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UNIVERSIDADE PAULISTA Elis Regina de Freitas Pinto Coelho - RA 2067538 UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PIM V Goiânia – Go 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA Elis Regina de Freitas Pinto Coelho – RA 2067538 UFG – UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS PIM V Projeto Integrado Multidisciplinar V Para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Pública, apresentado à Universidade Paulista - UNIP Goiânia – Go 2021 RESUMO Objetiva a organização de uma entidade pública, demostrando como podem ser aplicados os conhecimentos adquiridos nas matérias de Análise e Encaminhamento de Projetos Públicos, Sistemas de Informação no Setor Público e Matemática Financeira, e proporcionar a possibilidade de desenvolver um levantamento das características e práticas dessas matérias dentro da administração pública, apresentando um projeto que resulte da pesquisa de campo, mostrando na prática os conhecimentos teóricos O objetivo deste Projeto integrado Multidisciplinar é demonstrar de forma adquiridos, colaborando no processo de ensino- aprendizagem. A entidade escolhida para esse projeto foi A UFG – Universidade Federal de Goiás é uma instituição de ensino, pesquisa e extensão, que objetiva construir, metodizar e sociabilizar conhecimentos e saberes, formando profissionais e cidadãos comprometidos com a transformação e o desenvolvimento da sociedade. Ao longo dos seus 59 anos de história, a UFG diversificou e ampliou sua atuação e hoje possui 102 cursos de graduação presenciais, distribuídos em duas regionais, Goiás e Goiânia. Na capital, a UFG conta com o Campus Aparecida de Goiânia, o Campus Colemar Natal e Silva (Praça Universitária) e o Campus Samambaia. Na Regional Goiás, a UFG oferece 7 cursos divididos em duas Unidades Acadêmicas Especiais. Além da graduação, a UFG oferece 78 cursos de pós-graduação stricto sensu entre mestrados, doutorados e mestrados profissionais, com mais de 4.200 alunos. Palavras-chave: Projetos Públicos, Informação no Setor Público e Matemática. https://www.fct.ufg.br/ SUMÁRIO 1. INTRODUCÃO.......................................................................................................05 2. ANÁLISE E ENCAMINHAMENTO DE PROJETOSPÚBLICOS...........................07 2.1 A importância da elaboração e da implantação de projetos público....................07 2.2 Panorama dos projetos na Gestão Pública..........................................................08 2.3 Os projetos e suas características quando aplicados à área pública..................09 3. MATEMÁTICA FINANCEIRA................................................................................10 4. SISTEMA DE INFORMACÃO NO SETOR PÚBLICO...........................................13 4.1 Importância dos sistemas de informações no setor público..................................14 5. CONSIDERACÕES FINAIS...................................................................................17 6. REFERÊNCIAS......................................................................................................18 5 1. INTRODUCÃO A Universidade Federal de Goiás (UFG) foi criada pela Lei no. 3.834 C, de 14 de dezembro de 1960, ela tem por objetivo criar, coordenar e difundir conhecimentos, somar e estudar a formação do ser humano para o exercício profissional, a reflexão crítica, a solidariedade nacional e internacional, com o objetivo de contribuir para a existência de uma sociedade mais justa, em que os cidadãos se empenhem na busca de soluções democráticas para os problemas nacionais. Foi criada com a união de cinco escolas superiores que existiam em Goiânia: a Faculdade de Direito, a Faculdade de Farmácia e Odontologia, a Escola de Engenharia, o Conservatório de Música e a Faculdade de Medicina. A partir desta data, Goiás passou a possuir seus próprios quadros profissionais e a não depender de mão-de-obra vinda de outras regiões do país. Para os jovens goianos isso significou oportunidade de formação profissional e intelectual em uma instituição pública, gratuita e de qualidade. Portanto, essa vitória foi encabeçada por um processo que demandou grandes esforços por parte de professores e estudantes da época. Em 1959, os docentes das cinco escolas que instituíram a UFG na sua fundação formaram a “Comissão Permanente para a Criação da Universidade do Brasil Central”, presidida pelo professor Colemar Natal e Silva, então diretor da Faculdade de Direito de Goiânia. O objetivo da comissão era elaborar um projeto de criação da universidade e entrega-lo ao Congresso Nacional. Em associação com os professores, os estudantes goianos desenvolvem um movimento bem-sucedido pela criação de uma universidade pública, a ser mantida pelo governo federal. Eles criaram, em abril de 1959, a Frente Universitária Pró-Ensino Federal, que promoveu reuniões, audiências e debates com autoridades em assembleias ou congressos estudantis, e organizaram passeatas e comícios reivindicatórios. O projeto dos professores foi elaborado e, estendido de colaborações dos parlamentares goianos, transformou-se em lei no Congresso Nacional. 6 A assinatura do decreto foi feita pelo presidente Juscelino Kubitscheck, no dia de 18 de dezembro de 1960, em uma cerimônia realizada na Praça Cívica que reuniu milhares de pessoas, manifestando o desejo da população de Goiás pela criação da universidade. A aula inaugural ocorreu no ano seguinte, no dia 07 de março de 1961, em solenidade que lotou o Teatro Goiânia. Após vários desentendimentos, ficou decidido que a UFG deveria superar o modelo clássico de ensino que vigorava no Brasil para se aproximar mais da realidade, o passo seguinte foi estabelecer um projeto pedagógico para a instituição. Para isso, A UFG é uma Universidade pública, laica e gratuita. O que isso quer dizer? Que ela pertence a todos, independentemente de crença religiosa, classe social, orientação sexual, raça/cor, filiação ideológico/partidária ou qualquer outra especificidade. Também quer dizer que ela é mantida por fundos públicos federais, ou seja, oriundos dos impostos pagos por todos nós. Dentro do Estado de Goiás, são cinco regionais, localizadas nas cidades de Goiânia, Catalão, Jataí, Cidade de Goiás e Cidade Ocidental (em implantação). O Campus de Aparecida de Goiânia integra a Regional Goiânia. Atualmente a UFG conta com 5.421 cargos efetivos do Órgão, 526 cargos de funções comissionadas ocupadas por servidores públicos e 36 outros. Tem 23.362 estudantes de graduação presencial, 150 cursos de graduação, 62 mestrados e 31 doutorados. 7 2. ANÁLISE E ENCAMINHAMENTO DE PROJETOS PÚBLICOS 2.1 A importância da elaboração e da implantação de projetos públicos De acordo com Pisa e Oliveira (2013) a Gestão de Projetos é conhecida há muitos anos nas organizações internacionais. No Brasil, inúmeras empresas privadas multinacionais e nacionais, já adotam essa metodologia desejando melhores resultados decorrentes de uma gestão mais competente e eficiente. No setor público brasileiro também se observam empreendimento para promover a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado e o controle dos custos envolvidos nos programas e projetos públicos. Esse fato vem estabelecendo mudanças, tanto nos modelos de gestão como na adoção de estratégias que resultem em facilitadores da governança e fazem maior eficiência na execução, controle e consecução dos resultados previstos nos planos governamentais. Pisa e Oliveira (2013) salienta que existem diferenças substanciais entre os projetos executados na área públicaem reação aos que o correm nas organizações privadas em virtude do envolvimento de inúmeros órgãos no setor público, desde os responsáveis pelo planejamento e autorização, passando pelos encarregados da execução dos projetos, finalizando com os órgãos de controle, que se constituem em controle externo, no caso da União, exercido pelo Congresso Nacional com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU) e do controle interno do Poder Executivo , exercido pela Controladoria Geral da União (CGU). Na UFG não é diferente, todos os processos sequentes da busca pela máxima eficiência são levados em consideração pela administração central, em tempos onde a eficiência energética, o gasto sustentável, a gestão de competências e o capital intelectual vem em uma crescente sendo colocados em destaque no cenário nacional, estes aspectos devem ser observados a miúde pelos gestores. Há na estrutura da instituição um setor dedicado à elaboração, acompanhamento, execução, controle e fechamento de projetos, seja em quais áreas do conhecimento for, a admissão de recursos por muitas vezes depende de parcerias público-privadas, pois a universidade presta um serviço para a sociedade de difundir 8 o conhecimento, a produção científica e tecnológica e espera da sociedade um retorno positivo para essas ações. Pisa e Oliveira (2013), comenta também nesse aspecto – da geração de informações e sua divulgação, a Gestão de Projetos comprova ser um instrumento eficiente de gestão e de governança, pois é de sua natureza documentação específica em todas as fases do projeto, tanto do ponto de vista da contabilidade como do controle e da prestação de contas aos stakeholders, que no caso da área pública corresponde a toda sociedade. Cleland e Ireland (2002) evidenciam a importância estratégica dos projetos como meios para realização do planejamento organizacional, observando que uma empresa bem sucedida tem em si um fluxo de projetos para defrontar com a mudança inevitável enfrentada por todas as organizações, sejam elas públicas ou privadas. A definição de projeto, segundo o Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos - Guia PMBOK (2008) do Project ManagementInstitute – PMI é a seguinte: Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos. O término é alcançado quanto os objetivos tiverem sido atingidos ou quando se concluir que esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos e o projeto for encerrado, ou quando o mesmo não for mais necessário. Um projeto pode ser conhecido e avaliado através dos processos que o integram que basicamente consistem em: iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento. Esses grupos de processos se sobrepõem, comunicam-se e se repetem durante a execução do projeto, apesar de serem representados graficamente como materiais. 2.2 Panorama dos Projetos na Gestão Pública A construção de uma estrutura formal e dividida entre outros é um dos pré- requisitos para que se indicam as funções e responsabilidades pelas atividades do projeto em suas diversas áreas, especialmente as de planejamentos, execução, 9 acompanhamento e controle dessas atividades, alinhadas e indispensáveis ao alcance dos objetivos previstos. Nessa linha de pensamento, uma opção favorável é adoção da Gestão de Projetos é a criação de “escritórios de projetos”, que na concepção de Rabechinie Pessoa (2005), são “organizações que dominam as técnicas e ferramentas da disciplina gerenciamento de projetos, apoiando e viabilizando projetos”. Para atender as necessidades específicas do setor público, a 3 ª. Edição do PMI trouxe como inovação – uma extensão do PMBOK voltada especificamente para o setor público, denominada “Governement Extension to a Guidetoth e Project Management Body of Konwlegde’’, publicada em 2006, que segundo Rosa (2007) apresenta uma visão geral dos fundamentos da gestão de projetos aplicáveis às organizações públicas e que são consensualmente reconhecidos como de boas práticas. Valeriano (2008) também concorda que a Gestão de Projetos deve ser considerada uma escolha adequada para a solução de problemas ou execução de processos, pois é capaz de subdividir um projeto em partes, nas quais se é possível “definir o objetivo a atingir; fixar o escopo; estabelecer prazos limites a serem atingidos; de terminar custos aceitáveis; e identificar necessidades e expectativas das partes interessadas”. Os projetos podem ocorrer em todos os níveis organizacionais e envolver uma ou múltiplas unidades e inclusive sofrer influência em função do grau de maturidade da organização em relação à adoção do gerenciamento de projetos. (MGP -SISP, 2011, pg.16). 2.3 Os projetos e suas características quando aplicados à área pública Autores, como Farnham e Horton (1992), concordam que a forma de gerir os serviços públicos é bastante diferente da adotada no setor privado em virtude das propriedades estruturais, destacando de forma adequada que o setor privado é constituído por “entes que empenham esforços na produção de bens e serviços, os quais trocam por valores que permitem sua sobrevivência. Essa circunstância justifica os esforços na busca pela eficiência tendo rentabilidade como o objetivo a ser conquistado”. 10 No setor público o principal objetivo não é o lucro, mas sim prestar um serviço de qualidade e atender às necessidades da sociedade que, geralmente, é a patrocinadora dos meios através de recolhimento dos tributos a ela aplicados. Contudo, existem dificuldades importantes para alcançar esses objetivos, que recapitulando às contribuições de Farnham e Horton (1 992), resulta do fato de que na atuação política “é mais comum colocar os objetivos políticos em primeiro lugar do que propriamente os interesses da sociedade”. Pisa e Oliveira (2013), entende que além do planejamento preciso, um projeto deve ter um líder, denominado “gerente do projeto”, a quem são atribuídas todas as responsabilidades, tanto pelo sucesso como pelo fracasso. Esse gerente não obrigatoriamente será um gerente funcional da estrutura burocrática, o que inevitavelmente se constituirá em considerável desafio e limitações decorrentes das características próprias da Gestão Pública, sobretudo flexíveis e dinâmicas em contradição com processos altamente normatizado se hierarquizados da Administração Pública. Na UFG não é habitual existirem demandas por projetos para captar recursos externos, porém o setor dedicado aos projetos acompanham todas as outras demandas dos setores internos que buscam por planejamento para evitar surpresas inesperadas em quaisquer que for suas ações, geralmente ao escrever um projeto de grande valor, o autor se reúne com a equipe e traça estratégias para executar o seu planejamento, com esse acompanhamento e controle é possível atingir níveis de satisfação dos usuários e avaliar com a ajuda de toda a comunidade interna. 3. MATEMÁTICA FINANCEIRA É possível definir a matemática financeira como ramo da matemática aplicada que estuda as ações do dinheiro no tempo. Com êxito, a matemática financeira pretende estudar a evolução do valor do dinheiro no tempo, bem como analisar e comparar as alternativas relacionadas à obtenção e à aplicação de recursos financeiros. Para Rovina (2009) a matemática financeira: “[...] surgiu da necessidade de termos que lidar com o dinheiro ao longo do tempo [...]”, enquanto Rodrigues (2007) ressalta: 11 A Matemática Financeira apresenta conceitos para a resolução de problemas ligados às operações financeiras, de aplicações (passivas) e de empréstimos (ativos). As variáveis a serem tratadas e calculadas nos fluxos de caixa das operações são: o capital (principal) inicial, a taxa de juros definida,o período da operação, o valor dos juros (remuneração) e o valor dos montantes finais gerados (soma do principal inicial e dos juros correspondentes). Por meio da matemática financeira se consegue calcular as propriedades do capital, utilizando-se a matemática convencional aplica da na área monetária. Os elementos básicos da matemática financeira são os seguintes: capital; juros; taxa e montante. O capital, também denominado “principal”, consiste num valor expresso em moeda, disponível em determinada época. Os juros, por sua vez, tratam-se da remuneração a ser paga pela utilização do capital durante determinado intervalo. De outro lado, a taxa de juros corresponde à razão entre os juros pagos e o capital inicialmente investido. Por fim, o montante versa sobre o juro adicional ao capital. As principais operações praticadas pela matemática financeira são as equações com finalidade de estabelecer os juros (sejam eles simples ou compostos), bem como as prestações, o capital e o montante. Nesse sentido, tem-se que a operação de empréstimo é característica da matemática financeira, e ocorre quando alguém que possui um capital o empresta a outra pessoa por determinado tempo, visando receber, após esse período, o seu capital investido acrescido dos juros. A matemática financeira se mostra de grande auxílio para a tomada de decisões, tanto na iniciativa privada quanto na administração pública. Sua aplicação reverte na maximização dos resultados. As principais variáveis relacionadas ao processo de quantificação financeira são o capital, o tempo e a taxa de juros. Quando a taxa de juros incide apenas sobre o capital inicial, há um sistema de capitalização simples (juros simples) e, por outro lado, quando a taxa de juros incide sobre o capital acrescido com os juros do período, há um sistema de capitalização composta (juros compostos). Juro ou interesse é a remuneração ganha ou paga pela aplicação ou utilização de determinado capital durante um certo prazo. Quanto maior 12 o prazo de aplicação ou utilização de certo capital tanto maior deverá ser o valor total dos juros referentes (RODRIGUES, 2007). A matemática financeira, ao contrário do que se imagina, é aplicável de forma direta aos entes públicos. Estados e municípios estão utilizando cada vez mais a empréstimos oferecidos por organismos internacionais, seja para honrar dívidas anteriores, seja para adquirir recursos para investimento. Outra forma de obtenção de crédito é a adesão a empréstimos disponibilizados por instituições financeiras nacionais. No caso da dívida interna o principal problema é a taxa de juros, enquanto no que concerne aos empréstimos externos o risco é o atrelamento ao dólar. Logo, as questões supostamente aplicáveis somente à iniciativa privada, são completamente aplicáveis, também, aos órgãos públicos. A título de ilustração, pode- se dizer que a matemática financeira auxilia a tomada de decisões por gestores públicos no que tange à forma de cálculo das prestações de um financiamento; demonstra a melhor opção, em relação a empréstimo tomado, quanto ao pagamento à vista ou parcelado; e fornece a ferramenta necessária à avaliação de negócios, de modo a identificar os recursos mais atraentes em termos de custos. A matemática financeira também possui imensa aplicação na área de Recursos Humanos, servindo para medir o crescimento da folha de pagamentos, a variação e evolução salarial, os encargos socias, dentre outros índices. Quanto ao mais, tendo em vista o panorama encontrado atualmente, caracterizado pela economia globalizada, nenhum projeto pode ser desenvolvido sem que sejam levados em consideração os seus aspectos financeiros. A administração pública não visa o lucro, mas anseia prestar serviços públicos na maior quantidade e qualidade possíveis, com os recursos limitados de que dispõe. Busca, enfim, pela eficiência na prestação de serviços públicos à população. Neste seguimento, a matemática financeira pode ser aplicada em diversas situações cotidianas, sempre com a intenção de facilitar a tomada de decisões. Quando o projeto que se pretende desenvolver implicar na utilização de recursos financeiros, as ferramentas da matemática financeira indicam a melhor decisão a ser tomada. 13 Na UFG, a matemática financeira é utilizada através de cotação de preços tanto para compra de matérias para uso nos Projetos quanto para a contratação dos profissionais para executarem os Projetos. O processo é feito através de cotação de preços, no mínimo é recolhido três cotações, sendo vencedora a que possuir o preço menor, o funcionário da entidade analisa minuciosamente as cotações e repassa as informações ao setor financeiro da entidade. Após todo esse processo descrito acima, a entidade realiza a compra ou contratação e é apresentado nota fiscal a fim de prestação de contas para as Esferas Governamentais e também preenchimento de relatórios internos. 4. SISTEMA DE INFORMACÃO NO SETOR PÚBLICO A tecnologia da informação na gestão pública tem modificado a forma como o governo estabelece comunicação com a população. Além disso, ferramentas avançadas de gerenciamento permitem agilizar os processos do setor, aperfeiçoar o uso dos recursos financeiros e facilitar a vida de gestores e servidores públicos. Na área de Organização, Sistemas e Métodos (OSM) abrange os estudos referentes a atividades administrativas, que se voltam para o alcance da melhor produtividade possível dos Recursos Humanos (RH), Recursos Materiais (RM), e Recursos Tecnológicos (RT), por meio de técnicas científicas que abrangem os aspectos comportamentais e instrumentais no ambiente interno ou externo da empresa ou entidade. A função de organização da empresa /entidade é definida com a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos que destinam-se alcançar objetivos e resultados estabelecidos. Estrutura Organizacional é o conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações, e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. Já sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, em conjunto, formam um todo unitário com determinado objetivo e produzem determinada função. Na discussão de problemas empresariais de nossa época, a palavra sistema vem sendo usada com muita frequência, de tal forma que pesquisadores estão estudando sistemas, analistas veem organizações como sistema e aumenta gradativamente a instituição de órgãos e companhias sob enfoque sistêmico. 14 4.1 Importância dos sistemas de informações no setor público Os sistemas de informações (SI) são sistemas sociais que lidam com a comunicação de pessoas e tecnologia. Um sistema de informação, incluindo um sistema (ERP) Enterprise Resource Planning, possui interface do usuário e é projetado para fornecer informações úteis para apoiar a estratégia, operações, análise de gestão e tomada de decisão em diversos cargos de uma organização (Matende & Ogao, 2013). É observado que a Administração Pública tem adotado muitas vezes novos métodos para aprimorar o trabalho da sociedade através dela mesma, e neste ponto, podemos relaciona o E-Gov ou Governo Eletrônico, que tem modernizado a administração pública exercendo o princípio constitucional da publicidade e transparência. Podemos dizer que é evidente que até mesmo o conceito de administração pública tenha ganhado adjetivos nunca antes imaginados, com transparência e prestação de contas. Notamos, pelos meios de comunicação, que vem divulgando de que isto vem acontecendo em muitas cidades brasileiras, onde disponibilizam aos cidadãos serviços que só antes eram conseguidos após horas de fila. Além, é claro, da possibilidade de ter acesso aos atos e contas da atual administração via internet. Concluímos então que as tecnologias de informação e comunicação na administraçãopública facilitam a transparência dos atos políticos e administrativos, podem tornar concreta a participação cívica nas decisões de administração a todos os seus níveis. Com o uso dos sistemas de informação, o trabalho e a transparência da administração pública, podem ser facilitados, se tornar mais rápido e com menos, erros, proporcionando aos servidores, fornecedores e cidadãos, melhores condições de acesso às informações e serviços. Como citado na Lei de Responsabilidade Fiscal, (Lei nº101/00), muitos órgãos tiveram que se adaptar à nova forma de administração. Além da transparência do dinheiro público, há uma série de exigências a serem cumpridas para tentar evitar o desvio do dinheiro público e principalmente a transparência na prestação de contas aos cidadãos. Segundo Nunes (2009): 15 “Desta forma, o sistema de informações governamentais como todo sistema de informação, tem por objetivo um fluxo mais confiável e menos o burocrático das informações. Necessita ser bem construído, para ter as vantagens de otimização do fluxo de informação, permitindo maior agilidade e organização; redução de custos operacionais e administrativos e ganho de produtividade; maior integridade e veracidade de informação; maior estabilidade; maior segurança de acesso à informação; informações de boa qualidade são essenciais para uma boa tomada de decisão.” No âmbito do Governo Federal, podem ser citados alguns exemplos de sistema de informação, que foram criados para controlar e prestar contas à população do que está sendo realizado pelo governo: ▪ COMPRASNET - O Comprasnet é o portal de compras do governo federal responsável por inserir a administração pública na era do comercio eletrônico (e-comerce). Às entidades repassa seus pedidos e necessidades para o órgão competente e esse realiza o processo de aquisição de materiais por meio desse sistema e por meio de licitações dependendo da demanda. ▪ E-GOV - O e-gov é o processo que aumenta o acesso e melhora o fornecimento de serviços do governo para cidadãos, fornecedores e servidores através do uso da tecnologia. Ele envolve três tipos de transações: G2G quando se trata de uma relação intra ou Inter governos, G2B quando são transações entre governos e fornecedores e G2C envolvendo relações entre governos e cidadãos. Estas transações ocorrem não apenas por meio da Internet, mas também por meio de telefonia móvel, televisão digital, call centers e outros tipos de aplicações ligadas aos computadores. Todo Estado ou Município pode implantar o governo eletrônico, por obrigação legal. Segundo a Lei 9.755/98 e a Instrução Normativa IN TCU28/99, todos os órgãos públicos devem tornar disponíveis suas contas públicas na Internet. Além disso, uma homepage na web traz grandes benefícios aos cidadãos, engajando-os. ▪ SIAFI – O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo 16 Federal é um sistema contábil que tem por finalidade realizar todo o processamento, controle e execução financeira, patrimonial e contábil do governo federal brasileiro. O sistema foi desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados. ▪ SIORG - O Sistema de Organização e Inovação Institucional (Siorg) foi instituído pelo Decreto nº 6.944, de 21 de agosto de 2009, e é a fonte oficial de informações sobre a estrutura organizacional dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal, Administração direta, Autarquias e Fundações. O Siorg promove um aperfeiçoamento na gestão com ganhos de descentralização, eficiência, transparência, cumprimento da Lei de Acesso à Informação, automatizações e eliminação de digitações e erros, desmaterialização e redução de consumo de papel, mais e melhores informações gerenciais, mais segurança, maior controle, entre vários outros, em especial a interoperabilidade entre os diversos sistemas de governo. Na UFG é usado o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) é uma das três grandes ações do PEN cujo objetivo é construir uma infraestrutura pública de processos e documentos administrativos eletrônicos. O Sistema Eletrônico de informações (SEI), desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRT4), é uma plataforma que engloba um conjunto de módulos e funcionalidades que promovem a eficiência administrativa. A solução é cedida gratuitamente para instituições públicas e permite transferir a gestão de documentos e de processos eletrônicos administrativos para um mesmo ambiente virtual. São vários os benefícios do SEI, ele tem acompanhamento de processos online e assinaturas de documentos por usuários interno e externos, aumento de produtividade e diminuição do uso do papel, sistema intuitivo e estruturado, com boa navegabilidade e usabilidade, tem acesso remoto por meio de diversos tipos de equipamentos (notebooks, tablets, smartphones etc.), melhoria nos fluxos de trabalho e agilidade na tramitação. Todos os processos são criados, tramitados e arquivados eletronicamente, com isso, o uso do papel é reduzido drasticamente. 17 O SIPAC será desativado para criação de novos processos e os que estiverem em andamento continuarão a ser tramitados fisicamente até seu arquivamento, documentos impressos em papel que compõem os processos são digitalizados e inseridos no SEI, autenticados por meio de certificação digital, documentos originais em papel, porventura inseridos no SEI, são preservados pelo prazo previsto nas tabelas de temporalidade e destinação de documentos. 5. CONSIDERACÕES FINAIS O PIM V englobou as disciplinas de Análise e Encaminhamento de Projetos Públicos, mostrando como a entidade UFG e outras entidades públicas devem criar projetos públicos e como é o processo para elaboração destes projetos; Sistemas de Informação no Setor Público, mostrando a importância da tecnologia adotar aos órgãos e entidades públicas, tanto para o governo e municípios quanto para a sociedade em geral e a Matemática Financeira, mostrando a aplicabilidade e demonstrando questões apropriada à gestão pública no que diz respeito a realização e controle de projetos, sistema de informação e matemática financeira. Para o Gestor Público, saber executar essas técnicas de aprendizagem pode garantir uma melhor eficiência na gestão das instituições públicas na sua profissão. Melhorando o controle evitando prejuízos e gastos desnecessários, assim como aperfeiçoando os projetos de forma a serem otimizados. As organizações e os órgãos públicos sempre apresentam características individuais, formas de administrar diferentes. Quando se trata de órgãos públicos administrá-los é uma tarefa mais delicada visto que o recurso que é utilizado para manter o funcionamento vem de seus próprios usuários, a sociedade que através de seus impostos mantem a entidade pública em funcionamento. Desenvolver esse trabalho acrescentou ainda mais valor ao curso e a os estudos, podendo contemplar e estudar novas partes de um todo que é a Gestão Pública através da pesquisa na entidade e da pesquisa científica, agrupando os conhecimentos teóricos a pratica. Este projeto é de muitíssima importância para formação de um gestor, pois a multidisciplinaridade abordada juntamente as pesquisas na entidade escolhida, mostraram o dia a dia do gestor público na prática. 18 6. REFERÊNCIAS GOVERNO DIGITAL transformação siorg documento disponível em <http://www.governodigital.go.br/transformacao/siorg> acesso em 20 de marco de 2021. CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. Rio de Janeiro: Campus, 1999. MENDONCA, E.F. Estado Patrimonial e gestão democrática do ensino público no Brasil. Educação e Sociedade, ano XXII, n.75, ag. 2001 ROVINA, E. Uma nova visão da Matemática Financeira: Para laudos periciais e contrato de amortização. Millenium,2009. SANTOS, L. Sistemas de Informação no Setor Público. São Paulo: EditoraSol. Nota: este volume está publicado nos cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP. 2015. SIGNIFICADOS sistema de informação documento disponível em <http://www.significados.com.br/sistema-de-informacao/> acesso em 20 de marco de 2021. UFG apresentação, documento disponível em <https://www.ufg.br/p/26910-apresentacao-ufg> acesso em 14 de marco 2021 http://www.governodigital.go.br/transformacao/siorg http://www.significados.com.br/sistema-de-informacao https://www.ufg.br/p/26910-apresentacao-ufg 19 UFG em números, documento disponível em <https://www.ufg.br/p/6384-ufg-em-numeros> acesso em 16 de marco de 2021 UFG história do órgão, documento disponível em <https://www.ufg.br/p/6405-historia> acesso em15 de marco 2021 UFG Portal Transparência, documento disponível em <http://www.portaltransparencia.gov.br/orgaos/26235?ano=2020> acesso em 14 de marco de 2021 UFG Sistema Eletrônico de Informações documento disponível em <https://ufgvirtual.ufg.br/p/20767-sistema-eletronico-de-informacoes > acesso em 18 de marco de 2021. https://www.ufg.br/p/6384-ufg-em-numeros https://www.ufg.br/p/6405-historia http://www.portaltransparencia.gov.br/orgaos/26235?ano=2020 https://ufgvirtual.ufg.br/p/20767-sistema-eletronico-de-informacoes
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