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São Paulo 2020 Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) APS – TEORIAS ORGANIZACIONAIS 001201ª12 – Josiane Alves Lopes – RA: 7064684 001201A12 – Drielly Louredo de Moura Santos – RA 6688060 São Paulo 2020 A) Resenha Crítica Filme: Tempos Modernos Tempos Modernos, é um filme de 1936 escrito, dirigido e atuado por Charlie Chaplin, uma forte critica principalmente a sociedade industrializada, aonde as cidades são sujas, barulhentas e atividade humana foi reduzida em uma repetição de tarefas que não exige nenhuma criatividade. Na década de 1930, o mundo estava passando por uma grande depressão decorrente da crise de 1929, a industrialização estava a todo vapor, porém o desemprego era de generalizado. Em 1931 Charlie Chaplin viajou para a Europa e conheceu uma MAHATMA GANDHT que também estava em viagem para discutir com o vice rei da Inglaterra sobre a independência da Índia, juntos eles discutiram sobre a sociedade moderna e as tecnologias industriais, Chaplin começou a observa os problemas causados pela as modificações sociais na sociedade industrializada e teve a ideia para elaborar o filme, nessa época o cinema não era mais mudo, mas ele tomou a decisão de deixar o filme quase sem fala para manter o aspecto de universalidade de Carlitos seu personagem. Carlitos tenta se adequar a sociedade trabalhando como operário em uma fábrica seguindo as normas sociais, porém não dá muita sorte e sempre se mete em problemas, como por exemplo, perder o emprego ou ser preso por vadiagem ou vandalismo repetidas vezes, nas idas e vindas ele conhece uma órfã que também não se enquadra bem na sociedade moderna, ambos se encontram na vida e tentam se ajudar em busca de uma vida digna, uma casa e um emprego para sobreviver, duas pessoas que não se encaixam no sistema moderno. Logo a primeira imagem do filme já é uma ilusão ao tempo do homem que foi tomado pelo o tempo da fábrica e da indústria, acompanhado de uma música alta e alarmante que também faz referência a um sinal de uma fábrica, o relógio aponta a hora de entrar, trabalhar e sair. Obedecer aos horários, obedecer às regras, obedecer os padrões e por isso que hoje em dia as escolas estão analisando a sua estrutura de organizações, mas ainda temos muitas escolas que tem o mesmo comportamento organizacional que as fabricas, sinal para entrar, todos os alunos devem sentar São Paulo 2020 alinhados e de forma disciplinada, não deve contém questionamentos e um sinal para a saída, tudo isso se assemelha as organizações das fabricas, dos quarteis e até mesmo das prisões. Na sequência é mostrado um rebanho de ovelhas todas frenéticas andando diligente em uma só direção a cena faz uma transição suave e mostra pessoas indo trabalhar, saindo do metro todos engravatados e com suas maletas indo na mesma direção, assim como as ovelhas que tem seus pelos tosados para fazer lã para o dono da produção, os trabalhadores também andam diligentes para serem explorados pelos os donos do meio da produção industrial, mas se paramos para observar no meio das ovelhas contém uma ovelha negra que passa desapercebido, assim como também no meio dos trabalhadores tem Carlitos o personagem de Charlie Chaplin que ele o xingou chamando de vagabundo, não que ele não queira trabalhar mas assim como a ovelha negra ele não se encaixa no sistema de trabalho e de sociedade mecanizada e repetitiva, até mesmo por sua ingenuidade e gentileza ele é uma ovelha negra para o sistema hostil. Na fábrica, o tamanho das maquinas são gigantescos em relação aos homens, todas grandes, fortes e barulhentas, às engrenagens e esteiras como dentes e bocas prontas para devorar, e de certa forma devorar, quando o próprio Carlitos enlouquece com tanta pressão e repetição do trabalho e cai dentro da máquina representando o próprio sistema industrial que engole e enlouque o homem e ele se torna somente mais uma peça nesse sistema, enquanto isso na sala presidencial da empresa o trabalho do chefe é no ritmo totalmente diferente, ele toma seu café, lê seu jornal, monta um quebra-cabeça e de vez ou outra observa o seus funcionários pela as câmeras. Chaplin foi visionário em anteceder uma tendência temos que pensar que na época que o filme foi elaborado, câmeras nas empresas não era nada comum, representa o chefe contemporâneo que observa e manda em tudo a distância pela as câmeras até mesmo no banheiro aparece em uma tela e manda Carlitos voltar a trabalhar, ele controla o tempo do trabalho, o tempo do descanso e até mesmo o tempo das necessidades humanas. Se pararmos para fazer uma comparação até hoje em dia essa característica é elevada ao extremo com as redes sociais, ninguém tem mais o São Paulo 2020 tempo social, com a facilidade de mandar uma simples mensagem pelo o whatsapp, até mesmo no final de semana, ou horas de descansos a empresa está presente e nós somos forçados a está sempre em tempo real conectados com as necessidades das empresas e as necessidades da vida individual subtraída. Até mesmo no horário de almoço, Carlitos está sobre o domínio da empresa e ele é obrigado a testar uma máquina revolucionaria que mecaniza o almoço, ela faz tudo, alimenta limpa a boca com guardanapo mecânico e serve a sopa, o funcionário não precisa nem segura o talher, e é claro, se o chefe aumentar a velocidade da máquina o tempo do almoço diminui, sorte de Carlito que a máquina não funcionou. A função de Carlitos é de apertador de parafuso, na verdade ele nem sabe o que está produzindo, Carlitos entra em colapso nervoso e adoece, algum tempo depois ele sai do hospital e se depara com o desemprego generalizado, a indicação é descanse e evite emoções forte, mas como evita emoções em uma cidade frenética e barulhenta. Livre do hospital e sem emprego, ele acaba se atrapalhando com a polícia e vai parar na cadeia por engano, fica um tempo preso e quando sai da prisão percebe que é mais feliz na cadeia do que na sociedade. Nesse período ele conhece uma órfã que roubava o pão para comer, eles fogem da polícia juntos e viram grandes amigos, sonham em ter uma casa e uma vida normal, durante a maior parte do filme podemos perceber que eles sempre estão a procura de um emprego e se esquivando da polícia que sempre acabam se esbarrando por algum motivo acidental, uma coisa bem interessante de se dizer, que ela é tão protagonista o quanto ele, no final ela consegui um emprego de dançarina no restaurante e ele de garçom só com a condição se ele soubesse cantar, para garantir o emprego ele fala que sabe, como garçom ele é todo atrapalhado só resta saber cantar porquê de garçom ele não tem nada, quando chega a hora ele esquece toda a letra da música e tenta improvisar a primeira vez que escutamos a voz de Carlitos, todos gostaram do improviso, finalmente ele descobre seu talento, o improviso que nada tem a ver com a repetição e o mecanização da sociedade industrial. Percebemos que tanto ele como ela se realizam em uma atividade que não faz parte do mercado de trabalho, ainda mais no mercado industrial, a música a arte, o improviso traz liberdade a eles e se enchem de esperanças e sonhos, mas a polícia São Paulo 2020 aparece querendo levar ela para o juizado de menores e os dois tem que fugir novamente, o filme acaba com a órfã e o Carlitos andam juntos na estrada buscando um novo caminho, apesar de tudo ter dado errado eles estão juntos e isso significado esperança. B) Reflexão sobre a forma como os gestores da época lideravam suas equipes. Cada cena do filme foi inteligentemente desenhada para demonstrar os aspectos perversos da mecanização do trabalho e do tratamento a que se submetia o trabalhador. Na fábrica, a presença de um trabalhador sem camisa demonstra,além da falta de equipamentos de segurança, o intenso calor e a falta de ventilação nos locais de trabalho. O administrador não gere a empresa devidamente e aparece jogando quebra-cabeças ou lendo jornal e quando dá alguma ordem, o faz sem nenhum fundamento ou motivo: apenas determina que se acelere a produção, sem levar em conta sequer a capacidade produtiva de sua empresa. Na linha de montagem se observa a falta de equipamentos de segurança, as máquinas ditando a velocidade do trabalho, de forma gradativamente mais rápida, a execução de movimentos repetitivos, estresse ocupacional, incapacidade dos gerentes em administrar conflitos e, por fim, um acidente de trabalho, o qual Carlitos imortaliza na cena em que é sugado pelas engrenagens da indústria, umas das mais conhecidas de toda história do cinema. O filme segue denunciando os abusos aos quais era submetido o trabalhador: na entrada do banheiro tinha um relógio ponto, de modo que se descontavam do salário do empregado o tempo em que este utilizava o banheiro; não havia nenhuma privacidade, uma câmera ligava o banheiro direto à sala do administrador; por fim cogitou-se a adoção de uma máquina destinada privar o trabalhador do seu intervalo para refeição. Na cena, que é hilária, Carlitos é alimentado por uma máquina na linha de montagem, demonstra a objetificação do trabalhador na sociedade industrial. São Paulo 2020 Perturbado pela intensa atividade da linha de montagem e acometido por movimentos involuntários decorrentes dos movimentos repetitivos, o personagem é demitido sem direito a quaisquer verbas rescisórias e preso supostamente por participar de um movimento paredista. O filme segue com as desaventuras do personagem Carlitos: na prisão usa drogas involuntariamente; solto por bom comportamento consegue emprego na indústria naval mas não está tecnicamente preparado para o serviço; é preso novamente por furto famélico; consegue emprego como segurança em uma loja de departamentos mas é novamente demitido e preso injustamente. O filme Tempos Modernos, portanto, retrata os problemas que o trabalhador enfrenta quando desamparado pelo Direito do Trabalho. O desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social, nos anos que se seguiram, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, consolidaram os direitos sociais e à proteção do trabalhador. Desse modo, haja vista o quadro de crise que se instaura no âmbito do Estado Social e o retrocesso proporcionado pela recente Reforma Trabalhista, é necessário o resgate importância socioeconômica do Direito do Trabalho e da proteção ao trabalhador. São Paulo 2020 REFERÊNCIAS - BOLETTI, Carlos Henrique; CECCONI, Bruna Paiva. Tempos Modernos: uma reflexão acerca da terceirização e a degradação dos direitos trabalhistas. In: PASCHOAL, Gustavo Henrique; PAGANELLI, Celso Jefferson Messias; OSIPE, Nathan Barros; SILVA, Ronny Carvalho da (Orgs.). Direito e Cinema Jurídico em Debate. Jacarezinho, PR: UENP & PROJURIS, 2017. (Anais do III Simpósio Regional Direito e Cinema em Debate) p. 311-329. - TEMPOS modernos. Direção: Charlie Chaplin. Estados Unidos: United Artists, 1967. 87 min, p&b. Título original: Modern Times. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4 Acesso em 20 maio 2018. - DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A reforma trabalhista no Brasil: com comentários à Lei n. 13.467/2017. São Paulo: LTr, 2017. p. 41. - Os dados biográficos de Charlie Chaplin foram colhidos de seu site oficial na internet. Disponível em <http://www.charliechaplin.com>. Acesso em 25 maio 2018. https://www.youtube.com/watch?v=HAPilyrEzC4
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