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1 Farmacologia Clínica das Doenças Gastrointesinais: Úlcera péptica e HDA Universidade de Caxias do Sul Curso de Farmácia Disciplina de Farmacologia Clínica Professora: MSC. Ariane Schiavenin 2 Úlcera Péptica (UP) Introdução •Úlcera péptica é uma doença do trato gastrointestinal caracterizada por lesão da mucosa na presença de ácido e pepsina. • Consequência da ação corrosiva resultante da hipersecreção de ácido gástrico na mucosa, causada por um desequilíbrio entre o sistema protetor da mucosa e fatores agressores. 3 Quais são os fatores agressores? Úlcera Péptica 4 Úlcera Péptica •A doença ulcerosa péptica é comum. •Nos EUA, anualmente, estima-se que 4 milhões de pessoas (novos casos e recorrências) sejam afetadas, e 15.000 morram por complicações da doença. •Internações e complicações relacionadas à doença permanecem estáveis ou sofreram mesmo pequeno aumento. •Tal variação é atribuída à diminuição de prevalência de infecção por H. pylori e ao aumento de UP associada a uso de AINE em adultos e idosos, em quem há maiores riscos de complicações e necessidade de internação. 5 Prevalência UP •10% da população geral apresenta ulceração péptica. •Mais frequente em homens que mulheres. •30% a 40% dos pacientes portadores de úlcera péptica têm familiares de primeiro grau acometidos pela doença. •Quando não tratada, as complicações podem ocorrer em até 30% dos pacientes e incluem a hemorragia digestiva alta (20%) manifestada por melena, hematêmese ou por perda de sangue oculto nas fezes. 6 Prevalência UP •Taxa de mortalidade nacional, de 3,0/100 mil habitantes: • 3,6/100 mil em homens • 2,3/100 mil em mulheres •As prevalências e taxas de mortalidade aumentaram com a idade, independentemente do sexo, com maiores valores entre homens. •Duas são as principais etiologias da UP: infecção por H. pylori e o uso de AINE ou de compostos contendo AAS. •Menos de 5 a 10% das UP têm outras causas. 7 Úlcera Péptica •Considerada uma questão importante de Saúde Pública, frequentemente associada a: 8 perda na qualidade de vida perda de produtividade no trabalho crescentes gastos no tratamento das complicações da doença. Sintomas associados a UP •Disfagia •Perda de peso involuntária •Dispesia •Sensação constante de estômago inchado; •Náuseas e vômitos; •Dor e queimação na garganta ou no meio do peito; •Mal-estar geral; •Fezes muito escuras ou avermelhadas. 9 Úlcera Péptica 10 Úlcera Péptica Úlcera duodenal Pacientes produzem mais ácido gástrico que os controles, particularmente à noite (secreção basal) Úlcera gástrica Pacientes têm produção de ácido normal ou mesmo reduzida. Provavelmente maior fragilidade da mucosa e menor produção de bicarbonato contribuem para o desenvolvimento de úlcera, mesmo com níveis menores de acidez gástrica. Fatores agressores da mucosa gástrica H. pylori Tabaco AINES Álcool Alimentos picantes Chá Refrigerante Café Stress 11 h. pylori 12 H. pylori •Aproximadamente 50% da população mundial estão infectados por H. pylori, com maior prevalência em regiões mais pobres. •No Brasil, a prevalência da infecção em adultos é estimada em 82%. •A bactéria causa inflamação crônica da mucosa gástrica em praticamente todas as pessoas infectadas, mas a maioria delas não desenvolve a doença. Contudo: Ø 1 a 10% apresentarão úlcera gástrica ou duodenal Ø 0,1 a 3%, carcinoma gástrico ØMenos de 0,01%, linfoma gástrico tipo MALT (mucosa-associated lymphoid tissue lymphoma).8 13 H. Pylori •A Helicobacter pylori é uma das principais causas no desenvolvimento de úlceras pépticas gástricas mas principalmente duodenais. •H. pylori induz uma hipersecreção ácida através da inibição das células produtoras de somatostatina e conseqüente aumento da liberação de gastrina pelas células G do antro gástrico. •Como conseqüência desta maior oferta de ácido ao duodeno, haverá o desenvolvimento (ou ampliação se preexistentes) de áreas de metaplasia gástrica no duodeno, as quais, então, poderão ser colonizadas pelo HP levando à duodenite e, eventualmente, úlcera duodenal. 14 H. pylori •As razões de só algumas pessoas desenvolverem doença clinicamente evidente estão relacionadas à combinação de vários fatores: Ø diferentes cepas da bactéria Øsuscetibilidade do hospedeiro à doença e fatores ambientais •A prevalência de H. pylori em pacientes com úlceras gastroduodenais é de 36 a 73%, variando com situação geográfica, etnia e fatores socioeconômicos. 15 H. Pylori •H. pylori é uma bactéria cilíndrica dotada de flagelos em forma de cílios compridos que lhe permitem fixar-se à superfície da mucosa gástrica. •Consegue viver no estômago graças à capacidade de converter a ureia presente no suco gástrico, em amônia e gás carbônico, processo que lhe fornece a energia necessária para sobrevivência. •A Organização Mundial da Saúde considera o H. pylori um agente carcinogênico. 16(Carvalho, 2013) AINES •Os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) encontram-se entre os medicamentos mais prescritos em todo o mundo. •São utilizados principalmente no tratamento da inflamação, dor e edema, como também nas osteoartrites, artrite reumatoide e distúrbios músculo-esqueléticos. •Essa classe heterogênea de fármacos inclui agentes inibidores da ciclo-oxigenase (COX), seletivos ou não. 17 AINES •Os AINEs inibem reversivelmente ambas isoenzimas, ciclooxigenase 1 e 2 (COX-1 e COX-2). •A ação anr-inflamatória está relacionada com a inibição da COX- 2, enquanto os efeitos adversos advêm da inibição da COX-1 •A COX-1 é uma enzima expressa na maioria dos tecidos, incluindo as plaquetas. •Esta enzima está envolvida na homeostasia dos tecidos, é responsável pela produção de prostaglandinas relacionadas com a citoproteção gástrica. 18 AINES •Cerca de 4 a 5% dos pacientes desenvolvem UP sintomática dentro de 1 ano de uso de AINE. •A maioria que se apresenta com complicações sérias não refere sintomas dispépticos precedentes, sendo importante identificar os indivíduos que apresentam maior risco de morbimortalidade associada ao uso de AINE. •Fatores de risco já demonstrados são: idade avançada, história de UP, uso concomitante de corticoides, AINE em altas doses, associação de vários tipos de AINEs, uso concomitante de anticoagulantes ou clopidogrel e doenças graves associadas. •São considerados possíveis fatores de risco: infecção concomitante por H. pylori, fumar cigarros ou ingerir bebidas alcoólicas. Infecção por H. pylori parece aumentar o risco de sangramento por úlcera péptica duodenal em pacientes que usam AAS em baixas doses 19 AINES •Os efeitos adversos associados ao de AINES são vários e alguns bastante problemáticos. • Os efeitos gastrointestinais (perfurações, hemorragias e úlceras) são a razão de um elevado número de internações hospitalares todos os anos. •Os efeitos a nível do trato gastrointestinal são bastante comuns e resultam principalmente da inibição da COX-1, responsável pela síntese de prostaglandinas que, inibem a secreção de ácido gástrico e são essenciais para a proteção da mucosa gástrica, através da esrmulação da secreção de muco e bicarbonato, da proliferação celular e do aumento da circulação sanguínea da mucosa . •Esta inibição explica o mecanismo dos efeitos da toma de AINEs na secreção pepsinogénica e no desenvolvimento de lesões a nível gastrointestinal. 20(Rang et al., 2007; Ramakrishnan e Salinas, 2007). Diagnóstico •Endoscopia digestiva alta – (EDA). •Permite biópsias ou escovado para citologia gástrica e lesões esofágicas, para a diferenciação de simples ulceração e câncer gástrico ulcerado. •O cancer gástrico pode estar presente com manifestações similares e deve ser excluído, em especial nos pacientes com > 45 anos de idade, com perda ponderal ou que referem sintomas intensos ou refratários.21(AMB, 2003) Prevenção Não fume. Faça refeições menores, mais leves e mais próximas umas das outras. Isso ajuda a diminuir a dor e a queimação; Evite chá, café, refrigerantes e bebidas alcoólicas, substâncias que estimulam a produção de ácidos; 22 Tratamento •A erradicação bacteriana é considerada a estratégia prioritária para cicatrização e prevenção de recidivas dos processos de origem infecciosa. •Redução de fatores agressivos – uso de inibidores de secreção ácida. •Agentes ciproprotetores. 23 CLASSIFICAÇÃO REPRESENTANTES MECANISMO DE AÇÃO ANTISECRETORES Antagonistas competitivos de receptores de H2 Inibidores da bomba de prótons Cimetidina Ranitidina Famotidina Nizatidina Omeprazol Lansoprazol, etc Inibição da secreção ácida por bloqueio da interação de histamina com receptores H2 da célula parietal gátrica. Redução da secreção ácida por inibição irreversível da H+, K+ - ATPase da célula parietal gástrica. PROTEÇÃO DA MUCOSA Prostaglandinas e análogos Bismuto coloidal Misoprostol Aumento de secreção de muco e bicarbonato ; inibição pepsina, efeito antibacteriano contra H. Pylori. ELIMINAÇÃO BACTERIANA Amoxicilina Claritromicina Tetraciclina Erradicação de H.Pylori, restaurando defesas da mucosa. 24 Medicamentos usados em úlcera associada à infecção por Helicobacter pylori •Os tratamentos usados baseiam-se em consensos publicados em várias regiões do globo e envolvem a combinação de vários fármacos. • A terapia padrão consiste em inibidor da bomba de prótons (IBP), amoxicilina e claritromicina, embora muitos esquemas acrescentem metronidazol ou levofloxacino. • Entretanto, a erradicação do H. pylori está sendo mais dificilmente obtida, entre outros motivos pela baixa adesão a tratamento e surgimento de resistência aos antibióticos comumente prescritos, sendo esta devida à degradação desses agentes no ambiente ácido do estômago. •Revisão Cochrane concluiu que a erradicação do H. pylori é consistentemente maior quando a duração dos tratamentos com IBP + claritromicina + amoxicilina ou IBP+ amoxicilina + metronidazol/tinidazol é de 14 dias. 25 Seleção e eficácia Diante de tantas opcões farmacológicas, como escolher? Quais são as diferenças entre eles? Como fazer uso seguro e racional destes medicamentos? 26 Me falaram que o esomeprazol é muito melhor que o omeprazol. So que é muito mais caro…. Será que é isso mesmo? Inibidores de bomba de prótons •Apesar de serem estruturalmente semelhantes, esses medicamentos apresentam variações em seus radicais o que resulta em suas características farmacocinéticas distintas. •No entanto, todos possuem a capacidade de bloquear a secreção gástrica de maneira igual, não apresentando diferenças significativas quanto aos seus resultados. • Todos os representantes dessa classe são similares entre si, reduzindo em até 95% a produção diária de ácido gástrico. •Tenatoprazol – o mais novo representante – tem meia-vida significativamente mais longa, podendo inibir a secreção ácida durante a noite. Porém, ainda se desconhece a relevan̂cia clínica dessa vantagem farmacocinética. 27 Inibidores de bomba de prótons •São altamente ligados a proteínas e sujeitos a degradação pelos citocromos hepáticos de P450. •Embora a via do CYP2C19 seja dominante em geral, cada representante tem variações que levou a preocupações sobre eficácia e interação medicamentosa. • O omeprazol e seu estereoisômero, esomeprazol, são metabolizados quase inteiramente pela CYP2C19, oferecendo assim o maior potencial de interação com outros medicamentos. •O rabeprazol, lansoprazol e dexlansoprazol também são metabolizados pelo CYP2C19, mas possuem uma afinidade significativa pelo CYP3A4. • Por isso, as interações parecem menos significativas com esses agentes. 28 Inibidores de bomba de prótons •Por outro lado, o pantoprazol é degradado principalmente pela conjugação de O-demetilação e sulfato do CYP2C19, o que resulta no menor potencial de indução ou inibição do citocromo entre os benzimidazóis. •É comum favorecer pantoprazol, lansoprazol ou dexlansoprazol em pacientes onde o metabolismo dessa interação de medicamentos é uma preocupação primordial, ou seja, pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares em uso de clopidogrel. • Após o metabolismo hepático, a excreção final da maioria dos benzimidazóis é renal, embora o lansoprazol e dexlansoprazol também seja excretado pela via biliar. 29 Atagonistas H2 •Antagonistas H2 têm eficácia similar em doses equipotentes. •Diminuem eficazmente sintomas relacionados à úlcera péptica, especialmente dor, e aceleram a cicatrização de lesões gástricas e duodenais. •Os antagonistas H2 são bem tolerados e apresentam baixa incidência de efeitos adversos relevantes. • Reuniões de consenso ou diretrizes internacionais para erradicação de H. pylori não incluem antagonistas H2 como adjuvantes do esquema antimicrobiano. 30 Seleção 31 No Brasil, misoprostol só está liberado para uso obstétrico hospitalar. Seleção e eficácia •Pacientes que desenvolvem doença péptica durante uso crônico de AINE devem suspender ou reduzir a dose do anrinflamatório e erradicar o H. pylori, se presente. •Quando for imprarcável alterar o tratamento anrinflamatório, recomenda-se adicionar um anti-secretor. •Após oito semanas, a cicatrização em todos os tipos de lesão ocorreu em 80%, 79% e 63% dos pacientes alocados respectivamente para omeprazol 20 mg/dia, omeprazol 40 mg/dia e ranitidina. •Omeprazol (20 mg/dia), rabeprazol (20 mg/dia) e lanzoprazol (30 mg/dia) administrados por oito semanas aliviaram os sintomas e curaram esofagite de refluxo, sem que houvesse diferença entre eles, exceto mais rápido alívio sintomático com rabeprazoL. 32(Wannmacher, 2004) HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA – HDA 33 Introdução •Hemorragia digestiva alta (HDA) é definida como o sangramento que ocorre desde a boca até o duodeno. • A incidência estimada de HDA aguda nos EUA tem diminuído, porém ainda é causa de cerca de 300.000 hospitalizações por ano, com mortalidade estimada em 5%. •Geralmente, divide-se HDA em varicosa (associada a hipertensão portal e varizes esofagogástricas) e não varicosa. •As causas mais comuns de hemorragia não varicosa estão associadas a úlcera péptica induzida por H. pylori, uso de anti-inflamatórios não esteroides, antiplaquetários e anticoagulantes. 34 Introdução - HDA constitui uma emergência associada ao trato gastrointestinal, com alta taxa de mortalidade que varia de 10% a 14% (primeiro evento) e chega a 28% em pacientes hospitalizados com re-sangramento. Fatores de risco que aumentam a mortalidade de SDA ◦ Idade acima de 60 anos; ◦ Doença pulmonar coexistente; ◦ Hepatopatia ◦ Necessidade de múltiplas transfusões Incidência na população varia entre 6 a 10%. 35 Fisiopatologia 36 Atinge a parte superior do TGI Esôfago Estômago Duodeno (Wannmacher, 2004) Principais causas de HDA ÚLCERA PÉPTICA GASTRITE ESOFAGITE CARCINOMA GÁSTRICO LACERAÇÃO DA MUCOSA ESOFÁGICA VARIZES E GASTROPATIA HIPERTESNIVA PORTAL 37 Avaliação • Avaliação inicial de pacientes com HDA visa determinar a gravidade do sangramento e instituir precocemente as medidas de reanimação cabíveis. •São sinais de gravidade, sugerindo maior perda volêmica, hipotensão e choque, especialmente se associados a alteração do estado mental (letargia, torpor, confusão ou agitação). •A presença de hematêmese ou enterorragia também é sinal de gravidade, pois elas podem ocorrer em pacientes que evoluem com rápida deterioração dos sinais vitais. • A instabilidade hemodinâmica (pressão arterial sistólica < 100 mmHg ou frequência cardíaca > 100 bpm) são também preditivos clínicos do risco de ressangramento. 38 Manifestações Clínicas Hematêmese (vômito de sangue) Ocorrendo vômito logo após o início do sangramento, terá aspecto vermelho; se ocorrer posteriormente, o vômito será vermelhoescuro, marrom ou preto. Melena (fezes negras) Caracteriza o sangramento de esôfago, estômago ou duodeno, principalmente. As fezes são pretas, como resultado da ação do ácido clorídrico, produzindo hematina, e têm odor característico. 39 Manifestações clínicas Manifestações clínicas e laboratoriais do SDA dependem de extensão e velocidade da hemorragia, bem como da presença de doenças concomitantes. ◦ Redução do hematócrito ◦ Redução hemoglobina ◦ Elevação ureia Perda inferior a 500 mL raramente se associa a sinais sistêmicos. Em idosos e anêmicos, o sangramento pode produzir alterações hemodinâmicas. Perdas de aproximadamente 40% ou mais na volemia manifestam-se por taquicardia pronunciada, palidez cutânea, pele fria e choque. 40(Wannmacher, 2004) Fatores contribuintes Hipertensã o portal Varizes esofagogás tricas AINES ÚlceraPéptica HDA 41 Prevenção primária •Sabendo que o controle do sangramento é de difícil manejo, a ênfase deve ser dada à profilaxia. •Prevenção primária engloba o controle das doenças causadoras do sangramento. •A suspensão de tratamento crônico com AINE ou a administração concomitante de medicamentos que inibem a agressão ácida no estômago previnem a hemorragia digestiva associada à terapia antiinflamatória. •Para a profilaxia podem-se empregar antiácidos, anti-secretores gástricos e protetores da mucosa gástrica. 42(Wannmacher, 2004) Prevenção SDA Ação Medida Farmacológica Diminuição da acidez gástrica Antiácidos; antagonistas H2 Aumento de defesas da mucosa gástrica sucralfato Modificação de fluxo sanguíneo gástrico Terliprissina, vasopressina Inibição de fibrinólise Ácido tranexâmico 43(Wannmacher, 2004) 44 Seleção do Tratamento HDA Tratamento HDA associada a UP •A supressão ácida tem papel central no controle da HDA por acelerar a cicatrização da lesão sangrante (úlcera, por exemplo), mas também por permitir melhor hemostasia pela neutralização do ácido gástrico e, consequentemente, melhor estabilização do coágulo. •Nos casos de HDA, usam-se predominantemente inibidores da bomba de prótons (IBPs). •Metanálise de 21 ensaios clínicos randomizados demonstrou superioridade dos IBPs em relação a antagonistas H2 ou outros controles. •Já entre os IBPs (omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, esomeprazol), não foi demonstrada diferença em desfechos clinicamente significativos, quando utilizados em doses equipotentes. •O uso de IBP intravenoso ou oral em pacientes com diagnóstico de úlcera péptica está associado a menor risco de ressangramento por úlcera, menor tempo de internação e menor necessidade de transfusão de sangue. 45 Tratamento HDA associado a varizes esofágicas e/ou gástricas •Uso de fármacos vasoativos, como vasopressina, somatostatina ou seus análogos (octreotida e terlipressina), provoca vasoconstrição esplâncnica, diminuição de fluxo portal e, consequentemente, diminuição de pressão na veia porta. •Tal uso se associa a diminuição da mortalidade em 7 dias, melhora na, menos necessidade de transfusão de sangue e menor tempo de hospitalização. •Terlipressina foi superior a placebo, mas não a outros fármacos vasoativos, na prevenção de mortalidade geral em pacientes com hemorragia digestiva por varizes esofágicas. •Revisão sistemática de 14 estudos comparou IBP a antagonista H2 em doentes críticos. •IBPs mostraram-se mais eficazes do que antagonistas H2 em prevenir sangramento digestivo alto. Não houve diferença entre eles com respeito a risco de pneumonia, morte ou permanência na UTI. 46 Principais Evento Adversos dos agentes utilizados 47 Antagonistas H2 Diarreia, cefaleia, tontura, dor muscula, constipação intestinal IBP Diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal, constipação, flatulência, distúrbio do paladar Bismuto coloidal Escurecimento de língua e fezes Boa noite turma! 48
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