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03 - PODER JUDICIÁRIO - Copia 2020

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3 - PODER JUDICIÁRIO 
3.1. Poder Judiciário: estrutura. 
A estrutura do Poder Judiciário é determinada pelo Constituição Federal. 
Art. 92 da CF/88 
 
Figura 1 - Organização do Poder Judiciário 
Constituição Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm 
Constituição do Estado do Amazonas: http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/70430 
http://www.pge.am.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/CEAM-Atualizada-ate-EC-96-de-2017.pdf 
Tribunais de Arbitragem exercem jurisdição nos termos da Lei nº 9.307/1996 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9307.htm). 
Tribunal de Contas da União (Art. 71, CF/88; Lei nº 8.443/1992 – Lei orgânica 
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L8443.htm), Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (Art. 40 
CE/AM/1989; Lei Estadual nº 2.423/1996 – Lei Orgânica http://www.tce.am.gov.br/portal/wp-
content/uploads/lei_organica/lei_estadual_2423-1996_atualizada_(13-06-2013).pdf); Superior Tribunal de Justiça 
Desportiva, Tribunais de Justiça Desportiva, Comissões Disciplinares (Art. 52 da Lei nº 9.615/1998 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm), Tribunal Marítimo (Lei nº 2.180/1954 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2180.htm) não são órgãos do Poder Judiciário. 
3.2. Organização judiciária. 
A organização judiciária compreende toda a matéria concernente à constituição da magistratura, composição 
e atribuições dos juízos e tribunais, garantias de independência e subsistência dos juízes, bem como as condições de 
investidura, acesso e subsistência dos órgãos auxiliares e distribuição de suas atribuições (J. E. Carreira Alvim). 
Segundo consta no TJDFT: 
GRAU DE JURISDIÇÃO OU INSTÂNCIA - Quando se fala em Grau de Jurisdição ou Instância 
indica-se a hierarquia judiciária de um órgão. Existem os juízos de Primeiro Grau, de Segundo 
Grau, de grau inferior, de grau superior etc. Por princípio, as demandas judiciais são sujeitas a 
dois graus de jurisdição: a Primeira Instância refere-se, em regra, ao juízo em que se iniciou a 
demanda, ou onde foi proposta a ação; a Segunda é aquela à qual se recorre quando se 
pretende modificar decisão ou sentença final. Entretanto, ressalte-se que é na Primeira que se 
processará todo o feito até a decisão final e a execução de sentença que ali for proferida 
(Disponível em: http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/informacoes/vocabulario-
juridico/entendendo-o-judiciario/grau-de-jurisdicao-ou-instancia. Acesso em: 26 Mar 2016). 
Assim, a palavra instância se confunde com grau de jurisdição. Nesse caso, como não há falar em 3º ou 4º grau 
de jurisdição, não há falar em 3ª ou 4ª instância (apesar da divergência doutrinária). 
STF
Art. 101 CF
TST
Art. 111, I, CF
TRTs
Art. 111, II, CF
Juízes do 
Trabalho
Art. 111, III,CF
TSE
Art. 118, I, CF
TREs
Art. 118, II, CF
Juízes 
Eleitorais
Art. 118, III, CF
Juntas 
Eleitorais
Art. 118, IV, CF
STM
Art. 122, I, CF
(não há)
Auditorias 
Militares
Art. 122, II, CF
STJ
Art. 104 CF
TRFs
Art. 106, I, CF
Juízes 
Federais
Art. 106, II, CF
TJs
Art. 125 CF, 
Art. 70 CE/AM
Tribunal do 
Júri
Art. 76 CE/AM
Juízes de 
Direito
Art. 77 CE/AM
Conselho de 
Just. Militar
Art. 79 CE/AM
CNJ
Art. 103-B CF
Art. 101 a 103-A CF 
Art. 104 e 105 CF 
Art. 92 CF/88 
Art. 106 e 110 CF 
Art. 111 e 116 CF Art. 118 e 121 CF Art. 122 e 124 CF 
Art. 125 CF 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/70430
http://www.pge.am.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/CEAM-Atualizada-ate-EC-96-de-2017.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9307.htm
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L8443.htm
http://www.tce.am.gov.br/portal/wp-content/uploads/lei_organica/lei_estadual_2423-1996_atualizada_(13-06-2013).pdf
http://www.tce.am.gov.br/portal/wp-content/uploads/lei_organica/lei_estadual_2423-1996_atualizada_(13-06-2013).pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9615consol.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L2180.htm
http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/informacoes/vocabulario-juridico/entendendo-o-judiciario/grau-de-jurisdicao-ou-instancia
http://www.tjdft.jus.br/acesso-rapido/informacoes/vocabulario-juridico/entendendo-o-judiciario/grau-de-jurisdicao-ou-instancia
Pelas mesmas razões já apresentadas sobre a não utilização das expressões “terceiro grau de 
jurisdição” e “quarto grau de jurisdição”, devem ser evitadas as expressões “terceira instância” 
e “quarta instância”. Quando um terceiro ou quarto órgão jurisdicional manifesta-se em um 
caso concreto – e isto é possível, mercê da sistemática dos recursos especiais e extraordinários 
(arts. 105, III, e 102, III, respectivamente, da Constituição Federal, e arts. 541 a 543 do Código 
de Processo Civil) –, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal atuam como 
órgãos de sobreposição (v. n. 1 do Capítulo 3 da Parte II). Exercem, é certo, “jurisdição superior” 
nos termos aqui discutidos mas isto não significa entendê-los como meros órgãos revisores, de 
“segunda instância” ou de um novo “segundo grau de jurisdição”, do quanto decidido pelos 
demais órgãos jurisdicionais (BUENO, Cassio Scarpinella. Curso sistematizado de direito 
processual civil: teoria geral do direito processual civil, vol. 1. – 8. ed. rev. e atual. – São Paulo: 
Saraiva, 2014). 
Há a expressão “instância superior” e “instância inferior”, elas são utilizadas quando se faz referência entre 
instâncias. Exemplo: O TJ-AM é instância superior para o Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de Manaus e é instância 
inferior para o Superior Tribunal de Justiça. 
A expressão “instância recursal” serve para referência à juízo ao qual se recorre de decisão de instância 
inferior. 
A expressão “primeira instância” refere-se ao juízo de 1º grau de jurisdição e a expressão “segunda instância” 
refere-se ao juízo de 2º grau quando no exercício da competência recursal ordinária. Competência recursal ordinária 
não pode ser confundida com Recurso Ordinário (art. 102, II e art. 105, II, da CF/88). 
A competência recursal ordinária está para o duplo grau de jurisdição, onde a matéria é devolvida à instância 
superior. Já a competência recursal extraordinária está para a tutela recursal do sistema jurídico e não diretamente 
das partes, assim, nesses recursos (por exemplo: Recurso Extraordinário [art. 102, III, CF/88]; Recurso Especial [art. 
105, III, CF/88]) não há exame dos fatos, mas, apenas das teses jurídicas. Logo, em função de competência recursal 
extraordinária, os Tribunais Superiores (inclusive o STF) não estão prestando o terceiro ou quarto grau de jurisdição. 
Instâncias Órgãos 
Competência 
Originária 
Recursal 
Ordinária 
Recursal 
Extraordinária 
Extraordinárias 
Supremo Tribunal Federal X X X 
Superior Tribunal de Justiça, 
Tribunal Superior do Trabalho, ... 
X X X 
Ordinárias 
2ª 
Tribunal de Justiça, Tribunal 
Regional Federal, ... 
X X 
1ª Juiz de Direito, Juiz Federal, ... X 
 
3.2.1. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA FEDERAL 
A Justiça Federal é organizada em Regiões Federais. 
 
Figura 2 - Mapa da distribuição das Regiões Federais 
Existe a ADI nº 5017 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – com liminar deferida pelo Ministro Luiz 
Fux com o seguinte teor: 
"(...) Ante o exposto, em caráter excepcional, e sujeito ao referendo do Colegiado, defiro a 
medida cautelar pleiteada, para suspender os efeitos da EC 73/2013. Solicitem-se, com 
urgência, informações ao Congresso Nacional, acerca do pedido de medida cautelar, no prazo 
de cinco dias. Após, abra-se vista dos autos pelo prazo de três dias, sucessivamente, para o 
advogado-geral e para o procurador-geral da República. Recebidas as informações 
preliminares, ou certificado o transcurso do prazo assinalado para tanto, a medida cautelar 
deverá ser submetida ao referendo do Plenário. Publique-se. Int.. " (BRASIL. Supremo Tribunal 
Federal (STF). Presidência. ADI nº 5017. Requerente: ASSOCIAÇÃO NACIONALDOS 
PROCURADORES FEDERAIS - ANPAF. Relator: Min. Luiz Fux. Brasília, 18 de julho de 2013. DJ nº 
148, 01/08/2013). 
Então, apesar de o art. 27, § 11, das ADCT ter sido modificado por força da EC nº 73, os efeitos dessa 
modificação foram suspensos por decisão da Presidência do STF (Min. Joaquim Barbosa) em sede da ADI nº 5017 e, 
assim, permanece o efeito da redação anterior, logo, ainda são apenas 5 TRF em operação atualmente. 
A Justiça Federal em 1º Grau é organizada da seguinte maneira: 
 
Figura 3 - Organização da Justiça Federal 
 Assim, infere-se que há 5 Tribunais Regionais Federais, há 1 Seção Judiciária em cada Capital de Estado e há 
várias Subseções Judiciárias nos municípios de interior dos Estados. Essas divisões são para definir a competência e 
não para dividir a jurisdição (ela é indivisível). 
No caso do Amazonas, há a Seção Judiciária do Amazonas (em Manaus) (www.jfam.jus.br) e há a Subseção 
Judiciária de Tabatinga e a Subseção Judiciária de Tefé. 
Não há entrâncias na Justiça Federal. 
Ainda, há na Justiça Federal os Juizados Especiais Federais. Eles são regulamentados pela Lei nº 10.259/2001 
(dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal). 
3.2.2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ESTADUAL (Justiça Comum) 
Em cada Estado há a estrutura de Tribunais de Justiça do Estado, como é o caso do Estado do Amazonas que 
tem o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (nome completo, sigla TJ-AM, site: www.tjam.jus.br). 
 
Figura 4 - Organização da Justiça Estadual 
Há a classificação das comarcas por entrâncias. Essa classificação pode ser por inicial, intermediária e final, ou 
pode ser ordinal: 1ª, 2ª... até a 4ª entrância. 
Entrância é uma forma de classificar as comarcas para utilizar esse critério para a promoção dos magistrados, 
eles começam a carreira na 1ª Entrância ou Entrância Inicial, conforme a organização do Estado, e com as promoções 
são deslocados para a entrância final, especial ou 2ª, 3ª ou 4ª (a última quando ordinal), o nome varia conforme o 
Estado, sendo sempre a capital do Estado. 
1º Grau
2º Grau Tribunal Regional Federal
Seção Judiciária Subseção Judiciária
1º Grau
2º Grau Tribunal de Justiça
Entrância Inicial
Entrância 
Intermediária
Entrância Final
http://www.jfam.jus.br/
http://www.tjam.jus.br/
No Amazonas há apenas duas entrâncias, a inicial (no interior) e a final (em Manaus), conforme art. 8º da Lei 
Complementar Estadual nº 17/1997, com redação dada pela LCE nº 68/09. Originalmente, a Lei Complementar tratou 
as entrâncias por classificação ordinal. No entanto, a Lei Complementar nº 68/09 passou a tratar as entrâncias como 
inicial e final. 
No Estado do Amazonas, há 1 comarca na capital e 60 no interior, sendo que há 61 municípios no interior. 
Atualmente, apenas o Município de Tonantins não tem comarca instalada, sendo Termo Judicial de Santo Antônio de 
Iça. Assim, a comarca de Santo Antônio de Iça abrange o território dos dois municípios, conforme art. 8º da Lei 
Complementar Estadual nº 17/1997, com redação dada pela LCE nº 68/09. 
 
Figura 5 - Organização do Poder Judiciário no Estado do Amazonas 
 
Figura 6 - Organização do TJ-AM 
No tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, há 4 Câmaras Cíveis Isoladas e 2 Câmaras Criminais Isoladas, 
todas com 4 desembargadores. Só não participam das Câmaras o Presidente e o Corregedor. 
Os Juízes de Direito podem ser denominados: Juízes de Direito Substitutos de Carreira (art. 97 da LCE nº 17); 
Juízes de Direito de 1ª Entrância (por força da LCE nº 68/09, o correto é designá-los como Juízes de Direito de 
Entrância Inicial, porém, ainda é pouco usual) (art. 98 a 99 da LCE nº 17), assim, os Juízes de Direito no Interior 
(Entrância Inicial) podem estar investidos de competência da Justiça Federal, do Trabalho e Eleitoral (porém, o 
TRT/11 atualmente presta jurisdição no interior do Amazonas por meio de seus próprios juízes); Juízes de Direito de 
2ª Entrância (Art. 150 a 163 da LCE nº 17). 
Tribunal de Justiça
Art. 3º, I
Turmas Recursais 
dos Juizados 
Especiais
Art. 3º, II
Tribunal do Júri
Art. 3º, III
Juízes de Direito
Art. 3º, IV
Juízes de Direito 
Auxiliar
Art. 3º, V
Juízes Substitutos 
de Carreira
Art. 3º, VI
Conselhos de 
Justiça e Auditoria 
Militar
Art. 3º, VII
Juizados de Paz
Art. 3º, VIII
Tribunal Pleno
Art. 25 a 32
Câmaras Cíveis 
Reunidas
Art. 48 a 50
1ª Câmara Cível 
Isolada 
Art. 51, I
Art. 52 a 60
Art. 61 e 62
2ª Câmara Cível 
Isolada
Art. 51, II
Art. 52 a 60
Art. 61 e 62
3ª Câmara Cível 
Isolada
Art. 51, III
Art. 52 a 60
Art. 61 e 62
4ª Câmara Cível 
Isolada
Art. 51, IV
Art. 52 a 60
Art. 61 e 62
Câmaras Criminais 
Reunidas
Art. 48 a 50
1ª Câmara Criminal 
Isolada
Art. 51, V
Art. 52 a 60
Art. 63 e 65
2ª Câmara Criminal 
Isolada
Art. 51, VI
Art. 52 a 60
Art. 63 e 65
Conselho da 
Magistratura
Art. 33 a 47
Lei Complementar Estadual nº 17/1997 
Lei Complementar Estadual nº 17/1997 
 
Figura 7 - Organização da Comarca da Capital 
Na Comarca da Capital há 20 Varas Cíveis e de Acidentes do Trabalho; 4 Varas da Fazenda Pública Estadual e 
de Crimes contra a Ordem Tributária; 1 Varas Especializada da Dívida Ativa Estadual; 2 Varas da Fazenda Pública 
Municipal e de Crimes contra a Ordem Tributária; 1 Vara Especializada da Dívida Ativa Municipal; 8 Varas de Família e 
1 Núcleo de Conciliação das Varas de Família; 11 Varas Criminais; 3 Varas do Tribunal do Júri; 4 Varas Especializadas 
em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (VECUTE); 1 Vara Especializada em Crimes de Trânsito; 3 Juizados 
Especializados no Combate a Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher; 1 Vara Especializada em Crimes Contra 
a Dignidade Sexual de Crianças e Adolescentes; 1 Vara de Execuções Penais e 1 Vara de Execuções de Medidas e Penas 
Alternativas; 1 Vara de Registros Públicos e Usucapião; 1 Juizado Cível da Infância e da Juventude; 1 Juizado Infracional 
da Infância e da Juventude; 1 Vara de Execução de Medidas Sócio Educativas; 1 Vara Especializada do Meio Ambiente 
e de Questões Agrárias (VEMAQA), 1 Central de Inquéritos. 
Há ainda, 16 Varas do Juizado Especial Cível e 5 Varas do Juizado Especial Criminal e 3 Turmas Recursais. 
Fórum 
Varas do Juizados 
Especiais Cíveis 
Varas do Juizados 
Especiais Criminais 
Fórum Desembargador Mário Verçosa 
1ª; 3ª; 5ª; 6ª; 7ª; 12ª; 
13ª; 15ª. 
13ª; 15ª; 17ª. 
Casa da Justiça Desembargador Paulo Herban Maciel Jacob 2ª. 
Fórum Desembargador Lúcio Fonte de Rezende 4ª; 11ª; 14ª. 
Fórum Desembargador Azarias Menescal de Vasconcellos 9ª; 10ª; 16ª. 19ª. 
Centro Universitário Nilton Lins 8ª. 18ª. 
Comarca da Capital
Art. 150
Competência 
Jurisdicional Civil
Varas Cíveis e de 
Acidente do 
Trabalho
Art. 151
Varas da Fazenda 
Pública
Art. 152, I
Varas 
Especializadas da 
Dívida Ativa 
Estadual
Art. 152, II
Varas 
Especializadas da 
Dívida Ativa 
Municipal
Art. 153, II
Varas de Família
Art. 154
Vara de Órfãos 
e Sucessões
Art. 154-A
Competência 
Jurisdicional 
Penal
Varas Criminais
Art. 155
Varas de Delitos 
sobre Tráfico e Uso 
de Substâncias 
Entorpecentes
Art. 156
Varas do Tribunal 
do Júri
Art. 157
Vara 
Especializada em 
Crimes 
deTrânsito
Art. 158
Vara da Auditoria 
Militar
(Estadual)
Art. 159
Juizado 
Especializado no 
Combate à Violência 
Doméstica e Familiar 
Contra a Mulher
Art. 429
Vara Especializada 
em Crimes Contra a 
Dignidade Sexual 
de Crianças e 
Adolescentes
Art. 429
Vara de 
Execuções Penais
Art. 160
Vara de 
Execuções de 
Medidas e Penas 
Alternativas
Art. 160-A
Central de 
Inquéritos 
Policiais
Art. 161-F
Competência 
Jurisdicional 
Especial
Vara do Juizado 
Cível da Infância 
da Juventude
Art. 161, I
Vara do Juizado 
Infracional da 
Infância da 
Juventude
Art 161, II
Vara de execução 
de medidas 
socioeducativas
Art. 161, III
Vara Especializada 
do Meio Ambiente 
e de Questões 
Agrárias
Art. 161-A até D
Vara de Registros 
Públicose 
Usucapião
Art. 161-E
Vara do Juizado 
Especial das 
Fazendas Públicas 
Estadual e 
Municipal
Vara do Juizado 
Especial Cível
Lei Complementar Estadual nº 17/1997 
Lei nº 12.153/2009 
Resolução nº 18/2012 
Resolução nº 07/2014 
Lei nº 9.099/1995 Vara do Juizado 
Especial Criminal 
Lei nº 9.099/1995 
Os Juizados Especiais são regulamentados pelas Lei nº 9.099/1995 (dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis 
e Criminais) e Lei nº 12.153/2009 (dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios). Conforme a Resolução nº 09/2010, foi instalada na Comarca de 
Manaus, para funcionamento no prédio do Fórum Henoch Reis, a Vara do Juizado Especial das Fazendas Públicas, 
que funciona exclusivamente com processos automatizados e eletrônicos. 
Diferentemente do que ocorre nas ações em trâmite nas varas comuns em que a instância imediatamente 
superior é o Tribunal de Justiça, nos juizados especiais, a instância imediatamente superior é a das Turmas Recursais. 
Na comarca de Manaus, há 3 Turmas Recursais. Logo, essas turmas fazem as vezes do 2º Grau, não cabendo recurso 
das decisões dessa ao Tribunal de Justiça. 
 
Figura 8 - Comparativo de instâncias 
 
3.2.3. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DISTRITAL (DISTRITO FEDERAL) 
A Justiça no Distrito Federal é equivalente à Justiça dos Estados, porém, com algumas peculiaridades. O Distrito 
Federal tem equivalência política aos Estados e abrange as competências dos Municípios (art. 32, § 1º, CF/88). Não há 
municípios no Distrito Federal, conforme art. 32, caput, CF/88. Sendo assim, o DF possui Regiões Administrativas e não 
municípios. 
 
Figura 9 - Organização da Justiça do Distrito Federal e Territórios 
No DF não há comarcas, mas, circunscrições. E também como na Justiça Federal, não há entrâncias. 
ANEXO IV – Quantitativo de Cartórios Judiciais (Lei nº 11.697/08) 
Situação Atual Situação Proposta 
Circunscrições Varas 
existentes 
Varas a serem 
criadas 
Distrito Federal 20 20 
Especial de Brasília 56 13 
Brazlândia 6 2 
Ceilândia 20 0 
Gama 12 3 
TJ-AM
1ª Vara Cível
Turma Recursal
1ª Vara do Juizado 
Especial Cível
TJDFT
Lei nº 11.697/08
Tribunais do Júri
Art. 1º, IV, L 11.697
Juízes de Direito 
do DF e T
Art. 1º, V e VI, L 11.697
Aud e Conselho 
de Just Militar
Art. 1º, VII, L 11.697
Conselho 
Especial
Art. 1º, II, L 11.697
Conselho da 
Magistratura
Art. 1º, III, L 11.697
Paranoá 8 3 
Planaltina 8 5 
Samambaia 14 0 
Sobradinho 8 6 
Taguatinga 20 0 
Santa Maria 10 0 
Núcleo Bandeirante 0 9 
São Sebastião 0 6 
Riacho Fundo 0 6 
Total 182 73 
 
3.2.4. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
A Justiça do Trabalho tem no seu ápice o Tribunal Superior do Trabalho (TST - http://www.tst.jus.br), também 
possui Regiões, onde os Tribunais Regionais do Trabalho estão instalados, são atualmente 24 Regiões. 
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região Jurisdição no Estado do Rio de Janeiro 
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região Jurisdição no Estado de São Paulo (capital) 
Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região Jurisdição no Estado de Minas Gerais 
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Jurisdição no Estado do Rio Grande do Sul 
Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região Jurisdição no Estado da Bahia 
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região Jurisdição no Estado de Pernambuco 
Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região Jurisdição no Estado do Ceará 
Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região Jurisdição nos Estados do Pará e Amapá 
Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região Jurisdição no Estado do Paraná 
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região Jurisdição no Distrito Federal e Tocantins 
Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região Jurisdição no Estado de Roraima e Amazonas 
Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região Jurisdição no Estado de Santa Catarina 
Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região Jurisdição no Estado da Paraíba 
Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região Jurisdição nos Estados do Acre e Rondônia 
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região Jurisdição no Estado de São Paulo (Interior) 
Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região Jurisdição no Estado do Maranhão 
Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região Jurisdição no Estado do Espírito Santo 
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região Jurisdição no Estado de Goiás 
Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região Jurisdição no Estado de Alagoas 
Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região Jurisdição no Estado de Sergipe 
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região Jurisdição no Estado do Rio Grande do Norte 
Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região Jurisdição no Estado do Piauí 
Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região Jurisdição no Estado do Mato Grosso 
Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região Jurisdição no Estado do Mato Grosso do Sul 
No Amazonas, a Região Competente é a 11ª Região (TRT/11 - http://portal.trt11.jus.br). Essa região é 
competente no Estado do Amazonas e no Estado de Roraima. A sede do TRT/11 fica na Rua Visconde de Porto Alegre, 
1265- Praça 14 de Janeiro, Manaus/AM. 
Em Manaus, há o Fórum Trabalhista de Manaus Ministro Mozart Victor Russomano que se situa na Rua Ferreira 
Pena, 546 - Centro. Manaus/AM. Nesse Fórum há 19 Varas do Trabalho. 
Ainda no Amazonas, o TRT/11 tem varas do trabalho em Coari, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Lábrea, 
Manacapuru, Parintins, Presidente Figueiredo, Tabatinga e Tefé. Em Roraima há Vara do Trabalho apenas na capital, 
Boa Vista. 
3.2.5. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA MILITAR 
A Justiça Militar tem o Superior Tribunal Militar (STM - http://www.stm.jus.br) como ápice e é dividida em 
circunscrições. A lei 8.457/1992, organiza a Justiça Militar da União e regula o funcionamento de seus Serviços 
Auxiliares. 
http://www.tst.jus.br/
http://portal.trt11.jus.br/
http://www.stm.jus.br/
 
Figura 10 - Organização da Justiça Militar da União 
Há 12 Circunscrições Judiciárias Militares (CJM) que são as seguintes: 1ª CJM (RJ e ES) – 4 Auditorias; 2ª CJM 
(SP) – 2 Auditorias; 3ª CJM (RS) – 3 Auditorias; 4ª CJM (MG); 5ª CJM (PR e SC); 6ª CJM (BA e SE); 7ª CJM (PE, AL, PB e 
RN); 8ª CJM (PA, AP, MA); 9ª CJM (MS, MT); 10ª CJM (CE e PI); 11ª CJM (DF, GO e TO); e 12ª CJM (AM, AC, RO e RR). 
Apenas a 1ª, 2ª, 3ª e 11ª CJM tem mais de uma Auditoria. 
Não Tribunais Regionais na Justiça Militar. 
A composição dos Conselhos de Justiça está regulamentada entre os art. 16 e art. 26 da Lei nº 8.457. 
 
Figura 11 - Organização do Conselho Permanente de Justiça da Justiça Militar da União 
O presidente do Conselho Permanente será um Oficial Superior e os demais membros militares serão Oficiais 
Intermediários ou Subalternos (para consultar os postos militares acesse: http://www.eb.mil.br/postos-e-
graduacoes), todos sorteados para exercício da função por um trimestre, quando serão sorteados novos juízes 
militares. Haverá um Conselho Permanente para julgar os membros de cada uma das Forças Armadas, ou seja, haverá 
três Conselhos Permanente de Justiça (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira) funcionando 
concomitantemente a cada trimestre. Ainda, haverá Conselhos Especiais de Justiça para julgar os oficiais (art. 27, I, da 
Lei nº 8.457). 
3.2.6. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL 
A Justiça Eleitoral tem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE - http://www.tse.jus.br) no ápice e é dividida em 
regiões. Há 1 Tribunal Regional Eleitoral por Unidade Federativa (Estados e DF) 
(http://www.tse.jus.br/institucional/tribunais-regionais). 
No Amazonas o Tribunal Regional Eleitoral no Amazonas (TRE-AM - http://www.tre-am.jus.br) tem sua 
organização da seguinte forma: “O Estado do Amazonas possui 70 zonas eleitorais distribuídas em seu território, sendo 
13 delas na capital Manaus e as restantes localizadas no interior” (TRE-AM, disponível em: http://www.tre-
am.jus.br/institucional/zonas-eleitorais/zonas-eleitorais, acesso em: 24/03/2016). 
3.3. Unidade e duplograu de jurisdição 
Jurisdição é: “Função do Estado, pela qual ele, no intuito de solucionar os conflitos de interesse em caráter 
coativo, aplica a lei geral e abstrata aos casos concretos que lhe são submetidos” (GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. 
Direito processual civil esquematizado. – 5. ed. – São Paulo : Saraiva, 2015). 
Segundo Bueno: 
[...] por “duplo grau de jurisdição” deve ser entendido o modelo no qual se garante a 
revisibilidade ampla das decisões judiciais, quaisquer decisões, por magistrados 
preferencialmente diversos e localizados em nível hierárquico diverso. Por “revisibilidade 
ampla” deve ser entendida a oportunidade de tudo aquilo que levou o órgão a quo a proferir 
STM
1ª CJM
1ª Auditoria 2ª Auditoria
3ª Auditoria 4ª Auditoria
2ª CJM
1ª Auditoria
2ª Auditoria
3ª CJM
1ª Auditoria 2ª Auditoria
3ª Auditoria
4ª CJM
Auditoria
5ª CJM
Auditoria
6ª CJM
Auditoria
7ª CJM
Auditoria
8ª CJM
Auditoria
9ª CJM
Auditoria
10ª CJM
Auditoria
11ª CJM
1ª Auditoria
2ª Auditoria
12ª CJM
Auditoria
Auditoria de 
Correição
Conselho de 
Justiça
Presidente
=Militar=
Membro
=Militar=
Membro
=Militar=
Membro
=Militar=
Membro
=Juiz Togado=
http://www.eb.mil.br/postos-e-graduacoes
http://www.eb.mil.br/postos-e-graduacoes
http://www.tse.jus.br/
http://www.tse.jus.br/institucional/tribunais-regionais
http://www.tre-am.jus.br/
http://www.tre-am.jus.br/institucional/zonas-eleitorais/zonas-eleitorais
http://www.tre-am.jus.br/institucional/zonas-eleitorais/zonas-eleitorais
uma decisão e ser contrastado pelo magistrado ad quem (BUENO, Cassio Scarpinella. Curso 
sistematizado de direito processual civil: teoria geral do direito processual civil, vol. 1. – 8. ed. 
rev. e atual. – São Paulo: Saraiva, 2014). 
Assim, infere-se que o duplo grau de jurisdição não significa que há mais de uma jurisdição, mas que a 
jurisdição pode ser prestada por um juízo inicial (juízo a quo) (juízo de competência originária) e esse julgado pode ser 
revisto (reformado ou confirmado) por outro juízo (juízo ad quem [juízo final]) (competência recursal ordinária). 
Não há dispositivo constitucional que expressamente garanta esse direito como absoluto. Assim, nem sempre 
caberá duplo grau de jurisdição. 
O duplo grau de jurisdição funciona com a devolução do caso (mediante recurso interposto pela parte que 
alegar prejuízo injusto sofrido por decisão judicial proferida pelo juízo a quo) à instância imediatamente superior à 
instância de competência originária. Por exemplo, quando alguém é condenado pelo Juízo da 1ª Vara Cível da Comarca 
de Manaus e apela da sentença, assim, o recurso produz efeito devolutivo e os autos são remetidos ao Tribunal de 
Justiça do Estado do Amazonas, onde o caso será rejulgado nos limites do pedido recursal (somente sobre o que foi 
recorrido pelo apelante – extensão do efeito devolutivo). 
Exemplo: 
 
Figura 12 - Exemplo de Instâncias 
Não há duplo grau de jurisdição em casos julgados originariamente pelo STF (art. 102, I, CF/88); nas causas em 
que o tribunal se deparar com processo em condições de imediato julgamento (não precisar de maior instrução) e 
reformar sentença fundadas nas hipóteses de extinção do processo sem resolução do mérito (art. 1.013, § 3º, NCPC). 
Duplo grau de jurisdição é uma faculdade que assiste ao jurisdicionado que tenha interesse recursal e preencha 
os demais requisitos recursais. Logo, por regra, ele é facultativo. No entanto, quando das hipóteses do art. 496 do 
NCPC, haverá a remessa necessária (que não é recurso). Assim, duplo grau de jurisdição não pode ser conceituado 
como acesso recursal, mas, acesso a outro juízo, uma vez que há duplo grau de jurisdição na remessa necessária e ela 
não é recurso, uma vez que não tem as características dos recursos. Então, o duplo grau não está ligado à 
recorribilidade, mas, à revisibilidade. 
3.4. Composição dos juízos e tribunais. 
Não se deve confundir Juízo e Juiz. A primeira expressão significa uma estrutura organizacional do Poder 
Judiciário, ou seja, é o órgão julgador e a última significa a pessoa (pessoa humana) que ocupa função dentro do órgão. 
O órgão denominado Juízo pode ter um ou mais juízes. Em 1º Grau, em regra, as decisões dos juízos são 
realizadas por único juiz, assim, disse que são monocráticas. Esse órgão é comumente denominado “Vara”. Exceção 
ao número de julgadores é feita às decisões em Tribunal do Júri e em Conselho de Justiça (Justiça Militar da União e 
também dos Estados), quando a decisão é tomada pelo colegiado. 
Já nas instâncias superiores, as decisões, em regra, são proferidas em colegiado (por mais de um magistrado), 
exceto, quando proferidas pelo relator (v.g. art. 932 NCPC). Esses órgãos são denominados Câmaras ou Turmas, 
quando fracionários do tribunal, ou Tribunal Pleno, quando reunidos todos os julgadores (o Pleno pode ser substituído 
por Câmara Especial que reunirá parcela dos julgadores e substituirá a necessidade de reunião de todos, como ocorre 
em São Paulo). 
3.5. Critérios de ingresso na magistratura. 
CRITÉRIO Funcionamento Cargo 
Eleição pelo voto popular A população elege os magistrados. Não adotada no Brasil. 
1º Grau
2º Grau Tribunal de Justiça do Estado
Juízo da Vara Cível
Livre escolha pelo Executivo O Chefe do Poder Executivo escolhe os 
magistrados livremente e sem a 
interferência dos outros Poderes. 
Não adotada no Brasil. 
Livre nomeação pelo Poder 
Judiciário 
Os magistrados escolhem outros 
magistrados pelos critérios de 
merecimento e antiguidade e sem 
interferência dos outros Poderes. 
Ocorre em alguns Estados. 
Desembargadores oriundos de cargos 
de Juiz. 
TSE e TRE nos termos do art. 120 CF/88. 
Nomeação pelo Poder 
Executivo com aprovação do 
Legislativo 
Os magistrados são indicados 
livremente pelo Chefe do Poder 
Executivo, o indicado é sabatinado e 
aprovado pelo Poder Legislativo (no 
Brasil, pelo Senado Federal) e 
posteriormente ocorre a nomeação 
pelo Chefe do Poder Executivo. 
Ministro do Supremo Tribunal Federal. 
Nomeação pelo Poder 
Executivo por indicação do 
Judiciário ou Legislativo 
O Poder Legislativo ou o Poder 
Judiciária indica o magistrado e o Chefe 
do Poder Executivo aprova e nomeia. 
Normalmente, ocorre a remessa de 
listra tríplice e dentre esses a escolha é 
livre ao Chefe do Poder Executivo. 
Indicados pelo Judiciário: 
Desembargadores Federais dos 
Tribunais Regionais Federais; Ministros 
do TSE e dos desembargadores dos TRE, 
indicados pelo STF e pelo STJ, 
respectivamente, e aprovados pela 
Presidência da República (art. 120 
CF/88). 
Indicados pelo Legislativo: Membro do 
CNJ. 
Nomeação pelo Poder 
Executivo, por indicação do 
Judiciário, com aprovação do 
Legislativo 
O Poder Judiciário elabora lista tríplice, 
o Poder Legislativo (no Brasil é o Senado 
Federal) aprova os indicados e o Chefe 
do Poder Executivo escolhe livremente 
entre os aprovados para nomeá-lo. 
Ministros do STJ. 
Nomeação pelo Poder 
Executivo, por indicação de 
órgãos representativos dos 
advogados e do Ministério 
Público, com a participação do 
Judiciário e do Legislativo 
O Ministério Público ou a OAB elaboram 
lista sêxtupla de seus respectivos 
membros, o Poder Judiciário reduz a 
lista para tríplice e o Chefe do Poder 
Executivo escolhe livremente entre os 
três aprovados pelo Legislativo. 
Quinto Constitucional nos Tribunais de 
2ª Instância (TJ, TRF, TRT) e o Terço 
Constitucional nos Tribunais Superiores 
(STJ, TST, STM). 
Escolha por órgão 
especializado 
A escolha ocorre por determinado 
Conselho que é composto por 
representantes dos três poderes e pela 
advocacia. Se ocorresse no Brasil, 
indubitavelmente, contaria com a 
participação do MP. 
Não adotada no Brasil. 
Escolha por concurso Os cidadãos habilitados nos termos da 
lei (Bacharéis em Direito e com no 
mínimo três anos de experiência) 
prestam concurso de provas e títulos 
para admissão à carreira da 
magistratura. 
Todos os Juízes de 1ª Instância. 
Escolha por sorteio Os cidadãosparticipam de um sorteio 
para a escolha dos componentes do 
Conselho. 
Jurados nos Tribunais do Júri –os 
cidadãos em geral concorrem ao 
sorteio. 
O Presidente e os Membros (exceto o 
Juiz Auditor) que formam o Conselho de 
Justiça da Justiça Militar da União e da 
Justiça Militar dos Estados - os oficiais 
de carreira da respectiva Força 
concorrem ao sorteio. 
 
No Amazonas, os Juízes de Direito tem sua carreira organizada da seguinte forma (art. 166 da LCE nº 17): a) 
Juízes Substitutos de Carreira; b) Juízes de Direito de 1ª Entrância; c) Juízes de Direito de 2ª Entrância. E a promoção 
ocorre nas seguintes hipóteses (art. 167 da LCE nº 17): a) nomeação; b) promoção; c) remoção; d) permuta; e) acesso; 
f) reintegração; g) readmissão; h) aproveitamento; i) reversão. 
3.6. Garantias da magistratura: independência política e jurídica dos juízes. 
O Art. 95 da CF/88 trata das garantias constitucionais da magistratura. A Lei Complementar nº 35/1979 (dispõe 
sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional) detalha as garantias nos art. 25 a 34. 
A vitaliciedade (Art. 95, I, da CF/88; art. 26 a 29 da LC nº 35) é conquistada pelo Juiz de 1º Grau com 2 anos de 
carreira e após sua conquista, o magistrado não poderá ser excluído do cargo senão por sentença transitada em julgado 
(nenhum juiz é julgado por órgão singular – art. 108, I, “a”, CF/88), porém, antes disso, poderá ser excluído desde que 
por decisão do tribunal que o enquadra por meio de processo administrativo disciplinar. A vitaliciedade é instantânea 
para os Juízes das demais instâncias. 
A inamovibilidade (Art. 95, II, da CF/88; art. 30 e 31 da LC nº 35) implica em o magistrado não poder ser 
movimentado de comarca ou similares sem que haja prévio interesse manifestado pelo juiz, salvo em razão de 
interesse do serviço público. 
A irredutibilidade de vencimentos (Art. 95, III, da CF/88; art. 32 da LC nº 35) implica em o magistrado não sofrer 
redução de seus subsídios (eles não recebem salário), isso não afasta a responsabilidade tributária que incide sobre 
patrimônio e renda do mesmo. 
Essas garantias constitucionais foram concebidas para que os magistrados não fiquem expostos ao poder das 
autoridades públicas para poder conhecer e aplicar o direito conforme os ideais da Justiça, logo, há falar que essas são 
garantias políticas e que isso permite a independência jurídica. 
3.6. Auxiliares da Justiça: conceito e classificação. 
Os auxiliares da Justiça são órgãos secundários da atividade jurisdicional que podem integrar os quadros de 
servidores do Poder Judiciário (serventuários), são os auxiliares permanentes, ou serem eventuais pois não são 
serventuários, mas, pessoas naturais ou jurídicas que prestam serviços à Justiça. O NCPC apresenta no art. 149 um rol 
exemplificativo dos auxiliares da Justiça: 
 
Auxiliares da 
Justiça
Permanentes
Distribuidor
Partidor
Meirinho
Escreventes
Escrivão
Diretor de 
Secretaria
Oficial de Justiça
Contabilista
Conciliador
Mediador
De encargo 
judicial
Peritos
Depositários
Administradores
Intérpretes
Tradutores
Regulador de 
avarias
Extravagantes
ECT
Impressa Oficial
Jornais
No NCPC, há disposições sobre os auxiliares da Justiça: Oficial de Justiça (art. 150, 151, 154 e 155); Escrivão 
(em Vara – 1ª Instância) e Diretor de Secretaria (em Secretaria de Tribunal) (art. 152, 153 e 155); Perito (art. 156 a 
158); Depositário e Administrador (art. 159 a 161); Intérprete e Tradutor (art. 162 a 164); Conciliadores e Mediadores 
(art. 165 a 175); e Regulador de Avarias (art. 707 a 711). 
3.7. Órgãos do foro extrajudicial. 
Segundo Carreira Alvim: “Os órgãos do foro extrajudicial não se compreendem entre os auxiliares da Justiça, 
pois apenas administrativamente são subordinados ao Judiciário, pelo qual são fiscalizados, não desempenhando, 
diretamente, qualquer função no processo” (ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria geral do processo. – 18. ed. – Rio 
de Janeiro: Forense, 2015). 
 
Figura 13 - Organização dos órgãos do foro extrajudicial da Comarca de Manaus 
Em Manaus são 6 Ofício de Registro de Imóveis (funcionam cumulativamente com os 4 primeiros Ofícios de 
Protesto de Letras), 6 Ofícios de Protesto de Letras (funcionam cumulativamente com os 4 primeiros Ofícios de 
Registro de Imóveis), 12 Ofícios de Registro das Pessoas Naturais (Registro Civil), 1 Cartório de Títulos e Documentos 
das Pessoas Jurídicas, 1 Tabelionato de Notas e Registro de Contratos Marítimos, 9 Tabelionato de Notas (dois 
possuem matriz e sucursal, perfazendo 11 locais). Disponível em: 
http://www.tjam.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4266&Itemid=728 Nesse link, é possível 
encontrar a tabela de emolumentos e outras informações relevantes. 
3.8. Ministério Público e sua posição na ordem jurídica. 
Nos termos do art. 127 da CF/88, o Ministério Público funciona junto ao Poder Judiciário, porém, não pertence 
a ele, pois, exerce função essencial à Justiça, como a advocacia. 
A Constituição Federal prevê o Ministério Público entre os art. 127 e 130-A. Já a Constituição do Estado do 
Amazonas trata do Ministério Público nos art. 83, I; art. 84 a 93. 
O MP não está subordinado a qualquer dos três Poderes, apesar do STF já ter se manifestado no sentido de 
ele pertencer à estrutura do Poder Executivo (ADI 132-9/RO). Porém, isso não quer dizer que ele esteja subordinado 
a esse poder, pois, são características do MP a autonomia. 
A Lei Complementar n. 75/93 dispõe sobre “a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público 
da União”, e a Lei n. 8.625/93 “institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, e dispõe sobre normas gerais 
para a organização do Ministério Público dos Estados”. Já o Ministério Público Junto ao Tribunal de Contas da União 
(Ministério Público de Contas) está regulamentado nos art. 80 a 84 da Lei nº 8.443/1992 (dispõe sobre a Lei Orgânica 
do Tribunal de Contas da União). 
No Estado do Amazonas, o Ministério Público está regulamentado na Lei Complementar Estadual nº 11/1993 
(dispõe sobre a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Amazonas). Já o Ministério Público Junto ao Tribunal 
de Contas do Estado do Amazonas (Ministério Público de Contas) está regulamentado nos art. 111 a 119 da Lei Estadual 
nº 2.423/1996 (dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas). 
Extrajudicial da Capital
Ofício de Registro de 
Imóveis
Ofício de Protesto de Letras
Ofício de Registro das 
Pessoas Naturais
Cartório de Títulos e 
Documentos e das Pessoas 
Jurídicas
Tabelionato de Notas e 
Registro de Contratos 
Marítimos
Tabelionato de Notas
http://www.tjam.jus.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4266&Itemid=728
 
Figura 14 - Organização do Ministério Público Nacional 
3.9. Funções, garantias e proibições do Ministério Público. 
a) Funções do MP (art. 129 CF/88) – O Ministério Público pode atuar em processos como parte (dominus litis) 
ou como fiscal da lei (custos legis). Como dominus litis o MP atua como autor promovendo demandas em prol da 
sociedade e como custos legis ele atual emitindo parecer sobre o cumprimento da lei pelas partes. 
b) Garantias do MP (art. 128, §5º, I, CF/88) – o MP tem garantias análogas as da Magistratura. 
c) Proibições do MP (art. 128, §5º, II, CF/88) – o MP tem vedações análogas as da Magistratura. 
3.10. Princípios informativos do Ministério Público. 
O MP tem os seguintes princípios constitucionais (art. 127, § 1º, CF/88): 
Unidade – o MP é uno, pois, todos os órgãos (membros) fazem parte de uma só corporação. 
Indivisibilidade – o MP é que atua como parte ou fiscal da lei nos processos, assim, não é o órgão (membro), 
dessa forma, eles podem ser substituídos e isso não significa sucessão ou substituição processual. “Apesar de uno e 
indivisível, exerce a sua função por numerosos órgãos, que abrangem o MP Federal, o MP do Trabalho, o MP militar, 
o MP do Distrito Federal e dos Territórios e os MPs Estaduais”(Gonçalves, Marcus Vinicius Rios. Direito processual 
civil esquematizado. – 5. ed. – São Paulo: Saraiva, 2015). 
Independência Funcional – os órgãos (membros) do MP agem sem qualquer subordinação hierárquica 
enquanto nas respectivas funções. Assim, se um Promotor de Justiça entende que é o caso de denunciar alguém 
indiciado, não poderá um Procurador da Justiça (órgão superior no Ministério Público do Estado) dar ordem para que 
o indiciado não seja denunciado pelo Promotor. Ou seja, não há hierarquia funcional entre os órgãos do MP. 
Poderá haver a possibilidade de o órgão do MP não oferecer denúncia pedindo arquivando do inquérito policial 
e o juiz discordar do MP, nos termos do art. 28 do Código de Processo Penal (CPP), remeterá os autos ao Procurador-
Geral do MP que se entender de maneira diversa do órgão do MP, poderá designar outro órgão do MP para oferecer 
a denúncia. Nesse caso, o órgão que receber a designação não poderá recusar o oferecimento da denúncia, pois, estará 
agindo em representação da decisão do Procurador-Chefe e não do próprio ofício que exerce. 
3.11. Advocacia pública. 
A Advocacia Pública é órgão pertencente ao Poder Executivo e tem por objetivo defender judicialmente e 
extrajudicialmente os interesses dos respectivos entes públicos da administração direta e indireta. Bem como, a 
Advocacia Pública presta consultoria e assessoramento jurídico ao Poder Executivo. 
Procurador Geral 
da República
Art. 25 a 27
Ministério Público 
da União
Art. 24
Ministério Público 
Militar
Art. 116 a 148
Ministério Público 
do Distrito Federal 
e Territórios
Art. 149 a 181
Ministério Público 
Junto ao TCU
Art. 80 Lei 8.443
Ministério Público 
Federal
Art. 37 a 82
Ministério Público 
do Trabalho
Art. 83 a 115
Ministério Público 
dos Estados
Art. 83 CE-AM
Ministério Público 
Estadual
Art. 17 LCE 17
Ministério Público 
Junto ao TCE
Art. 111 LE 2423
Conselho Nacional 
do Ministério 
Público
Art. 130-A CF/88
Lei Complementar nº 75/1993 
A Advocacia Pública está prevista na Constituição Federal nos art. 131 e 132, onde trata da Advocacia-Geral 
da União. Na Constituição do Estado do Amazonas, ela está prevista nos art. 83, II; art. 94 a 101. Já no Município de 
Manaus, a Advocacia Pública está prevista nos art. 89 a 93 da Lei Orgânica do Município de Manaus. Logo, percebe-se 
que cada ente tem a própria advocacia. 
A Advocacia-Geral da União está organizada conforme a Lei Complementar nº 73/1993 (Institui a Lei Orgânica 
da Advocacia-Geral da União) (http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp73.htm). A Procuradoria-Geral do 
Estado do Amazonas está organizada pela Lei Estadual nº 1.639/1983 (Lei Orgânica da Procuradoria Geral do Estado) 
(http://www.pge.am.gov.br/lei-organica-da-pge/). E a Procuradoria-Geral do Município está regulamentada na Lei 
Municipal nº 1.015/2006 (dispõe sobre a Procuradoria Geral do Município) (http://www.cmm.am.gov.br/wp-
content/uploads/2014/02/LEI_1015_DE_14_07_20061.pdf). 
3.12. Advocacia privada. 
A Advocacia Privada está elencada ao lado do Ministério Público como função essencial à Justiça. Ela está 
prevista no art. 133 da Constituição Federal. 
Há a Lei nº 8.906/1994 (dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil). 
A advocacia privada exige para seu exercício a inscrição junto à OAB. Para tanto, exige-se, especificamente, a 
graduação em Direito e a aprovação no Exame de Ordem. 
Excepcionalmente, o advogado pode realizar a prestação de assistência judiciária sem cobrar pelos serviços. 
Nesse caso, denomina-se pro bono e exige-se do advogado a observância de certos cuidados para não ser confundido 
como prática ilícita de captação de clientela. Para tanto, o Novo Código de Ética e Disciplina contará com o disposto 
no art. 30 in verbis: 
Art. 30. No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado 
ou dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de forma que a parte por ele 
assistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio. 
§ 1º Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária de serviços 
jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que 
os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissional. 
§ 2º A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente, 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado. 
§ 3º A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, 
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade 
para captação de clientela. 
Disponível em: http://www.oab.org.br/noticia/28512/oab-aprova-advocacia-pro-bono-no-
brasil 
Acesso em: 28 Mar 2016. 
O Código de Ética e Disciplina da OAB vigente está disponível no seguinte endereço: 
http://www.oab.org.br/arquivos/resolucao-n-022015-ced-2030601765.pdf 
Outro ponto importante de observância obrigatória aos advogados é sobre os honorários advocatícios 
(regulado nos art. 21 a 26 da Lei nº 8.906/1994), especialmente, sobre a prática de aviltamento dos honorários (prática 
de cobrar honorários em valor ínfimos e inexequíveis, prejudicando, assim, todos os profissionais), prática vedada nos 
termos do art. 2º, parágrafo único, VIII, “f”, do Código de Ética e Disciplina da OAB. Assim, o advogado deve observar 
o valor mínimo regulamentado pela seccional da OAB em que o advogado está inscrito. No Amazonas, a Seccional por 
meio da Resolução OAB/AM-CP nº 004/2015 (aprova a Nova Tabela de Honorários Mínimos do Estado do Amazonas), 
disponível em: http://oabam.org.br/downloads/pdf/resolucao_oabam_004_2015.pdf e a tabela está disponível em: 
http://oabam.org.br/downloads/pdf/tabela-honorarios-estado-amazonas-2015.pdf 
3.13. Defensoria Pública. 
Também considerada pelo Constituinte como Função Essencial à Justiça, a Defensoria Pública está prevista no 
art. 134 e 135 da Constituição Federal. E a Constituição do Estado do Amazonas prevê a Defensoria Pública nos art. 
83, III; art. 102; e art. 103 da CE-AM. 
A Defensoria Pública da União está organizada pela Lei Complementar nº 80/1994 (organiza a Defensoria 
Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para sua organização nos Estados). Já 
http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/leis/LCP/Lcp73.htm
http://www.pge.am.gov.br/lei-organica-da-pge/
http://www.cmm.am.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/LEI_1015_DE_14_07_20061.pdf
http://www.cmm.am.gov.br/wp-content/uploads/2014/02/LEI_1015_DE_14_07_20061.pdf
http://www.oab.org.br/noticia/28512/oab-aprova-advocacia-pro-bono-no-brasil
http://www.oab.org.br/noticia/28512/oab-aprova-advocacia-pro-bono-no-brasil
http://oabam.org.br/downloads/pdf/resolucao_oabam_004_2015.pdf
http://oabam.org.br/downloads/pdf/tabela-honorarios-estado-amazonas-2015.pdf
a Defensoria Pública do Estado do Amazonas está organizada pela Lei Complementar Estadual nº 1/1990 (dispõe sobre 
a organização da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, estabelece o regime dos seus membros, cria o quadro 
funcional). 
A Defensoria Pública é necessária para viabilizar o acesso à Justiça aos economicamente hipossuficientes, na 
forma do art. 5º, LXXIV, da CF/88. Destaca-se os objetivos da Defensoria Pública insculpidos no art. 3º-A da LC nº 
80/1994, incluso pela Lei Complementar nº 132/2009. 
Em geral, são considerados presumidamente hipossuficientes as pessoas que tem renda de até 3 salários-
mínimos. No entanto, não há em lei essa estipulação. A lei apenas estipula que deve ser hipossuficiente. 
Segundo a DPE-RS: 
“A Defensoria Pública presta atendimento a todas as pessoas que estejam em condição de 
vulnerabilidade, assim consideradas aquelas que, por razão da sua idade, gênero, estado físico 
ou mental, ou por circunstâncias outras (sociais, econômicas, étnicas e/ou culturais), 
encontram dificuldades em exercitarseus direitos. 
Quanto ao critério econômico, consideram-se vulneráveis todas as pessoas que comprovarem 
renda familiar mensal igual ou inferior a três salários mínimos nacionais, considerando-se os 
ganhos totais brutos da sua entidade familiar”. (Disponível em: 
http://www.defensoria.rs.def.br/conteudo/20000). 
Assim, cabe ao Conselho Superior da Defensoria Pública estipular por Resolução o critério para o acesso à 
Defensoria Pública. Em São Paulo, a DPE-SP deliberou por meio do CSDP o limite de 3 salários-mínimos, nos termos da 
Resolução nº 137/2009. 
No Estado do Amazonas, a DPE-AM tem a Resolução nº 012/2014-CSDPE/AM que regulamenta as hipóteses 
de denegação de atendimento pela Defensoria Pública, concernentes a interesses individuais. Nessa resolução, o art. 
2º, caput, define como hipossuficiente a Pessoa Natural que tenha renda limitada a 3 salários-mínimos. Assim, 
percebe-se que há no Brasil uma uniformização da hipossuficiência. Essa resolução está disponível em: 
http://www.defensoria.am.gov.br/?q=275-conteudo-43160-resolu-o-n-012-2014-csdpe-am 
Note-se a possibilidade da DPE-AM cobrar honorários advocatícios dos que a ela recorrerem e não forem 
hipossuficientes, tudo nos termos dos art. 4º e 5º da citada resolução. 
http://www.defensoria.rs.def.br/conteudo/20000
http://www.defensoria.am.gov.br/?q=275-conteudo-43160-resolu-o-n-012-2014-csdpe-am

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