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Nayanna, A escolha do seu tema é muito interessante, mas peço que reveja algumas questões: a) Não ficou muito claro na leitura qual o foco do seu estudo: anos finais ou iniciais do fundamental. O licenciado em Letras não está habilitado a lecionar nos anos iniciais. Isso precisa estar bem claro e com o recorte correto. b) Em um artigo, esperamos que o acadêmico discuta o tema escolhido, a partir de referencial teórico. Senti falta de mais referências, citações, etc. c) Em alguns momentos, o artigo se parece com o relatório de estágio. Informações sobre a escola, quais atividades ocorrem, etc., precisam ser apresentadas de maneira muito pontual, como forma de contextualizar, mas não deve ser uma parte longa, pois esse não deve ser o foco do artigo. Com isso, deve-se evitar a inclusão de questões muito pessoais. d) Utilize o modelo de formatação do artigo disponíveis nos materiais da disciplina (arquivo template). O artigo não tem capa, e os itens devem aparecer em sequência e não um em cada página. Espero sua próxima postagem, com o desenvolvimento do trabalho! Abraços! Profª Jaqueline Koehler A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E ESCRITA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL BARBOSA, Nayanna Cariny Teixeira[footnoteRef:1] [1: Nayanna Cariny Teixeira Barbosa, aluna do curso de Licenciatura em Letras Português e Espanhol da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.] RIBEIRO, Priscila de Oliveira[footnoteRef:2] [2: Priscila de Oliveira Ribeiro, professora orientadora do trabalho de conclusão de curso de Licenciatura em Letras Português e Espanhol da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.] Resumo O objetivo deste artigo é enfatizar a necessidade da que se dá quanto ao ensino da leitura e escrita dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Governador Araújo Lima. Para a elaboração deste trabalho foram necessárias diversas pesquisas e uma releitura atenciosa aos relatórios de estágio supervisionados que foram realizamos ao longo deste curso para aprimoramento e aprendizagem com a experiência vivida dentro da sala de aula. No final deste incrível trabalho poderemos observar o quanto ainda podemos fazer para melhorar a qualidade de ensino dos alunos e o quão importante pode ser o olhar atencioso e dedicado de um profissional da educação dentro do âmbito escolar, como detalhes podem ser responsáveis por um conceito de ensino diferente e mais rico, proporcionando um aprendizado melhor e mais produtivo tanto para os educadores quanto para os educandos. Palavras-chave: Leitura, Escrita e Aprendizado. 1.INTRODUÇÃO O principal propósito deste artigo é compreender qual o problema responsável pela falta de interesse que a grande maioria dos alunos da instituição de ensino onde realizamos nosso estágio supervisionado, tem em ler um texto em voz alta, ou redigir uma redação. Nos dias de hoje, onde questões de múltipla escolha viraram não somente práticas e cômodas, mas as queridinhas entre os alunos, pois é necessário apenas marcar com “x” uma das alternativas que caso não saiba podem ser escolhidas até mesmo na sorte. Muito nos preocupa essa nova didática que tem tornado nossos alunos um pouco preguiçosos e menos preparados intelectualmente, através de pesquisa de campo realizada neste trabalho será possível analisar e verificar o quanto isso tem prejudicado a educação dos jovens nos dias de hoje. O objetivo geral que nos instiga a tal questão é demonstrar que o educador pode e deve mudar seu comportamento quanto a questões de observação, mudanças nas didáticas e a elaboração de atividades que despertem o interesse dos alunos na leitura e escrita de textos. Organizamos este artigo em duas partes, a primeira contemplou discussões sobre por que os alunos se sentem tão intimidados e ler e escrever, a outra parte abordou sobre como podemos mudar essa cultura que eles adquiriram. 2. A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA E DO PROFESSOR Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de um país. É através dela que os cidadãos produzem conhecimentos e ajudam no crescimento pessoal e da nação em que vivem aumentando sua renda e qualidade de vida das pessoas inseridas neste contexto. O desenvolvimento da leitura na vida das crianças, pode começar de muito cedo, através dos pais, em seu conforto do lar, a partir das histórias que as crianças têm contato, apenas por ouvi-las elas começam a despertar o hábito de gostar de leitura, assim inicia o primeiro ciclo da leitura, que com o passar dos anos vai se desenvolvendo. Contudo é na escola que a leitura precisa e deve ser incentiva pelos professores, essa corrente de conhecimento pode ser trabalhada de forma a evidenciar a importância que a mesma terá no desenvolvimento futuro desses alunos. O professor tem um grande desafio a ultrapassar, a ganhar espaço para ensinar a leitura de forma mais simples possível, atrair os alunos aproximando a leitura de temas que despertem seu interesse, precisa ter habilidades para conseguir desenvolver na criança o desejo de navegar na leitura, de forma que possa conquistar o leitor a viver os momentos das histórias que o mesma irá ler, deve despertar nas crianças o conhecimento prévio das histórias encantadas, dos contos mágicos, das aventuras mais fantasiosas, assim primeiro o aluno fala o que sabe e só depois a professora seguira com sua aula, nesta proporção o docente vai ganhando seu lugar, vai conquistando a criança, vai compreendendo quais as melhores forma de ensinar a leitura. Nos tempos atuais despertar o desejo de ler em um aluno é uma desafio e tanto, no meio de tantas tecnologias que foram criadas e hoje estão ao alcance acessível das crianças, o docente tem um caminho extenso a percorrer, pois ira se deparar com situações nas quais os alunos irão perguntar, por que não utilizar meios tecnológicos para ler em vez de usar livros, o professor terá que ser um maestro em suas respostas e em suas atitudes, deve procurar se atualizar na sua metodologia, para não deixar lacunas abertas que possam tirar o foco da leitura para ser substituído por tecnologias, não que elas não ajudem , mais o ideal é ensinar ao aluno que os livros são algo preciso que precisam ser lidos, é uma forma de conhecer o mundo, de compreender o passado , de conquistar o futuro, pois os livros irão contribuir muito no decorrer de sua vida acadêmica e também social. Do ponto de vista de Martins (1994, p. 36) “A leitura está dividida em três níveis básicos, sensorial, emocional e racional. Os quais estão interligados, a leitura sensorial vai fazer o leitor descobrir do que gosta, a leitura emocional o leitor irá passar pelo processo de imaginação que vive os personagens, podendo despertar algo bom ou ruim, a leitura racional é quando o leitor já está hábito sobre o que gosta, ler por prazer, por gosto, por saber o que a mesma lhe aprovisiona.” De acordo com os níveis de leitura o professor mediador conseguira avaliar em qual categoria o seu alunado se coloca, assim o mesmo poderá desenvolver um processo de leitura mais flexível, poderá trabalhar com uma metodologia que esteja subdividida por categorias de níveis, assim com o passar do tempo os alunos irão chegar ao mesmo nível, mais para isso é necessário que o mediador esteja se atualizando nos seus método de ensino, para poder contribuir com uma leitura de qualidade, que ao menos chegue ao alunado como um conteúdo de qualificação para sua vida. 2.1 A escola Araújo Lima A escola onde realizamos esta pesquisa é tradicional em nosso município, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Governador Araújo Lima, está localizada na Avenida Sete de Setembro, nº 3697, no bairro Nova Porto Velho, área central de nossa cidade, capital do estado de Rondônia. Tem como entidade mantenedora o Estado de Rondônia, vinculado ao Sistema Estadual de Ensino para fins de autorização, reconhecimento, inspeção e supervisão. Iniciousuas atividades educacionais pelo Decreto de Criação nº 927 de 31 de julho de 1978, como “Escola Territorial de 1º Grau”, teve sua inauguração realizada aos 13 dias do mês de setembro do referido ano, pelo governador Coronel Humberto da Silva Guedes, homenageando Joaquim Araújo Lima, um dos grandes governadores da história do então Território Federal de Rondônia na década de 40. O prédio em que funciona a E.E.E.F.M. Governador Araújo Lima é de propriedade do Estado, possui boa estrutura e conta com 13 (treze) salas de aula climatizadas; 01 (uma) biblioteca central; 01 (uma) sala de informática, com equipamentos e acesso a rede de internet banda larga, 01 (um) auditório equipado onde acontecem reuniões e eventos que coordena os processos de vídeo aula, 03 (três) banheiros, sendo um coletivo feminino, outro coletivo masculino e um localizado na sala dos professores, para uso particular dos mesmos, 01 (uma) cozinha e cantina, 01 (uma) sala de diretoria, 01 (uma) sala de secretária escolar, 01 (uma) sala dos professores, 01 (uma) sala da coordenação pedagógica, 01 (uma) sala arquivo, 01 (uma) quadra poliesportiva e 01 (um) pátio para circulação dos alunos, refeitório e realização de eventos. Comment by Jaqueline Koehler: Esse tipo de informação pode aparecer de maneira mais sintética, até mesmo em nota de rodapé A escola conta com 39 (trinta e nove) funcionários no corpo docente e 34 funcionários no corpo técnico de apoio administrativo, perfazendo o total de 73 (setenta e três) colaboradores na instituição de ensino. Desenvolvem-se as atividades escolares em três turnos, matutino, vespertino e noturno, atendendo um total de 1.125 (um mil cento e vinte e cinco) alunos nas seguintes etapas: · Ensino Fundamental 2º segmento do 6º ano ao 9º ano, no turno matutino e uma turma de 1º ano do Ensino Médio, totalizando 408 (quatrocentos e oito) alunos matriculados neste período; · Ensino Fundamental 2º segmento do 6º ano ao 9º ano e Ensino Médio Regular, totalizando 363 (trezentos e sessenta e três) alunos matriculados, no turno vespertino; · Ensino Fundamental 2º segmento do 6º ano ao 9º ano e Ensino Médio, ambos na modalidade E.J.A. – Educação de Jovens e Adultos, totalizando 354 (trezentos e cinquenta e quatro) alunos matriculados, no turno noturno. Realizam anualmente poucos projetos e atividades de incentivo a educação e participação dos alunos na escola, desenvolvendo assim o interesse não somente dos alunos, mas também dos pais ou responsáveis dentro do contexto escolar. Os projetos de maior impacto aos alunos são: Comment by Jaqueline Koehler: Idem Projeto Mostra Anual de Ciências – tem como finalidade incentivar a atividade cientifica, por meio de elaboração e execução de projetos de pesquisa, auxiliando assim os estudantes na construção do conhecimento e o despertar para vocações. Participam do projeto todos os alunos do Ensino Fundamental 2º segmento e do Ensino Médio regular, o evento acontece uma vez por ano, a fim de reunir todos os alunos para apresentação e exposição de seus trabalhos. Projeto Arraial da Escola Araújo Lima – com o propósito de desenvolver no educando e na comunidade em geral o espírito participativo e preservação pelo folclore brasileiro, o evento acontece uma vez por ano, no período das festas juninas, envolve todos os alunos e colaboradores da escola, realizando uma grande e bonita festa com comidas típicas, brincadeiras, danças folclóricas, músicas e apresentações de artistas locais, valorizando a cultura local. 2.3 A experiência dentro da sala de aula O estágio possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas dentro da instituição, dando assim uma prévia da realidade, como também do que nós queremos realmente para a preparação à inserção profissional. Vale ressaltar, que aprendemos observando o professor, porém, elaboramos nosso próprio modo de ser e agir, isto se torna um incentivo para a profissão futura. Esse primeiro contato se faz necessário, também, para conhecermos o espaço em que desenvolveremos a prática, bem como para conhecermos e nos apresentarmos a alguns gestores da instituição de ensino, à professora de Língua Portuguesa em cuja turma iríamos estagiar, além, é claro de termos o nosso primeiro contato com os alunos. Ao longo de nossa jornada durante este curso, nas etapas finais tivemos a oportunidade de vivenciar na prática a experiência do estágio supervisionado, onde adquirimos conhecimento e aprendemos de diversas formas como o ambiente escolar pode ser amplamente diversificado e explorado, durante nossas visitas fomos muito bem recebidos pela instituição de ensino e seus colaboradores, assim como pelos alunos, que participaram das aulas e se demonstraram interessados nos momentos de explicação, claro que fomos um atrativo durante as aulas, algo novo e diferente que quebrou a rotina dentro da sala de aula, sabemos que geralmente eles não se comportam tão bem e que na maioria das vezes os professores não recebem tanta atenção. Nosso objetivo durante este período, era avaliar o ambiente escolar da turma em questão. Só assim existiria a possibilidade de que nossas intervenções de docência fossem eficazes. Para tanto, durante o período de estágio foram dedicadas várias horas para a observação. Concluído esse período de contato inicial, passamos pelo processo de reflexão do que foi observado e escolha das melhores alternativas para que houvesse um aproveitamento satisfatório no período da prática efetiva. Este foi o momento para realizarmos a elaboração dos planos de aulas, escolhas dos materiais didáticos e recursos, afinidades teóricas e etc. Contamos sempre com o auxílio da professora responsável pelas turmas do ensino médio para nos direcionar e nos encaixar na sua metodologia, não fugindo do contexto planejado para as avaliações do segundo bimestre. Nesse passo, as intervenções foram realizadas e a prática de docência finalmente ultrapassou a linha das teorias e alcançou a sala de aula. Foi neste momento que podemos definir qual seria a maior necessidade que os professores sentem no desenrolar das suas atividade profissionais e qual a maior deficiência dos alunos no aprendizado. 2.4 A realidade do ambiente escolar Apesar de parecer uma instituição de ensino normal e promissora, o corpo docente através das reuniões de conselho de classe e no decorrer do dia a dia, sabe e tenta driblar os diversos impasses que ocorrem dentro do contexto escolar, como a inadimplência da participação de alguns pais e responsáveis dos alunos, há alunos que possuem histórico de faltas, alunos desinteressados que vão para a escola aparentemente só para tumultuar ou causar confusão, enfim, existem diversos per causos que tornam o ambiente escolar um verdadeiro desafio para os profissionais da educação de fato. Dentre todos, os que mais nos chamaram atenção e que faz parte também das diretrizes da Língua Portuguesa é a falta de interesse que os alunos têm sobre a leitura e a escrita, observamos dentro de sala de aula, que ao elaborar uma simples atividade sobre a leitura de um texto em voz alta e posteriormente a elaboração de um relato sobre a compreensão que os alunos tiveram sobre o texto, algo de errado havia entre os alunos, nenhum se propôs a ler o texto, mesmo após a insistência da professora, não houve participação, até mesmo os alunos mais “descolados” e aparentemente desinibidos ignoraram a educadora, isso me gerou um conflito pessoal, me coloquei no lugar da docente e me imaginei improdutiva naquela situação, como se meu trabalho e dedicação ao ensinar só valesse aos alunos quando os interessa. 3. COMO MUDAR ESSA REALIDADE A leitura e a escrita são importantes para a educação assim como o poeta é para a poesia, neste contexto de comparação ambos são essenciais para o desenvolvimento da criança, para a qualidade de vida, para a abrangência de conhecimento, de saberes adquiro, a leitura contribui para formar cidadãos coerentes no que diz e no que faz. A leitura e a escrita são práticas que requerem que o aluno adquira competênciasespecíficas para que possa se apropriar do conteúdo lido de forma a significá-lo e ressignificá-lo no seu dia a dia. Nesse sentido, a escola, considerada como um dos pilares mais importantes na construção e apropriação de conhecimentos ora reproduzidos, ora criados, tem o compromisso de implementar e desenvolver atividades que coloquem o aluno diante de desafios impostos pela leitura e interpretação de um mundo letrado no qual está inserido. Os professores são os principais articuladores e promotores dessas práticas organizadas e planejadas de conhecimento e reconhecimento de um mundo letrado. A partir de um planejamento estruturado, segundo a diversidade de possibilidades linguísticas que a linguagem em suas múltiplas formas pode oferecer, e de atividades e estratégias capazes de abrir os caminhos para que cada forma de linguagem ganhe sentido para o aluno, o professor vai abrindo e criando espaços para que os processos linguísticos possam ser assimilados e compreendidos. Desse modo, a leitura e a escrita do mundo surgem como poderosas fontes de emancipação do aluno e dos professores como cidadãos que vivem em uma sociedade letrada e que exige, cada vez mais, conhecimentos dos sujeitos para que possam, por meio das interações feitas e dos diálogos estabelecidos, enfrentar os desafios lançados pelo mundo do trabalho, pela vida em família e em sociedade, pela educação em suas práticas educacionais, colocando-se de forma crítica e transformadora. Assim, aproximamo-nos de Lerner (2008) quando diz que: “Ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita... (LERNER, 2008, p.73). Esta pesquisa tem como objetivo abordar a importância da leitura nos primeiros anos do ensino fundamental sendo exposta de uma maneira mais clara possível, pois é nesse período em que as crianças estão começando a desenvolver interesse por coisas novas, e, sobretudo nessa ocasião qualquer novidade apresentada elas tendem a captar a informação e começar a processar seu interesse redescobrindo cada vez mais. Esse momento da leitura pode ser exibido com ilustrações, fazendo com que as crianças comecem a observar os desenhos e desenvolver sua curiosidade de descobrir como será o seguimento das histórias que estão sendo apresentadas. O professor deve utilizar livros, de preferência que todas as crianças tenham o mesmo livro, ocorrendo assim um diálogo entre todas elas no sentido de começar a formar os diversos seguimentos que as histórias podem ter. De acordo com Manguel (2004, p.18) a leitura começa com os olhos. "O mais agudo dos nossos sentidos é a visão", escreveu Cícero, observando que quando vemos um texto lembramo-nos melhor dele do que quando apenas o ouvimos. É evidente a necessidade que as escolas precisam ter em utilizar a leitura como uma das principais fontes de conhecimentos adquiridos em tempo real, assim contribuindo para que os alunos possam desenvolver o hábito de ler desde muito cedo. Nas séries iniciais, o impacto da leitura na vivencia do aluno faz despertar o costume de conhecer o mundo ao seu redor, através de livros que podem auxiliar para um extenso crescimento na formação do alunado. A leitura tem por finalidade adaptar o crescimento educacional do aluno. Quem tem o hábito de ler, tem mais chances de conhecer diversos assuntos sem ao menos sair de casa. Ela enriquece o indivíduo, gera um vocabulário extenso e rico, motiva uma escrita mais quantitativa e qualitativa, levando o leitor a se ver em diversos mundos, onde o mesmo pode trafegar em diferentes rotas e tempos distintos, possibilitando dessa forma o encontro com o imaginário e renovando o já conhecido com o desconhecido um encontro com o presente e o passado. Ler não é apenas pegar um texto e proferir as palavras de qualquer jeito, é necessário que haja a interpretação da maneira correta, a entonação, o tempo em que o texto está. Nesse momento os professores precisam ser maestros ao dirigir seus alunos, de forma que possam conduzi-los a entender o modelo correto que devesse explanar uma textualização, para facilitar o gosto pela leitura a ajuda dos pais é de relevante importância, pois se comparar uma criança que chega a escola com uma bagagem de conhecimento formada sobre o ato de ler, observa-se, que as mesmas conseguem se expressar melhor, terem um vocabulário mais rico, falar de forma mais explicada, serem crianças mais seguras ao realizarem suas atividades. 3.1 A metodologia deve ser o diferencial Ao considerar que a aquisição da leitura e da escrita são atos que exigem processos organizados metodologicamente, poder-se-ia dizer que também dependem de estímulo e motivação e que o hábito de ler e de escrever pode ser adquirido em qualquer época da vida do estudante. Compreender e usar as linguagens escrita e oral são um recurso indispensável para a aquisição do conhecimento em suas várias formas de expressão, para o enriquecimento de vocabulários, para o aprimoramento da comunicação e também para a vivência da experiência de entretenimento, de construção de conhecimentos que ambas oferecem. É preciso viver as experiências de leitura e escrita tanto na escola, como fora dela. Como a escola não pode se eximir do compromisso de ajudar os alunos a aprenderem a ler e escrever, será preciso que ela assuma a implementação de um projeto coletivo entre os professores, no qual em todas as disciplinas do currículo escolar o aluno possa viver experiências de leitura e de escrita sistematizadas. Esse projeto coletivo deve ser implementado a partir de atividades interessantes capazes de ultrapassar e vencer os limites dos muros da escola. O leitor somente adquire as competências próprias do ato de ler e escrever quando bem orientado. Assim, esse projeto de incentivo à leitura e à escrita abrirá os caminhos para que os alunos possam descobrir o verdadeiro valor da leitura, melhorando não só o rendimento escolar, mas, acima de tudo, adquirindo as possibilidades e oportunidades de se posicionarem criticamente diante dos enfrentamentos do mundo em que vivem e coexistem com tantos outros sujeitos. Citamos abaixo algumas técnicas de ensino coletivas e suas metodologias que serão propostas aos orientadores e professores da instituição de ensino como objetivo final deste artigo científico. Jornal • Escolha do tema ou temas. • Pesquisa sobre o assunto. • Seleção de alguns textos básicos. • Debate sobre o tema, desenvolvimento da capacidade de análise, de síntese e do senso crítico. • Definição de tarefas. • Caça-palavras, carta ao leitor, anúncios, entrevista, poesia... • Produção-construção coletiva: escrita dos textos, gravuras-desenhos, layout gráfico. • Avaliação e apresentação do produto final. Roda de Leitura • Atividade de leitura em sala de aula ou na biblioteca. • Texto igual para todos os alunos ou textos diversos sobre a mesma temática. • Textos com temáticas diferentes. • Apresentação oral e/ou escrita do tema pelo(s) aluno(s) aos demais alunos, socializando o que aprendeu e recebendo contribuições do professor e dos outros alunos. • Desenvolvimento da atividade com ou sem desdobramentos didático-pedagógicos. • Ler pelo prazer de ler. • Atividade a ser incorporada ao planejamento e à rotina da sala de aula. Sarau Poético/ Científico • Atividade que envolve emoção, dramatização, oralidade, expressividade, amplia o conhecimento literário e o potencial cultural dos alunos, inclusive pode ser usado nas diversas disciplinas para além da Língua Portuguesa quando o professor quer contextualizar o momento histórico vivido, as descobertas científicas e seus reflexos na literatura. • Trabalha o respeito e a valorização do outro, pois cada aluno e também o professor têm seu momento para expressar seu conhecimento. Concurso de Leitura e Escrita • Atividade em que há a avaliação da quantidade e da qualidade dos livros lidos e dos textos escritos.• Leitura oral de textos e partes/capítulos de livros. • Implementação da avaliação feita pela turma, tendo a participação de todos os alunos e do professor. • Premiação. Soletrando • Atividade que envolve todos os alunos, na qual o professor das diversas disciplinas poderá usar os termos e palavras próprias de determinado conteúdo; o professor poderá dividir a turma em dois grupos: um que seleciona o material linguístico a ser usado e faz a avaliação do desempenho dos demais alunos e o outro que vai soletrar as palavras e os termos escolhidos. Esses grupos trocam de função para que todos possam experimentar e ampliar tais aprendizagens de conteúdo curricular e de interação, contribuindo para o desenvolvimento de práticas cooperativas e para a formação de atitudes de respeito e valorização do outro Feira de Livros • Exposição de livros diversos sobre temas e gêneros textuais variados. • Apresentação de palestras sobre temas específicos. • Apresentação de atividades culturais/ científicas diversas. Nessa perspectiva de trabalho coletivo, conjunto, implementando intervenções que se traduzam em aprendizagem, os professores, em suas práticas pedagógicas diárias, precisam contribuir para o desenvolvimento de leitores e escritores competentes para que eles possam, enfim, entrar em completa intimidade com o texto, com as palavras, com os conteúdos apresentados, estabelecendo múltiplos sentidos e significados para sua própria vida pessoal, social e acadêmica. CONSIDERAÇÕES FINAIS A aprendizagem da linguagem escrita e oral é um processo cognitivo que se realiza de modo diverso em cada indivíduo. Assim, considerando as peculiaridades e as especificidades de cada aluno, podemos dizer que o professor pode e deve se prevalecer de variados recursos pedagógicos e linguísticos durante a implementação dos conteúdos disciplinares, facilitando a compreensão dos temas apresentados. Embora o contexto da sala de aula e as exigências próprias do fazer pedagógico estejam repletos de desafios que se traduzem no cotidiano vivido por professores e alunos ao partilharem uma ação conjunta que envolve o ensinar e o aprender, cabe ao professor, enquanto profissional responsável pela aprendizagem dos alunos, dinamizar suas aulas utilizando-se de todos os recursos disponíveis, com objetivo de fazer com que cada aluno aprenda significativamente segundo suas possibilidades e potencialidades. O ensino e a aprendizagem da linguagem escrita e oral vão depender do trabalho coletivo de todos os professores, pois não bastam somente projetos de leitura isolados, ou mesmo a prática dos professores de Língua Portuguesa, é preciso uma mobilização de todos os professores envolvidos em um projeto coletivo maior, um projeto institucional. A conquista e a apropriação do espaço pedagógico dão-se a partir da ação coletiva, conjunta de todos os sujeitos comprometidos com os processos de ensino e de aprendizagem como autores e atores de suas próprias histórias, experiências e saberes em interação com os demais sujeitos, e a linguagem, tanto escrita como oral, ocupa um lugar de excelência nesse processo. Assim, é preciso que, em nossa prática pedagógica diária, possamos contribuir para o desenvolvimento de comportamentos leitores e escritores competentes de nossos alunos a partir da aprendizagem do que o mundo letrado é capaz de oferecer quando nos encantamos, nos emocionamos, nos divertimos, nos informamos, enfim, entramos em completa intimidade com o texto, com as palavras, e estabelecemos múltiplos sentidos e significados para a nossa vida. REFERÊNCIAS AYRES, Antônio Tadeu. A prática pedagógica competente: ampliando os saberes do professor. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. IMBERNÓN, Francisco. Formação permanente do professorado: novas tendências. São Paulo: Cortez, 2009. LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2008. LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 2000. RANGEL, Mary. Métodos de ensino para a aprendizagem e a dinamização das aulas. 4 ed. Campinas, SP: Papirus, 2008.