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1. INTRODUÇÃO No dia 25 de julho, no laboratório de Química Orgânica, foi realizada a terceira aula prática do semestre onde colocamos em prática as “propriedades das substâncias”. A matéria pode existir em três estados de agregação estáveis que varia conforme a temperatura e a pressão as quais se submete um corpo: o estado sólido, o estado líquido e o estado gasoso. Com base nas suas propriedades, a matéria pode ser classificada de várias formas. As propriedades podem ser gerais ou específicas. As propriedades gerais são as que estão em todos os tipos de materiais, como extensão, compressibilidade e elasticidade, entre outras. As propriedades específicas distinguem as substâncias. É muito importante identificar essas propriedades, pois, por meio dessas propriedades conseguimos identificar as substâncias presentes. São exemplos de propriedades gerais massa específica (densidade), estrutura, dureza, capacidade calorífica, condutividade, hidrólise entre outras. As propriedades específicas são um reflexo de como as partículas que constituem a matéria interagem entre si. Dependendo de como são estas interações (ligações químicas inter e intramolecular) a matéria será constituída por substâncias iônicas, moleculares e metálicas ou por misturas destas. As substâncias iônicas, são constituídas por íons positivos e negativos. Eles têm uma forte força de coesão e um ponto de ebulição elevado. São substâncias que quando sólidas são más condutoras elétricas, mas quando fundidas, ou em solução aquosa são boas condutoras. São sólidas a temperatura ambiente, duras, quebradiças e que não se deformam. São quebradiças pois com aplicação de força, os íons se deslocam de suas posições de equilíbrio, aumentando então a repulsão entre íons com o mesmo tipo de carga, separando-se uns dos outros. As substâncias moleculares são constituídas por moléculas. Elas têm uma força de coesão fraca e um ponto de ebulição baixo. São substâncias más condutoras elétricas quando sólido, quando solução aquosas se forem apolares também são más condutoras, porém, se forem polares e estiverem em solução aquosa se tornam boas condutoras. Quando em temperatura ambiente se encontram em estado gasoso, líquido ou no estado sólido. As substâncias metálicas são constituídas por íons positivos e elétrons livres. Estes têm uma forte força de coesão e variáveis pontos de ebulição. São boas condutoras de eletricidade. Isto deve-se ao fato de nos metais existirem elétrons com grande mobilidade. A maior parte encontra-se sólida à temperatura ambiente. 2. OBJETIVO Relacionar o tipo de ligação química em algumas substâncias com as suas propriedades físicas. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. MATERIAIS UTILIZADOS - Giz - Sal de cozinha - Pedaços de madeira - Açúcar - Parafina - Água - Placas de Petri - Tubos de ensaio - Detergente - Cobre - Limalhas de ferro - Mercúrio - Iodo - Areia - Grafite - Clorofórmio - Álcool etílico (C2H5OH) 3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.2.1. Observe o estado de agregação dos seguintes materiais: giz, sal de cozinha, madeira, açúcar, parafina, água, alumínio, cobre, ferro e mercúrio. 3.2.2. Coloque, separadamente, um grama de: sal de cozinha, iodo, parafina, areia, e limalha de ferro em vidros de relógio. Teste a dureza de cada sólido, esfregando com a extremidade inferior de uma caneta de plástico, ou dispositivo similar. 3.2.3. Segure com a mão a ponta de um bastão de giz, leve ao bico de Bunsen e aqueça por 30 segundos. Observe a condutividade térmica do material. Repita o mesmo procedimento com os seguintes materiais: madeira, grafite e cobre. 3.2.4. Coloque, separadamente, cerca de um grama de: sal de cozinha, iodo, parafina, areia, e limalha de ferro em tubo de ensaio. Aqueça em bico de gás. Observe o que acontece. Não aqueça por mais de dois minutos. 3.2.5. Teste a solubilidade de sal de cozinha, iodo, parafina, areia e limalha de ferro em água. Posteriormente, teste com álcool e por último teste com clorofórmio. 3.2.6. Teste a condutividade elétrica de NaCl(s), NaCl(aq), açúcar(s), açúcar(aq), metal, plástico, madeira, borracha e vidro. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os materiais que foram utilizados no experimento estavam nos seguintes estado de agregação: o giz estava em estado sólido, o sal de cozinha em estado sólido de forma pulverizada/em pó, a madeira em estado sólido, a parafina em estado sólido, a água em estado líquido, o mercúrio em estado líquido, o alumínio, o cobre e o ferro estavam em estado sólido, o iodo em estado sólido, a areia em estado sólido de forma pulverizada/em pó. Foi testado a resistência de alguns materiais e constatou-se que: Tabela 1. Resistência dos materiais utilizados. Materiais Resistência* Sal de cozinha Menos resistente (5°) Iodo Resistente (3°) Parafina Pouco resistente (4°) Areia Mais resistente (1°) Limalha de ferro Resistente (2°) Fonte: *Resistência observada no laboratório por meio da experiência. Esta resistência, se dá por conta da agregação de cada material e de como está disperso as suas respectivas moléculas. A areia é formada por óxido de silício que é um composto duro por se tratar de dois átomos pequenos ligados covalentemente. A limalha de ferro também é um composto duro, pois a ligação metálica é difícil de ser rompida. O iodo é um átomo muito grande, consequentemente muito polarizável, fazendo com que o material seja menos duro que o ferro e a areia. Foi testado também a condutividade térmica de alguns materiais e observou-se que: Tabela 2. Condutividade térmica dos materiais utilizados. Materiais Condutividade térmica* Giz Não conduz calor Madeira Não conduz calor Grafite Conduz calor Cobre Conduz calor Fonte: *Condutividade térmica observada no laboratório por meio da experiência. Os materiais grafite e cobre demostraram-se bons condutores térmicos. O que determina essa condutividade são as ligações em sua estrutura atômica ou molecular. Pode-se assim dizer que os metais são excelentes condutores de calor devido ao fato de possuírem os elétrons mais externos “fracamente” ligados, tornando-se livres para transportar energia por meio de colisões através do metal. Materiais como o giz e a madeira são maus condutores de calor, ou isolantes térmicos, pois, os elétrons mais externos de seus átomos, estão firmemente ligados. Matematicamente, a condutividade térmica relaciona a quantidade de calor transmitida por intervalo de tempo (a potência térmica) através de uma barra de material de comprimento , na direção normal à seção reta de área , com a diferença de temperaturas imposta às extremidades. Assume-se o sistema em regime estacionário, e que não há fontes de calor laterais. Matematicamente: De onde conclui-se que a condutividade térmica do material do qual a barra é feita pode ser experimentalmente determinada pela relação: . uma vez que todos os termos à direita são grandezas experimentalmente mensuráveis. Foi observado também na experiência o que acontece ao aquecer alguns dos materiais no bico de Bunsen: o iodo ao ser aquecido mudou o seu estado de agregação de sólido para líquido, formando um líquido violeta. O sal, ao ser aquecido, criou um vapor dentro do tubo de ensaio, a areia ao passar pelo processo de aquecimento não mudou seu estado e nada aconteceu, a parafina derreteu-se e posteriormente passou do estado sólido para o líquido, a limalha de ferro ao ser aquecida foi unindo-se. Quanto a solubilidade das substâncias, constatou-se que: Tabela 3. Solubilidade das substâncias utilizadas. Materiais Solubilidade em água* Solubilidade em álcool* Solubilidade em clorofórmio* Iodo Pouco solúvel Solúvel Solúvel Parafina Não solúvel Não solúvel Não solúvel, e apresenta menor densidade Limalha de ferro Não solúvel Não solúvel Não solúvel Sal Solúvel Não solúvel Não solúvel Detergente Solúvel Não solúvel Não solúvel, e apresenta menor densidade Areia Não solúvel Não solúvel Não solúvel Fonte: *Resultado observado durante o experimento no laboratório. Vale ressaltarque o iodo que é solúvel em álcool e apresentou cor diferente ao ser diluído no clorofórmio (cor violeta). A parafina no clorofórmio e na água ficou localizada na parte de cima da solução, enquanto quando misturada ao álcool localizou-se na parte de baixo e isso ocorre por conta da densidade. O ferro quando em contato com água se agregou e permaneceu na parte de baixo, no álcool permaneceu também completamente na parte de baixo. O sal é muito solúvel em água, pois as redes cristalinas que formam esse sal são facilmente rompidas pela molécula polar da água que se separa nos íons Na+ e Cl-. Em relação a condutividade elétrica dos materiais, foi pesquisado e observado o seguinte resultado: Tabela 4. Condutividade elétrica dos materiais utilizados. Materiais Condutividade elétrica* Sal(s) Não conduz Açúcar(s) Não conduz Ferro Conduz Madeira Não conduz Borracha Não conduz Cobre Conduz Alumínio Conduz Sal(aq) Conduz Açúcar(aq) Não conduz Vidro Não conduz Os metais comprovaram-se ser bons condutores de energia elétrica, por conseguir efetuar o transporte da carga elétrica sob a forma de uma corrente elétrica. Algumas substâncias quando dissolvidas em água e formam soluções e conseguem conduzir a corrente elétrica. Quando dissolvido em água o NaCl e dissociado em íons Na+ e Cl- isso lhe confere uma mobilidade desses íons em solução aquosa fazendo com que haja condução de eletricidade. Já no estado sólido os íons do NaCl encontram-se arrumados formando um retículo cristalino o que lhe confere uma maior rigidez e menor mobilidade, consequentemente no estado sólido não conduz eletricidade. O sal é um eletrólito por conduzir a corrente elétrica quando em solução aquosa e o açúcar é um não-eletrólito por não conseguir conduzir a corrente elétrica mesmo em solução aquosa. Diante das propriedades físicas observadas foi possível identificar a ligação química de cada substância: Tabela 5. Ligações químicas dos materiais utilizados. Materiais Ligação química* Mercúrio Metálica Giz Iônica Sal Iônica Açúcar Molecular Ferro Metálica Cobre Metálica Alumínio Metálica Parafina Molecular Iodo Iônica Areia Molecular Grafite Molecular Fonte: *Propriedades físicas observadas de cada material. 5. CONCLUSÃO Conclui-se então, que o experimento realizado é eficaz para identificação de qual ligação tem-se em determinadas substâncias a partir de suas propriedades físicas observadas durante a realização de tal experimento. 6. ANEXOS *Inclua-se o hidrogênio onde se lê ametal. **Exceto mercúrio, que é líquido. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Propriedades Gerais e Especificas, 2013. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/propriedades-gerais-especificas.htm>. Acesso em:01 de agosto de 2018. Propriedades da Matéria, 2015. Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/quimica/propriedades-materia.html> Acesso em:01 de agosto de 2018. Fogaça, Jennifer Rocha Vargas. "Propriedades Gerais e Específicas"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/propriedades-gerais-especificas.htm> Acesso em:01 de agosto de 2018. Propriedade das Substâncias Moleculares, Iônicas e Metálicas, 2011. Disponível em: <http://cientificamentefalando-margarida.blogspot.com.br/2011/03/propriedade-das-substancias-moleculares.html> Acesso em:01 de agosto de 2018. Compostos iônicos, moleculares e metálicos, 2012. Disponível em: <http://ligadosemquimica.blogspot.com.br/2012/11/relacionando-compostos-ionicos.html> Acesso em:01 de agosto de 2018. Condutores e isolantes térmicos, 2010. Disponível em: <http://penta3.ufrgs.br/CESTA/fisica/calor/condutoreseisolantes.html. Acesso em: 01 de agosto de 2018.