitando os princípios de livre negociação; 
 
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 Evitem quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras 
e princípios contidos neste Código e na Regulação em vigor; 
 Adotem condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e 
profissional; 
 Vedem a intermediação de investimentos ilegais e não participem de qualquer 
negócio que envolva fraude ou corrupção, manipulação ou distorção de 
preços, declarações falsas ou lesão aos direitos de investidores; 
 Sejam diligentes e não contribuam para a veiculação ou circulação de notícias 
ou de informações inverídicas ou imprecisas sobre o mercado financeiro e de 
capitais; e 
 Zelem para que não sejam dadas informações imprecisas a respeito das 
atividades que é capaz de prestar, bem como com relação a suas 
qualificações, seus títulos acadêmicos e experiência profissional. 
De acordo com o código, as Instituições Participantes devem empenhar-se 
permanentemente para o aperfeiçoamento de seus profissionais, capacitando-os e 
fornecendo constante atualização sobre as certificações, quando aplicável, regras e 
normas aplicáveis pertinentes às suas atividades. 
As Instituições Participantes devem assegurar que seus profissionais, no exercício 
de suas atividades, não tenham: 
 Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras e 
demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, pela 
Comissão de Valores Mobiliários, pela Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar ou pela Superintendência de Seguros Privados; 
 Sua autorização para o exercício da atividade suspensa, cassada ou 
cancelada; e/ou 
 Sofrido punição definitiva, nos últimos 5 (cinco) anos, em decorrência de sua 
atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade 
sujeita ao controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados 
anteriormente. 
 
 
As certificações ANBIMA devem ser atualizadas de acordo com os prazos a seguir: 
 CPA-10, CPA-20 e CEA para Profissional Certificado: até 5 (cinco) anos, 
contados da data de aprovação no exame, ou da conclusão do procedimento

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