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Análise de Investimentos

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Indaial – 2019
Análise de investimentos
Profª. Estelamaris Reif
Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Profª. Estelamaris Reif
Prof. Péricles Ewaldo Jader Pereira
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
R361a
 Reif, Estelamaris
 Análise de investimentos. / Estelamaris Reif; Péricles Ewaldo Jader 
Pereira. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 204 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0377-5
 1. Investimentos - Análise. - Brasil. I. Pereira, Péricles Ewaldo Jader. 
II. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 658.152
III
ApresentAção
Olá, acadêmico! Você já deve ter ouvido a famosa expressão: “Não 
sei se caso ou se compro uma bicicleta”? Essa ilustração serve como exemplo 
para os vários dilemas pelos quais passamos no dia a dia ao longo de nossas 
vidas quando pensamos em investimentos.
No âmbito dos negócios empresariais, a situação não é muito 
diferente. Várias são as dúvidas sobre investimentos, tais como: aquisição de 
maquinários, abertura de novas unidades, entrar no mercado de franquias, 
aquisição de inovações tecnológicas, equipamentos modernos, softwares 
e soluções de TI e por aí vai. Todos esses investimentos são feitos com o 
objetivo de melhorar o desempenho de uma empresa.
Como se não bastassem todas essas possibilidades de investimentos, 
existe ainda a opção de investir o dinheiro no mercado financeiro para fazê-
lo render. 
Porém, com tantas opções, como saber qual é o melhor investimento 
para sua empresa? O que é preciso para que um investimento crie valor? 
Este livro didático busca auxiliar na resposta dessas perguntas utilizando 
das várias ferramentas da análise de investimentos.
O conhecimento destas ferramentas se faz necessário para contribuir 
com os gestores que estão à frente das tomadas de decisões, pois evidencia 
os prós e contras de um determinado projeto ou investimento. Seu estudo é 
imprescindível, pois auxiliará os gestores nas projeções presentes e futuras.
Nesse sentido, esse material tem a missão de não só auxiliar na análise 
de investimentos, mas também trazer dicas e mostrar algumas das melhores 
práticas para garantir que suas ações e metas planejadas sejam alcançadas. 
Ótimos estudos.
Profª. Msª Estelamaris Reif
Prof Me. Péricles Ewaldo Jader Pereira
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............. 1
TÓPICO 1 – FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ........................................ 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 INVESTIMENTO: TOMADA DE DECISÃO ................................................................................. 5
3 O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO .......................................................................................... 10
3.1 INFLAÇÃO ....................................................................................................................................... 12
3.1.1 História da inflação brasileira ............................................................................................... 15
4 INDICADORES ECONÔMICOS ..................................................................................................... 17
5 FONTES DE FINANCIAMENTO ..................................................................................................... 20
5.1 FONTES PARA FASE INICIAL ..................................................................................................... 21
5.2 FONTES DE CAPITAL PRÓPRIO ................................................................................................. 21
5.3 FONTES COM PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA ......................................................................... 22
5.4 FONTES COM CAPITAL ONEROSO .......................................................................................... 25
5.5 CUSTO DE CAPITAL ...................................................................................................................... 25
5.6 PRINCIPAIS: AGENTES E CONFLITOS...................................................................................... 28
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 30
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 31
TÓPICO 2 – TAXAS E JUROS ............................................................................................................... 35
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 35
2 CONCEITOS: CAPITAL, JUROS E TAXA DE JUROS .................................................................. 35
2.1 JUROS SIMPLES .............................................................................................................................. 39
2.2 JUROS COMPOSTOS ...................................................................................................................... 41
2.2.1 Juros Simples x Juros Compostos ......................................................................................... 44
2.3 TAXA EFETIVA ................................................................................................................................ 45
2.4 TAXA NOMINAL ............................................................................................................................ 46
2.4.1 Taxa efetiva x taxa nominal .................................................................................................. 47
2.5 CET – CUSTO EFETIVO TOTAL ................................................................................................... 50
3 EQUIVALÊNCIA ENTRE TAXAS DE JUROS ................................................................................ 53
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 57
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 58
TÓPICO3 – ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS ......................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 61
2 FLUXO FINANCEIRO ......................................................................................................................... 62
2.1 FLUXO DE CAIXA .......................................................................................................................... 63
3 LIQUIDEZ X RENTABILIDADE ....................................................................................................... 65
4 VALORAÇÃO DE ATIVOS (VALUATION) ..................................................................................... 70
5 EFEITOS TRIBUTÁRIOS ................................................................................................................... 72
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 74
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 77
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 78
sumário
VIII
UNIDADE 2 – MÉTODOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS .............. 81
TÓPICO 1 – PROJETOS DE INVESTIMENTO ................................................................................. 83
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 83
2 INDICADORES FINANCEIROS DE INVESTIMENTO .............................................................. 83
2.1 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) ............................................................................. 84
2.2 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)............................................................................................ 85
2.3 VALOR PRESENTE LÍQUIDO ANUALIZADO (VPLa) ............................................................ 88
2.4 ÍNDICE DE BENEFÍCIO / CUSTO (IBC) ...................................................................................... 90
2.5 RETORNO ADICIONAL SOBRE O INVESTIMENTO (ROIA) ................................................ 91
2.6 TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) ........................................................................................ 92
2.7 PERÍODO DE RECUPERAÇÃO DO INVESTIMENTO (Payback) ............................................ 94
3 MONETIZAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTO ............................................................. 97
3.1 O EFEITO SUNK COSTS EM UM PROJETO DE INVESTIMENTO ........................................ 98
3.2 VIABILIDADE ECONÔMICA DE PROJETOS DE INVESTIMENTO ..................................... 98
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................100
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 2 – CUSTOS DE TRANSAÇÃO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 CONCEITO DE CUSTOS DE TRANSAÇÃO ...............................................................................103
3 CUSTO DE CAPITAL ........................................................................................................................106
3.1 CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO .................................................................................................107
3.2 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS ......................................................................................111
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................112
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................115
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................116
TÓPICO 3 – PRINCÍPIOS QUALITATIVOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO ................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 FLUXO DE CAIXA LIVRE ................................................................................................................120
2.1 FLUXO DE CAIXA LIVRE DO PROJETO FLUXO DE CAIXA LIVRE DO ACIONISTA 
(SÓCIOS) .........................................................................................................................................123
2.2 CAPM. FLUXO DE CAIXA LIVRE DO PROJETO ...................................................................124
2.3 FLUXO DE CAIXA LIVRE DO ACIONISTA (SÓCIO): ............................................................124
3 FLUXO DE CAIXA INCREMENTAL .............................................................................................125
4 FLUXO DE CAIXA DESCONTADO ...............................................................................................127
5 PLANEJAMENTO .............................................................................................................................129
5.1 PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO (OPERACIONAL) ...................................................130
5.2 PLANEJAMENTO DE MÉDIO PRAZO (TÁTICO) ..................................................................131
5.3 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO (ESTRATÉGICO) ....................................................132
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................133
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................134
IX
UNIDADE 3 – ELABORAÇÃO, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE 
INVESTIMENTOS ....................................................................................................137
TÓPICO 1 – TÉCNICAS PARA ANÁLISES DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS .............139
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................139
2 ANÁLISE DE SENSIBILIDADE ......................................................................................................139
2.1 DIAGRAMA DE TORNADO .......................................................................................................143
3 ANÁLISE DE CENÁRIOS .................................................................................................................144
4 ÁRVORE DE DECISÃO ....................................................................................................................151
5 ANÁLISE DE RISCO X RETORNO ................................................................................................155
5.1 RISCO SISTEMÁTICO X RISCO NÃO SISTEMÁTICO ...........................................................158
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................160
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................161
TÓPICO 2 – AVALIAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS ......................165
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................165
2 FLEXIBILIDADE GERENCIAL........................................................................................................165
2.1 TEORIA DEOPÇÕES ....................................................................................................................167
2.1.1 Opções reais x opções financeiras ......................................................................................168
3 VISÃO DO PROJETO ........................................................................................................................175
4 INVESTIMENTOS NA PRODUÇÃO ............................................................................................180
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................183
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................185
TÓPICO 3 – PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO .....................................187
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................187
2 CICLOS OPERACIONAL, ECONÔMICO E FINANCEIRO .....................................................187
3 PONTO DE EQUILÍBRIO .................................................................................................................190
4 PLANEJAMENTO DE CURTO E LONGO PRAZO ....................................................................193
4.1 PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO ....................................................................................194
4.2 PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO ...................................................................................195
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................196
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................198
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................199
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................201
X
1
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A 
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer e analisar decisões de investimentos;
• entender o impacto da inflação no mercado;
• aprender sobre os indicadores financeiros;
• conhecer as diversas fontes de financiamentos;
• compreender a diferença entre as taxas de juros mais utilizadas;
• analisar o fluxo financeiro empresarial;
• comparar informações empresariais como: Liquidez x Lucratividade e Ci-
clo Operacional x Ciclo Financeiro.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
TÓPICO 2 – TAXAS E JUROS 
TÓPICO 3 – ENTRADA E SAÍDA DE RECURSOS
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
O mercado financeiro brasileiro apresentou uma enorme evolução nas 
últimas décadas, principalmente no que se refere aos instrumentos disponíveis 
para investimento.
Afinal, o que vem a ser investimento? Títulos de Renda-Fixa, Taxa DI, Taxa 
SELIC, Ações, Fundos de Investimento Multimercados, Clubes de Investimento e 
Ações? Ou ainda, Investimento em Máquinas, Equipamento, Produção, Abertura 
de uma nova unidade? Se você respondeu a alguma das opções acima, está 
correto! O investimento é tudo isso e muito mais. É todo capital desprendido no 
desejo de se obter lucro.
Nesse sentido, a análise de investimentos torna-se necessária visando 
contribuir com os gestores que estão à frente das tomadas de decisões, pois 
buscam evidenciar os prós e contras de um determinado projeto ou investimento.
Seu estudo é imprescindível, pois auxiliará os gestores nas projeções 
presentes e futuras, contribuindo nas tomadas de decisões.
Aproveite ao máximo esta unidade e lembre-se da pirâmide de Glasser 
(1925). 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
4
FIGURA 1 – PIRÂMIDE DE APRENDIZAGEM DE GLASSER (1925)
Ler
Escutar
Ver
Ver e ouvir
Conversar,perguntar,repetir,
relatar,numerar, reproduzir, 
recordar, debater, nomear
Explicar,resumir,estruturar,definir,
generalizar,elaborar,ilustrar 
Escrever,interpretar,traduzir, 
expressar,revisar,identificar,comunicar,
ampliar,utilizar,demonstrar,praticar, 
diferenciar,catalogar.
COMO APRENDEMOS
Pirâmide de aprendizagem
de William Glasser
FONTE: <https://media.licdn.com/dms/image/C4E22AQHKdYdT-B9A3g/feedshare-shrink_1280/
0?e=1562198400&v=beta&t=hN7-bEvHsEWYR9PTeeuQHfOzXM-otITf3juyzgFJTSg>. Acesso em: 
5 jun 2019. 
William Glasser foi um psiquiatra americano que teve suas teorias 
aplicadas na educação. Segundo a pirâmide, nós aprendemos e assimilamos 10% 
quando lemos, 20% quando ouvimos, cerca de 30% quando observamos e 50% 
quando vemos e ouvimos o conteúdo. Porém, a efetividade aumenta cerca de 
70% quando nós debatemos o conteúdo. 
Por isso, temos à disposição vários materiais para lhe auxiliar nesta 
caminhada, além da nossa central de atendimento.
 
Lembre-se: Não basta saber, é preciso saber fazer. 
Mãos à obra e Bons Estudos!
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
5
2 INVESTIMENTO: TOMADA DE DECISÃO
Em um mundo globalizado, com mercados mais dinâmicos e interligados, 
em que o capital já não tem mais fronteiras, as inovações tecnológicas são 
cada vez mais frequentes e a concorrência cada vez maior, não há espaço para 
investimentos malsucedidos, pois estes podem comprometer a saúde financeira, 
a imagem e a credibilidade das empresas, bem como a continuidade dos seus 
negócios (CAMLOFFSKI, 2014).
Souza e Clemente (2009, p. 1) descrevem que “empresas são organizações 
que envolvem recursos humanos, materiais e financeiros, e que podem ser 
analisadas segundo diferentes pontos de vista”. 
Para os autores, entre os mais variados exemplos, podemos considerar 
uma empresa como uma entidade de natureza política, privilegiando a análise da 
luta pelo poder e das formas como este é exercido.
Ou ainda, alternativamente, encarar a empresa como unidade 
sociocultural, ressaltando-se o contexto em que as pessoas interagem e a forma 
como isso influencia a sobrevivência e o crescimento da empresa. 
Se analisarmos desse ponto de vista, os valores, os símbolos, os códigos, 
os costumes e a tradição que caracterizam a empresa e lhe emprestam certa 
personalidade ganham destaque.
O que é preciso deixar claro aqui, é que a análise do processo decisório de 
uma empresa deve levar em conta essas e demais considerações pertinentes sobre 
o ambiente que as cercam.
Quando falamos em tomada de decisão na análise de investimentos, 
um passo importante é identificar qual a maneira mais eficiente de se investir, 
minimizando os riscos da operação. Afinal, uma decisão errada pode trazer um 
grande prejuízo financeiro.
Mas por onde começar?
Primeiramente deve-se realizar a análise da viabilidade econômica da 
empresa, na qual os seguintes fatores devem ser analisados:
• Conhecer os números reais da empresa e os valores a serem investidos.
Aqui o gestor deve ter uma clara compreensão dos principais 
demonstrativos contábeis e financeiros utilizados pela empresa. Porém, torna-
se necessário saber interpretá-los. Atualmente os principais demonstrativos 
contábeis são o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício. 
Vejamos um pouco sobre cada um deles. 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
6
O Balanço Patrimonial é uma demonstração simples e fácil de ser 
entendida. É muito utilizada por usuários externos à empresa: bancos, governo, 
fornecedores, clientes, sindicatos ou qualquer outro usuário que tenha de 
alguma forma interesse pela situação patrimonial da empresa(IUDÍCIBUS; 
MARION, 2018).
Vejamos no quadro a seguir as informações que pertencem ao Balanço 
Patrimonial (BP).
QUADRO 1 – BALANÇO PATRIMONIAL E SUAS CONTAS
ATIVO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Circulante*
São contas que estão constantemente 
em giro – em movimento – sendo que a 
sua conversão em dinheiro ocorrerá, no 
máximo, até o próximo exercício social.
Não circulante
Compreendem todas as contas que não 
serão realizadas no próximo exercício 
social.
– Realizável a longo prazo
Incluem-se nessa conta bens e direitos 
que se transformarão em dinheiro após o 
exercício seguinte.
– Investimentos
São as participações permanentes em 
outras sociedades e os direitos de qualquer 
natureza, não classificáveis no ativo 
circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da companhia 
ou da empresa.
– Imobilizado
São os direitos que tenham por objeto 
bens corpóreos (palpáveis) destinados à 
manutenção da atividade fundamental da 
companhia ou da empresa ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive os 
decorrentes de operações que transfiram 
à empresa os benefícios, riscos e controle 
desses bens.
– Intangível
São direitos que tenham por objetos bens 
incorpóreos, isto é, que não podem tocar, 
destinados à manutenção da empresa ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o 
fundo de comércio adquirido.
Circulante*
São obrigações exigíveis que serão 
liquidadas no próximo exercício social: 
nos próximos 365 dias após o levantamento 
do balanço.
Não circulante
Compreendem todas as obrigações exigíveis 
que não serão liquidadas no próximo 
exercício social.
– Exigível a longo prazo
São obrigações exigíveis que serão 
liquidadas com prazo superior a um ano – 
dívidas a longo prazo.
Patrimônio líquido
São recursos dos proprietários aplicados na 
empresa. Os recursos significam o capital 
mais o seu rendimento – lucros e reservas. Se 
houver prejuízo, o total dos investimentos 
dos proprietários será reduzido.
* Na entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior do que o período de 12 meses, a 
classificação como circulante ou não circulante terá por base o prazo do ciclo.
FONTE: Iudícibus e Marion (2018, p. 16)
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
7
Agora é a hora de conhecermos a Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), que é uma das principais demonstrações contábeis utilizadas 
na tomada de decisões por parte dos gestores das empresas independentemente 
de seu tamanho. Tem como foco principal compilar as informações do passado 
e dar uma visão abrangente sobre como a empresa vem se desenvolvendo. Suas 
informações são de grande relevância para o planejamento estratégico que 
vai definir que caminho a empresa vai seguir. A DRE é um resumo ordenado 
das receitas e despesas da empresa em determinado período (12 meses) e é 
apresentada de forma dedutiva (vertical).
QUADRO 2 – ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTO DO EXERCÍCIO
FONTE: Iudícibus e Marion (2018, p. 17)
QUADRO 3 – INFORMAÇÕES QUE PERTENCEM A DRE
CONTA INFORMAÇÕES
Receita Operacional Bruta 
(=)Total Geral das Vendas
–) Deduções
Neste grupo incluem-se todos os valores que não 
representam sacrifícios financeiros (esforços) para 
a empresa, mas que são meros ajustes para se 
chegar a um valor mais indicativo que é Receita 
Líquida, como, por exemplo, Impostos cobrados do 
consumidor no momento da venda, as devoluções 
e cancelamentos de vendas.
Receita Operacional Líquida 
–) Custos do período
CPV – Custo dos produtos vendidos são 
somente os gastos da fábrica (gastos de 
produção), incluindo matéria-prima, mão de 
obra, depreciação de bens da fábrica, aluguel 
da fábrica, energia elétrica da fábrica etc. 
CMV – Custo das mercadorias vendidas. 
CSP – Custo dos serviços prestados (mão de obra, 
despesas necessárias para fazer os serviços).
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
8
Lucro Bruto 
–) Despesas
São os gastos de escritório, gastos para administrar 
(despesas administrativas) a empresa como um 
todo: desde o esforço para colocar os produtos 
ao cliente (despesas de vendas: propaganda, 
comissão), até a remuneração ao capital de terceiros 
(despesa financeira: juros).
Lucro Operacional 
–) Perdas
Geralmente, são gastos imprevisíveis, anormais, 
extraordinários, que não contribuem para a 
obtenção de receita (vendas), por exemplo, perdas 
em recebimentos de crédito, quebra e obsolescência 
de estoque, sinistros com roubos, incêndios etc.
(–) Partic. Terceiros
Há pessoas que, voluntária ou involuntariamente, 
terão uma “fatia do lucro”: Governo (por meio do 
Imposto de Renda); administradores, empregados 
(gratificação) etc.
Lucro Líquido à Disposição da 
Empresa (ou Prejuízos) 
(–) Participação dos sócios/
acionistas
Sócios/Acionistas – distribuição do lucro para os 
sócios e dividendos no caso de acionista.
FONTE: Adaptado de Iudícibus e Marion (2018, p. 17)
• Entender a fundo o mercado de atuação da companhia.
É somente a partir do conhecimento e envolvimento gerado a respeito do 
mercado e do público-alvo da companhia que se pode ter êxito no negócio. Isso 
demanda que a companhia conheça mais sobre o mercado em que está inserido, e 
sobre seus consumidores (anseios e dores do seu público em questão).
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
9
FIGURA 2 – ENTENDENDO O MERCADO
COMO FAZER?
Para fazer uma pesquisa de mercado, 
é necessário que você analise alguns 
pontos, como a análise macro-ambiental, 
necessidades do mercado, análise da 
concorrência e questão regulamentação.
Esse são os principais itens!
POR QUE FAZER?
É através dessa análise que você saberá 
quem é seu público-alvo, quem são 
seus principais concorrentes, além de 
estudá-los a fundo. Assim, você consegue 
identificar as dificuldade, vantagens, 
desafios e oportunidades em seu nicho 
de atuação. 
O QUE É?
O estudo de mercado diz respeito à 
pesquisa realizada por empreendedores 
que estão criando sua empresa ou 
se situando melhor em seu mercado 
de atuação. Seu objetivo é analisar o 
segmento de uma empresa e aplicar 
estratégias com maior precisão.
PESQUISA DE MERCADO
Entenda o Conceito e saiba porque é importante para sua empresa de Turismo
FONTE: <http://envisiontecnologia.com.br/pesquisa-de-mercado/>. Acesso em: 16 fev. 2019.
• Montar o fluxo de caixa, com projeções de ganhos e eventuais perdas.
Em um cenário de crise e concorrência acirrada, a empresa que mantiver 
melhor organização financeira sairá na frente. Não é possível uma administração 
eficaz sem um fluxo de caixa de alto nível. A distância entre o fracasso e o sucesso 
é determinada pelos detalhes. 
Entende-se como fluxo de caixa projetado aquele que é a feito com base 
na estimativa de entradas e saídas, diferente do fluxo de caixa tradicional, que é 
elaborado utilizando-se as entradas e saídas de dinheiro que já aconteceram na 
empresa.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
10
IMPORTANT
E
O fluxo de caixa é uma projeção e não uma adivinhação. Por isso, ele deve estar 
baseado em dados reais. Para isso, solicite à contabilidade uma descrição dos pagamentos e 
recebimentos organizados por períodos.
• Definir a taxa mínima de atratividade
A taxa mínima de atratividade (TMA) é o retorno mínimo que o investidor 
espera ter em relação a um determinado investimento. Definir esta taxa torna-se 
complexa pelo fato de não existir uma regra específica para isso.
IMPORTANT
E
A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é um conceito utilizado nas Ciências 
Econômicas. Representa basicamente a taxa mínima que um investidor se propõe a ganhar 
quando faz um investimento. Sua formação é feita utilizando-se o custo de oportunidade, o 
risco do negócio e a liquidez do negócio.
• Avaliar os riscos de sucesso ou fracasso do investimento
Esse fator deve levar em consideração o planejamento, para que se possa 
visualizar o futuro e prever as adversidades que serão enfrentadas durante a 
execução das atividades. Não temos certeza do que acontecerá no futuro, porém, 
com o planejamentoé possível identificar e mensurar alguns riscos, bem como 
minimizar as incertezas. 
3 O VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
Bruni (2013) escreve que o dinheiro representa um denominador comum 
nas análises e decisões tomadas com o auxílio da matemática financeira. Com o 
intuito de facilitar o processo de tomada de decisões, todos os aspectos inerentes 
à decisão são convertidos e apresentados sob a forma de dinheiro. 
Exemplo: se uma empresa pensa em construir uma nova fábrica, todos os 
aspectos relativos a essa decisão devem ser apresentados sob a forma de dinheiro: 
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
11
as obras a serem feitas, as máquinas e equipamentos a serem comprados, os 
estoques de matérias-primas e produtos acabados e o treinamento dos novos 
funcionários. Da mesma forma, todos os benefícios e gastos decorrentes da 
decisão de investimento precisariam ser convertidos em dinheiro. As receitas e os 
gastos incrementais associados à nova fábrica precisariam ser apresentados sob a 
forma de dinheiro, bem como os lucros e fluxos de caixa decorrentes da decisão.
Porém, o autor complementa que só faz sentido analisar o dinheiro se esta 
análise for feita com base no estudo da evolução do dinheiro no tempo, variável 
fundamental quando se fala em dinheiro.
 
Mas o valor do dinheiro no tempo não é um conceito novo, pois Benjamim 
Franklin já teve um entendimento de como ele funcionava quando deixou de 
presente para as cidades de Boston e Filadélfia nos EUA, o valor de $1.000 para 
cada uma. Junto ao presente, deixou instruções para que as cidades emprestassem 
o dinheiro, com a taxa de juros em vigor no país para os aprendizes merecedores. 
Então, depois que o dinheiro tivesse sido investido deste modo durante 100 anos, 
eles deveriam usar uma porção do investimento para construir algo de benefício 
para a cidade e guardar alguma parte para o futuro. Nos 213 anos em que isto 
foi feito, o presente de Benjamim Franklin para Boston resultou na construção do 
Franklin Union e ajudou incontáveis estudantes de medicina com empréstimos. 
Na cidade de Filadélfia, igualmente, colheu recompensas significantes. Tenha em 
mente que tudo isto veio de um presente combinado de $2.000 e um pouco de 
ajuda séria do valor do dinheiro no tempo. 
O estudo da evolução no tempo do capital emprega raciocínios, métodos 
e conceitos matemáticos, por isso, este estudo é conhecido também como 
MATEMÁTICA FINANCEIRA. Vejamos agora um exemplo prático desse 
conceito por meio da matemática.
Vamos supor que o preço da gasolina em 02/2019 seja R$ 3,50 por litro. 
Logo, com R$ 140,00 podemos abastecer nosso carro com 40 litros da gasolina 
Fórmula = 140,00/3,50 = 40 litros. 
Agora, se daqui há 1 ano o preço da gasolina estiver R$ 4,00 por litro, teremos 
duas opções: 
1ª - Ou abastecemos menos combustível, com o mesmo valor de 02/2019 
(140,00/4,00 = 35 litros), ou 
2ª - Pagamos mais pela mesma quantidade de litros (40 litros x R$ 4,00 = 160,00)
O que podemos concluir? A expectativa de aumento do combustível ocasionou 
uma perda no nosso poder de compra. Isso é a inflação, neste caso específico 
temos um aumento no preço equivalente a 14,29%, ou seja, de R$ 3,50 para R$ 
4,00.
FONTE: <https://calculadorajuroscompostos.com.br/o-valor-do-dinheiro-no-tempo/>. Acesso 
em: 18 fev. 2019.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
12
A maneira mais simples de entender finanças envolvendo considerações 
não apenas de dinheiro e tempo, mas sim de dinheiro no tempo, ou, simplesmente, 
o conceito de rentabilidade ou retorno, pode ser representado pelo quadro a 
seguir (BRUNI, 2013): 
QUADRO 4 – DINHEIRO NO TEMPO E RETORNO
Dinheiro 
Tempo
Retorno=
FONTE: Bruni (2013, p. 25)
Quando um investidor compra ações, os resultados financeiros da sua 
decisão devem ser apresentados sob a forma da evolução do seu dinheiro no 
tempo.
DICAS
Você certamente já ouviu a expressão “TEMPO É DINHEIRO”. 
Sabia que Benjamin Franklin é o protagonista desta frase? Ele a escreveu em um curto artigo 
chamado Advice to a Young Tradesman (Conselhos para um Jovem Negociante) em 1748.
Saiba mais em: <https://founders.archives.gov/documents/Franklin/01-03-02-0130>.
3.1 INFLAÇÃO
Inflação é um dos conceitos econômicos mais comentados pelos brasileiros. 
E o motivo é notório, pois a alta dos preços tem influência direta no bolso do 
consumidor e nos custos das empresas.
Acompanhar as mudanças na taxa de inflação é essencial para qualquer 
investidor. Seu conceito é muito mais abrangente do que pode parecer à primeira 
vista, e compreendendo-a, você certamente terá chances de obter melhores 
rendimentos nos investimentos.
Os índices que medem a variação dos preços, como o IGP-M, o IPCA e 
o INPC (sobre os quais vamos falar no próximo item), traçam uma análise do 
cenário econômico e refletem as medidas aplicadas pelo governo para controlar 
as finanças do país.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
13
Mas o que é inflação? É o aumento generalizado nos preços de bens 
e serviços. A inflação é medida por meio de uma taxa que se refere a uma 
média do crescimento de valores de um conjunto de bens e serviços em um 
determinado período. 
Exemplos: nas frutas mais caras no supermercado e na mensalidade mais 
alta na academia. Ou seja, na prática, se a inflação aumentar e o seu salário não, 
você vai perder o que chamamos de poder de compra.
FIGURA 3 – IMPACTO DA INFLAÇÃO NO PODER DE COMPRA
FONTE: <https://cdn.mises.org.br/images/articles/e3fd81325c3e4999aa5d64061e499e51.jpg>. 
Acesso em: 22 fev. 2019.
Tendo o mesmo dinheiro você comprará menos, pois os itens vão estar 
mais caros, pois seu dinheiro está desvalorizado. Esse é um dos motivos pelos 
quais ninguém gosta da inflação.
Para compreendermos melhor, vamos entender primeiro a história da 
inflação no Brasil. Especialmente antes do Plano Real, o Brasil vivenciou um 
período de hiperinflação, entre as décadas de 1980 e 1990. Dados da Fundação 
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) demonstram que, durante esse período, 
a inflação média no país foi de 233,5% ao ano.
Os principais motivos que levaram a inflação a sair do controle foram 
internos e externos:
• Elevação dos gastos públicos durante o governo militar.
• Endividamento externo (ainda mais agravado por conta de uma crise mundial 
derivada do aumento dos preços do petróleo).
• Retração na taxa de expansão da economia.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
14
Nesse período, a vida da população brasileira foi fortemente 
impactada, pois a hiperinflação chegou a superar os 80% ao mês. Nem mesmo 
os supermercados davam conta de atualizar os preços – tinham de colar uma 
etiqueta por cima da outra.
FIGURA 4 – INFLAÇÃO. A MÁQUINA DE ETIQUETAR EM AÇÃO: PREÇOS REMARCADOS 
DIARIAMENTE E PRATELEIRAS VAZIAS
FONTE: <https://acervo.oglobo.globo.com/em-destaque/dragao-da-inflacao-assombrou-os-
brasileiros-ao-longo-de-quatro-decadas-8999171>. Acesso em: 22 fev. 2019.
As prateleiras rapidamente esvaziavam-se, pois o consumidor comprava 
tudo em grandes quantidades, com medo da alta nos custos dos produtos que 
apareceria no mês seguinte.
Hoje em dia, dificilmente contemplamos esse cenário, porém, isso é um 
demonstrativo do quanto à inflação é capaz de impactar em um país, denotando a 
importância dos governantes estarem sempre atentos a ela na hora de estabelecer 
suas medidas econômicas.
DICAS
Quer saber mais sobre Inflação e seus impactos? Assista ao vídeo proposto que 
explica de maneira fácil e lúdica esse conceito. Acesse o link: <https://www.youtube.com/
watch?v=ZZEFReskU0Y>. Acesso em: 23 maio 2019.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
15
3.1.1 História da inflação brasileira
Para entendermos melhor o histórico da inflação brasileira, temos que 
analisar dois cenários: antes e após a implementação do Plano Real, em 1994.
FIGURA 5 – HISTÓRIA DO DINHEIRO BRASILEIRO
FONTE: <https://escolinhadahora.blogspot.com/2011/02/pequena-historia-do-dinheiro-brasileiro.html>. Acesso em: 22 fev. 2019.
No ano de 1980, a inflação já apresentava sinais preocupantes de 
descontrole, a variação anual do IPCA apontou registros de aumento de 99,7%. 
Nos anos seguintes, entre quedas e elevações estrondosas, a variação anual do 
IPCA chegou a 1972,9% em 1989 e atingiu seu ápice de 2.477,15% em 1993, logo 
antes do Plano Real.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
16
FIGURA 6 – HISTÓRICO DA INFLAÇÃO DESDE O PLANO REAL
FONTE: <https://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/1801043.png>. Acesso em: 6 abr. 2019.
Observando a figura anterior, é possível se ter uma ideia de como a nova 
moeda (que substituiu o Cruzeiro Real) ajudou no controle inflacionário.
A inflação influencia diretamente na análise de investimento, podendo 
conduzir a erros. Por isso, torna-se essencial o conhecimento e o acompanhamento 
de indicadores econômicos financeiros para uma análise mais precisa.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
17
FIGURA 7 – VARIAÇÃO ANUAL DO IPCA (DEPOIS DO PLANO REAL)
FONTE: <https://f.i.uol.com.br/folha/mercado/images/1801046.png>. Acesso em: 6 abr. 2019.
Observe na figura anterior, que a inflação encerrou no ano de 2017 em 
2,95%, ou seja, abaixo da meta estabelecida pelo governo que é de 4,5%. 
4 INDICADORES ECONÔMICOS 
A ADVFN – Advanced Financial Network (2019) relacionou os 
principais indicadores econômicos do Brasil utilizados para o cálculo de taxa de 
juros, inflação, aluguéis e demais valores contratuais. 
Os dados são obtidos diretamente das fontes dos dados: Banco Central 
do Brasil (BCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação 
Getúlio Vargas (FGV). 
Os indicadores econômicos permitem a análise do desempenho econômico 
e as previsões de desempenho futuro. O primeiro indicador econômico que 
abordaremos é o INPC.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
18
INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é um dos principais indicadores 
brasileiros da variação mensal dos preços. O INPC mede a variação do custo de 
vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido 
entre 1 e 5 salários mínimos mensais, o que representa aproximadamente 50% das 
famílias brasileiras.
O INPC é calculado de 1979 pelo IBGE e é muito utilizado pelo Governo 
como parâmetro para o reajuste de salários em negociações trabalhistas.
Taxa Selic 
A Taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira. Esta taxa 
básica é utilizada como referência para o cálculo das demais taxas de juros 
cobradas pelo mercado e para definição da política monetária praticada pelo 
Governo Federal do Brasil.
Criado em 1979 o Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) é 
um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação de títulos 
públicos federais.
Somente as instituições credenciadas no mercado financeiro têm acesso 
ao SELIC. Este sistema opera basicamente com títulos emitidos pelo Banco 
Central e pelo Tesouro Nacional, tais como: Letra do Tesouro Nacional e Nota 
do Tesouro Nacional.
Comumente a Taxa Selic é utilizada em operações de curto prazo entre 
os bancos, que, quando querem tomar recursos emprestados de outros bancos 
por pequenos prazos (geralmente um dia), oferecem títulos públicos como 
garantia, objetivando reduzir o risco, e, consequentemente, a remuneração da 
transação (juros).
 Quem estabelece a meta para a taxa SELIC é o Comitê de Política 
Monetária (COPOM).
DICAS
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão decisório da política 
monetária do Banco Central do Brasil (BC) e o responsável por estabelecer a meta para a Taxa 
Selic. O Copom foi constituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer um 
ritual adequado ao processo decisório de política monetária e aprimorar sua transparência. 
FONTE: <https://br.advfn.com/indicadores>. Acesso em: 23 maio 2019.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
19
IGPM – Índice Geral de Preços – Mercado
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é calculado mensalmente 
pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice registra a inflação de produtos 
agropecuários e industriais vendidos no atacado, de bens e serviços vendidos ao 
consumidor no varejo e dos custos relacionados à construção civil. O IGP-M é 
utilizado como referência para o reajuste dos aumentos da energia elétrica e dos 
contratos de aluguéis.
Este índice tem como objetivo monitorar a variação dos custos para 
verificar a movimentação dos preços. Isso quer dizer que: quanto maior o valor 
desses itens em relação ao mês anterior, maior será o indicador. A mesma coisa 
se dá para o contrário, ou seja, tendo diminuição do valor desses itens de um mês 
para o outro, menor será o índice.
Na linguagem dos investidores, o aumento no IGP-M significa que seu 
dinheiro valerá um pouco menos, visto que a maioria dos rendimentos não são 
corrigidos de acordo com a inflação.
IMPORTANT
E
Você costuma acompanhar mensalmente a evolução do IGPM? Se ainda não 
acompanha, deveria começar a fazê-lo, pois esse indicador afeta diretamente a vida de todo 
cidadão brasileiro.
IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Criado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPCA) também é conhecido como 
IPCA, e é o indicador oficial do Governo Federal para avaliação das metas 
inflacionárias. 
Inicialmente o índice IPCA foi constituído com a finalidade de corrigir as 
demonstrações financeiras das companhias de capital aberto.
Atualmente, o IPCA mede a variação do custo de vida das famílias com 
chefes assalariados e que tenham seu rendimento mensal entre 1 e 40 salários 
mínimos mensais.
Os preços utilizados nesse índice são os praticados ao consumidor, para 
pagamento à vista. A pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, 
prestadores de serviços, domicílios e concessionárias de serviços públicos.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
20
INCC – Índice Nacional da Construção Civil
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) é o principal indicador 
de custo da construção civil no Brasil. Criado pela Fundação Getúlio Vargas 
(FGV), o índice tem a função de medir a evolução dos custos de construções 
habitacionais nas sete principais capitais de estados do país.
Consolidou-se como o primeiro índice oficial de custo da construção civil 
do Brasil e teve sua primeira divulgação realizada em 1950 (porém, sua série 
histórica retroage a janeiro de 1944). Inicialmente, o indicador cobria apenas a 
cidade do Rio de Janeiro e sua sigla era ICC (Índice de Custo da Construção). Em 
fevereiro de 1985, a sigla ICC foi substituída pela sigla INCC (Índice Nacional de 
Custo da Construção). 
Como nas décadas seguintes, a atividade econômica da construção civil 
se descentralizou-se, o indicador passou a acompanhar os custos de construções 
em outras localidades. 
O INCC é uma estatística contínua, de periodicidade mensal, calculado 
entre o primeiro e o último dia de cada mês, e é divulgado em três diferentes 
versões: INCC-DI, INCC-10 e INCC-M.
Além dos indicadores mencionados acima, outros também poderão 
ser utilizados como: Salário Mínimo, Balança Comercial, PIB (Produto Interno 
Bruto) etc.
5 FONTES DE FINANCIAMENTO
Pode-se caracterizar as fontes de financiamento como sendo um conjunto 
de capitais internos e externos à organização utilizados para financiamento das 
aplicações e investimentos realizados.
Quando há necessidade de uma fonte de financiamento, a primeira grande 
escolha a ser feita é analisar se o financiamento deverá ser externo ou interno. 
Além disso, outras questões também devem ser analisadas, como: a perda ou 
ganho de autonomia financeira, a facilidade ou possibilidade de acesso às fontes 
de financiamento, exigibilidade/prazo paraa sua restituição, garantias exigidas e 
o custo financeiro (juros) desse financiamento.
De acordo com o site ValoreBrasil (2017). as principais fontes de 
investimentos de capital podem ser divididas em quatro grupos:
• Fontes para a fase inicial de um negócio (IDEIA), normalmente startups.
• Fontes de capital próprio (bootstrapping) ou subsidiado (por terceiros ou pela 
operação da empresa).
• Fontes com participação societária, normalmente os fundos.
• Fontes com capital oneroso, normalmente os empréstimos e financiamentos.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
21
Vejamos cada uma dessas fontes de forma detalhada.
5.1 FONTES PARA FASE INICIAL
Seed Capital – Também conhecido como capital semente, é a primeira 
rodada de capital para um negócio de startup. A base do nome vem da ideia no 
estágio inicial que planta uma semente para permitir que a pequena empresa 
cresça. O empresário deve estar comprometido e entusiasmado na busca de 
dinheiro semente, uma vez que ele tem pouco mais para atrair investidores.
Os únicos investidores com probabilidade de investir no novo negócio 
são aqueles que respeitam o julgamento e as habilidades do empreendedor. Essas 
pessoas são as que conhecem melhor o empreendedor. Isso se deve ao fato de 
ser quase impossível prever o sucesso do projeto em questão e os investidores 
sementes esperam participar do sucesso do empreendedor e realizar um retorno 
saudável, pois seu investimento se valoriza ao longo do tempo.
Aceleradoras – são empresas que têm como objetivo principal apoiar, 
criar atalhos e investir no rápido desenvolvimento e crescimento de empresas 
nascentes. Elas recrutam e selecionam empresas em fase inicial e orientadas 
para o crescimento, e além de recurso financeiro, oferecem também educação e 
mentoria. 
O processo de aceleração é intenso, rápido e imersivo, pois visa acelerar 
o ciclo de vida das novas empresas, reduzindo anos de aprendizado para poucos 
meses. Como exemplo de aceleradoras temos: Dropbox e Airbnb.
5.2 FONTES DE CAPITAL PRÓPRIO
Capital próprio (boot strap) significa “recursos próprios do 
empreendedor”. Compreende-se em um conjunto de ações e estratégicas para 
iniciar um negócio sem utilizar capital oneroso. Sua expressão vem do inglês 
“apertar a fivela das botas”. Sem ajuda financeira externa. 
Ex.: finanças pessoais, subsídios ou das receitas operacionais da própria 
empresa.
FFF ou 3 F’s (Family, Friends and Fools) – Os três “F” são amigos, 
familiares e tolos. Um jeito popular de mostrar a importância das redes informais 
para se conseguir capital. 
Esse público normalmente oferece ajuda financeira a custos baixos, 
confiável e relativamente rápida de ser adquirida. Destaca-se a importância de 
tomar cuidado apenas, para que as relações de negócio não prejudiquem as 
relações pessoais.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
22
Capital subsidiado (subvenção) – são fontes de recursos que disponibilizam 
capital ao empreendedor e que não têm o compromisso de devolver no futuro, 
oferecendo algo em troca para a sociedade. O empreendedor tem o compromisso 
de realizar o projeto e atingir os objetivos previamente acordados.
Exemplo de principais fontes com subsídio: fundações de grandes causas 
específicas, Governos, Fundos soberanos. Agências federais ou estaduais e ONGs.
Parcerias estratégicas – são ações comerciais com empresas que se 
relacionem com seu negócio. Primeiro identifica-se a complementariedade 
(quem mais pode se beneficiar com seu produto?) e depois faz uma proposta com 
diferencial para as duas empresas. 
Exemplos de parcerias: Tudo Azul e Master Card – Gol e Mãe Terra.
5.3 FONTES COM PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA
São processos de negociações entre organizações ou pessoas físicas 
(cotistas) que objetivam a transferência de cotas sociais de uma empresa para 
outra empresa ou pessoa física. Divide-se em dois grandes grupos:
Investidor financeiro: quando o comprador tem interesse focado em 
maximizar o retorno por meio da retirada de dividendos e ganho de capital na 
venda do ativo em curto e médio prazos.
Investidor estratégico: quando o comprador opera no mesmo segmento 
da vendedora e tem interesse operacional na empresa com intuito de manter o 
investimento no longo prazo.
Os principais tipos de investidores dessa modalidade são:
Investidor Anjo (Angel Money) – é uma modalidade de fonte de 
financiamento regida pela Lei Complementar nº 155/16 e investe em pequenas 
startups ou empresários.
Os investidores anjos fornecem condições mais favoráveis em comparação 
a outros credores, tanto para o empreendedor como para o próprio investidor. 
Esses investidores estão focados em ajudar nos primeiros passos, e não somente 
nos possíveis lucros que podem obter do negócio em curto prazo.
São indivíduos que injetam capital em troca de participação societária ou 
dívida conversível em participação. Alguns investidores anjos também podem 
investir através de plataformas de crowdfunding on-line ou criam suas próprias 
redes de investidores para um grupo de capital.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
23
Exemplos de investidores anjos e empresas que já foram investidas: Anjos 
do Brasil e Angels Club.
Crowdfunding Equity – é uma modalidade considerada ainda nova no 
Brasil. É conhecida como financiamento coletivo, pois sua captação é feita por 
meio de micro investidores (normalmente via internet) e esses investidores 
recebem participação da sociedade.
As plataformas dessa modalidade de investimento, normalmente, 
liberam o recurso após atingir um valor predefinido (diminuindo o risco do 
micro investidor). Esse financiamento coletivo, também pode praticar outras 
modalidades de investimento como: ONGs, filantropia, cultura, caridade, 
pequenos negócios, ativismo, artes, games, entre outros. 
Corporate Venture – é a expressão utilizada para caracterizar o 
investimento de empresas (geralmente de grande porte) em negócios nascentes. 
Nessa modalidade de investimento especial de capital de risco as empresas não 
financeiras investem em empresas-alvo, como startups ou negócio com tecnologia 
agregada.
O foco é inovação, porém também olham para o retorno sobre o 
investimento, ou seja, perseguem objetivos estratégicos no desenvolvimento de 
tecnologias ou campos comerciais novos ou complementares para aqueles em 
que a empresa já está na ativa.
Os objetivos dessas empresas compreendem o acesso ao financiamento 
adicional e o fortalecimento dos canais de pesquisa e desenvolvimento ou 
marketing e distribuição.
Exemplos de empresas com Corporate Venture: Google Ventures e Intel 
Capital.
Venture Capital – resume-se basicamente em uma classificação de capital 
de risco, na qual um investidor aplica em um negócio. Funciona como uma 
espécie de subsídio para que o pequeno empreendedor recebe para viabilizar a 
sua criação e transformá-la em rentável. 
O capital de risco geralmente vem de investidores, bancos de investimento 
e outras instituições financeiras. Esse tipo de investidor poderá agregar não 
apenas financeiramente, mas também em gestão, governança, estratégias etc. 
Normalmente neste tipo de investimento a participação do fundo é minoritária.
Private Equity – é uma modalidade destinada a empresas que já tenham 
faturamento, sejam de porte médio e tenham boa capacidade de crescimento. Em 
muitos casos, esse investimento antecede a entrada dessas empresas na bolsa, em 
que as ações, valorizadas, podem ser negociadas em condições melhores.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
24
O private equity é uma fonte de capital de investimento de pessoas 
e instituições de alto patrimônio líquido com o objetivo de investir e adquirir 
participações em empresas de médio e grande porte.
Gestores de fontes private equity coletam fundos e gerenciam este capital 
para produzir retornos favoráveis para seus clientes acionistas, geralmente com 
um horizonte de investimento entre quatro e sete anos. Esses fundos podemser 
usados na compra de ações de empresas privadas ou públicas. 
O montante mínimo de capital necessário para os investidores varia 
dependendo da empresa e do fundo arrecadado. 
Exemplos de fundos de Private Equity: Pátria Investimentos e Gávea 
Investimentos.
Observe na figura a seguir a relação entre o seed money, venture capital e 
private equity.
FIGURA 8 – RELAÇÃO ENTRE O SEED MONEY, VENTURE CAPITAL E PRIVATE EQUITY
1- Seed Capital:
apostam na fase inicial 
dos negócios e, por 
isso, são chamados de 
seed capital ou capital 
semente. Eles fornecem 
recursos para estruturar 
e fazer essas empresas 
deslancharem.
2- Venture Capital
Investem em empresas 
que já estão faturando 
bem, mas ainda estão em 
processo de crescimento 
e desenvolvimento.
3- Private Equity:
apontam recursos em empresas já 
bem desenvolvidas, em processo de 
consolidação de mercado, para ajudá-las 
a se preparar para abrir capital, fundir-se 
ou serem adquiridas por outras grandes 
empresas.
FONTE: <http://www.valorebrasil.com.br/2017/09/28/quais-sao-as-principais-fontes-de-
investimento-de-capital/>. Acesso em: 22 fev. 2019.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
25
5.4 FONTES COM CAPITAL ONEROSO 
Para analisar se um investimento é positivo ou negativo a uma empresa, 
é necessário utilizarmos como indicador o seu Valuation pelo método do fluxo de 
caixa descontado. Ele contemplará todas as nuances desta decisão: mostrará a 
capacidade de futura geração de caixa e o risco de sua utilização.
Outra forma financeira mais simples para identificar se esse capital é 
viável ou não é o indicador chamado ROI (Return on Investment), que significa 
retorno sobre o investimento.
Independentemente do indicador utilizado, esse tipo de fonte exige saber 
se o retorno que ele gerará compensa seu custo (juros).
Então, para analisar a viabilidade de investimento de capital oneroso, 
basta ter em mente que para cada real investido em meu negócio, deverá retornar 
mais que o custo desse capital junto ao financiador.
Agora vejamos as principais fontes de financiamento disponíveis no 
mercado de capital oneroso.
 Empréstimos e financiamentos – são fontes convencionais de capital 
oneroso, em que a empresa passa por um processo de aprovação para determinar 
o valor, condições e custos do capital. São formados principalmente por bancos 
comerciais públicos e privados e por bancos de fomento. Exemplo de bancos de 
fomento: BID e BNDES.
Peer-to-Peer Lending (Lending Money) – também conhecido como 
empréstimo social. O P2P Lending é uma modalidade financeira, possível graças 
à tecnologia, que permite a um grupo de indivíduos com capital (investidores) 
emprestarem para indivíduos que precisam do capital (tomadores), sem o uso 
de uma instituição financeira oficial como intermediário. A concessão peer-to-peer 
remove o intermediário do processo, mas envolve mais tempo, esforço e risco do 
que os cenários gerais de empréstimos convencionais. Exemplos de Peer-to-Peer 
Lending: Nexoos e LendingClub.
5.5 CUSTO DE CAPITAL
As decisões de financiamento de uma empresa são refletidas pelo custo 
de oportunidade dos recursos nela investidos. Da ponderação dos custos das 
diferentes fontes por suas participações na estrutura de financiamento de longo 
prazo da entidade surge a definição de custo médio ponderado de capital também 
conhecido como custo de capital (BRUNI; FAMÁ, 2017).
É comum as definições de capital empregadas em finanças serem 
diferentes. Porém, um dos conceitos gerais mais utilizados expressa o capital 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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como os fundos de longo prazo usados para financiar os ativos da empresa e suas 
operações. As fontes de recursos da empresa podem ser classificadas quanto ao 
prazo de quitação ou quanto à origem dos recursos. 
Vejamos essa classificação por meio do quadro a seguir.
QUADRO 5 – FORMAS DE CLASSIFICAÇÕES DO CAPITAL DA EMPRESA
Prazo de quitação da fonte 
de recursos Origem dos recursos
Curto prazo: geralmente com 
vencimento dentro de um horizonte de 12 
meses. Como exemplos citam-se: contas 
a pagar, salários a pagar, empréstimos de 
curto prazo e impostos a pagar.
Capital de terceiros: recursos 
obtidos por meio de financiamentos ou 
dívidas.
Longo prazo: geralmente com 
vencimento dentro de horizonte superior 
a 12 meses. Como exemplos podem ser 
mencionados os empréstimos de longo 
prazo, e as contas do patrimônio líquido: 
ações preferenciais, ações ordinárias e lucros 
retidos.
Capital próprio: recursos dos 
sócios empregados na empresa.
FONTE: Bruni e Famá (2017, p. 26)
Outra forma de visualizarmos as formas de classificação do capital da 
empresa é analisando a figura a seguir, que apresenta a Estrutura do Balanço 
Patrimonial.
FIGURA 9 – ESTRUTURA DE CAPITAL E CUSTO DE CAPITAL
Capital de
Terceiros
Capital
Próprio
Capital de
Curto Prazo
Capital
Permanente
e de 
Longo Prazo
ATIVO
PASSIVO
CIRCULANTE
EXIGÍVEL A 
LONGO PRAZO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
FONTE: <http://livrozilla.com/doc/228714/custo-de-capital--estrutura-de-capital-e-
pol%C3%ADtica-de---cr...>. Acesso em: 22 fev. 2019.
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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• O capital de uma empresa está todo investido no Ativo para gerar retornos.
• O custo de capital é um fator de produção consequentemente é a importância 
de determinar tal custo. 
Os autores Bruni e Famá (2017) escrevem que o custo de capital pode ser 
conceituado como a taxa de retorno que uma empresa precisa obter sobre seus 
projetos de investimentos, para manter o valor de mercado de suas ações e atrair 
os recursos necessários para a empresa. 
Habitualmente representa o custo médio ponderado das fontes de 
financiamento futuras da empresa. Quando as estimativas futuras não estão 
disponíveis, os dados passados ou atuais são empregados. Nesse caso, assume-
se o futuro como uma continuação linear do passado e do presente – o que nem 
sempre pode ser verdadeiro.
Como a estimativa dos custos das fontes de curto prazo é complexa, já 
que boa parte das contas não destaca o valor dos juros ou encargos financeiros 
incorporados, no processo de cálculo do custo de capital apenas as fontes de 
longo prazo são analisadas. 
A determinação do custo de capital envolve análises dinâmicas de riscos 
e impostos, afetados por fatores econômicos e empresariais. Os principais 
componentes avaliados no processo de estimativa do custo de capital são: 
Risco do negócio ou risco operacional: risco que a empresa corre de não 
cobrir os custos operacionais. 
Risco financeiro: risco que a empresa corre de ser incapaz de cumprir 
os compromissos financeiros exigidos (juros, pagamento de empréstimos, 
dividendos de ações etc.). Da superposição dos riscos do negócio e financeiro 
resulta o risco total da empresa. 
Imposto de Renda: os custos são considerados relevantes depois dos 
impostos. Despesas, especialmente financeiras, contribuem para a redução da 
carga fiscal. Logo, o custo do capital é medido após a incidência do Imposto de 
Renda. 
Para obter o custo de capital da empresa, torna-se necessário obter o 
custo de cada fonte individual de recursos. O custo específico de cada fonte de 
financiamento corresponde ao custo de obtenção dos fundos, hoje e com previsão 
para o futuro, após o imposto de renda, e não seu custo histórico, baseado na 
estrutura de financiamento atual da empresa. 
Vejamos as fontes de financiamento das empresas e os custos associados 
a sua captação:
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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Custo do capital de terceiros: corresponde ao custo das dívidas de longo 
prazo, estimado de forma atual e considerando as perspectivas futuras. Deve 
ser calculado após o Imposto de Renda, já que os juros são despesas financeiras 
dedutíveis e reduzem a carga fiscal. A forma de obtenção do custo relativo aos 
capitais de terceiros difere em relação ao mecanismo empregado na captação de 
recursos: empréstimos efetuados ou obrigações emitidas (títulosde dívidas).
Custo do capital próprio: representa o custo das fontes de financiamento 
fornecidas pelos sócios por meio do patrimônio líquido. Existem, basicamente, 
dois procedimentos distintos para a obtenção do custo do capital próprio: o 
modelo de crescimento constante de dividendos e o modelo de precificação de 
ativos financeiros, CAPM (iniciais de capital asset pricing model).
5.6 PRINCIPAIS: AGENTES E CONFLITOS
Decisões financeiras envolvem aspectos de investimentos e financiamentos. 
Sob o ponto de vista das decisões de investimentos, busca-se ganhar mais 
aumentando os retornos dos investimentos, considerando os riscos corridos. Já os 
objetivos das decisões de financiamentos associam-se a pagar menos, reduzindo 
os custos dos financiamentos, considerando, da mesma forma, os riscos corridos 
(BRUNI, 2013).
FIGURA 10 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Objetivo das decisões de investimentos
Ganhar mais, aumentar os retornos 
dos investimentos
Pagar menos, reduzir os custos 
dos financiamentos
Objetivo das decisões de financiamentos
Criar e maximizar valor e riqueza
FONTE: Bruni (2013, p. 26)
Bruni (2013) escreve que melhores decisões de investimentos e 
financiamentos resultariam na criação e maximização de valor da empresa e, 
principalmente do valor dos donos, dos sócios ou acionistas da empresa. 
Dessa forma, as atribuições dos gestores de finanças poderiam ser 
apresentadas pela busca da maximização da riqueza e pelo fato de tomar melhores 
decisões de financiamento e investimentos (BRUNI, 2013).
Porém, devido à separação entre a propriedade e a gestão, quem exerce, 
efetivamente, o controle são os administradores das companhias, ocorrendo 
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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assim a assimetria informacional. Nesses casos, o agente tem acesso a dados a 
que o principal não tem. A hipótese fundamental dessa teoria é que as pessoas 
têm interesses diferentes e cada uma busca maximizar seus próprios objetivos.
A teoria da agência, criada em 1976 por Jensen e Meckling, aborda 
exatamente estas relações econômicas bilaterais entre o principal e o agente, e 
apresenta três condições: o agente dispõe de vários comportamentos possíveis de 
adoção; a ação dos agentes afeta não apenas seu próprio bem-estar, mas também 
o do principal; as ações do agente dificilmente são observáveis pelo principal, por 
haver assimetria informacional entre as partes.
FIGURA 11 – CONFLITO DE AGÊNCIA
FONTE: <http://inovaemgestao.blogspot.com/2012/06/teoria-da-agencia-e-governanca.html>. 
Acesso em: 22 fev. 2019.
A questão é que, os conflitos de interesse geram custos, pois são necessárias 
medidas para monitorar os administradores, as quais incluem: contratação de 
auditoria independente; implementação de medidas de controle; gastos com 
seguros contra danos provocados por atos desonestos de administradores; 
estabelecimento da remuneração dos agentes vinculada ao aumento da riqueza 
dos acionistas, como a concessão de ações ou opções de ações aos administradores 
e outros incentivos ao alinhamento dos interesses entre estes e a administração. 
Estes custos são denominados de custos de agência e merecem a mesma 
atenção que os demais custos de capital.
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 Neste tópico, você aprendeu que:
• Investimentos são Títulos de Renda-Fixa, Taxa DI, Taxa SELIC, Ações, Fundos 
de Investimento Multimercados, Clubes de Investimento e Ações, ou ainda, 
Investimento em Máquinas, Equipamento, Produção e Abertura de uma nova 
unidade.
• Só faz sentido analisarmos o dinheiro se esta análise for feita com base no 
estudo da evolução do dinheiro no tempo, variável fundamental quando se fala 
em dinheiro. O estudo da evolução no tempo do capital emprega raciocínios, 
métodos e conceitos matemáticos, por isso, este estudo é conhecido também 
como MATEMÁTICA FINANCEIRA.
• Sobre a inflação, estudamos seu conceito e história, conceituando-a como o 
aumento generalizado nos preços de bens e serviços. O controle da inflação só 
foi possível depois da implantação do plano real em 1994. Utilizam-se como 
indicadores econômicos e de inflação o INPC, Selic, IGPM, IPCA e INCC.
• Sobre as fontes de financiamentos, que podem ser caracterizadas como 
um conjunto de capitais internos e externos à organização utilizados para 
financiamento das aplicações e investimentos realizados. Destacando-se como 
principais fontes: fonte para fase inicial, fonte de capital próprio, fonte com 
participação societária e fonte de capital oneroso.
• Nos custos de capital, vimos sobre os de curto prazo e longo prazo, bem como 
a definição de capital de terceiros e capital próprio.
• Por fim, destacou-se a importância da inclusão dos custos de agência nos custos 
de capital.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 A análise da viabilidade econômica da empresa deve ser feita levando-se em 
consideração alguns fatores como: 
Analise as sentenças a seguir atribuindo V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Conhecimento dos números reais da empresa.
( ) Realização do Fluxo de Caixa Direto.
( ) Conhecimento sobre o mercado onde atua.
( ) Conhecimento da taxa mínima de atratividade.
Agora assinale a sequência correta:
a) ( ) V – F – V – V.
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) V – F – F – F.
d) ( ) F – V – V – V.
2 Sobre a taxa mínima de atratividade, assinale a alternativa que corresponde 
à alternativa correta.
a) ( ) É a taxa básica de juros da economia brasileira.
b) ( ) Mede a variação do custo de vida das famílias.
c) ( ) É o retorno mínimo que o investidor espera ter em relação a um 
determinado investimento.
d) ( ) Monitora a variação dos custos para verificar a movimentação dos 
preços.
3 Qual das alternativas a seguir realiza o estudo da evolução no tempo do 
capital?
a) ( ) Gestão financeira. 
b) ( ) Matemática financeira. 
c) ( ) Economia. 
d) ( ) Métodos quantitativos. 
4 Entre as alternativas apresentadas, qual delas define a palavra inflação?
a) ( ) Aumento generalizado nos preços de bens e serviços.
b) ( ) Aumento específico nos preços de bens e serviços.
c) ( ) Aumento na oferta de bens e serviços.
d) ( ) Aumento exagerado dos produtos importados.
AUTOATIVIDADE
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5 Sobre os principais motivos que levaram a inflação a sair do controle na 
década de 1980 e 1990, considerando os internos e externos, qual deles não 
elevou a inflação?
a) ( ) Retração na taxa de expansão.
b) ( ) Elevação de gastos públicos.
c) ( ) Endividamento externo.
d) ( ) Aumento do turismo brasileiro.
6 Em 1994 o governo Itamar Franco instituiu como moeda do Brasil que 
dinheiro?
a) ( ) Cruzado.
b) ( ) Real.
c) ( ) Cruzeiro Real.
d) ( ) Cruzado Novo.
7 Em relação aos principais indicadores econômicos do Brasil utilizados 
para o cálculo de taxa de juros, inflação, aluguéis e demais valores contratuais, 
relacione os indicadores de acordo com seu conceito.
(1)INPC
( ) Registra a inflação de produtos agropecuários e industriais 
vendidos no atacado, de bens e serviços vendidos ao consumidor 
no varejo.
(2) TAXA SELIC ( ) Principal indicador de custo da construção civil no Brasil.
(3) IGPM ( ) É um dos principais indicadores brasileiro da variação mensal dos preços.
(4) IPCA ( ) É o indicador oficial do Governo Federal para aferição das metas inflacionárias. 
(5) INCC
( ) É utilizada como referência para o cálculo das demais taxas 
de juros cobradas pelo mercado e para definição da política 
monetária. 
8 Sobre as principais fontes de investimentos de capital que podem ser 
divididas em quatro grupos, qual grupo não pertence à categoria? 
a) ( ) Fontes de capital próprio. 
b) ( ) Fontes com participação societária. 
c) ( ) Fontes de capital em permuta.
d) ( ) Fontes com capital oneroso.
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9 O que vem a ser investidor anjo (angel money)? Assinale a alternativa correta:
a) ( ) São indivíduos que injetaram capital em startups em troca de participação 
societária ou dívida conversível em participação.
b) ( ) Modalidade de investimentoconhecida como financiamento coletivo.
c) ( ) Modalidade de investimento especial de capital de risco em que as 
empresas não financeiras investem em empresas-alvo.
d) ( ) Fontes de recursos que disponibilizam capital ao empreendedor e que 
não têm o compromisso de devolver no futuro.
10 Sobre as formas de classificações do capital da empresa, como são definidas 
as principais origens de recursos? Assinale a alternativa correta:
a) ( ) Capital de terceiros e capital financiado.
b) ( ) Capital de terceir os e público.
c) ( ) Capital próprio e de investidores.
d) ( ) Capital de terceiros e próprio.
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TÓPICO 2
TAXAS E JUROS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao Tópico 2! Agora que já estudamos toda a parte conceitual 
sobre investimentos, é hora de começarmos a estudar os fatores que impactam 
diretamente no investimento, como taxas e juros.
Inúmeras são as taxas utilizadas em investimentos. Para cada diferente 
opção financeira, utilizam-se diferentes tipos de taxas. Existem taxas para 
descontos de duplicatas, taxas para cartões de crédito, taxas para financiamentos 
de curto prazo, taxas para financiamentos de longo prazo, taxas mínimas 
de retorno exigidas para diferentes tipos de investimento etc. (SOUZA; 
CLEMENTE, 2009).
Intentando para o fato de que a matemática financeira utiliza como 
informação básica a taxa de juros, sua especificação rigorosa é fundamental para 
que se obtenham os resultados desejados.
O profundo conhecimento sobre as taxas e juros torna um bom profissional 
apto a trabalhar em qualquer área financeira. Então, mãos à obra!
2 CONCEITOS: CAPITAL, JUROS E TAXA DE JUROS
Sobrinho (2018) define por capital, do ponto de vista da matemática 
financeira, qualquer valor expresso em moeda e disponível em determinada 
época.
O termo “capital” também é conhecido como “principal” e refere-se ao 
valor de uma quantia em dinheiro “na data zero”, ou seja, no início de uma 
aplicação. O capital pode ser apresentado de várias formas: dinheiro investido 
em uma atividade econômica, o valor financiado de um bem, ou de um 
empréstimo tomado.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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O capital pode ser apresentado sob várias siglas e sinônimos: C (de 
Capital); P (de Principal); VP (Valor Presente); PV (Present Value); ou C_0 
(Capital Inicial).
Exemplo: imagine que você poupou todo mês certa quantia durante um 
ano. Ao final deste ano você possui R$ 2.000,00 e resolve aplicar esse dinheiro 
em um banco que renderá 2% ao mês pelo tempo que estiver aplicado. Nesse 
exemplo, o seu capital será o valor de R$ 2.000,00, ou seja, é o valor na “data 
zero”, antes da efetiva aplicação.
E o que vêm a ser os juros? “Juro é a remuneração do capital emprestado, 
podendo ser entendido, de forma simplificada, como sendo o aluguel pago pelo 
uso do dinheiro” (SOBRINHO, 2018, p. 1).
A origem da cobrança de juros é antiga e se perde na escuridão dos 
tempos. Sempre provocou críticas, restrições e até mesmo proibições, em 
diferentes épocas e civilizações. Dentre as diversas teorias que tentam explicar a 
existência dos juros, a mais citada é a de que os juros existem pela necessidade ou 
preferência dos consumidores em consumir bens e serviços no presente a poupar 
para consumi-los no futuro. 
Assim, na sua origem, o juro pode ser justificado como uma compensação 
que o possuidor do capital exige pelo seu não uso durante o tempo do 
empréstimo, além de um prêmio pelo risco de não receber o seu dinheiro de 
volta (SOBRINHO, 2018). 
Atualmente existem dois tipos de juros distintos, embora inter-
relacionados: o juro pago pelo banco na captação dos recursos e o juro cobrado 
pelo banco no empréstimo concedido.
O tamanho do juro pago pelo banco aos aplicadores de recursos 
normalmente é fixado pelo mercado, enquanto o juro cobrado dos tomadores de 
crédito depende deste e de outros fatores (SOBRINHO, 2018).
O juro diferencia-se do capital porque é consequência da aplicação ou 
empréstimo financeiro. Eles são expressos em unidades monetárias e representam 
o montante financeiro referente a uma aplicação.
Considerando o exemplo mencionado anteriormente sobre capital, os 
juros seriam o valor correspondente aos 2% sobre os R$ 2.000,00, que resultaria 
em R$ 40,00 ao mês.
Os juros podem ser classificados de duas formas – simples ou compostos:
JUROS SIMPLES: o juro de cada intervalo de tempo sempre é calculado 
sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. 
TÓPICO 2 | TAXAS E JUROS
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JUROS COMPOSTOS: o juro de cada intervalo de tempo é calculado a 
partir do saldo no início de correspondente. 
Mais adiante nos aprofundaremos sobre esses dois tipos de juros.
Em resumo, juros são a remuneração pelo empréstimo ou investimento 
do dinheiro. Fatores como tempo, risco e a quantidade de dinheiro definem qual 
deverá ser a remuneração, mais conhecida como taxa de juros.
E a taxa de juros, o que vem a ser?
Taxa de juros, ou taxa de crescimento do capital é a taxa de lucratividade 
recebida em um investimento ou aplicada em um empréstimo. Geralmente é 
apresentada em bases anuais, porém nada impede que seja utilizada em bases 
semestrais, trimestrais, mensais ou diárias, e representa o percentual de ganho 
realizado na aplicação do capital em algum empreendimento.
Nos mercados financeiros, brasileiro e mundial, mesmo entre os 
professores, técnicos e executivos, reina muita confusão quanto ao conceito e à 
classificação das taxas de juros, principalmente no que se refere às taxas nominal, 
efetiva e real. 
Uma das razões para isso era, e ainda é, a insistência em se classificar as 
taxas de juros como nominal ou efetiva nos casos em que o período de capitalização 
dos juros não coincide com o período à que se refere a taxa (SOBRINHO, 2018).
Exemplo: taxa de juros de 12% ao ano com capitalização mensal dos juros. 
Nesse caso, se dividiria a taxa anual por 12 e a taxa mensal obtida de 1% seria 
capitalizada por 12 meses, resultando em uma taxa de 12,68% ao ano, sendo esta 
denominada efetiva e a taxa de 12% de nominal. 
A origem dessa classificação remonta ao século XVII ou XVIII, ou antes, 
quando a taxa combinada entre as partes sempre se referia ao período de um ano. 
Para se calcular a taxa para períodos inferiores, o costume que ainda perdura 
na maioria dos países é o de se dividir a taxa anual pelo número de períodos 
unitários contidos em um ano, obtendo-se com isso a taxa semestral, trimestral, 
mensal, diária, por hora, por minuto, por segundo e até se chegar a uma taxa 
imaginária, a taxa instantânea. 
Essas taxas cada vez menores, se capitalizadas pelo número de períodos 
unitários, gradativamente maiores, resultariam em taxas anuais crescentes, as 
quais seriam tanto maiores quanto maior fosse o número de períodos unitários de 
capitalização contidos em um ano, como nos mostra o quadro a seguir, construída 
com base em uma taxa de juros de 12% ao ano. E foi a partir desse entendimento 
que surgiu o conceito de capitalização contínua (ou capitalização instantânea), ou 
seja, uma taxa infinitamente pequena, que, capitalizada por um número infinito 
de períodos unitários, resultaria em uma taxa máxima (SOBRINHO, 2018).
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
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QUADRO 6 – CONVERSÃO DA TAXA
Unidade de Tempo Número de Unidades Taxa Anual Efetiva (%)
Ano 1 12,00000
Semestre 2 12,36000
Trimestre 4 12,55088
Mês 12 12,68250
Dia 365 12,74746
Hora 8.760 12,74959
Minuto 525.600 12,74968
Instantânea Infinitas 12,74969
FONTE: Os autores 
Essa taxa, resultante da capitalização instantânea de uma taxa de 12% ao 
ano, é a taxa efetiva máxima para o período de um ano.
Constata-se hoje uma verdadeira “poluição” de taxas de juros, o que 
dificulta o entendimento por parte do aluno. Além das taxas nominal e efetiva, 
mencionam-se várias outras como real, aparente, equivalente, proporcional, a 
simples (ou linear), a composta (ou exponencial), sem se falar nas taxas de desconto 
“por fora” (ou comercial, ou

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