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1 Reparo, Regeneração e Cicatrização Visão Geral: Regeneração x Reparo Regeneração: Resulta na restituição completa do tecido perdido/lesado. → Proliferação celular (divisão/crescimento das células); → Tecido compensatório; → Independente se houver lesão ou não Reparo: Pode restaurar algumas estruturas originais, podendo causar desarranjos estruturais. → Regeneração/cicatriz – colágeno → Dano a MEC Histologia do tecido epitelial e conjuntivo/MEC: Matriz Extracelular: regeneração e reparo Danos a MEC: Reparo Elementos do processo inflamatório + fibrose tecidual MEC permite a manutenção dos mecanismos de regeneração e reparo celular → Células/Fatores de crescimento Mecanismos que regulam a proliferação celular – Regeneração Aumento na população de células: proliferação Morte celular Proliferação pode ser estimulada por condições fisiológicas e patológicas: 2 Ex: Fisiológica: Ciclo menstrual - fase proliferativa → endométrio. (regulado por hormônios) Hiperplasia prostática benigna → comportamento celular atípico Patológica: Bócio → hipotireoidismo ou hipertireoidismo (hipertrofia da célula tireoidiana) • Controlada por meio de sinais do microambiente • Excesso de estimuladores ou deficiência de inibidores – câncer → Proliferação celular descontrolada gera na célula a capacidade de se diferenciar novamente • A capacidade de proliferação diminui de acordo com a idade. • A capacidade de diferenciação celular é inversamente proporcional ao potencial de divisão das células. Quanto Diferenciação da célula Divisão celular. Ex: células do sistema nervoso central; células cardíacas. • Células tronco: pouco diferenciadas → alta capacidade de divisão • Uma opção para células muito especializadas/diferenciadas é a desdiferenciação para células progenitoras. Classificação da atividade proliferativa do tecido Lábeis: • Em divisão contínua; • Células indiferenciadas. Ex: epitélios da pele e TGI; cavidade oral; células da medula óssea e tecidos hematopoiéticos. Quiescentes: • Tecidos estáveis • Possuem nível baixo de replicação, mas respondem a estímulos proliferativos Ex: fibroblastos; células do fígado, rins e pâncreas; células endoteliais vasculares. Permanentes: • Tecidos que não se dividem Ex: células neuronais; musculares esqueléticas e cardíacas Células tronco e Medicina Regenerativa: Células tronco • Capacidade de controlar o potencial regenerativo das células. Características • Autorrenovação (replicação assimétrica/diferenciação) • Pluripotência (células tronco embrionárias) Localização • Nichos (microambientes) – transmissão de sinais para diferenciação → No tecido conjuntivo – células mesenquimais → No intestino – células da cripta 3 Doenças neurodegenerativas Mal de Alzheimer • Aumento das amiloidoses • Redução do córtex cerebral • Uso de células tronco para se diferenciar em neurônios Células tronco embrionárias (ES) e células tronco pluripotentes induzidas (Ips) Células adultas – pluripotentes Clonagem terapêutica Ciclo celular e regulação da replicação Replicação das células é estimulada por fatores de crescimento ou sinalização da MEC (integrinas). Componentes da Matriz Extracelular (MEC): Resistência; elasticidade e adesão/conexão. Moléculas de adesão celular • Caderinas • Selectinas Fibroblastos → secreta colágeno tipo IV e I; elastina; glicosaminoglicanos; proteoglicanos → Compõem a lâmina basal Membrana basal • Colágeno IV e I • Laminina • Proteoglicano Matriz intersticial • Colágenos fibrilares • Elastina • Proteoglicanos • Hialuronan Biocomponentes – citoesqueleto e a matriz • Integrinas – ancoragem Tipos de colágeno → resistência 4 Colágenos fibrilares • Tipo I: em todos os tecidos duros e moles • Tipo II: cartilagens, discos intervertebrais, humor vítreo • Tipo III: órgãos ocos, tecidos moles Colágenos de membrana basal • Tipo IV: membranas basais Obs: distúrbios genéticos envolvendo o colágeno → síndrome de Ehlers-Danlos → defeitos na produção do colágeno e osteogênese imperfeita. • Hipersecreção de colágeno • Matriz com característica elástica maior que o normal • Menor resistência Escorbuto (hipovitaminose) • Vitamina C é essencial para hidroxilação do colágeno. Proteoglicano, Hialurano e Glicosaminoglicano • Participam da organização da MEC, modulação de fatores de crescimento e quimiocinas • Modulação da inflamação, das respostas imunes e crescimento • Diferenciação celular Reparo Formação de cicatriz e fibrose Resposta fibrinoproliferativa (reprodução da matriz extracelular): “remendo” Características: • Inflamação • Angiogênese • Migração e proliferação de fibroblastos • Formação e remodelamento de cicatriz Angiogênese A. Vasodilatação (NO); • Aumento da permeabilidade dos vasos; • Degradação da MEC; • Migração de células endoteliais. B. Contribui para a re-endotelização de implantes vasculares e neovascularização de órgãos isquêmicos, feridas cutâneas e tumores. Cicatrização 1. Lesão inicial → adesão e agregação de plaquetas (coágulo); 2. Inflamação; 3. Fase proliferativa → granulação, proliferação e migração de células do TC); 4. Maturação → deposição de MEC, remodelamento e contração da ferida. 5 Cicatrização por primeira intensão • Bordas regulares unidas por sutura; • Feridas cirúrgicas; • Mínimo de perda tecidual; • Resposta inflamatória rápida; • Mínimo de perda tecidual; • Reduz incidência de complicações. Cura de ferida fina 24 horas • Desidratação da superfície externa do coagulo • Liberação de enzimas que removem restos necróticos e bactérias 3-7 dias • Regeneração da camada basal do epitélio • Proliferação de fibroblastos e componentes da MEC • Remoção de resíduos • Deposição de colágeno Semanas • Diminuição do edema, infiltrado leucocitário e vascularização • Empalidecimento: deposição extensa de colágeno e regressão dos vasos • União fibrosa e dos componentes colágenos Cicatrização por segunda intensão • Margens afastadas • Grande perda tecidual • É consequência de complicações • Período cicatricial mais prolongado • Defeitos cicatriciais (aderências, queloide) • Processo inflamatório e angiogênese mais intensos • Formação de uma rede de miofibroblastos – maior produção de proteínas contrateis • Intensa deposição de colágeno tipo I • Ação de metaloproteinases – degradação do colágeno e liberação de peptídeos antiproliferativos (apoptose); • Remodelamento do tecido conjuntivo. • Cores importantes da ferida – • Vermelho – tecido de granulação (indica o rito cicatricial • Amarelo (processo inflamatório) • Preto – necrose (desbridamento) Fatores adversos à cicatrização Sistêmicos: • Má nutrição • Doenças crônicas • Insuficiência do sistema imunológico • Má perfusão tecidual • Idade avançada • Terapia medicamentosa Locais: • Infecção • Isquemia • Necrose • Corpos estranhos/crosta • Agentes irritantes • Lesão muito extensa Macrófago • Desbridamento natural – remoção de tecido lesado e restos necróticos • Atividade antimicrobicida • Quimiotaxia e proliferação de fibroblastos e queratinócitos • Angiogênese • Deposição e remodelamento de MEC Aspectos patológicos do reparo Complicações na cura de feridas podem surgir de anormalidades Formação deficiente de cicatriz • deiscência ou ruptura da ferida • ulceração 6 Formação excessiva dos componentes do reparo • cicatrizes hipertróficas (Colágeno) – amiloidoses • queloides (crescimento das margens da ferida original) Formação de contraturas • Deformidades da ferida e tecidos circulantes. • Podem comprometero movimento das articulações • Propensas a se desenvolverem nas palmas das mãos, plantas dos pés e face anterior do tórax • Comum em casos de queimaduras Fibroses e inflamação crônica Deposição excessiva de colágeno e outros componentes da MEC em um tecido Reduz a função do tecido Resumindo....
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