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Cicatrização e Reparo Tecidual

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• A neutralização de agentes agressores leva a desorganização e destruição tecidual
• Com isso, torna-se necessária uma segunda etapa dos mecanismos de defesa, caracterizada pela 
reorganização da área lesada a fim de manter a integridade morfofuncional
• São 2 possibilidades de reparo:
 Regeneração: 
 Substituição por células do mesmo tipo e retornam ao seu 
estado normal - fígado, ossos 
 Cicatrização: 
 Substituição do tecido original devido ao dano na MEC por 
tecido conjuntivo (fibroso), resultando na formação da 
cicatriz – sistema nervoso (cérebro) e sistema muscular 
(coração) 
• A regeneração de célula e tecidos lesados envolve a proliferação celular, que é orientada por fatores de 
crescimento e criticamente dependente da integridade da matriz extracelular 
✓ Capacidade proliferativa do tecido 
✓ Fatores de crescimento 
✓ Matriz Extra Celular – MEC 
• As células do corpo podem ser divididas em 3 categorias de acordo com a capacidade de regeneração: 
 Células lábeis 
 São aquelas que continuam a se multiplicar durante a vida toda 
 Células epiteliais, hematopoiéticas e linfoides 
 Células estáveis 
 São as células que normalmente não se dividem, contudo, possuem a capacidade de se proliferar 
rapidamente quando estimuladas 
 Células da glândula, como: fígado, pâncreas, salivares, endócrinas e as células derivadas do mesênquima 
como fibroblastos, osteoblastos 
 Células permanentes 
 São aquelas células que perderam totalmente a capacidade de se dividir 
 Células do sistema nervoso central e músculo 
 
 
 
 
Obs: Uma reconstrução original da área lesada só poderá ocorrer se as células 
afetadas forem do tipo lábil ou estável, porque se for do tipo permanente, 
ocorrerá à substituição por tecido conjuntivo 
• O fator de crescimento é uma proteína que induz a proliferação (estimula a divisão celular) e promove a 
sobrevivência celular, e são essenciais no processo de regeneração e cicatrização
• Produção:
✓ Resposta celular a estímulo externo
✓ Ligação de moléculas a receptores celulares
• Ações:
✓ Indução/bloqueio da mitose 
✓ Estímulo da migração 
✓ Estímulo da diferenciação 
✓ Intensificação da síntese de produtos celulares 
• A principal função dos fatores de crescimento é estimular a função dos genes que controlam o 
crescimento – protoncogenes – porque muitas mutações nestes genes levam a proliferação celular
• Um fator de crescimento pode ter efeitos opostos na mesma célula dependendo da sua concentração
Visão geral dos principais tipos de receptores de superfície celular e as vias principais de transdução de sinal 
que levam à ativação do fator de transcrição 
 
 
 
 
 
• O reparo do tecido não depende somente da atividade dos fatores de crescimento, mas também de 
interações entre as células e os componentes da MEC 
• A MEC é um complexo macromolecular dinâmico, de remodelação constante, sintetizado localmente, que 
se organiza em uma rede que circunda as células 
 Constituição da MEC: 
 Colágeno e Elastina: apoio e sustentação 
 Proteoglicanos e hialuronatos: acúmulo e apresentação de fatores de crescimento 
 Glicoproteínas adesivas e receptores de adesão: 
▪ Glicoproteínas adesivas: fibronectina (intersticial) e laminina (membrana basal) 
▪ Receptores de adesão (CAMs): imunoglobulinas, selectinas, caderinas e integrinas 
 Formas e constituição 
 Membrana basal: 
 Epitélios 
 Endotélio 
 M liso 
 Matriz intersticial 
 Células e tecido conjuntivo 
 Epitélio e apoio vascular 
 Funções da MEC 
 Suporte mecânico (ancoragem e migração) 
 Manutenção da diferenciação celular 
 Arcabouço para a renovação tecidual 
 Armazenamento de fatores de crescimento 
• É um processo em que o tecido lesado é reposto por células da mesma origem daquelas que se perderam
• Tecidos lábeis: renovação constante (pele, epitélio, TGI e medula óssea)
• Órgãos parenquimatosos pós-lesão:
 Fígado
 Pâncreas
 Suprarrenal
 Tireoide
 Pulmão
• A regeneração extensiva ou a hiperplasia compensatória podem ocorrer somente se o tecido residual 
estiver estrutural e funcionalmente intacto
• Do contrário, se o tecido estiver danificado por uma infecção ou inflamação, a regeneração é incompleta 
e é realizada por cicatrização
• Inicia-se com a formação de tecido de granulação (após cerca de 5 dias de início da lesão (após cerca de 
5 dias de início da lesão)
• Acontece em 4 etapas:
 Angiogênese 
 Brotamento de novos capilares, macrófagos fagocitam o exsudato e o tecido lesado. Ocorre a 
substituição do tecido por tecido de granulação vascular (capilar, macrófagos e células de sustentação) 
 As principais etapas que ocorrem na angiogênese a partir de vasos preexistentes são: 
▪ Vasodilatação em resposta ao óxido nítrico e aumento da permeabilidade dos vasos preexistentes 
induzido pelo fator de crescimento endotelial vascular 
▪ Migração de células endoteliais em direção à área da lesão tecidual 
▪ Inibição da proliferação da célula endotelial e remodelagem dos tubos capilares 
▪ Recrutamento de células periendoteliais para formar o vaso maduro 
 Migração e proliferação de fibroblastos 
 O tecido é constituído por vasos neoformados, fibroblastos reativos com acentuada síntese de colágeno, 
permeado por infiltrado linfomononuclear (linfócitos, macrófagos e plasmócitos), base para a reparação 
e cicatrização, formando o tecido de granulação fibrovascular 
 Deposição de MEC (formação de cicatriz) 
 A formação de cicatriz desenvolve-se na rede de tecido de granulação com vasos neoformados e MEC 
frouxa que se desenvolve inicialmente no local de reparo. Ocorre em 2 etapas: 
1. Migração e proliferação de fibroblastos para o local de lesão 
2. Deposição de MEC por estas células 
 Redução da proliferação endotelial e fibroblástica 
 Aumento da atividade sintética dos fibroblastos (TGF-b, PDGF, FGF, EGF, IL-1) 
 Redução da degradação da MEC (inibição pelo TGF-b) 
 Substituição do tecido de granulação por matriz fibrosa (fibroblastos e colágeno) 
 Maturação e reorganização do tecido conjuntivo fibroso (remodelação) 
 O resultado do processo de reparo é um equilíbrio entre a síntese e a degradação da MEC 
 A degradação do colágeno e outros componentes da MEC é realizado por uma família de 
metaloproteinases da matriz (MMPs) 
 Secretadas como proenzimas e ativadas no meio extracelular (Zn) 
 Tipos: 
▪ Colagenases: colágeno I, II e III 
▪ Gelatinases: colágeno amorfo e fibronectina 
▪ Estromelisinas: colágenos amorfos, fibronectina, proteoglicanos e 
laminina ADAM 
 Inibidas por TGF-b, esteroides e TIMPs (inibidores teciduais de MMPs) 
 
 
 
• Espessamento localizado na pele devido a um depósito excessivo de colágeno que se forma em cicatrizes 
da pele
• Predisposição genética
• É um processo que envolve tanto a regeneração epitelial quanto a formação de cicatriz de tecido 
conjuntivo. 
• A cicatrização das feridas cutâneas pode ocorrer por primeira ou segunda intenção 
• Etapas: 
 Hemostasia 
 Inflamação 
 Proliferação 
▪ Formação de tecido de granulação 
▪ Deposição de MEC 
 Remodelamento 
▪ Retração da ferida (2ª intenção) 
 Cicatrização por primeira intenção (cicatrização primária) 
• Processo através do qual uma ferida limpa é imediatamente reaproximada ou ferida superficial limpa é 
imediatamente suturada. 
• Fatores que interferem na cicatrização: quantidade de tecido necrótico, presença de espaço morto, suturas 
muito apertadas, infecção etc. 
• Incisão cirúrgica limpa e não infectada, aproximada por suturas cirúrgicas 
• Morte de número limitado de células epiteliais e tecido conjuntivo 
 Rompimento da membrana basal 
• Rápido preenchimento por sangue 
 Desidratação (crosta) 
 Cicatrização por segunda intenção (cicatrização secundária) 
• Ocorre quando há uma perda celular ou tecidual mais extensa, como em uma grande ferida, formação 
de abscesso e na ulceração 
• Processo de reparo é mais complexo, reaçãoinflamatória é mais intensa – defeito tecidual possui grande 
quantidade de restos necróticos, exsudato e fibrina que precisam ser removidos 
• Existe um tecido de granulação abundante – defeitos grandes exigem um volume maior de tecido de 
granulação para o preenchimento das lacunas 
• Cicatriz se contrai pela ação dos miofibroblastos – fibroblastos 
modificados que possuem características ultra estruturais e funcionais 
de contratilidade 
 
 
 
• Doenças crônicas em que a resposta cicatricial é sustentada pelo processo inflamatório crônico/imune; 
• Comum em articulações, pulmões e fígado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nutrientes: 
 Má-nutrição é importante fator de interferência na cicatrização, especialmente em idosos 
 Hipoproteinemia: 
 Retardo na cicatrização, inibição da angiogênese, da proliferação e síntese de fibroblastos, interfere no 
acúmulo e remodelagem do colágeno 
 Hipóxia: 
 Encontrada em pacientes anêmicos, em choque, com sepse, nefropatas e diabéticos. Feridas infectadas, 
com hematoma e suturas sob tensão 
 Diabetes: 
 Neuropatia sensorial, vasculopatias, baixa imunidade e distúrbios metabólicos a ativação reduzida das 
células inflamatórias e a quimiotaxia reduzida, resultam em menor eficiência na destruição das bactérias 
 Possível diminuição na síntese proteica, um fator relevante é a alteração dos vasos na diabetes 
 Infecção: 
 A contaminação da ferida por bactérias acarreta infecção clínica e retardo na cicatrização 
 Drogas e outros fatores: 
 Corticosteroides: inibem a migração de macrófagos, a proliferação de fibroblastos e a síntese da matriz 
proteica. 
 Irradiação local: reduz população de fibroblastos e reduz potencial proliferativo do endotélio. 
• CAPÍTULO 3 - "Inflamação e Reparo" 
• Robbins & Cotran Patologia — Bases Patológicas das Doenças, Capítulo 3: Inflamação e Reparo| 
Vinay Kumar, MBBS, MD, FRCPath, Abul K. Abbas, MBBS and Jon C. Aster, MD

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