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Práticas de Geologia

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Indaial – 2019
Práticas de GeoloGia
Prof. Luis Alonso Gonzalez Corrales
Prof. Michael Andrey Vargas Barrantes
Prof.ª Narayana Saniele Massocco
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Luis Alonso Gonzalez Corrales
Prof. Michael Andrey Vargas Barrantes
Prof.ª Narayana Saniele Massocco
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
C823p
 Corrales, Luis Alonso Gonzalez
 Práticas de geologia. / Luis Alonso Gonzalez Corrales; Michael 
Andrey Vargas Barrantes; Narayana Saniele Massocco. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 191 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0372-0
1. Geologia. - Brasil. I. Corrales, Luis Alonso Gonzalez. II. Barrantes, 
Michael Andrey Vargas. III. Massocco, Narayana Saniele. IV. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 624.151
III
aPresentação
Olá, acadêmico! Bem-vindo à mais uma disciplina de engenharia civil: 
práticas de geologia! Esta unidade tem como principal objetivo introduzir o 
conhecimento de geologia, de forma prática e intuitiva, a partir de exemplos 
teóricos e técnicos que levem ao reconhecimento dos aspectos geológicos em 
campo. Ainda, quando se fala em geologia, o que vem em sua mente? 
Geologia é a ciência que estuda a terra, o termo vem de geo, em latim 
significa terra, e logia (estudo ou ciência). Com esse termo desvendado, chega-
se ao entendimento que a ciência estuda a terra, desde sua origem, evolução 
ao longo do tempo, formação, constituição, forças atuantes sobre a terra. 
Geralmente, quando pensamos em geologia, lembramos de solo, 
rocha, minerais e relevo. No planeta Terra, sob uma cobertura de detritos, 
vegetação, água, gelo e solo, decorrem materiais sólidos denominados rochas. 
Rochedos, encostas de morros, cortes de estradas ou ilhas estéreis constituem 
afloramentos de rochas, perfazendo 3% da superfície dos continentes. Essas 
rochas são formadas por minerais, e esses minerais indicam o tipo de formação 
e constituição. Dessa maneira, esta unidade tem o objetivo de mostrar a você, 
acadêmico, os aspectos básicos sobre mineralogia e petrologia, que significam 
o estudo dos minerais e da rocha, respectivamente.
A compreensão dos principais minerais constituintes das rochas 
e suas características mais significativas possibilitam ao engenheiro civil 
caracterizar os comportamentos químico e mecânico de uma estipulada rocha 
quando empregada como material de construção civil, quando é traçada 
em túneis ou em encostas/taludes de cortes e quando serve de suporte para 
fundações.
Vamos começar?
Luis Alonso Gonzalez Corrales
Michael Andrey Vargas Barrantes
Narayana Saniele Massocco
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – MINERALOGIA E PETROLOGIA ........................................................................... 1
TÓPICO 1 – MINERALOGIA ............................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 CONCEITO DE MINERAL ................................................................................................................ 3
2.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS ............................................................................................ 5
2.1.1 Propriedades ópticas ............................................................................................................. 5
2.1.2 Propriedades morfológicas .................................................................................................. 9
2.1.3 Propriedades físicas ............................................................................................................... 10
2.2 MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS ................................................................................. 16
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 23
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 24
TÓPICO 2 – PETROLOGIA: ROCHAS ............................................................................................... 25
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 25
2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO .................................................................................................... 25
3 ROCHAS ................................................................................................................................................ 26
3.1 ROCHAS IGNEAS .......................................................................................................................... 27
3.1.1 Classificação das rochas ígneas ........................................................................................... 27
3.2 ROCHAS SEDIMENTARES ........................................................................................................... 36
3.2.1 Processo de formação das rochas sedimentares ................................................................. 37
3.2.2 Classificação............................................................................................................................. 37
3.3 ROCHAS METAMÓRFICAS ......................................................................................................... 44
3.3.1 Características ........................................................................................................................ 48
3.3.2 Textura ...................................................................................................................................... 48
3.3.3 Estrutura .................................................................................................................................. 49
3.3.4 Composição do mineral ........................................................................................................ 49
3.3.5 Tipos de rochas metamórficas .............................................................................................50
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 62
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 63
UNIDADE 2 – DINÂMICA EXTERNA DA TERRA E FORMAÇÃO DOS SOLOS .................. 67
TÓPICO 1 – DINÂMICA EXTERNA DA TERRA: INTEMPERISMO E EROSÃO .................... 69 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 69
2 METEORIZAÇÃO OU INTEMPERISMO ....................................................................................... 69
2.1 CLASSIFICAÇÃO DO INTEMPERISMO .................................................................................... 71
2.1.1 Intemperismo físico ................................................................................................................ 71
2.1.2 Intemperismo químico ........................................................................................................... 73
3 EROSÃO ................................................................................................................................................. 75
3.1 PROCESSO EVOLUTIVO DAS EROSÕES .................................................................................. 80
3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS EROSÕES ............................................................................................... 83
3.2.1 Erosão superficial .................................................................................................................... 84
sumário
VIII
3.2.2 Sulcos, ravinas e voçorocas ................................................................................................... 85
3.2.3 Erosão interna ou piping ....................................................................................................... 86
3.2.4 Esqueletização ......................................................................................................................... 87
3.2.5 Outras formas particulares de erosão citadas na literatura .............................................. 88
3.3 ERODIBILIDADE DOS SOLOS ..................................................................................................... 89
3.4 ENSAIOS GEOTÉCNICOS APLICADOS À ERODIBILIDADE DOS SOLOS ........................ 91
3.4.1 Caracterização física ............................................................................................................... 91
3.4.2 Caracterização química .......................................................................................................... 92
3.4.3 Caracterização mineralógica ................................................................................................. 92
3.4.4 Ensaio de desagregação ......................................................................................................... 93
3.4.5 Ensaio de Inderbitzen: método direto da erodibilidade ................................................... 94
3.4.6 Ensaio do furo de agulha ....................................................................................................... 96
3.4.7 Ensaio de crumb test .............................................................................................................. 97
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 99
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 101
TÓPICO 2 – SOLOS ................................................................................................................................ 103
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 103
2 DEFINIÇÃO DE SOLO........................................................................................................................ 104
2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS .................................................................................................... 104
2.1.1 Solos residuais ........................................................................................................................ 104
2.1.2 Solos tropicais .......................................................................................................................... 109
2.1.3 Solos transportados ou sedimentares .................................................................................. 110
2.1.4 Solos de aluvião ...................................................................................................................... 110
2.1.5 Solos coluviais ......................................................................................................................... 111
2.1.6 Solos eólicos ............................................................................................................................. 113
2.1.7 Solos lacustres ......................................................................................................................... 113
2.1.8 Depósitos glaciais ................................................................................................................... 114
2.1.9 Solos orgânicos ....................................................................................................................... 114
2.1.10 Solos pedogênicos ................................................................................................................. 115
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 119
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 121
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 122
UNIDADE 3 – ENSAIOS E TÓPICOS PRÁTICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA ....... 123
TÓPICO 1 – ENSAIOS DE LABORATÓRIO E DE CAMPO .......................................................... 125
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 125
2 GRANULOMETRIA E CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA ............................................ 126
2.1 PASSO-A-PASSO, VAMOS COMEÇAR? ..................................................................................... 129
2.2 CALIBRAÇÃO DO DENSÍMETRO .............................................................................................. 131
2.3 PLANILHA DE ANÁLISE .............................................................................................................. 135
2.4 PLANILHA SEDIMENTAÇÃO .................................................................................................... 137
3 COMPACTAÇÃO: DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE ÓTIMA DO SOLO .................... 140
3.1 O ENSAIO ........................................................................................................................................ 144
3.1.1 Procedimento de ensaio ......................................................................................................... 145
3.1.2 Técnicas e equipamentos de compactação de aterros ....................................................... 147
4 MÉTODOS DIRETOS DE INVESTIGAÇÃO ................................................................................. 149
4.1 TIPOS DE MÉTODOS DIRETOS ...................................................................................................150
4.2 MÉTODOS GEOFÍSICOS OU INDIRETOS DE INVESTIGAÇÃO ........................................... 150
4.2.1 Procedimento .......................................................................................................................... 151
4.2.2 Sísmica de refração ................................................................................................................. 152
IX
4.2.3 Eletroresistividade .................................................................................................................. 153
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 154
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 155
TÓPICO 2 – TÓPICOS DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA......................................................... 159
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 159
2 GEOLOGIA ESTRUTURAL ............................................................................................................... 159
2.1 EVIDÊNCIAS DE FALHAS NO CAMPO ................................................................................... 161
2.2 CARTOGRAFIA GEOLÓGICA ..................................................................................................... 165
2.3 ESTABILIDADE DE TALUDES E MOVIMENTOS DE MASSA ............................................... 175
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 179
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 183
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 185
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 187
X
1
UNIDADE 1
MINERALOGIA E PETROLOGIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• identificar os sistemas cristalinos que compõem as rochas;
• diferenciar e classificar a formação e o tipo de rocha;
• ter noções básicas de processos erosivos e de intemperismos;
• entender as possíveis soluções geológicas para determinado maciço.
Esta unidade está dividida em dois tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará auto atividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – MINERALOGIA
TÓPICO 2 – PETROLOGIA: ROCHAS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
MINERALOGIA
1 INTRODUÇÃO
As rochas são formadas por minerais, a desintegração e decomposição das 
rochas pelo intemperismo originam a forma, o solo e as propriedades desses dois 
materiais geotécnicos (rocha e solo) que são determinadas pelas propriedades dos 
minerais que os compõem ou deram origem. Portanto, é essencial o conhecimento 
básico dos materiais terrestres.
A Mineralogia é a ciência que estuda os minerais, as suas propriedades, 
composição e origem. Os assuntos e os conceitos em relação aos minerais, rochas 
e solos são o principal objeto de estudo da Geologia de Engenharia, pois são de 
grande importância em obras. “A palavra mineral tem uma conotação específica 
dentro da geologia. De modo geral, é toda substância formada naturalmente, 
sólida ou líquida, inorgânica, homogênea e com composição e estrutura química 
definidas” (QUEIROZ, 2009, p. 27). 
2 CONCEITO DE MINERAL 
Para que um material seja considerado um mineral, deve cumprir os 
seguintes critérios:
• Deve-se formar naturalmente: portanto, não são considerados minerais os 
diamantes sintéticos e outros cristais produzidos no laboratório.
• Indispensável que seja inorgânico: desse modo, o carvão, o âmbar e as pérolas 
não são considerados minerais.
• Deve ser sólido: a água e o mercúrio não são considerados minerais.
• A sua estrutura interna deve ser ordenada: portanto, materiais como opala e 
obsidiana não são considerados minerais, por haver uma distribuição aleatória 
na sua configuração molecular.
• Deve ter uma composição química definida.
Materiais com a mesma composição química, formados em ambientes 
diferentes, podem possuir diferentes arranjos estruturais dos átomos e moléculas, 
formando minerais diferentes, com propriedades distintas (polimorfos). Por 
exemplo, o diamante e o grafite são formados do elemento Carbono (C). Outros 
exemplos comuns dos minerais polimorfos são a Calcita e o Aragonita, os dois 
constituídos de carbonato de Cálcio (CaCO3).
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
4
O que são minerais polimorfos? Minerais polimorfos ocorrem quando dois 
ou mais minerais com formas e estruturas cristalinas diferentes apresentam a mesma 
composição química.
IMPORTANT
E
FIGURA 1 – EXEMPLOS DE MINERAIS POLIMORFOS
a) Calcita b) Aragonita
FONTE: Os autores
FIGURA 2 – EXEMPLOS DE MINERAIS: a) NATIVOS E b) COMPOSTOS
a) Enxofre b) Pirita 
FONTE: Os autores
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
5
Minerais ativos possuem apenas um elemento químico. No entanto, minerais 
polimorfos possuem mesma composição química, porém formas diferenciadas.
IMPORTANT
E
2.1 IDENTIFICAÇÃO DOS MINERAIS 
No estudo macroscópico dos minerais, existem algumas propriedades 
úteis para a sua identificação, baseadas em procedimentos visuais e ensaios 
manuais simples, rápidos e práticos. 
A descrição dessas propriedades é apresentada na sequência:
• Propriedades ópticas: cor, brilho.
• Propriedades morfológicas: hábito (forma cristalina).
• Propriedades físicas: dureza, traço, clivagem, fratura e massa específica.
• Outras propriedades: magnetismo, flexibilidade.
As propriedades dos minerais são determinadas por sua composição e estrutura. 
As principais propriedades são: clivagem, dureza, brilho, massa específica, flexibilidade, cor, 
traço, magnetismo e polimorfismo.
IMPORTANT
E
2.1.1 Propriedades ópticas 
Propriedades físicas muito utilizadas na identificação de minerais são as 
ópticas, estas, por sua vez, são as que definem a cor e o brilho da rocha a ser identificada. 
A seguir, esses itens que compõem a propriedade da óptica serão explicados. 
a) Cor 
A cor é determinada pela absorção das ondas de luz nas superfícies 
do mineral. Devemos ter alguns cuidados em relação à cor de um mineral em 
regiões de clima tropical (quente e úmido), onde existe um predomínio de 
intemperismo químico. Portanto, é comum a decomposição profunda desses 
minerais, permitindo a formação de uma película de alteração que, muitas vezes, 
não coincide com a cor do mineral original.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
6
FONTE: Os autores
FIGURA 3 – EXEMPLO DE ALTERAÇAO QUÍMICA PELO INTEMPERISMO
Alguns minerais podem apresentar diversas cores (minerais 
alocromáticos), decorrentes da presença de elementos estranhos em sua 
composição (impurezas). Dessa forma, por exemplo, o quartzo pode ser incolor, 
branco, preto, róseo, amarelo, violeta. 
Na Figura 4 a seguir podemos observar vários tipos de quartzos 
diferenciados pela sua cor.
A cor é uma característica que pode impressionar o observador pela beleza, 
“porém não é muito confiável para a identificação, podendo existir minerais com a mesma 
cor, mas com propriedades muito diferentes. A cor é determinada por muitos fatores, sendo 
o principal a composição química” (QUEIROZ, 2016, p. 13).
IMPORTANT
E
FIGURA 4 – EXEMPLOS DE DIFERENTES TIPOS DE QUARTZOS CRISTALINOS
a) Cristal de rocha b) Rosa c) Ametista
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
7
d) Branco ou leitoso e) Olho de tigre f) Fumado
g) Citrinoh) Rutilado
FONTE: Os autores
Na figura a seguir, podemos observar três amostras de quartzos 
pertencentes ao grupo chamado quartzos criptocristalinos. O grupo é formado 
especificamente de três tipos de quartzo: ágata, jaspe e calcedônia. A principal 
característica do grupo é a ausência de uma estrutura interna definida.
FIGURA 5 – EXEMPLOS DE DIFERENTES TIPOS DE QUARTZOS CRIPTOCRISTALINOS
a) Ágata b) Jaspe
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
8
c) Calcedônia
FONTE: Os autores
b) Brilho
O brilho é a intensidade da luz refletida nas superfícies do mineral. Na 
prática, são considerados dois tipos fundamentais de brilho: metálico e não 
metálico. Dentro do brilho não metálico consideram-se vários tipos: vítreo (como 
o quartzo), sedoso (como a gipsita e o quartzo olho de tigre), nacarado (como o 
talco e as micas), resinoso (o enxofre), terroso (a limonite), adamantino (no caso 
do diamante), perláceo e oleoso. É comumente utilizado o termo submétalico 
quando o brilho se assemelha ao metálico, mas menos intenso, como o grafite. 
FIGURA 6 – EXEMPLOS DE DIFERENTES TIPOS DE QUARTZOS CRIPTOCRISTALINOS a) 
HEMATITE; b) GRAFITE
a) Metálico b) Submetálico
FONTE: Os autores
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
9
FIGURA 7 – EXEMPLOS DE VARIEDADES DE BRILHO NÃO METÁLICO
a) Vítreo b) Sedoso c) Nacarado
d) Resinoso e) Terroso f) Turmalina
FONTE: Os autores
2.1.2 Propriedades morfológicas 
As propriedades morfológicas são aquelas que definem a forma de um 
objeto. No caso, como estamos descrevendo rochas e minerais, analisa-se a 
aparência externa, além da estrutura externa. Na geologia, uma propriedade que 
identifica a morfologia é o hábito.
c) Hábito 
Como é apresentado um mineral na natureza. A expressão externa é 
consequência da disposição interna ordenada dos átomos. A Cristalografia é a 
ciência que estuda a forma e estrutura das substâncias cristalinas. Atualmente, são 
utilizados, na classificação cristalográfica dos minerais, seis sistemas cristalinos 
(modelos geométricos definidos): cúbico, tetragonal, hexagonal, ortorrômbico, 
monoclínico e triclínico. A seguir, são apresentados três minerais com diferentes 
formas segundo a classificação cristalográfica. 
Existem alguns minerais conhecidos como minerais amorfos, os quais 
se caracterizam por não apresentar uma forma definida. Um claro exemplo é o 
quartzo rosa. 
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
10
FIGURA 8 – EXEMPLO DE CLASSIFICAÇÃO CRISTALOGRÁFICA DE ALGUNS MINERAIS
a) Granada (dodecaedro) b) Pirita (cúbico) c) Quartzo (hexagonal)
FONTE: Os autores
Existem alguns minerais que apresentam polimorfismo. O polimorfismo é uma 
propriedade química em que diferentes minerais apresentam a mesma composição química, 
mas formas cristalinas diferentes e propriedades físicas distintas. Exemplo de polimorfismo é 
o carbono, que pode surgir como diamante na forma cristalina ou como grafite.
IMPORTANT
E
2.1.3 Propriedades físicas 
A propriedade física é, segundo um entendimento inicial, aquilo que não 
modifica sua composição química a partir de uma implicação de uma mudança 
de estado. Na geologia, as principais propriedades físicas comumente utilizadas 
para identificação de um mineral são: dureza, traço, clivagem e fratura.
d) Dureza
É a resistência ao risco de um mineral e expressada de forma semi 
quantitativa. A dureza de um mineral na prática, é obtida, a partir da comparação 
da escala de mohs em que mostra valores de minerais conhecidos. Para isso, a 
Figura 9 corresponde a escala de dureza relativa proposta por Mohs.
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
11
FONTE: Adaptado de Tarbuck, Lutgens e Tasa (2005, p. 90)
FIGURA 9 – ESCALA DE DUREZA DE MOHS
A seguir, são apresentados alguns aspectos em relação à escala de dureza 
de Mohs:
• Os valores crescentes na escala significam, por exemplo, que um mineral de 
dureza 2 (gipsita) pode riscar um mineral de dureza menor, 1 (talco). É o 
mesmo processo com os valores crescentes da escala, sendo o diamante o único 
material que só pode ser riscado por outro diamante.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
12
• Por se tratar de uma escala relativa não significa, por exemplo, que o feldspato, 
de dureza 6, seja duas vezes mais duro que a calcita com valor de dureza 
3. Deve-se atentar que, na figura anterior, os valores são correspondentes à 
dureza absoluta. Assim, o diamante é 80 vezes mais duro que o talco.
• Na prática, é utilizada a unha para verificar minerais com uma dureza menor 
que 3. Materiais como um canivete de aço e/ou vidro também são empregados 
para identificação de minerais com uma dureza entre 5,0-5,5 e 6,0-6,5, 
respectivamente. Minerais com dureza maior que 7 nem são riscados pelo 
vidro.
A dureza representa uma resistência relativa ao risco de um mineral. Na 
escala de Mohs, os números não significam que um mineral é “x” vezes mais duro que o 
outro. Assim, por exemplo, o diamante não é dez vezes mais duro que o talco. A escala é a 
representação de dureza.
IMPORTANT
E
e) Traço
O traço é a propriedade que o mineral possui de, quando atritado sobre 
uma superfície áspera, produzir um traço sem riscar. No laboratório, é usual 
atritar o mineral sobre uma superfície de cerâmica ou porcelana branca (verso de 
um azulejo).
No ensaio em laboratório, o mineral, quando é atritado com força sobre 
uma superfície de porcelana áspera, apresenta uma coloração. O traço de um 
mineral é sempre o mesmo, independentemente da cor do mineral. É importante 
considerar que o ensaio só pode ser aplicado em minerais com uma dureza 
menor em relação à dureza na porcelana (6,5 na escala de dureza de Mohs). 
Para minerais com uma dureza maior, o mineral vai riscar a placa de porcelana 
deixando, apenas, o pó branco.
O traço é uma propriedade qualitativa importante para identificar 
diferentes minerais de ferro. Por exemplo: o mineral limonite deixa um traço 
amarelo, a hematita um traço vermelho e, a magnetita, um traço de cor preta. 
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
13
FIGURA 10 – EXEMPLOS DO TRAÇO DE ALGUNS MINERAIS 
a) Hematita b) Limonite
c) Pirita d) Magnetita
FONTE: Os autores
f) Clivagem 
Como um mineral se quebra em direções preferenciais, formando 
superfícies planas e regulares. Esses planos de fraqueza estão relacionados com 
a estrutura interna ordenada do mineral. Os tipos de clivagem são descritos pelo 
número de planos de ruptura (chamados planos de clivagem) e os respectivos 
ângulos. A pirita, por exemplo, fragmenta-se em cubos, as micas, em folhas 
paralelas e, a calcita, em romboedros. 
Para entendermos melhor, a Figura 11 a seguir corresponde ao mineral 
mica, o qual é definido por folhas. Essas folhas correspondem a um tipo de 
clivagem.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
14
FIGURA 11 – EXEMPLO DE CLIVAGEM EM MINERAIS
a) Clivagem em folhas das micas.
FONTE: Os autores
A clivagem corresponde a uma característica de direção quando o mineral é 
submetido à fratura, ou seja, comportamento que o mineral tem de se fraturar em uma 
direção preferencial plana e reflexiva. A propriedade está relacionada à estrutura molecular 
do mineral.
IMPORTANT
E
g) Fratura 
É a forma com que um mineral se quebra sem direções preferenciais, 
formando superfícies irregulares na maior parte dos casos. Existem dois tipos 
de fraturas menos comuns apresentados em minerais, formando concavidades 
(concoidal), como o quartzo e a fratura plana.
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
15
FIGURA 12 – EXEMPLO DE FRATURA EM MINERAIS
a) Fratura irregular do feldspato
FONTE: Os autores
Qual a diferença entre fratura e clivagem? A clivagem corresponde à quebra do 
mineral em direções preferenciais (superfícies planas e regulares). No entanto, a fratura não 
apresenta direções preferenciais em relação à superfície de quebra.
IMPORTANT
E
h) Pesoespecífico
É a relação entre o peso de um mineral e o peso de um volume de água. O 
peso específico depende de dois fatores: dos átomos que constituem e do arranjo 
desses átomos. São mais pesados os minerais nativos (como o ouro) e os minerais 
metálicos (como a hematita, a pirita e a galena).
O peso específico pode relacionar-se com a massa específica. No caso, a 
massa específica é a razão entre a massa de uma quantidade de substância e o volume (V) 
correspondente.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
16
i) Outras propriedades
• Magnetismo: quando um material é atraído por um ímã é conhecido como 
magnetismo. A propriedade é muito importante para identificar o mineral 
magnetita em laboratório, mesmo poucos minerais o possuindo. Um ímã é 
utilizado para detectar se o mineral é magnético. A peculiaridade pode ser 
identificada em rochas basálticas e em alguns xistos. 
• Solubilidade: para a identificação dos carbonatos, como a calcita e a dolomita, a 
reação do mineral com ácidos pouco concentrados (clorídrico, nítrico, sulfúrico 
etc.) produz uma intensa efervescência, devido à formação de gás carbônico 
(CO2) e água líquida.
2HCl+CaCO3 →CaCl2 +H2O+ CO2
2.2 MINERAIS FORMADORES DE ROCHAS 
Dentre os minerais que compõem as rochas se encontram: quartzo, 
feldspatos, micas, anfibílicos, piroxênios e olivina, embora haja uma relação com 
um total de 20 minerais. 
O quadro a seguir mostra um resumo dos minerais mais comuns 
encontrados nas rochas.
QUADRO 1 – MINERAIS MAIS COMUNS NAS ROCHAS
1. Quartzo 6. Olivina 11. Turmalina 16. Clorita
2. Feldspatos 7. Zircão 12. Topázio 17. Amianto
3. Micas 8. Magnetita 13. Calcita 18. Talco
4. Anfibólios 9. Hematita 14. Dolomita 19. Zeólitas
5. Piroxênios 10. Pirita 15. Caulim 20. Fluorita
FONTE: Os autores
Uma descrição dos primeiros cinco grupos é apresentada na sequência:
1. Quartzo
• Fórmula: SiO2. é sílica cristalizada macroscopicamente.
• Forma: não tem forma definida nas rochas. Apresenta forma de prisma 
hexagonal terminado por faces de romboedros em cavidades.
• Clivagem: ausente.
• Fratura: concóide.
• Cor: desde incolor até cinza-escuro. Geralmente é branco.
• Brilho: apresenta brilho não metálico (vítreo).
• Traço: incolor.
• Dureza: 7.
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
17
• Peso específico: 2,65.
• Ocorrência: nas ígneas aparece em granitos e pegmatitos. Nas metamórficas, 
aparece em quartzitos, micaxistos e gnaisses e, nas sedimentares, em arenitos, 
siltitos e conglomerados.
• Caráteres distintivos: falta de clivagem, brilho e cor.
• Emprego: adorno em joalheria, areia para construção, em fundição, como 
abrasivo, em porcelanas, em lentes de aparelhos óticos científicos, em filtros 
para barragens e em concreto.
A Figura 13 a seguir apresenta uma amostra de quartzo.
FIGURA 13 – EXEMPLO DE QUARTZO, CRISTAL DE ROCHA 
FONTE: Os autores
2. Feldspato
Pertence ao grupo de silicatos de alumínio contendo potássio, sódio e/ou 
cálcio. Corresponde a mais de 50% do volume dos minerais da crosta terrestre.
• Fórmula: é formado por ortoclásio (KAlSi3O8), albita (NaAlSi3O8) e anortita 
(CaAl2Si3O8).
• Forma: não é uniforme, mas pode apresentar contornos retangulares ou 
hexagonais.
• Clivagem: possui boa clivagem em duas direções. O grão de feldspato pode 
aparecer dividido por uma linha.
• Fratura: irregular em fragmentos quebradiços.
• Cor: os ortoclásios, em razão das impurezas, podem ser creme, tijolo, róseo ou 
vermelho. Para o caso dos plagioclásios, geralmente são cinza, brancos, pardos, 
esverdeados ou até pretos.
• Brilho: vítreo em fratura recente.
• Traço: branco não característico. 
• Peso específico: ortoclásio, albita e anortita são 2.54, 2.62 e 2.76, respectivamente.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
18
• Ocorrência: ocorre em rochas ígneas intrusivas ou extrusivas e nas 
metamórficas. Caso contrário, acontece nas sedimentares, já que estas se 
decompõem em argila e caulim.
• Emprego: moído, granulação finíssima, fundido e misturado com caulim, 
quartzo e argila na produção de porcelana.
FIGURA 14 – EXEMPLO DE FELDSPATO . A) ORTOCLÁSIO e B) PLAGIOCLÁSA
a) Ortoclásio b) Plagioclása
FONTE: Os autores
3. Micas
Pertence ao grupo de silicatos hidratados, apresenta uma estrutura em 
folhas, compondo-se de potássio, magnésio, ferro, alumínio etc. No grupo das 
micas, encontram-se os principais minerais:
• Mica branca: H2KAl3(SiO4)3, comumente conhecida como moscovita.
• Mica preta: (H,K)2 (Mg,Fe)2 (Al,Fe)2 (SiO4)3, usualmente conhecida como biotita.
• Mica verde: sericita.
• Mica roxa: lepidolita.
• Forma: apresenta-se em placas hexagonais quando se encontra bem cristalizada.
• Clivagem: perfeita em uma direção.
• Cor: a moscovita é incolor, branca, cinza, parda ou esverdeada. É sempre incolor 
quando é apresentada em lâminas finas. Para o caso da biotita, pode ser preta 
ou pardacenta. Quando apresentada em lâminas finas, pode ser translúcida, 
parda ou verde-escura.
• Brilho: acetinado.
• Alteração: A moscovita apresenta a característica de não sofrer alterações 
facilmente. Caso contrário, acontece com a biotita e variedades de mica preta, 
em que facilmente se alteram por hidratação, tornando-se moles e descoradas, 
perdendo a elasticidade.
• Ocorrência: em granitos, pegmatitos, gnaisses, micaxistos e filitos.
• Emprego: na fabricação de vidros refratários e como isolante elétrico.
Na figura a seguir há um exemplo de mica branca, conhecida como 
moscovita.
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
19
FIGURA 15 – EXEMPLO DE MICA BRANCA
FONTE: Os autores
4. Anfibólio 
Pertence ao grupo de silicatos hidratados complexos, incluindo cálcio, 
magnésio, ferro e alumínio. 
• Forma: apresenta-se sob a forma de lâminas longas com terminações irregulares.
• Clivagem: duas boas direções de clivagem (ângulos oblíquos de 125º).
• Cor: está em função da quantidade de ferro. Por exemplo, branco ou cinza na 
tremolina; verde-vivo na actinolita; verde-escuro a preto na hornblenda.
• Brilho: não metálico (vítreo). 
• Alteração: pode produzir talco, clorita, limonita e carbonato sob a ação de 
diversos agentes.
• Ocorrência: tremolita em calcários, dolomitos e rochas talcosas. Hornblenda é 
comum em rochas ígneas e metamórficas.
• Determinação: acontece em vários ambientes geológicos (mármores e tipos 
metamórficos regionais de grau médio e de contato). O mineral difere da biotita 
pela ausência de esfoliação em lâminas.
FIGURA 16 – EXEMPLO DE ANFIBÓLIO
FONTE: <http://crisotilabrasilblog.blogspot.com/2012/08/o-que-e-o-amianto.html>. Acesso em: 
26 jul. 2019.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
20
5. Piroxênio
Pertence ao grupo dos silicatos complexos, compondo-se de cálcio, 
magnésio, alumínio e sódio. São sais de ácido metassilícico (H2SiO3).
• Enstatita: MgSiO3.
• Hiperstênio: (Fe,Mg)SiO3.
• Diopsídio: CaMg (SiO3)2.
• Espodumênio: LiAl (SiO3)2.
• Rodonita: MnSiO3.
• Forma: não apresenta faces terminais nas rochas. Um cristal de piroxênio 
apresenta uma forma prismática, curta e grossa, mais ou menos equidimensional. 
• Brilho: apresenta um brilho não metálico (fosco até vítreo).
• Cor: acinzentado, amarelado ou esverdeado a verde-oliva e marrom, 
dependendo da composição.
• Clivagem: duas boas direções de clivagem, aproximadamente em ângulos retos.
• Dureza: 5 a 6.
• Alteração: altera-se facilmente. Pode formar calcita e limonita por meio de 
intemperismo. Já no caso de metamorfismo se transforma em agregado 
de agulhas ou grãos de anfibólio. Segundo esse processo, as rochas ígneas 
ricas de piroxênio (gabros, diabásios e basaltos) transformam-se em rochas 
metamórficas ricas de antibólios, como anfibolitos, anfibólio-xistos etc.
• Ocorrência: o ortopiroxênio rico em Mg é um constituinte comum dos peridotitos, 
gabros, noritos e basaltos e é comumente associado aclinopiroxenos de Ca (augita), 
olivina e plagioclásio. Considera-se o principal constituinte dos piroxênitos. É 
comum em rochas metamórficas, como gnaisse, anfibolitos e mármores.
• Determinação: geralmente é reconhecido pela sua cor, clivagem e brilho 
incomum. As variedades com alto teor de ferro são negras e difíceis de distinção 
de augita sem teste óptico. É necessário verificar o contorno do prisma (seção 
quadrada) e as duas direções de clivagem.
• Emprego: diopsídio, como joia; espodumênio para adicionar em graxas 
lubricantes.
FIGURA 17 – EXEMPLO DE PIROXÊNIO
FONTE: <http://slideplayer.com.br/slide/383616/>. Acesso em: 26 jul. 2019.
TÓPICO 1 | MINERALOGIA
21
6. Olivina
Segundo Klein e Dutrow (2008), a composição da maioria das olivinas 
pode ser apresentada no sistema CaO-MgO-FeO-SiO2. Contudo, as séries mais 
comuns no sistema provêm da forsterita (Mg2SiO4) para faialite (Fe2SiO4). 
Acredita-se que a olivina seja abundante no manto superior e ocorre como a 
estrutura da perovskita em grandes profundidades.
• Cristalografia: os cristais são usualmente a combinação de três prismas, 
pinacoides e o dipirâmide. Usualmente aparecem como grãos incorporados ou 
em massas granulares. 
• Fratura: concoidal, aumentando com o acréscimo do conteúdo de Ferro (Fe).
• Brilho: brilho não metálico (vítreo).
• Dureza: 6,5 a 7.
• Cor: apresenta várias tonalidades de verde, sendo a cor verde-oliva a mais 
comum. 
• Ocorrência: principalmente em rochas ígneas ricas em Mg, como gabro, 
peridotito e basalto, coexistindo com plagioclásio e piroxênios.
• Determinação: geralmente por seu brilho vítreo, fratura concoidal, cor verde e 
natureza granular.
• Emprego: a variedade verde-clara, peridoto, é usada como uma gema. A olivina 
é extraída como areia refratária para a indústria de fundição e para a fabricação 
de tijolos refratários.
Um exemplo de olivina é apresentado a seguir.
FIGURA 18 – EXEMPLO DE OLIVINA
FONTE: Os autores
Nas figuras a seguir apresenta-se um resumo do tópico estudado.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
22
FONTE: Os autores
FIGURA 19 – RESUMO DO TÓPICO 1
FONTE: Os autores
FIGURA 20 – RESUMO DO TÓPICO 1(2)
23
Neste tópico, você aprendeu que:
• O conceito de mineral corresponde a um sólido natural inorgânico que possui 
uma composição química definida e uma estrutura interna ordenada. 
• A mineralogia é a ciência que estuda os minerais, as suas propriedades, 
composição e a origem.
• Os minerais nativos são formados unicamente de um elemento químico, 
enquanto os minerais compostos são formados de compostos químicos estáveis. 
RESUMO DO TÓPICO 1
24
1 Os principais elementos constituintes da crosta terrestre e, portanto, das 
rochas ígneas são:
a) ( ) Silício e sódio.
b) ( ) Ferro e sódio.
c) ( ) Oxigênio e ferro.
d) ( ) Oxigênio e silício.
2 Um mineraloide, um mineral nativo e um mineral composto, na respectiva 
ordem, são:
a) ( ) Carvão, âmbar e calcita.
b) ( ) Âmbar, ouro e quartzo.
c) ( ) Opala, cobre e talco.
d) ( ) Cobre, âmbar e diamante.
3 Cite três minerais fósseis formadores de rochas ígneas:
a) ( ) Quartzo, plagioclásio e ortosa.
b) ( ) Quartzo, biotita e plagioclásio.
c) ( ) Olivina, hordendo e piroxena.
d) ( ) Horblenda, piroxênios e olivina.
4 Cite cinco produtos utilizados na indústria da construção e que são 
produzidos a partir de minerais.
5 Cite as quatro características que um mineral deve ter para ser considerado 
uma gema. 
6 Cite o nome de três minerais que podem ser encontrados no Brasil, a formação 
de depósitos de metal e o elemento de metal que pode ser extraído.
7 Os dois minerais que correspondem à matéria-prima para a fabricação de 
vidro industrial são:
a) ( ) Ortosa e argilas.
b) ( ) Quartzo e calcita.
c) ( ) Argilas e calcita.
d) ( ) Quartzo e Ortosa.
8 Adicione a reação química de oxidação da pirita na presença de água, 
responsável pela formação de drenagem ácida.
AUTOATIVIDADE
25
TÓPICO 2
PETROLOGIA: ROCHAS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
A crosta terrestre é constituída pela formação das placas tectônicas. As 
movimentações da placa e saída de lava do manto formam as rochas, e seus 
diferentes processos caracterizam os diferentes tipos. 
Este tópico tem como função auxiliar você, acadêmico, a entender as 
formações e como identificá-las. Inicialmente começaremos com a definição 
e classificação, e posteriormente analisaremos os diferentes tipos de formação 
para, assim, entendermos as características de cada rocha.
2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
É importante saber que o ramo de conhecimento encarregado do 
estudo sistemático de rochas é a petrologia. Dentro desse estudo, a descrição 
e a identificação das rochas são realizadas por meio da petrografia, assim, a 
explicação de sua origem é feita através da petrogênese. 
As rochas são definidas, de modo geral, como a constituição de um mineral 
ou associação de dois ou mais minerais que mantêm uma certa uniformidade 
de composição e características na crosta terrestre. Assim, quando os agregados 
minerais são formados de um só tipo, considera-se que a rocha é simples. No caso 
em que os agregados minerais estão constituídos por mais de uma espécie, a rocha 
é composta. Alguns exemplos de rochas constituídas de um só mineral são calcário 
e mármore, elementos formados pelo mineral calcita (carbonato de cálcio). Rochas 
como granitos (constituídos de quartzo, feldspato e micas) e diabásios (formados 
por feldspato, piroxênio e magnetita) são exemplos de rochas compostas.
A rocha não é necessariamente um material resistente e duro da crosta, 
como normalmente é percebido. Na área da Geologia, é considerada uma rocha 
sem levar em conta a dureza ou o estado de coesão. Portanto, têm-se rochas 
resistentes como granitos, calcários, sienitos e gabros, e rochas mais moles e 
friáveis, como argilas, folhelhos, arenitos etc. Muitas substâncias da terra formam 
parte das rochas, sendo que as partículas se encontram tão agregadas e arranjadas 
que as unidades são muito amplas. Por causa dos diferentes processos pelos quais 
as rochas foram formadas, elas diferem muito de um lugar para outro, mesmo 
que os corpos de rochas individuais podem constituir centenas ou milhares de 
quilômetros cúbicos do volume da terra.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
26
As rochas são encontradas tanto na superfície terrestre quanto no seu 
subsolo e de acordo com a sua gênese. Ainda, estão classificadas em três grandes 
grupos: 1) rochas ígneas (magmáticas); 2) rochas sedimentares; e 3) rochas 
metamórficas.
1) As rochas magmáticas são formadas a partir do resfriamento e da consolidação 
do magma. Uma característica fundamental é ausência de fósseis, e podem ser 
classificadas segundo sua composição mineralógica, textura, granulometria, 
cor, estrutura etc. 
2) As rochas sedimentares são produto da decomposição e desintegração de 
outra rocha, geralmente, por processos mecânicos ou químicos. Elas se formam 
na superfície da crosta terrestre e em decorrência da ação da água, vento ou 
gelo. São acumulações de sedimentos, os quais podem ser fragmentos de 
outras rochas ou minerais com granulometria fina a grossa, matéria química 
precipitada e matéria de origem animal ou vegetal. Esses materiais são 
transportados, depositados e acumulados em regiões como bacias, vales e 
depressões. Posteriormente, é gerado um processo de consolidação decorrente 
do peso das camadas superiores ou da ação da água subterrânea. As rochas 
sedimentares podem ser classificadas segundo sua textura, composição 
mineralógica, granulometria e cor. Fundamentalmente, são caracterizadas pela 
presença de fósseis.
3) As rochas metamórficas são formadas pela mudança física ou química dos 
minerais e sob a influência de temperatura ou pressão. Geralmente,ocorrem em 
determinados ambientes geológicos abaixo da superfície terrestre. A mudança 
no meio geológico é conhecida como transformação, ou metamorfismo. O 
metamorfismo se caracteriza pela geração de novas texturas ou de novos 
minerais, ou a combinação. A diferença dessas características dificulta a 
determinação da natureza da rocha original.
Uma descrição detalhada desses três grandes grupos é apresentada a 
seguir.
3 ROCHAS 
Temos que as rochas são agregados naturais de um ou mais minerais. É 
comum a utilização dos termos rochas simples, quando são formadas por um só 
tipo de mineral (como o mármore, composto unicamente por cristais de calcita), 
e rochas compostas, aquelas formadas pela associação natural de duas ou mais 
espécies de minerais (como o granito, constituído por quartzo, feldspato, micas e 
minerais acessórios). 
Na figura a seguir podemos observar um exemplo de rocha simples e um 
de rocha composta.
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
27
FIGURA 21 – EXEMPLOS DE ROCHAS SIMPLES E COMPOSTAS
a) Rocha simples b) Composta
FONTE: Os autores
Em uma classificação mais geral, de acordo com a sua origem, as rochas 
são divididas em três grandes grupos: ígneas, sedimentares e metamórficas. 
As rochas ígneas formam a maior parte da crosta terrestre.
IMPORTANT
E
3.1 ROCHAS IGNEAS 
As rochas ígneas são formadas pela cristalização de magmas localizados 
no interior da crosta e no manto terrestre. O magma é um material em fusão e 
composto por uma fase sólida formada principalmente por minerais silicáticos, 
uma fase volátil constituída por H2O, CO2, SO2 etc. e uma fase líquida. 
3.1.1 Classificação das rochas ígneas 
Na identificação e classificação das rochas ígneas, na escala macroscópica 
(amostras de mão), existem algumas características que podem ser estudadas em 
laboratório ou em campo, baseadas em critérios visuais simples, os quais vão ser 
apresentados na sequência.
a) Profundidade de formação
Quando o processo de solidificação do magma ocorre no interior da crosta, 
são formadas rochas intrusivas ou plutônicas. Por outro lado, quando o magma 
atinge a superfície terrestre através dos vulcões em forma de derrames (lava), são 
formadas as rochas extrusivas ou efusivas. 
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
28
b) Textura
A textura é uma característica física importante para diferenciar as rochas 
intrusivas das rochas extrusivas. Segundo Tarbuck e Lutgens (2005), o termo 
textura, quando aplicado a uma rocha ígnea, é usado para descrever a aparência 
geral da rocha em função do tamanho, forma e arranjo dos seus minerais. A 
textura de uma rocha depende de vários fatores: da velocidade de resfriamento 
do magma, da quantidade de sílica presente e de gases dissolvidos.
A textura de uma rocha ígnea pode ser:
• Fanerítica: quando as condições de altas pressões e temperaturas a grandes 
profundidades permitem que o resfriamento do magma seja lento, formando 
cristais visíveis a olho nu. Essa é uma característica típica da textura das rochas 
intrusivas. A textura fanerítica de uma amostra de granito pode ser observada 
a seguir. 
FIGURA 22 – EXEMPLOS DE TEXTURA FANERÍTICA - GRANITO
FONTE: Os autores
QUARTZO FELDSPATO MOSCOVITA
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
29
• Afanítica: quando o processo de resfriamento e a cristalização são produzidos 
rapidamente, devido à diferença entre a temperatura do magma (±1100°C) e a 
temperatura do ambiente, formando minerais microscópicos. Textura típica de 
rochas extrusivas é mostrada a seguir.
FIGURA 23 – EXEMPLO DE TEXTURA AFANÍTICA
FONTE: Os autores
• Porfirítica: formada por minerais pequenos (fenocristais) imersos numa massa 
fina (matriz). Textura típica de rochas com uma formação intermediária entre 
as faneríticas e as afaníticas.
FIGURA 24 – EXEMPLO DE TEXTURA PORFIRITICA
FONTE: Os autores
• Vítrea: quando o resfriamento acontece rapidamente, isso impossibilita a 
formação de minerais, cristalizando apenas um material vítreo. Na figura a 
seguir há um exemplo da cristalização de uma amostra de obsidiana. 
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
30
FIGURA 25 – EXEMPLOS DE TEXTURA VÍTREA
a) Obsidiana Preta b) Obsidiana de Mogno
FONTE: Os autores
• Vesicular: durante o derramamento da lava ocorre o escape dos componentes 
voláteis dissolvidos no magma, formando bolinhas na superfície e no interior 
da massa. Esses vazios, mais conhecidos como vesículas, posteriormente 
podem ser preenchidos pela precipitação de minerais secundários, formando 
uma textura amigdaloide. Exemplos de texturas vesiculares são apresentados 
a seguir.
FIGURA 26 – EXEMPLOS DE TEXTURAS VESICULARES
FONTE: Os autores
A pedra pomes é um caso de rocha com textura vítrea e vesicular. É 
formada por erupções explosivas de magmas viscosos e ricos em gases quando 
atingem a superfície através das aberturas vulcânicas. É a rocha ígnea menos 
densa, tendo uma densidade inferior à da água, sendo capaz de flutuar.
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
31
FIGURA 27 – EXEMPLO DE PEDRA POMES 
a) Amostra de mão b) Flutuação na água
FONTE: Os autores
Um resumo das texturas descritas anteriormente e as suas respectivas 
descrições estão apresentados a seguir. 
Textura Descrição
Afanítico Minerais pequenos (microscópicos).
Fanerítico Minerais grandes (visíveis).
Porfirítica Minerais pequenos e grandes.
Vítrea Material vítreo.
Vesículas Vazios na superfície e no interior da rocha.
Amigdaloide Vazios preenchidos por minerais secundários. 
QUADRO 2 – RESUMO DE TEXTURAS IGNEAS
FONTE: Os autores
c) Composição química
De acordo com a composição química, as rochas ígneas são classificadas 
como:
• Ácidas ou félsicas: compostas por teores de sílica > 65% são ricas em íons de 
sódio e potássio, portanto, são formadas principalmente por minerais de cor 
clara (ortoclásio, quartzo e moscovita).
• Intermediárias: compostas entre 50 e 65% de sílice. Possuem uma quantidade 
semelhante de minerais claros e minerais escuros (Plagioclásio, quartzo e 
piroxênio).
• Básicas ou máficas: Compostas de baixo conteúdo de sílice < 50%. São ricas em 
íons de ferro e magnésio, portanto, são formadas principalmente por minerais 
de cor escura (olivina, piroxênio, anfíboles e biotita).
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
32
FIGURA 28 – EXEMPLOS DE ROCHAS: I
a) Felsica b) Intermediária c) Máficas
FONTE: Os autores
A figura a seguir mostra a classificação dos principais tipos de rochas 
ígneas segundo a composição mineralógica e a textura. Nota-se que o granito 
possui a mesma composição mineralógica da riolita, porém, por ser uma rocha 
intrusiva, o tempo de resfriamento é mais longo, resultando em minerais maiores. 
Assim, cada tipo de rocha intrusiva possui uma rocha equivalente extrusiva. 
Exemplo: o andesito e o basalto são os equivalentes extrusivos do diorito e do 
gabro, respectivamente.
FIGURA 29 – CLASSIÇÃO DE ROCHAS ÍGNEAS
FONTE: Teixeira et al. (2009, p. 337)
• Rochas intrusivas
Mesmo quando rochas ígneas intrusivas são formadas em profundidade, 
a elevação e a erosão geralmente as expõem à superfície.
As rochas intrusivas podem ocorrer de maneiras muito diversas, formando 
corpos de formas e tamanhos variados e que apresentam relações variadas com as 
rochas preexistentes. As intrusões grandes mais comuns são os batólitos e stocks e 
as intrusões ígneas pequenas mais comuns são os diques e os sills. 
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
33
Os batólitos são enormes corpos geralmente de composição granítica. 
Cobrem uma área com mais de 100km2 na superfície terrestre (por exemplo, o 
Escudo Brasileiro). Quando a extensão é menor do que 100km2, são os chamados 
stocks.
Os diques e sills são formados pela solidificação dos fluidos magmáticos 
durantesua ascensão à superfície terrestre. No caso dos diques, a solidificação 
preenche aberturas ou fissuras, cortando discordantemente as rochas 
preexistentes. Nos sills, a intrusão ocorre entre os planos de estratificação de 
rochas sedimentares. Ambos corpos intrusivos geralmente formam parte de um 
sistema intrusivo maior.
• Rochas extrusivas
O grau de viscosidade ou fluidez da lava depende da sua composição 
química e da temperatura. Quanto maior a temperatura, maior é a fluidez do 
magma. As lavas básicas ou máficas pobres em sílica (como o basalto) são rápidas 
e podem atingir grandes distâncias. As lavas ácidas ou félsicas, ricas em sílica, são 
viscosas e, portanto, não formam derrames de grande extensão.
Apresentamos exemplos de estruturas vulcânicas e derrames de lavas, 
respectivamente.
FIGURA 30 – EXEMPLOS DE ESTRUTURAS VULCÂNICAS
A) Vulcão Poás, Costa Rica B) Cratera Vulcão Arenal, Costa Rica
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
34
FIGURA 31 – EXEMPLOS DE DERRAME DE LAVAS. A) TÚNEL DE LAVA FLUÍDA; B) DERRAME 
DE LAVA VISCOSA 
A) Vulcão Masaya, Nicarágua B) Vulcão Masaya, Nicarágua
FONTE: Os autores
• Rochas extrusivas piroclásticas
Quando os magmas muito viscosos e ricos em gases atingem a superfície 
terrestre através dos vulcões, são produzidas erupções explosivas. Nesses 
eventos, o magma é desintegrado em fragmentos de menor tamanho, chamados 
piroclástos. Do grego, Pyro (fogo) e clasto (fragmento).
As rochas piroclásticas são agrupadas em dois grupos: os piroclástos de 
queda, subdivididos pelo tamanho das partículas, e os piroclástos de fluxo. 
Apresentamos a classificação das rochas de queda. Alguns exemplos 
podem ser observados a seguir.
Tamanho de partícula Piroclasto Rocha Piroclástica
< 0,06mm Cinza fina. Tufo fino.
0,06 – 2mm Cinza grossa. Tufo grosso.
2 – 64mm Lapíli. Lapílli-tufos.
>64mm Bomba. Aglomerado vulcânico.
>64mm Bloco. Brecha vulcânica.
QUADRO 3 – CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS PIROCLASTICAS DE QUEDA
FONTE: Os autores
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
35
FIGURA 32 – EXEMPLOS DE PIROCLÁSTOS DE QUEDA 
a) Cinza fina b) Tufo fino (Guanacaste, Costa Rica)
c) Lapíli d) Bomba (Vulcão Poás, Costa Rica)
FONTE: Os autores
As nuvens ardentes são fluxos piroclásticos densos de grande energia 
e alta temperatura. Descem a encosta do vulcão em altas velocidades. Essas 
nuvens ardentes são compostas por cinzas, lapíli, bombas, pedra pomes, lava 
líquida, fragmentos de rochas preexistentes no vulcão e gases tóxicos. Quando 
esses materiais são depositados e posteriormente consolidados formam rochas 
chamadas Ignimbritas. Nos depósitos dos fluxos piroclásticos se observam com 
frequência fragmentos de obsidiana alongada (fiammes). A formação é pelo 
colapso da pedra pomes a altas temperaturas no interior do fluxo. O eixo alongado 
dos fiammes indica a direção do fluxo. 
A seguir, observamos um exemplo da utilização de blocos de rocha 
ignimbrita na construção de uma igreja na Costa Rica. Ainda, uma ignimbrita 
colunar.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
36
FIGURA 33 – EXEMPLOS DO USO DE ROCHA IGNIMBRITA EM OBRAS CIVIS
FONTE: Os autores
a) Igreja San Ramón, Costa Rica b) Detalhe de um bloco de rocha ignimbrita
FIGURA 34 – EXEMPLO DE UMA AMOSTRA IGNIMBRITA COLUNAR
FONTE: Os autores
3.2 ROCHAS SEDIMENTARES
As rochas sedimentares são formadas pela litificação de sedimentos 
provenientes da desintegração física e decomposição química de rochas existentes 
devido ao efeito de agentes externos (intemperismo).
Com vistas ao uso na Engenharia Civil, é importante determinar 
a mineralogia, a parecença de matriz argilosa, o tipo e modo 
de distribuição do material ligante (cimento), a porosidade, a 
permeabilidade, a presença de fósseis e as estruturas presentes para 
o entendimento das qualidades mecânicas (OLIVEIRA; BRITO, 1998, 
p. 32).
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
37
3.2.1 Processo de formação das rochas sedimentares
O processo de formação das rochas sedimentares começa com a erosão 
e decomposição de rochas preexistentes (ígneas, sedimentares e metamórficas). 
É decorrente dos agentes externos (água, gelo, vento, gravidade, organismos, 
homem etc.). As partículas desagregadas são transportadas, depositadas, 
compactadas e, finalmente, litificadas. 
O processo de litificação transforma os sedimentos inconsolidados em 
rochas cimentadas a partir de um conjunto de processos químicos (precipitação, 
cristalização, recristalização e outros) e físicos (diagênese).
Os conceitos de erosão e meteorização serão abordados detalhadamente nas 
Unidades 2 e 3, Processos geológicos e Formação dos solos, respectivamente.
ESTUDOS FU
TUROS
3.2.2 Classificação
As rochas sedimentares são classificadas em três grandes grupos: 
detríticas, químicas e bioquímicas e de acordo com a suas gênesis.
a) Rochas detríticas 
Também conhecidas como clásticas, são formadas por sedimentos 
formados mecanicamente. As rochas clásticas são subdivididas, de acordo com o 
diâmetro das partículas, em: conglomerados, brechas, arenitos, siltitos, argilitos 
e folhelhos. 
A seguir, há as principais características da classificação de rochas 
sedimentares.
Diâmetro da partícula (mm) Sedimento Rocha
>2 Rudito Brecha/Conglomerado
2-0,062 Areia Arenito
0,062-0,02 Silte Siltito
<0,02 Argila Argilito/Folhelhos
QUADRO 4 – CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
38
Nas brechas, as partículas são angulosas e nos conglomerados as 
partículas são arredondadas. Esse arredondamento deve-se a um maior 
transporte dos sedimentos. A diferença entre os argilitos e os folhelhos reside 
em os folhelhos apresentarem camadas planas horizontais bem destacadas e 
que variam de cor. 
A figura a seguir apresenta exemplos de vários tipos de rocha 
sedimentária.
FIGURA 35 – EXEMPLOS DE ROCHAS SEDIMENTARES CLÁSTICAS
a) b)
c) d)
Na Figura 36a, podemos observar uma brecha composta principalmente 
por detritos e, na Figura 36b, há o caso de uma brecha composta tanto por detritos 
e uma matriz de sedimento mais fino. 
FONTE: Os autores
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
39
FONTE: Os autores
FIGURA 36 – EXEMPLO S DE BRECHAS
Durante a litificação dos sedimentos em ambientes oceânicos profundos, 
lagoas e rios, e em condições de baixa pressão e temperatura, é comum a 
preservação de seres vivos (fósseis).
FIGURA 37 – EXEMPLOS DE ROCHAS CLÁSTICAS FOSSILIFERAS
FONTE: Os autores
b) Rochas químicas
São formadas a partir de substâncias minerais em solução iônica ou 
coloidal, através de processos variados, como químicos, físico-químicos, 
precipitação e evaporação. Elas se classificam em: carbonáticas, ferruginosas, 
silicosas e evaporação. Cabe ressaltar que, neste livro, vamos estudar o caso das 
rochas sedimentares químicas carbonáticas.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
40
Carbonáticas: são formadas pela precipitação de carbonato de cálcio 
ou carbonato de magnésio, formando depósitos calcários e dolomíticos, 
respectivamente. 
A seguir, é apresentada uma amostra de caliça.
FONTE: Os autores
FIGURA 38 – EXEMPLO DE CALIÇA
Os travertinos são rochas químicas formadas em ambientes continentais 
e associadas a águas termais e zonas de falhas. É comum encontrar fósseis de 
folhas, galhos, raízes, semente etc. 
Um afloramento de travertino pode ser observado na Figura 39a e, uma 
amostra de mão, na Figura 39b.
FIGURA 39 – EXEMPLOS DE TRAVERTINOS 
a) Limón, Costa Rica b) Amostra de mão
FONTE: Os autores
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
41
As rochas carbonáticas são susceptíveis ao processo de dissolução 
química de água de chuva. Estas são aciduladas pela reação do gás carbônico da 
atmosfera e matéria orgânica presentenos solos, formando feições conhecidas 
como Carste, por exemplo: cavernas, dolinas, semidouros, canyons, estalactites 
e estalagmites.
CaCO3 + H2CO3 → Ca++ + 2HCO3
FIGURA 40 – EXEMPLOS DE GEOMORFOLOGIA CÁRSTICA
a) CAVERNA b) SUMIDOURO
c) ESTALACTITES
FONTE: Os autores
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
42
Nas rochas carbonáticas formadas nos fundos de oceanos e lagoas 
profundas, é comum encontrar fósseis (restos de animais preservados durante a 
precipitação dos sedimentos).
FIGURA 41 – EXEMPLOS DE CALIÇAS FOSSILIFERAS 
FONTE: Os autores
c) Rochas bioquímicas
São formadas pela acumulação de matéria orgânica. As bioquímicas 
calcárias são formadas pela acumulação de fragmentos de conchas ou carapaças 
de composição carbonatada (coquinhas) ou por fragmentos de conchas misturadas 
com sedimentos clásticos.
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
43
FIGURA 42 – EXEMPLO S DE ROCHAS BIOQUÍMICAS CALCÁRIAS
a) b)
FONTE: Os autores
As rochas bioquímicas carbonosas são formadas a partir da acumulação 
e carbonização de restos vegetais acumulados em ambientes de água estagnada 
(pantanosos ou lagoas), pobres em oxigênio. De menor a maior grau de 
carbonização e compactação, são classificadas como: turfa, linhito, carvão e 
antracito.
a) Carvão
FONTE: Os autores
FIGURA 43 – EXEMPLO DE ROCHAS BIOQUIMICAS CARBONOSAS
É muito comum, nos ambientes sedimentares, a depositação dos 
sedimentos em camadas, estas separadas por planos de estratificação. O 
acamamento é formado por períodos de não depositação ou mudanças nos 
processos e agentes de transporte.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
44
FONTE: Os autores
FIGURA 44 – EXEMPLO S DE ACAMAMENTO
3.3 ROCHAS METAMÓRFICAS
O que são rochas metamórficas? São aquelas que sofrem um processo 
de intemperismo, e esses processos muitas vezes alteram a sua composição 
química, sob influência de temperaturas e/ou pressões em condições instáveis. 
Essas mudanças, que são capazes de ocorrer, também, de forma física, podem ser 
devido a esforços mecânicos e a mudanças de estrutura e textura.
b) Estratificação de arenitos e argilitosa) Arenito estratificado
O metamorfismo corresponde às transformações sofridas pelas rochas sem 
que sofram fusão. As condições de mudanças geralmente ocorrem devido aos ambientes 
geológicos e, neste caso, ocorrem abaixo da superfície da Terra.
IMPORTANT
E
De um modo geral, a transformação da rocha, dita como metamorfismo, é 
o resultado de uma mudança no meio geológico, no qual a estabilidade das rochas 
pode ser mantida simplesmente por uma mudança correspondente na sua forma. 
Assim, o processo de metamorfose pode ser caracterizado pelo desenvolvimento 
de novas texturas, de novos materiais ou de ambos. Toda essa modificação 
ocasiona rochas que, muitas vezes, são de difícil determinação da sua natureza.
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
45
Para um melhor entendimento, divide-se essa transformação em dois tipos: 
• Metamorfismo normal: quando a rocha é formada a partir da cristalização dos 
minerais, estes que são da mesma natureza química dos minerais primários 
da rocha que se transformou. Assim, se a metamorfose ocorreu sem adição ou 
perda de material novo, e continuou com as mesmas características, considera-
se uma transformação normal.
• Metamorfismo metassomático: a transformação ocorre por mudança de 
composição química e, muitas vezes, evidenciando um aumento de número de 
constituintes dos minerais. Esses novos minerais podem ser estabelecidos por 
recombinação dos componentes minerais ou reações com fluidos que entram 
nas rochas.
Para melhor entendermos esses dois tipos de transformações, a figura a 
seguir representa um tipo de metamorfismo normal. No exemplo, percebe-se que 
a rocha primária, calcário, a partir de processos de intemperismo, aumenta com a 
dureza e há uma mudança estrutural na rocha, formando, portanto, o mármore.
FONTE: Adaptado de Chiossi (2013, p. 51)
FIGURA 45 – EXEMPLO DE METAMORFISMO NORMAL
Segundo Chiossi (2013, p. 51), “os elementos que caracterizam e identificam 
uma rocha metamórfica são: (i) minerais orientados em linhas, normalmente alongados; (ii) 
dobras e fraturas; (iii) dureza média e elevada”.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
46
Diante desse contexto, o metamorfismo ocorre pelas mudanças da rocha. 
As mudanças mais drásticas, envolvidas no metamorfismo, são os efeitos do 
calor, pressão e fluídos atuando ao mesmo tempo. O calor de dentro da Terra, 
de corpos de rochas fundidas, de pressão e fricção acelera a atividade química. 
A pressão pode aumentar por um simples afundamento, mas os movimentos 
da crosta são mais efetivos na alteração de texturas. “A água e o gás asseguram 
a mobilidade para mudanças se processarem e podem carrear elementos de um 
magma próximo, facilitando as mudanças químicas” (MENEZES, 2013, p. 77).
Segundo Menezes (2013, p. 73), “o metamorfismo pode ocorrer com maior 
ou menor intensidade em função das temperaturas e pressões a que a rocha é 
submetida, o que, até certo ponto, é função também da profundidade em que o 
processo ocorre”. O gráfico a seguir corresponde aos campos aproximados de 
pressão e temperatura dos vários tipos de metamorfismo. Se as condições de 
temperatura e pressão são extremas, com fusão parcial da rocha, diz-se que se 
atingiu o ultrametamorfismo, e as rochas formadas são migmatitos, com aspecto 
intermediário entre rochas metamórficas e rochas ígneas. Caso ocorra fusão, ou 
seja, formação de magma, haverá o início do processo de rochas ígneas.
São três fatores que provocam o metamorfismo: a temperatura, a pressão e a 
atividade química das soluções aquosas e gases que circulam nos espaços existentes nas 
rochas. Ainda, fatores como a temperatura constituem a principal condição responsável 
pelas associações mineralógicas encontradas nas rochas metamórficas. A pressão é também 
o fator responsável por certas associações minerais, pois ela pode permitir ou impedir certas 
reações. 
FONTE: CHIOSSI, N. J. Geologia de engenharia. 3. ed. São Paulo: Oficina de Texto, 2013. p. 53.
IMPORTANT
E
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
47
FONTE: Menezes (2013, p. 56)
GRÁFICO 1 – TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA E 
PROFUNDIDADE
Se uma argila é depositada, ela passa, inicialmente, pelo processo de litificação 
e se transforma em um argilito (rocha sedimentar). Com as condições de temperatura e 
pressão aumentando, progressivamente o argilito se transformará em uma ardósia (rocha 
metamórfica) e, em seguida, em um filito (rocha metamórfica). Dessa forma, a ardósia e o filito 
possuem granulação fina e são formados por minerais de metamorfismo baixo (temperatura 
de 200°C a 250°C).
IMPORTANT
E
Ao observarmos, verificamos as letras A, B e C. Essas letras correspondem 
ao tipo de rocha metamórfica e, consequentemente, ao processo de metamorfismo 
existente, ou seja, o que age para transformar a rocha: 
• Letra A: processo em alta profundidade e temperatura abaixo de 200°C. 
• Letra B: processo em que há o aumento de profundidade linearmente ao 
aumento de temperatura. São condições presenciadas pelas transformações 
regionais, que resultam em sedimentos afundados em alta profundidade e em 
uma faixa de temperatura de 200°C a 1000°C. São sedimentos encontrados em 
regiões profundas de montanhas e em terrenos pré-cambrianos.
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
48
• Letra C: processo com temperaturas maiores que 200°C e ocorre em até 5km de 
profundidade. Pode ocorrer, no trecho, o metamorfismo de deslocamento, ou 
seja, que corresponde às mudanças produzidas pelas falhas e dobras da crosta, 
usualmente em regiões pouco profundas.
Além dessas condições de metamorfismo, existe a metamorfose de contato, 
que engloba os efeitos da intrusão do magma na rocha encaixante,provocando 
uma alteração maior ou menor, e os fluidos intrusivos são corrosivos. Esses 
fluídos podem ocorrer por contato: termal e hidrotermal. 
A condição de metamorfismo termal ocorre devido ao aquecimento da rocha 
encaixante pela intrusão da rocha ígnea, ou seja, pelo “vapor” que a rocha ígnea provoca. 
No entanto, os contatos hidrotermais ocorrem quando são adicionadas soluções quentes 
provenientes da rocha ígnea e calor ao longo de fraturas e espaços das rochas.
IMPORTANT
E
Segundo Menezes (2013), o processo de metamorfismo por contato é 
interessante, pois o metamorfismo pode ocorrer em minerais puros ou com 
minerais misturados. Esse fato faz com que a transformação de um mineral puro 
(calcário, CaC03) resulte em uma metamórfica (mármore CaCO3), sem mudanças 
na sua constituição. Em outro contexto, se houver a transformação de um mineral 
não puro (calcário com impurezas), o calor provocado pela intrusão da rocha 
ígnea pode servir para desenvolver minerais novos e característicos (Dolomita-
Mármore, por exemplo).
3.3.1 Características 
Para poder identificar uma rocha metamórfica macroscopicamente, deve-
se ter noção das características visuais, composição mineralógica e estrutura 
básica. 
Dessa forma, com base em estudos de Menezes (2013), a seguir, 
explicaremos sobre esses três itens neste tipo de rocha.
3.3.2 Textura
A textura é definida pela orientação com que os minerais estão alinhados. 
As mais comuns são: granoblástica, porfiroblástica e cataclástica. 
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
49
• A granoblástica é definida pelo arranjo desordenado, sem orientação 
preferencial dos cristais da rocha. É uma textura típica de mármores, rochas de 
metamorfismo de contato, granulitos, quartizitos etc.
• A porfiroblástica é caracterizada pela presença de grandes cristais 
(porfiroblastos) desenvolvidos em meio a uma massa de cristais menores.
• A cataclástica é formada pela fragmentação e moagem das rochas ao longo 
de zonas de grandes falhas. Ela é caracterizada pela presença de pedaços de 
rochas e minerais fragmentados e deformados, envoltos frequentemente por 
material finamente moído e pela presença de minerais típicos do ambiente.
3.3.3 Estrutura
A estrutura da rocha metamórfica ocorre, na sua grande maioria, laminada 
(lamelares), com duas principais aparências: bandeada e xistosa.
• A estrutura bandeada corresponde à alternância de faixas (ou bandas) claras 
ou escuras de minerais. É típica em gnaisses.
• A estrutura xistosa é frequente e corresponde à disposição paralela de lamelas, 
estas que mostram uma aparição aproximadamente planar da rocha. Temos, 
como exemplos: filitos e xistos.
3.3.4 Composição do mineral 
É fato que ter noção da constituição mineralógica que a rocha possui, 
possivelmente, pode indicar o tipo de rocha. Os minerais que possuem 
características em rochas metamórficas são: cianita, andaluzita, talco etc. Outros 
como feldspatos e quartzo são comuns em rochas metamórficas, porém não 
servem como bons indicadores devido à abrangência em outras rochas.
De uma maneira geral, as transformações minerais que ocorrem nos 
processos de metamorfismo dependem, em primeiro lugar, da composição da 
rocha original e, depois, da natureza ou do tipo de metamorfismo.
Sob o ponto de vista da composição inicial, as rochas podem ser associadas 
a quatro séries diferentes (CHIOSSI, 2013, p. 55):
• Rochas argilosas.
• Rochas arenosas, ígneas ácidas e tufos, xistos ácidos e gnaisses.
• Calcários e outras rochas carbonatadas.
• Rochas ígneas intermediárias, básicas e seus tufos.
Nas rochas argilosas, os constituintes minerais são os produtos mais 
finos do intemperismo. Quando sofrem reações de metamorfose, mudam 
caracteristicamente de acordo com a temperatura e pressão. As rochas arenosas, 
ígneas ácidas, tufos e xistos ácidos são constituídas, na sua grande maioria, por 
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
50
quartzo e feldspatos, que são minerais estáveis e pouco sensíveis às mudanças 
pela ação da pressão e temperatura.
Rochas constituídas de carbonato de cálcio puro são relativamente estáveis 
sob condições metamórficas e sofrem pequenas mudanças, exceto recristalização. 
Calcários e dolomitos impuros, em condições de equilíbrio instável, variando a 
temperatura e a pressão, convertem-se em grupo de novos minerais. As rochas da 
quarta série são do tipo magmático básico. “Tomemos como exemplo o basalto. Os 
principais minerais das rochas magmáticas basálticas — que são os feldspatos do tipo 
plagioclásios sódico-cálcicos, os piroxênios, as olivinas (que são minerais de ferro) — 
são facilmente suscetíveis às mudanças metamórficas” (CHIOSSI, 2013, p. 55). 
3.3.5 Tipos de rochas metamórficas 
Percebe-se, portanto, que o tipo de rocha metamórfica depende do caráter 
original da rocha que sofreu os processos de metamorfismo envolvidos e de 
intensidade. Para melhor resumir, as figuras a seguir representam um fluxograma 
das principais rochas metamórficas e suas rochas de origem.
FIGURA 46 – FLUXOGRAMA RESUMIDO DOS TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS EXISTENTES 
E SUAS ROCHAS DE ORIGENS
FIGURA 47 – FLUXOGRAMA RESUMIDO DOS TIPOS DE ROCHAS METAMÓRFICAS EXISTENTES 
E SUAS ROCHAS DE ORIGENS (II)
FONTE: Adaptado de Brason e Tarr (1952) apud Menezes (2013, p. 77)
FONTE: Adaptado de Brason e Tarr (1952) apud Menezes (2013, p.77)
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
51
Para classificação em campo de uma rocha metamórfica, deve-se ficar 
atento à estrutura da rocha, além de verificar os aspectos dos grãos quanto à cor, 
textura e como a rocha reage ao ser riscada com material perfurante (canivete, por 
exemplo) e ao colocar HCL (pela verificação de efervescência). 
A seguir, podemos observar os principais tipos de rochas e a forma de 
determiná-las em campo, ou em laboratório, de maneira visual e simplificada.
Estrutura Composição 
mineralógica
Aspectos diagnósticos Rocha
Foliada
Feldspato e outros 
silicatos, as vezes 
grânulos grandes de 
granada.
Grãos minerais 
macroscópicos arranjados 
em bandas alternadas claras 
e escuras. As partes escuras 
podem conter hornblenda, 
augita, granada e biotita.
Gnaisse
Mica e outros silicatos 
laminados ou 
alongados (anfibólios, 
estaurolitas, cloritas), 
granadas e com 
pequenas quantidades 
de quartzo e feldspato.
Textura xistosa, grãos 
grosseiros a finos.
Xisto
Minerais micáceos são 
dominantes.
Textura filítica, afanítica. 
Uma transição entre xisto e 
ardósia.
Filito
Minerais micáceos 
com quartzo e outras 
impurezas.
Densa, grãos microscópicos. 
Textura ardosiana. Cor 
variável, sendo de preta a 
cinza-preto. Ocorre também 
verde, vermelho-escuro.
Ardósia
QUADRO 5 – CLASSIFICAÇÃO SIMPLIFICADA DAS ROCHAS METAMÓRFICAS
UNIDADE 1 | MINERALOGIA E PETROLOGIA
52
Maciça
Feldspato e outros 
silicatos, às vezes 
grânulos grandes de 
granada.
Granulação fina, cores 
claras, composição granítica.
Granulito
Grãos de quartzo e 
cimento de quartzo.
Cristalina. Dura (risca o 
vidro) e de cores branca, 
rósea, castanha e vermelha.
Quartzito
Calcita. Cristalina. Cores e 
granulação variáveis. 
Efervesce com HCl no frio.
Mármore
Calcita e dolomita. Cristalinas. Cores e 
granulação variáveis. 
Efervescem no quente com 
HCL.
Dolomita-
mármore
Argila. Densa, cor escura. Vários 
tons de cinza, cinza-
esverdeado até preto.
Hornfel
Carbono. Cor preta, brilhante; fratura 
conchoidal ou concoide.
Antracito
Serpentina. Compacta. Cores variando 
do verde ao amarelo-
esverdeado. Untuosa ao 
tato.
Serpentinito
FONTE: Adaptado de Pearl (1966) apud Menezes (2013, p. 79)
A seguir, apresentamos um resumo do tópico estudado.
TÓPICO 2 | PETROLOGIA: ROCHAS
53
FONTE: Os autores
FIGURA 48 – RESUMO DO TÓPICO 2
FONTE: Os autores
FIGURA 48

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