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Economia e Nutrição: Escassez e Abundância

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- -1
ECONOMIA APLICADA À NUTRIÇÃO
CIVILIZAÇÃO E ALIMENTO – ESCASSEZ E 
ABUNDÂNCIA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Definir Economia e no que consiste o problema econômico;
2- Diferenciar as formas de organização econômica das sociedades;
3- Relacionar os campos de conhecimento da Economia e da Nutrição.
1 Introdução
A escassez de alimentos não é uma problemática recente. E pior: atinge mais pessoas do que imaginamos,
conforme vimos no vídeo.
O nutricionista, através da aplicação dos princípios definidos pela ciência da Nutrição, deve buscar em outras
áreas de conhecimento instrumentos que o auxiliem na compreensão global dos fenômenos que condicionam a
alimentação humana.
O objetivo desta aula é analisar como se estabelecem as relações entre dois campos de conhecimento – a
Economia e a Nutrição – de um ponto de vista conceitual e da organização econômica de nossa sociedade.
Bons estudos!
2 Série de transformações
A humanidade, desde seu surgimento como homo sapiens, entre 100.000 e 50.000 anos atrás, obtinha seu
sustento através da caça e da coleta, levando para isso uma vida nômade, seguindo de um sítio em que começava
a escassear o alimento para outro onde havia relativa maior abundância.
Desde o momento em que, organizados em tribos, obtínhamos nosso sustento diretamente da natureza, através
da caça e da coleta, até a produção dos alimentos através da agricultura e da pecuária, a sociedade humana vem
atravessando uma longa série de transformações. Essas transformações ocorrem por causa da interrelação das
possibilidades ambientais e da de cada organização social específica.dinâmica 
Assim, em cada região do mundo encontramos um modo predominante de obtenção desse sustento, quase
sempre (mas não exclusivamente) através da agricultura e da pecuária, sendo definido pelas sociedades na sua
religião, organização política e social e na própria vida cotidiana.
Lembre-se que a obtenção de alimento necessário à reprodução é uma questão central na sociedade humana.
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3 Libertação da natureza pelo homem
O início da produção de alimentos a partir da agricultura e da pecuária marca, então, o momento de libertação da
natureza pelo homem e da sua submissão à oferta de alimentos no meio ambiente.
É claro que quebras de safra e catástrofes naturais continuam afetando a humanidade. Porém, temos,
principalmente por mantermos estoques reguladores, maior capacidade de superar essas situações.
Diamond (2007, pp. 86-90) mostra como essa produção, diretamente, pela maior oferta de alimento, ou
indiretamente, como consequências geradas pela vida sedentária, isto é, a fixação do homem a um espaço
geográfico, contribuiu para o aumento da densidade populacional, em comparação aos caçadores-coletores.
Além disso, permitiu o desenvolvimento de sociedades politicamente centralizadas, socialmente estratificadas,
economicamente complexas e tecnologicamente inovadoras.
Na verdade, não existe uma clara divisão entre caçadores-coletores nômades e produtores de alimentos
sedentários.
Alguns povos, como os dos Lagos Planos da Nova Guiné, plantam bananas e papaias em determinada área,
partindo para caçar e coletar em outras regiões e retornam na época da colheita.
Outros caçadores-coletores, como na América do Sul, tornam-se primeiro sedentários e apenas após longo
período passam a produzir alimentos.
Podemos assumir que a passagem da caça e coleta para a produção de alimentos se deu de forma variada,
dependendo de inúmeros fatores, conforme mostrado por Jared Diamond (2007) em seu livro Armas, germes e
aço.
Bourguignon (1990, p. 213), em A História Natural do Homem, aponta o registro, nos tempos pré-históricos, do
que chama de protocriação e protoagricultura.
Ele enfatiza que a distinção mais fundamental, para entendermos os níveis de desenvolvimento, não seria entre
caçadores-coletores e agricultores-criadores, mas sim entre caçadores-coletores nômades e caçadores coletores
sedentários e estocadores.
Veja mais sobre a passagem da caça para produção:
“De qualquer modo, a formação das civilizações sempre se associa às sociedades agrícolas que, buscando as
melhores regiões para a produção, fixaram-se às margens dos grandes rios, por isso chamadas de civilizações
hidráulicas ou de regadio” (Rezende F., 2010, p. 13).
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4 Formação do Estado
Cada uma dessas sociedades desenvolveu-se na direção de uma maior complexidade uma vez resolvida a
questão básica. Agora pense:
Como alimentar grandes contingentes populacionais?
A partir desse ponto, o desenvolvimento social, político e econômico ganhou uma complexidade que permitiu o
surgimento do comércio de longa distância, das grandes construções, da constituição dos grandes exércitos, das
artes e das ciências e, ao fim, da própria formação do Estado.
Apenas em algumas regiões do mundo a produção de alimentos se desenvolveu de forma independente. Em
outras, seus habitantes caçadores-coletores apreenderam, de outras culturas mais avançadas, as novas formas
de produção.
“Em algumas regiões, seus habitantes não saíram de sua condição de caçadores-coletores e, gradualmente, foram
submetidos às civilizações mais poderosas” (Diamond, 2007, p. 101), embora até hoje encontremos ainda
sobreviventes desses grupos, como os bosquímanos na África e algumas tribos indígenas no Brasil.
5 Preocupações quanto à produção de alimentos
A organização determina o que e como serão produzidos os bens, condicionada nessas escolhas, porém,social 
pelas possibilidades oferecidas pelo ambiente circundante.
É claro que não apenas as questões relativas ao sustento preocupavam, e preocupam, a humanidade ao longo
dessa trajetória que se inicia nos bandos nômades de caçadores-coletores até nossas sofisticadas sociedades
contemporâneas.
Também as dimensões religiosas, sociais e políticas expressas ao longo da história passam pela solução básica da
produção dos bens materiais para a nossa existência.
Centrando-nos na dimensão econômica das organizações sociais, vamos resumir o quadro apresentado por
Diamond, buscando caracterizar seus respectivos graus de complexidade.
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6 A economia
Vimos, a partir de uma visão histórica do desenvolvimento da civilização, que a sociedade se organiza em torno
desse problema e como a produção de alimentos representou um salto gigantesco no atendimento a essas
necessidades, assim como a indústria o fará mais tarde, ampliando com a tecnologia os horizontes das nossas
possibilidades.
Todas as soluções encontradas ao longo da história representam uma solução específica de cada organização
social na sua interação específica com os indivíduos.
A análise econômica que se faz, então, é o “estudo das economias, tanto no nível do indivíduo quanto da
sociedade em seu conjunto” (Krugman, et al, 2010, p. 2).
Podemos, assim, definir a como “uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedadeEconomia 
escolhem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre
as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas da melhor maneira
possível” (Braga; Vasconcellos, 2011).
A palavra “economia” deriva do grego oikonomos – de oikos, casa e nomos lei – significando, literalmente, a
administração da casa e, de forma ampla, a administração do Estado.
Ela pode se referir tanto à organização concreta das atividades produtivas de uma sociedade como a um ramo do
conhecimento humano.
7 Questões econômicas fundamentais
A reflexão a seguir refere-se ao início da atividade de análise econômica:
“Surgem daí as três questões econômicas fundamentais: o que e quanto produzir, como produzir e para
Braga; Vasconcellos, 2011, p. 4).quem produzir” (
Como produzir
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Implica na definição de como os recursos de produção serão combinados para a produção do que se escolhe, de
acordo com os tipos de tecnologias de produção disponíveis.
O que e quanto produzir
Referem-se às escolhas a serem feitaspela sociedade, considerando a escassez dos recursos de produção, sobre
os bens e as quantidades a serem produzidos. A forma como essas escolhas são feitas dependem da organização
do sistema econômico.
Para quem produzir
Diz respeito à questão mais aparente da economia: de que forma se dará a distribuição do produto pelos
membros da sociedade.
“Essa questão não se refere apenas aos níveis de salários, das rendas, dos juros e dos lucros, quer dizer, à
distribuição da renda que permitiria o acesso aos bens e serviços oferecidos, mas diz respeito à própria
repartição inicial da propriedade e de sua transmissão por herança” (Braga; Vasconcellos, 2011, p. 5).
Neste contexto, vale a pena abordar o conceito de fatores de produção.
Fatores de produção
“A produção econômica é o resultado da combinação de recursos naturais, equipamentos e trabalho humano
que, por serem necessários à produção, recebem o nome de fatores de produção” (Silva; Sinclayr, 2010).
Veja o esquema a seguir:
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8 Participantes da economia
As decisões estudadas pela Economia envolvem a alocação dos fatores de produção e seu uso pelos agentes
econômicos, definidos como pessoas ou organizações que desempenham os diferentes papéis na economia:
Consumidores
Os consumidores, que somos todos nós, tomam decisões sobre o que consumir e quanto. Ao mesmo tempo,
algumas dessas pessoas tomam decisões sobre a organização da produção: são os empresários. Outras vendem
sua força de trabalho: os trabalhadores.
Agentes econômicos
Os agentes econômicos são indivíduos considerados pelo papel que desempenham no processo econômico,
tomando decisões e organizando-se com o objetivo de produzir e consumir em sociedade.
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9 Economia e Nutrição
Agora que já estudamos sobre Economia, vamos definir, brevemente, a Ciência da Nutrição como “o conjunto de
conhecimento científico que rege as necessidades alimentares para a manutenção, crescimento, atividade,
reprodução e lactação” (Nix, 2010, p. 2).
A Nutrição cuida de sistematizar um conhecimento visando ao melhor desenvolvimento do ser humano do ponto
de vista de sua saúde, isto é, usando uma terminologia da Economia, um uso mais eficiente e eficaz dos
nutrientes.
No contexto da organização social para a produção de bens e das escolhas do consumidor, cabe discutirmos o
papel desempenhado por este , pois nos interessa aqui entender as inter-relações campo de conhecimento
entre as necessidades alimentares humanas, conforme definidas pela disciplina, e as possibilidades de seu
atendimento.
Essa perspectiva se coloca, inclusive, na constituição do campo da Nutrição no Brasil, de acordo com Vasconcelos
(2002, p. 128-129). Segundo o autor, em seu surgimento, duas correntes do saber médico confluíram para a
definição do novo campo: 1. De um lado, a corrente da perspectiva biológica, preocupada, essencialmente, “com
os aspectos clínico-fisiológicos relacionados ao consumo e à utilização biológica dos nutrientes”, influenciada
pelas escolas norte-americanas e europeias; 2. De outro lado, a corrente da chamada perspectiva social,
preocupada com “os aspectos relacionados à produção, à distribuição e ao consumo de alimentos pela população
brasileira”, que deu origem a Alimentação Coletiva e posteriormente a Nutrição em Saúde Coletiva, sob a
influência do pioneiro da nutrição na América Latina, Pedro Escudero. É nesse ponto que os caminhos das duas
disciplinas se cruzam. O nutricionista deve compreender os condicionantes básicos das escolhas socialmente
feitas para a produção e a distribuição do alimento, conforme a segunda corrente define. Ao mesmo tempo, para
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ser efetiva nas suas prescrições, deve compreender como as escolhas individuais são feitas de uma perspectiva
econômica, combinada com outras influências de natureza psicológica, social e cultural, conforme descritas por
Nix (2010, p. 256-257) e que, aqui, apenas abordaremos transversalmente.
10 Acesso ao alimento produzido
Já vimos como as sociedades se organizam em torno da questão central de obtenção e fornecimento para a
população dos nutrientes necessários à reprodução e que esta é, por isso, uma das preocupações fundamentais
da Economia.
O que e quanto produzir vincula-se diretamente à produção de alimentos. Mas é importante também
entendermos como se dá o acesso a esse alimento produzido.
Isto porque “exatamente a impossibilidade de parcelas da população ter acesso aos nutrientes necessários é uma
das causas da desnutrição” (Nix, 2010, p. 251), constituindo-se, claro, outra preocupação básica da Economia
(para quem produzir).
A noção de segurança alimentar, isto é, a garantia de acesso aos alimentos básicos a todos, passa, atualmente, a
compor não apenas as agendas econômicas domésticas, como se estende e ocupa posição central em diversas
esferas das negociações internacionais, de caráter político e econômico.
11 Teoria econômica
Retomando a temática da Economia, sabe-se que ela é uma ciência social que busca explicar os fenômenos
econômicos para que, a partir daí, se alcancem os objetivos sociais desejados.
Para tal, estabelece um conjunto de ideias sobre a realidade, o que chamamos de econômica, constituindo-teoria 
se, nessa acepção, em um conjunto de princípios fundamentais da ciência.
As principais características dessa teoria são representadas em modelos. Uma estratégia usada pelos
pesquisadores econômicos na construção de modelos, para lidarem com a realidade complexa e
interdependente, é considerar os efeitos de uma mudança de cada vez, isto é, mantêm-se todo o resto constante.
Esse “pressuposto de tudo o mais constante”, em latim cœteris paribus (ou ceteris paribus), significa que todos
os outros fatores utilizados na análise não se alteram (Krugman; Wells, 2011, p. 22).
Ao afirmarmos, por exemplo, que “a poupança depende da renda e o investimento da taxa de juros, porém é com
o equilíbrio de ambos que a própria renda se equilibra” (Pinho, et al, 2011, p. 4-7), estamos estabelecendo
relações entre variáveis de acordo com as definições, os argumentos e as hipóteses da teoria (Pinho, et al, 2011,
p. 4).
- -10
12 Elaboração da teoria econômica
Na sua elaboração, a teoria econômica se funda em argumentos positivos, isto é, que não envolvem juízos de
valor, baseados em descrições ou medições científicas.
Quer um exemplo? Se o preço de um determinado alimento subir em relação aos outros preços, a
quantidade comprada cairá.
Não estamos, nesse ponto, avaliando moralmente as causas ou consequências desse aumento, mas apenas
constatando seus efeitos.
Um ponto importante a ressaltar é que essa afirmação é verdadeira em geral, para a sociedade ou grupo
específico, mas não se aplica a um indivíduo especificamente. Mas por quê?
Alguém pode escolher consumir menos, por exemplo, itens de lazer, para manter inalterada a quantidade
consumida do alimento.
“A teoria econômica apenas faz predições sobre a coletividade, e tanto maior a amostra da medição,
tanto maior será a precisão obtida” (Braga; Vasconcellos, 2011).
13 Discussão econômica
Os argumentos normativos dizem respeito ao que deveria ser, envolvendo juízos de valor. Referem-se,
normalmente, às condições desejadas como resultado das ações econômicas.
Uma melhoria na distribuição de renda no país é algo que podemos julgar bom a priori, e pode se constituir em
um objetivo da política econômica.
Ciências econômicas
Fique ligado
Entende-se por:
• Definição: significado dos termos da teoria.
• Argumentos: são as condições que sustentam a teoria.
• Hipóteses: são suposições sobre o comportamento das coisas, de acordo com a 
teoria.
•
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•
- -11
A economia positiva poderá indicar os instrumentos adequados para esse fim, digamos, promovendo o aumento
de salário real ou combatendo a inflação.
No entanto, vamos supor que se faça um aumento puro e simples dos salários em condições de plena capacidade
de produção da economia.
“Isso poderá levar a um aumento dos custos de mão de obra que, por sua vez,poderá levar a demissões,
resultando no efeito contrário ao que se esperava” (Braga; Vasconcellos, 2011).
Assim, a discussão econômica consiste na adequação entre o que se pretende e as possibilidades reais da
economia, considerando as explicações e os instrumentos fornecidos pelo quadro teórico existente.
Ao contrário das ciências físicas, como a Física ou a Química, que permitem a simulação da realidade em
laboratório, reproduzindo fenômenos que se pretende estudar através da experimentação, as ciências
econômicas lidam com uma realidade bastante complexa, reproduzível apenas parcialmente em forma de um
experimento controlável.
14 Funcionamento do pensamento econômico
Vejamos, agora, como o pensamento econômico funciona.
Fonte: (A partir de Pinho, et al, 2011, p. 5), com (Krugman; Wells, 2011).
• Baseando-se nos postulados da teoria existente, formulam-se hipóteses sobre o comportamento das 
variáveis que se pretende medir.
• Formulam-se hipóteses de como a realidade se comporta.
• Constrói-se um modelo em que são definidas as variáveis que se pretende medir e, com base na teoria, a 
inter-relação entre elas.
• Deduzem-se as implicações e os resultados esperados.
• Tiram-se as conclusões confirmando ou refutando a teoria, levando neste caso a sua reformulação ou a 
elaboração de uma nova teoria.
15 Funcionamento do pensamento econômico
Com tudo o que foi apresentado nesta aula, conclui-se que o objetivo de nossa disciplina é, então, o de estudar a
Economia no contexto da Nutrição, instrumentalizando o nutricionista para uma compreensão global da
influência dos fenômenos econômicos na sua prática profissional.
Ao longo deste curso, vamos estudar as questões decorrentes desse enfoque agrupadas da seguinte forma:
Como vivemos em uma sociedade de mercado, estudaremos a economia dessa perspectiva, porém considerando
os aspectos políticos que perpassam o acesso às riquezas produzidas pela sociedade.
•
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•
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- -12
Nosso objetivo final é termos uma compreensão ampla dos processos econômicos que regem as escolhas
individuais e sociais, considerando as variáveis dos ambientes sociopolíticos inseridas no quadro interpretativo
delineado pela teoria econômica.
Da teoria econômica, isto é, de como os agentes econômicos combinam os recursos escassos para a satisfação de
suas necessidades. As análises serão feitas da perspectiva dos indivíduos e das firmas, ramo da Economia
chamado de microeconomia, e da perspectiva dos agregados econômicos e de seus efeitos sobre a sociedade,
ramo chamado de Macroeconomia.
De como o Estado, em especial o brasileiro, se organiza em conjunto com a sociedade para lidar com a questão da
Nutrição. Estudaremos aqui como, do ponto de vista da Economia, se dá e se explica a participação do Estado na
resolução dos problemas próprios do desenvolvimento econômico e social. Do estabelecimento da ordem
econômica e política internacional, no âmbito do processo de internacionalização das economias que usamos
chamar de globalização, e da sua influência sobre os mercados nacionais. Finalmente, abordaremos alguns
aspectos específicos e mais atuais da questão alimentar, como aqueles relativos ao meio ambiente e de alguns
movimentos sociais, que buscam estabelecer formas alternativas de organização econômica.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Os conceitos econômicos básicos;
• A curva de produção;
• A organização econômica.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Estudou a relação entre a resolução das questões alimentares e o problema econômico;
• Entendeu a relação entre a Nutrição e a Economia;
Saiba mais
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e
artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor
online, utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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• Entendeu a relação entre a Nutrição e a Economia;
• Conheceu como a disciplina estudará a Economia da perspectiva da Nutrição.
Referências
BOURGUIGNON, A. : o homem imprevisto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.História Natural do Homem – 1
BRAGA, M. B.; VASCONCELLOS, M. S. Introdução à Economia. In: D. B. PINHO, M. S. VASCONCELLOS; R. TONETO
Jr. São Paulo: Saraiva, 2011.Introdução à Economia.
DIAMOND, J. M. 9. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.Armas, germes e aço.
KRUGMAN, P. R.; WELLS, R.; OLNEY, M. L. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.Princípios de Economia.
KRUGMAN, P. R.; WELLS, R. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.Introdução à Economia.
NIX, S. William. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.Nutrição e Dietoterapia Básica. 
POLANYI, K. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.A subsistência do homem e ensaios correlatos.
SILVA, C. L.; SINCLAYR, L. introdução à Economia. 19. Ed. São Paulo: Saraiva, 2010.Economia e mercados:
VASCONCELOS, F. D. uma análise histórica. Revista de Nutrição, 2(15), 127-138, mai.O nutricionista no Brasil:
/ago. 2002.
•
•
	Olá!
	1 Introdução
	2 Série de transformações
	3 Libertação da natureza pelo homem
	4 Formação do Estado
	5 Preocupações quanto à produção de alimentos
	6 A economia
	7 Questões econômicas fundamentais
	8 Participantes da economia
	9 Economia e Nutrição
	10 Acesso ao alimento produzido
	11 Teoria econômica
	12 Elaboração da teoria econômica
	13 Discussão econômica
	14 Funcionamento do pensamento econômico
	15 Funcionamento do pensamento econômico
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO
	Referências

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