Infecções Bacterianas do Trato Gastrointestinal

Prévia do material em texto

Aula 10 - Microbiologia 
M2 - Isabella Machado Pessanha Alves 
 ENTEROBACTÉRIAS 
- São bacilos Gram-negativos; 
- Presentes no solo, água, vegetais e sistema 
digestório; 
- Não esporulantes, anaeróbios facultativos 
(pode sobreviver quando há ou não 
oxigênio), fermemtam glicose; 
- Poucas exigências nutricionais; 
- Geralmente são moveis por flagelos; 
- 30 gêneros e >100 especies. 
- Uma membrana citoplasmática 
- Parede celular 
- Espaço periplasmatico 
- Membrana externa (encontrada nos gram-
negativos) 
 
 
 FOTORES DE VIRULÊNCIA 
- Ampla gama de fatores de virulencia (+++ 
E. coli, Salmonella, Shigella e Yersinia) 
• Estrutura antigenica 
- Antígenos H 
- Antígenos K 
- Antígenos O 
• Capsula: proteção da ação dos favoritos e 
anticorpos 
• Endotoxina: lipídio A e peptideoglicano 
- estimulo à produção de citocinas 
 FATORES DE VIRULÊNCIA GERAIS 
• Sequestro de fatores de crescimento - 
sideroseforos 
Infecções Bacterianas do Trato 
Gastrointestinal 
 
 
• Resistência aos antibióticos - plasmidial 
 
 
• Sistema de secreção tipo 3 - seringa 
molecular 
 
 
- Passa pelo peptídeo glicano e chega ate a 
membrana externa 
- Injeta nas células do hospedeiro algumas 
máculas que são importantes p sucesso 
dessa infecção 
 DEFINIÇÃO - DIARREIA 
- Alteração na frequência e/ou na 
consistência das fezes 
- Diarreia aguda: ate 14 dias 
- Diarreia persistente: 
- Diarreia crônica: mais de 30 dias 
• Diarreia inflamatória: 
- Disenteria 
• Diarreia não inflamatória 
- Osmótica: ma absorção de carboidratos ou 
uso de laxantes 
- Secretora: transporte anormal de íons 
(defeitos congênitos ou doenças difusa) 
- Motora: motilidade anormal 
 EPIDEMIOLOGIA 
- Cerca de 2 bilhões de casos por ano 
- Uma das principais causas de 
morbimortalidade no mundo. Na infância 
1,5 milhões de óbitos anuais 
- Nos EUA por ano: 76 milhões de episódios, 
com 325.000 internações e 5000 mortes 
- No brasil cerca de 3 milhões de casos com 
5000 mortes anuais 
 ETIOLOGIA 
• 90% da diarreias agudas são de origem 
infeciosa: 
- Vírus (causa mais comum) 
- Bacterias (casos mais graves) 
- Parasitas 
 ESCHERICHIA COLI 
- 5 patótipos principais: EPEC, ETEC, 
EHEC, EIEC e EAEC 
• Bacteria comensal do intestino 
- infecção por cepas exógenas patogênicas 
leva à diarreia 
 E. Coli enteropatogênica (EPEC) 
- Diarreia aquosa em bebes, raro em crianças 
maiores e adultos 
- Transmitida pessoa-pessoa 
- Muito importante em países 
subdesenvolvidos 
- Causa surtos em creches 
 E. coli enterotoxigenica (ETEC) 
- Causa diarreia aquosa, com necessidade de 
inoculo alto 
- Transmissão por água ou alimentos 
- Diarreia aguda em crianças menores de 5 
anos e diarreia em viajantes 
• Produção de 2 toxinas 
- LT (semelhante à colérica) e ST 
  
 E. coli enterro-hemorrágica (EHEC) 
- Causa desde diarreia aquosa até CH e SHU 
- Mais comum em países desenvolvidos 
- Transmitida por água ou alimentos (carnes, 
leites e frutas) 
- Inoculo baixo, cerca de 100 bactérias 
- O sorogrupo mais importante é o O157:H7 
• Período de incubação de 3 a 4 dias. 
- 30 a 60% progridem para diarreia 
sanguinolenta e cólicas intensas, que 
regride após 4 a 10 dias 
- Em 5 a 10% dos casos ocorre a sindrome 
bemolítico urremica (SHU): óbito em 5% 
dos casos pode deixar sequelas 
- Cascata de reações: processos inflamatórios, 
rompimento de vasos, insuficiência renal 
 E. coli enmteroimvasiva (EIEC) 
- Muito comum em países subdesenvolvidos 
- Transmitida por alimentos e água 
contaminados 
• Causa diarreia aquosa que pode progredir 
para disenteria 
- Clinicamente acompanhada de febre, mal 
estar e cólicas abdominais 
- Costuma causar surtos 
  
 PATOGÊNESE 
- Capacidade de invasão e destruição do 
epitélio do cólon, é dependente de genes 
plasmidiais (plnv) 
- Ocorre mobilidade intracelular da bactéria 
e transmissão célula a célula 
- Essa destruição pode causar a ulceração do 
epitélio do cólon 
 E. Coli enteroagregativa (EAEC) 
- Infecção emergente 
- Causa diarreia aquosa e persistente, 
comum em países em desenvolvimento 
- Associada ao retardo do crescimento e 
baixo peso infantil 
 PATOGÊNESE 
 RESUMO 
 SHIGELOSE 
- Shigella dysenteriae (casos mais graves), S/ 
flexneri, S. boyndii e S. snonnei 
- Causa diarreia aquosa e/ ou sanguinolenta, 
150 milhões de casos/ano 
- Transmissão ocorre pessoa-pessoa via fecal/
oral, é muito infectante - inócualo baixo < 
100 bactérias 
- Período de incubação de 12 a 48 horas 
- Afeta principalmente a população 
pediátrica; 
- Surtos em populações fechadas 
  
 YERSINIA ENTEROCOLITICA 
- Transmissão por água ou alimentos 
• Causa diarreia aquosa aguda 
- Periodo de incubaçào de 4 a 7 dias 
- 75% enterocolite com febre, diarreia e 
dores abdominais 
- Quadro clinico indistinguível de apendicite 
aguda (crinaças maiores e adolescentes) 
- Enterotoxina (Yst) semelhante à STa de 
ETEC 
- A entrada de Y. enterocolitica se da por 
meio das células M. 
  
 SALMONELOSE 
- Salmonella enterica - 3 sorvares principais: 
S. enteritidis, S. typhi e S. typhymurium 
- A infecção ocorre por água e alimentos 
contaminados 
- Incidência maior em crianças e idosos 
- Gastroenterite, febre tifoide e colonização 
assintomática do TGI 
- Cepas patogênicas resistem à acidez 
gástrica e vesículas fagocitárias 
  
 CÓLERA - VIBRIO CHOLERAE 
- Bacilo gram negativo curvo, anaeróbio 
facultativo, móvel com um flagrelo polar 
- Vive em ambientes aquáticos, mas os 
humanos são reservarmos, maior 
multiplicação nos meses de verão 
- Dois biotipos: clássico e El Tor, ambos 
produzem toxina colérica 
- Necessita de inoculo grande, não resiste 
bem a acidez gástrica 
- Provoca uma diarreia aquosa volumosa 
(água de arroz), cerca de 1 L/h - morte por 
desidratação em 60% dos não tratados 
- A diarreia ocorre devido a capacidade do 
vibrião de romper a barreira mucosa no 
intestino delgado através de uma mucinase. 
  
  
 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
• Coprocultura 
- Sorotipagem: para identificação de cepas de 
E. coli