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O Espírito das Leis, Montesquieu RESENHA

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RESENHA SOBRE MONTESQUIEU, O ESPÍRITO DAS LEIS
Montesquieu fala da importância das leis, do Estado,etc., adequados a diferentes povos, diferentes constituições. Quando ele faz diferenciação entre os poderes, fala sobre estabelecer poderes moderadores, em que nenhum poder se sobressai ao outro, de maneira que um sirva de “freio e contrapeso”, um equilíbrio entre eles - que ele mesmo considerava muito importante. 
Falando sobre governo, ele faz divisões e subdivisões, as divisões em formas, natureza, princípios etc... Nas formas há as puras e impuras, sendo as puras a monarquia, a aristocracia e a democracia, as impuras seriam o “contrário” a isso, no caso a tirania, a oligarquia e a demagogia. Na natureza Monstesquieu fala da existência/estrutura.
Continuando com seu pensamento, o autor fala da complementação e a equipotência entre os poderes, focando na moderação entre eles e do peso da legislação. Assim como os outros contratualistas ele também fala sobre os dois mundos de divisão, o estado de natureza e o estado civil, no caso sem a presença das leis o mundo seriavam caos e conviver em sociedade seria impossível. Já ele considera o estado de natureza como um estado de paz covarde, medo de ser eliminado.
Com dois mundos ele faz outra divisão, o mundo particular e o mundo físico, em que o mundo físico é o mundo normal, sem o conhecimento, e o mundo inteligente é o de entendimento das leis, etc.
Quando falamos sobre a questão da punição, parece muito recente seu modelo. Tão recente quanto antigo, como o código de Hamurabi, mais precisamente o princípio de Talião, sobre as penas serem equivalentes e medidas ao crime, Monstesquieu também fala sobre isso, dizendo que o mal causando a outrem deve ser punido com a mesma coisa. Ele fala da perda da racionalidade quando se comete um crime, já que fala que seres racionais tem maior entendimento e compreensão do mundo, faz uma pequena correlação com a própria ideia de religião e pecado, quando fala que o pecado é a quebra de normas e contrato.
Montesquieu fala das leis naturais e das suas importâncias para a convivência, nelas estão a paz, a alimentação, apelo natural (prazer carnal) e o desejo de viver em sociedade. Politicamente falando, Montesquieu fala da questão do ataque e da defesa caso interfira na propriedade, como um bem de maior valor que uma vida, mas considera isso um consenso de paz.
Seguindo no espírito das leis, há também as leis positivas, em que está a constituição e leis que regem a sociedade. Fala da diferenciação do direito político - relação governantes x governados, do direito da gente, que serve para regular relações entre diferentes grupos políticos.
Tenho que admitir que algumas partes da obra me lembraram um pouco O príncipe, de Maquiavel, não sua escrita, mas o propósito do conteúdo; Montesquieu também fala de como se deve ser o comportamento mediante situações, como, por exemplo, quando ele fala que na guerra não se deve destruir todo o território, deve-se preservar as regras e as leis daqueles povos dominados, caso contrário não vai durar muito tempo essa dominação.
Ele fala sobre isso pois não é possível que as leis de uma nação favoreçam outra. O autor defende a monarquia parlamentarista (o que, honestamente, faz algum sentido lendo sua obra, defende a expansão como em qualquer regime monárquico, mas também faz uma crítica sútil e divide muito bem o poder na mão de diversas pessoas).
Ele volta até Atenas e fala das leis que dependiam do povo, leis relativas à natureza e aristocracia. Falou do poder soberano do aristocrata e falou que a aristocracia é o sentada, e o povo não é nada. Há uma votação para a substituição dos “senadores” (feita por eles mesmos) e no texto se fala sobre o sufrágio, o voto, e o sorteio, o que entendemos por eleição.
Claro que essa eleição não era plena e nem geral, havia um recorte de renda para votar e também apenas para os ditos intelectuais. Ainda na aristocracia, essas famílias devem ter popularidade e devem se aproximar da democracia.
Já quase terminando essa parte da obra, Montesquieu fala sobre um governo despótico, em que se mata a oposição, uma “ditadura”, e que pode, muito provavelmente, acarretar a volta para um governo monárquico. Em governos assim não há previsibilidade de lei.

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