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@olimpiafranco EXAME FÍSICO PULMONAR ➔ Elementos do exame físico pulmonar: ◆ Inspeção geral ◆ Palpação ◆ Percussão ◆ Ausculta ➔ Inspeção: ◆ Estática: ● Observa-se a forma do tórax, se apresenta desvios, anomalias, lesões, edemas ou circulações colaterais; ● Tipos de tórax que podem ser encontrados: ◆ Dinâmica: ● Após a respiração estática, realiza-se a dinâmica, observando-se a: ○ Frequência respiratória; ○ Expansibilidade pulmonar: verificar anterior e posteriormente e se tem simetria ou não; @olimpiafranco ○ Sincronismo: se há elevação conjunta do tórax e abdome na inspiração, com retração na expiração; ○ Cornagem: ruído respiratório contínuo sem necessidade de estetoscópio. ➔ Palpação: ◆ Avalia-se três aspectos torácicos: ● Estrutura da parede torácica: ○ Deve-se palpar com as pontas dos dedos avaliando as partes moles e ossos; ○ Observar contraturas, espessamentos, atrofias musculares e calos ósseos; ● Expansibilidade: ○ Palpar o tórax com as duas mãos, observando se na inspiração há expansibilidade bilateral. ● Frêmito toracovocal: ○ Verificar vibrações geradas pelas cordas vocais – sentidas na caixa torácica. Deve ser verificado em todo o tórax. @olimpiafranco ○ Passo a passo do exame do frêmito toracovocal: 1.Coloque a mão direita ou dedos, sobre região superior do tórax; 2.“ Trinta e três” ou “trim-trim”; 3.Perceba vibração e compare com região contralateral; 4.Repita avaliação nas demais regiões do tórax; ➔ Percussão: ◆ Nessa etapa explora-se o máximo das áreas torácicas, com a pessoa na posição sentada e deitada; ◆ Passo a passo da percussão: 1.Utilizar o dedo indicador da mão menos hábil como base na face anterior do tórax; 2.Use seu dedo médio da mão hábil como “martelo” para golpear dedo indicador, percutindo cada segmento do tórax, nos espaços intercostais, na face anterior; 3.Na face lateral, solicite que o paciente coloque a mão na cabeça, enquanto você percute os espaços intercostais na direção da linha média; 4. Para a face posterior, siga na linha paravertebral; @olimpiafranco ◆ Durante percussão observar diferenças dos sons: em relação a clareza dos sons; ressonância; intensidade; timbre; duração. ◆ Achado normal esperado: som claro; ressonante; alta intensidade; tom grave; longa duração. ◆ Deve-se lembrar que no 4º espaço intercostal direito, na linha hemiclavicular, haverá modificação do som (submaciço → maciço) a partir do 5º ou 6º espaços, pela presença do fígado. ➔ Ausculta ◆ Seguir sequência de ausculta de cima (ápice) para baixo (base pulmonar); ◆ Solicite ao paciente que respire pela boca, sempre na mesma intensidade, sem alterações e evitando ruídos da garganta; ◆ Sons: ● Sons normais: @olimpiafranco ○ Traqueal: Característica de som tubular, intenso e soproso; localizado na altura da traqueia. ○ Brônquico: Localizados nas regiões interescapulovertebral direita; semelhante ao som traqueal, mas menos intenso. ○ Vesicular: Localizado na periferia pulmonar, apenas durante a inspiração e no início da expiração; som suave que lembra o barulho do mar. ● Sons adventícios: ○ São alterações da ausculta normal, devem ser descritos quanto a localização, cronologia e intensidade. São conhecidos em sons contínuos e descontínuos ◆ Sons contínuos: se sobrepõem ao vesicular normal, podendo ser audível em qualquer fase da respiração; divide-se roncos (são os sons graves); sibilos (são os sons agudos); estridores (sons de alta frequência); ◆ Sons descontínuos: são sons explosivos, intermitentes e de curta duração; Podem ser crepitações (creptos) ou estertores (finos ou grossos). ➔ Ritmos respiratórios: ◆ Para a análise do ritmo da respiração, é necessário observar durante, no mínimo, dois minutos a sequência, a forma e a amplitude das incursões respiratórias. ◆ Ritmo respiratório normal: Em condições normais, o ritmo da respiração é determinado pela sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade mais ou menos igual. ◆ Ritmos respiratórios anormais: ● Dispnéia: sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e quase sempre desconfortáveis para o paciente. ● Cheyne-stokes: também chamada dispneia periódica, uma vez que o paciente apresenta, de modo cíclico, incursões respiratórias que vão se tornando cada vez mais profundas até atingirem uma amplitude máxima; neste momento, os @olimpiafranco movimentos começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia; se isso acontece, o paciente permanece sem respirar alguns segundos, ao fim dos quais repetese a mesma sequência; e, assim, sucessivamente ● Biot: caracteriza-se fundamentalmente pela ocorrência de períodos de apneia que interrompem a sequência das incursões respiratórias. Há também nítidas variações na amplitude dos movimentos torácicos, observando-se uma verdadeira arritmia respiratória ● Kussmaul: a principal característica deste ritmo respiratório são as amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas, que, por sua vez, são sucedidas por pequenas pausas de apneia. A respiração de Kussmaul lembra a respiração de um peixe fora d’água. ● Suspirosa: é aquela na qual, vez por outra, interrompendo a sequência regular das incursões respiratórias, surge uma inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada. Em outras palavras, suspiros passam a interromper o ritmo respiratório normal. Referência: BATES, Barbara; BICKLEY, Lynn S.; SZILAGYI, Peter G. Bates propedêutica médica. 12. ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan.
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