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Estudo dirigido - Fungos

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Estudo dirigido 
1. Quais estruturas da composição dos fungos podem apresentar 
um importante papel na resposta imunológica? 
 
A parede celular, já que ela é rígida, se torna essencial na determinação de 
sua forma e na proteção de estresse osmótico e ambiental. As paredes são 
compostas, em grande parte, por carboidratos e cadeias longas de 
polissacarídeos, assim como glicoproteínas e glicolipídeos. Alguns 
polímeros de carboidratos são encontrados na parede de muitos fungos, 
como a quitina e glicana, exibindo importantes propriedades 
biopatológicas. 
 
2. Quais são as duas principais classes ou tipos de fungos? Como 
diferenciá-los? 
 
É possível classificar os fungos em bolores (fungos filamentosos) e 
leveduras. Os fungos filamentosos são compostos por longos filamentos de 
células conectadas, chamados de hifas. As hifas podem crescer até 
proporções imensas. Na maioria dos bolores, as hifas apresentam paredes 
cruzadas chamadas de septos, que dividem elas em unidades semelhantes 
a células unicelulares distintas (um núcleo apenas). Essas são as hifas 
septadas. Em alguns poucos casos, as hifas não apresentam septos e suas 
células são alongadas e contínuas com muitos núcleos. São as hifas 
cenocíticas. Mesmos os fungos com hifas septadas apresentam aberturas 
nos septos, que permitem comunicação entre o citoplasma das células. As 
hifas crescem por alongamento de suas extremidades. Cada parte é capaz 
de crescer e, quando um fragmento é quebrado, ele pode se alongar para 
formar uma nova hifa. Já as leveduras são unicelulares, não filamentosos, 
geralmente esféricos ou ovais. Estão amplamente distribuídas na natureza, 
como os fungos filamentosos, comum de serem visível sobre frutas e 
plantas como um pó branco. O crescimento das leveduras acontece por 
brotamento. 
 
3. No ciclo de vida assexuada dos fungos, os esporos apresentam 
papel fundamental. Quais são os tipos de esporos? Como 
diferenciá-los. 
 
No ciclo de vida dos fungos sua reprodução ocorre tanto de forma 
assexuada quanto sexuada, por meio de esporos. Esse esporo reprodutivo 
irá gerar um novo organismo. Embora os esporos possam sobreviver por 
períodos extenso sem ambientes secos ou quentes, sua resistência é 
limitada ao comparar aos endósporos de bactérias. 
Dois tipos de esporos assexuados são produzidos pelos fungos: o 
conidósporo (ou conídio) e o esporangiósporo. O conídio é um esporo uni 
ou multicelular que não é envolvido por uma bolsa. São produzidos em 
cadeias na extremidade de uma porção chamada de conidóforo (Ex.: 
Penicilliume Aspergilus). Os conídios formados pela fragmentação das hifas 
septadas em células únicas, levemente espessadas, são chamados de 
artroconídios (ex..: Coccidioidesimmitis). Outro tipo de conídio, o 
bastoconídio, formado a partir de um broto originado de uma célula parental 
(ex.: Candidaalbicanse Cryptococcus). Um clamidoconídio é um esporo de 
paredes espessas, formado pelo seu arredondamento e alargamento no 
interior de um segmento de hifa. Outro tipo de esporo assexuado é o 
esporangiósporo, formado no interior do esporângio (bolsa), na extremidade 
de uma hifa aérea, chamada de esponrangióforo. O esporângio pode conter 
centenas de esporangiósporos em seu interior (ex.: Rhizopus). 
 
4. Como podemos cultivar os fungos em laboratório e identificá-los 
clinicamente? 
 
O meio micológico tradicional para o crescimento de fungos é o ágar 
Sabouraud. Ele é composto por glicose e peptona modificada, não 
favorecendo o crescimento de bactérias. Para o cultivo de fungos clínicos a 
partir de amostras não estéreis, são adicionados antibióticos 
antibacterianos (cloranfenicol) para inibir bactérias. 
 
5. Cite condições que favoreçam o crescimento fúngico. 
 
Os fungos geralmente são adaptados a ambientes que poderiam ser hostis 
a bactérias. Desta forma, se diferenciam em determinadas necessidades e 
nas características nutricionais. Os fungos normalmente crescem melhor 
em ambientes em que o pH é próximo a 5, que é muito ácido para o 
crescimento da maioria das bactérias comuns. Quase todos os fungos 
filamentosos são aeróbicos e a maioria das leveduras não anaeróbicas 
facultativos. A maioria dos fungos é muito resistente a pressão osmótica, 
podendo crescer em concentrações relativamente altas de sal ou açúcar. É 
possível ainda que eles cresçam em substâncias com baixo grau de 
umidade. Os fungos requerem menos nitrogênio para crescimento e 
capazes de metabolizar carboidratos complexos, como lignina (componente 
da madeira).

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