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trabalho 09 - OS BENEFICIOS DA DANÇA NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL

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18
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
CRISTINA GOMES FROTA ALENCAR
KAREN AUGUSTA MAGALHÃES ARAÚJO 
JARDEL FERREIRA DE ASSIS
RODRIGO NASCIMENTO XAVIER
OS BENEFICIOS DA DANÇA NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL
FORTALEZA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
CRISTINA GOMES FROTA ALENCAR
KAREN AUGUSTA MAGALHÃES ARAÚJO 
JARDEL FERREIRA DE ASSIS
RODRIGO NASCIMENTO XAVIER
	
OS BENEFICIOS DA DANÇA NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL
Trabalho de Conclusão do Curso como parte das exigências para Graduação no Curso de Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
 Orientador: Prof. Esp. Jefferson de Sousa Lima
FORTALEZA
2020
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA
TERMO DE APROVAÇÃO
OS BENEFICIOS DA DANÇA NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL
CRISTINA GOMES FROTA ALENCAR
KAREN AUGUSTA MAGALHÃES ARAÚJO 
JARDEL FERREIRA DE ASSIS
RODRIGO NASCIMENTO XAVIER
Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física, tendo sido aprovado pela Banca Examinadora composta pelos Professores:
Data: _____/_____/________
Prof. Esp. Jefferson de Sousa Lima Orientador - Estácio FIC
Prof. Esp. David da Ponte Cunha - Estácio FIC
Prof. Ms. Eduardo Jorge Lima - Estácio FIC
OS BENEFICIOS DA DANÇA NA PROMOÇÃO A SAÚDE MENTAL
THE BENEFITS OF DANCE IN PROMOTING MENTAL HEALTH
Cristina Gomes Frota Alencar¹, Karen Augusta Magalhães Araujo¹ ,Jardel Ferreira de Assis¹, Rodrigo Nascimento Xavier¹, Davi Ponte Cunha², Eduardo Jorge Lima³, Jefferson de Sousa Lima4.
1 Graduando em Educação Física - Centro Universitário Estácio do Ceará
² Mestrando em Ciência do Desporto pela Universidade de Trás-dos-montes e Alto Douro (UTAD – Portugal), Professor do Curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
³ Mestre em Educação e Gestão Desportiva pela Universidade Americana, Professor do Curso e Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
⁴ Mestrando em Ciência do Desporto pela universidade de Trás-dos-montes e Alto Douro (UTAD – Portugal), Professor do Curso de Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará.
Autores para correspondência:
Cristina Gomes Frota Alencar 
Telefone de contato: (85) 987381264
E-mail: cristinafrota@hotmail.com
Karen Augusta Magalhães Araujo
Telefone de contato: (85) 996164829 
E-mail: karen_augusta@hotmail.com
Jardel Ferreira de Assis
Telefone de contato: (85) 985594344
E-mail: Jardel.ferreiras@hotmail.com
Rodrigo Nascimento Xavier
Telefone de contato: (85) 986354702
E-mail: rodrigoxavier2008@hotmail.com
RESUMO
Introdução: Nosso trabalho foi discutir a utilização da dança como meio de contribuir para a promoção da saúde mental de seus praticantes, tendo em vista que a dança é uma atividade que pode contribuir para a um autoconhecimento físico e mental, favorecendo um melhor estado de bem-estar. O objetivo do presente estudo foi investigar a dança e a sua relação com a saúde mental, bem como identificar os seus efeitos em seus praticantes. Metodologia: Foram encontrados 367 artigos na Pubmed e 505 na BVS, totalizando 637 artigos após a exclusão dos duplicados. Inicialmente houve o processo de filtragem por título por meio do qual foram excluídos 494 artigos que não estavam relacionados com o tema da revisão. Para diminuir o risco de viés, os estudos tiveram sua qualidade acessada por uma escala personalizada de 4 itens, com pontuação variando de 0 a 2 (total de 8 pontos). Os 4 (quatro) itens incluíram (1) desenho de estudo (estudo não randomizado=1, estudo randomizado=2), (2) parâmetros avaliados (mais de um exercício físico = 1, só a dança=2), (3) grupo controle (não = 1, sim =2), (4) nível da amostra (não sintomáticas = 1, sintomáticas = 2). As definições do item 4 (sintomáticas) são pessoas que apresentam outras doenças, como câncer, dor de cabeça, dor no estômago, cansaço. Resultados Logo após ler os estudos selecionados, dois estudos experimentais foram realizados com adolescentes do sexo feminino internas, e de uma escola local que apresentavam sintomas de ansiedade, depressão, estresse, dor de cabeça, dor no estomago e cansaço, foi feita a intervenção somente com aulas de dança (criativa, jazz, dança de rua e dança africana), duas vezes por semana em oito meses sem nenhuma intervenção farmacológica, onde foi constatado uma melhora significativa dos sintomas, em mais um artigo experimental Johnston, realizaram uma pesquisa com universitárias onde muitos relataram problema de ansiedade, estresse, depressão e qualidade do sono, a intervenção foi feita por meio de aulas de dança aeróbica, vôlei e futebol duas vezes na semana por três meses. Após a intervenção preencheram um questionário de nível de estresse e qualidade do sono onde ficou constatado que todos tiveram uma melhora nos sintomas, principalmente as alunas das aulas de dança. Conclusão: Foi constatado que a dança é uma atividade física que proporciona benefícios a saúde, tendo como principal relevância a melhora da autoestima e bem-estar social, físico e psicológico. A dança caracteriza-se por apresentar promover a interação social, bem-estar e condicionamento físico. Além dos benefícios ressaltados, verificou-se que a dança é uma terapia motivacional, quando se tratou de mulheres em tratamento com câncer de mama que sofriam depressão e pessoas com transtornos somáticos e ansiedade.
Palavras-chave – mental, depressão, dança
ABSTRACT
Introduction: Our work was to discuss the use of dance as a means of contributing to the promotion of the mental health of its practitioners, considering that dance is an activity that can contribute to physical and mental self-knowledge, favoring a better state of well being -be. The aim of the present study was to investigate dance and its relationship with mental health, as well as to identify its effects on its practitioners. Methodology: 367 articles were found in Pubmed and 505 in the VHL, totaling 637 articles after excluding duplicates. Initially, there was a process of filtering by title, which excluded 494 articles that were not related to the subject of the review. To reduce the risk of bias, the studies had their quality accessed through a 4-item personalized scale, with scores ranging from 0 to 2 (total of 8 points). The 4 (four) items included (1) study design (non-randomized study = 1, randomized study = 2), (2) evaluated parameters (more than one physical exercise = 1, only dance = 2), (3) control group (no = 1, yes = 2), (4) sample level (non-symptomatic = 1, symptomatic = 2). The definitions in item 4 (symptomatic) are people who have other diseases, such as cancer, headache, stomach pain, tiredness. 
Results- Right after reading the selected studies, two experimental studies were carried out with female adolescents interned, and from a local school that presented symptoms of anxiety, depression, stress, headache, stomach pain and tiredness, the intervention was made only with dance classes (creative, jazz, street dance and African dance), twice a week in eight months without any pharmacological intervention, where it was found a significant improvement in symptoms, in another experimental article by Johnston, they conducted a research with university students where many reported problems with anxiety, stress, depression and sleep quality, the intervention was done through aerobic dance, volleyball and soccer classes twice a week for three months. After the intervention, they completed a questionnaire on stress level and quality of sleep, where it was found that everyone had an improvement in symptoms, especially the students of dance classes. Conclusion: It was found that dance is a physical activity that provides health benefits, with the main relevance of improving self-esteem and social, physical and psychological well-being. Dance is characterized by promoting social interaction, well-being and physical conditioning. In additionto the highlighted benefits, it was found that dance is a motivational therapy, when it came to women undergoing treatment for breast cancer who suffered depression and people with somatic disorders and anxiety.
Keywords - mental, depression, dance
SUMÁRIO
	RESUMO.................................................................................................................
	5
	ABSTRACT.............................................................................................................
	6
	1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................
	7
	2 METODOLOGIA..................................................................................................
	9
	3 RESULTADOS ...................................................................................................
4 DISCUÇÃO .........................................................................................................
	11
11
	5 CONCLUSÃO......................................................................................................
	14
	REFERÊNCIAS......................................................................................................
	15
	
	
	
	
1 INTRODUÇÃO 
Tornou-se cada vez maior a busca por uma melhor qualidade vida. Muitas pessoas tendem a encontrar um equilíbrio entre mente e corpo por meio de atividades físicas, entre muitas, a dança, que acaba sendo uma grande aliada por se tratar de uma atividade prazerosa de praticar. A dança como atividade física melhora a disposição para as atividades do dia-a-dia podendo proporcionar força muscular, estética corporal e autoestima ao indivíduo que a pratica, através dos movimentos realizados pela atividade (GARCIA; HAAS, 2003).
O sentido de prazer que a dança pode nos oferecer, ajuda-nos a achar harmonia e adquirir maior sentido de pertinência. (ABRÃO; PEDRÃO, 2005). Segundo Hass e Garcia (2003, p.139) “Entende-se a dança como uma arte que significa expressões gestuais e faciais através de movimentos corporais, emoções sentidas a partir de determinado estado de espírito”. O autor deste modo nos permite entender que uma das formar de comunicar e de expressar nossas emoções, é dançando.
Atualmente vivemos em um mundo que não para, de muito consumo de informação e altos níveis de estresse. As doenças mentais tem cada vez mais ganhado força, como ansiedade e depressão e com elas a necessidade de novas formar de tratamentos e prevenção saudáveis e naturais.
Sendo assim, esta revisão sistemática busca esclarecer como a pratica em dança pode contribuir para a promoção da saúde mental de seus praticantes por meio de estudos prévios e sínteses de resultados, tendo em vista que a dança é uma atividade que pode contribuir para a um autoconhecimento físico e mental favorecendo um melhor estado de bem-estar. Compreender o que a dança pode nos oferecer proporcionara um conhecimento científico mais aprofundado, que servira de apoio a estudos e pesquisas, referente a dança, qualidade de vida e saúde mental.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), "A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade"(GAINO; SOUZA; CIRINEU; TULIMOSKY, 2018). O termo ‘bem-estar’, presente na definição da OMS, é um componente tanto do conceito de saúde, quanto de saúde mental, é entendido como um constructo de natureza subjetiva, fortemente influenciado pela cultura (HUNTER; MARSHALL; CORCORAN; LEEDER et al., 2013).  A OMS define saúde mental como "um estado de bem-estar no qual um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com os estresses cotidianos, pode trabalhar produtivamente e é capaz de contribuir para sua comunidade"(GAINO; SOUZA; CIRINEU; TULIMOSKY, 2018). 
A sensibilidade cultivada para o movimento e sua percepção é parte necessária de nossa capacidade de nos relacionarmos com nós mesmos, com o mundo e com os outros (ABRÃO; PEDRÃO, 2005). Ao dançar, podemos experimentar relações em que se realça a consciência de si mesmo e dos demais (NANNI, 1998). Alegria e diversão é algo em que a dança pode nos proporcionar, fator que leva uma pessoa a ter uma autoestima elevada e este já é bastante importante na concepção de convívio social. E também é um ponto positivo para combater a depressão, que atualmente tem sido um problema de saúde na vida de várias pessoas. Quando dançamos, além de estarmos fazendo uma atividade física que traz benefícios para a qualidade de vida, encontramo-nos no meio de uma diversão (GONÇALVES; VILARTA, 2004). Para Hass e Leal (2006) “A dança é importante, pois proporciona-nos bem-estar físico, social e psicológico; é benéfica para a saúde e é uma atividade que traz satisfação pessoal”. Superar limitações, desinibir-se, esquecer problemas diários, pode-se a firmar que o ato de dançar é viver feliz sem se preocupar com o mundo ao seu redor. Dançar não exige idade, cor e raça. O dançar é para todos. Dantas (1999 apud SILVA, MARTINS e MENDES, 2012, p.37) afirma que a dança pode ser um bom caminho para melhorar o humor, se divertir, mas especialmente ajudar a amenizar o impacto de algumas doenças da vida moderna.
A dança, de um modo geral, é extremamente importante como meio de diálogo, de reflexão e de possibilidades de revisão de conceitos. Esses elementos favorecem-nos a expressão e liberação do corpo e da mente, levando à busca da auto-valorização e do sentido positivo da vida (ABRÃO; PEDRÃO, 2005). 
A presente revisão de literatura tem como objetivo investigar os benefícios relatados na literatura sobre a dança e sua relação com a saúde mental; identificar os efeitos da dança em seus praticantes, e por fim, contribuir para a área acadêmica ordenando conteúdo literário com a temática dança e saúde mental.
2 METODOLOGIA
Para garantir um adequado relato dos achados, foi utilizado o checklist PRISMA, que tratasse de uma orientação publicada em seis revistas internacionais, dentre elas está a revista com o maior fator de impacto do mundo para a educação física (MOHER; LIBERATI; TETZLAFF; ALTMAN, 2009a; b; c; d; e; 2010). Dessa forma, todos os procedimentos foram realizados e relatados de acordo com essas recomendações.
Trata-se de uma revisão sistemática por meio da qual foi utilizada a seguinte frase de pesquisa: ("mental health" OR Depression OR Anxiety) AND ("Dance" OR "Dance Therapies"), com os devidos descritores booleanos (AND e OR) para distinção de junção e substituição. A pesquisa foi analisada nas bases de dados eletrônicas Pubmed e BVS, definindo como critérios de inclusão artigos publicados entre 2014 a 2020, indivíduos com diagnósticos análogos a ansiedade e depressão, faixa etária menor que 60 anos de idade e a dança sendo utilizada como recurso terapêutico.
No início do processo de filtragem foram identificados 367 artigos na Pubmed e 505 na BVS, totalizando 637 artigos após a exclusão dos duplicados. Inicialmente houve o processo de filtragem por título por meio do qual foram excluídos 494 artigos que não estavam relacionados com o tema da revisão. Todos os títulos selecionados tiveram seus resumos analisados para identificar os que respeitavam os critérios de inclusão, sendo excluídos 82 artigos. Após leitura completa dos artigos potencialmente relevantes, foram excluídos 56 por indisponibilidade, intervenção com menos de duas semanas ou publicação antes de 2014, sobrando 5 artigos para a análise qualitativa (figura 1).
Figura 1 - Fluxograma da revisão de acordo com a metodologia PRISMA
Fonte: próprio autor
Para diminuir o risco de viés, os estudos tiveram sua qualidade acessada por uma escala personalizada de 4 itens, com pontuação variando de 0 a 2 (total de 8 pontos). Os 4 (quatro) itens incluíram (1) desenho de estudo (estudo não randomizado=1, estudo randomizado=2), (2) parâmetros avaliados (mais de um exercício físico = 1, só a dança=2), (3) grupo controle (não = 1, sim =2), (4) nível da amostra (não sintomáticas = 1, sintomáticas = 2). As definiçõesdo item 4 (sintomáticas) são pessoas que apresentam outras doenças, como câncer, dor de cabeça, dor no estômago, cansaço.
3 RESULTADOS E DISCURSÃO
De acordo com os critérios de exclusão estabelecidos, após uma leitura completa somente cinco estudos foram incluídos na revisão final (tabela 1). 
Tabela 1 – Visão geral dos estudos incluídos da revisão final
	Artigo
	Qualidade
	Desenho
	Grupo controle?
	Sexo
	Tempo de prática
	Avaliação
	DUBERG; JUTENGREN; HAGBERG e MÖLLER (2020)
	8
	ECA
	Sim
	Feminino (112)
	8 meses
	Sintomas somáticos e estresse emocional em um grupo de meninas adolescentes pós ambiente escolar
	BOING; DO BEM FRETTA; DE CARVALHO SOUZA VIEIRA; PEREIRA et al. (2020)
	7
	ECA
	Sim
	Feminino (38)
	4 meses
	O impacto de um protocolo de 16 semanas de Pilates Solo e Dança do Ventre sobre a qualidade de vida em pacientes com câncer de mama
	MARAZ; KIRÁLY; URBÁN; GRIFFITHS et al. (2015)
	5
	ECNA
	Não
	Masculino (142) e feminino (305)
	N/R
	Ansiedade, Autoestima e bem-estar psicológico
	DUBERG; MÖLLER e SUNVISSON (2016)
	8
	ECA
	Sim
	Feminino (112)
	8 meses
	Saúde mental e sintomas somáticos 
	JOHNSTON; ROSKOWSKI; HE; KONG et al. (2020)
	7
	ECA
	Sim
	Feminino (153)
	N/R
	Comparação por meio da prática e questionários com praticantes de esportes coletivos e dança aeróbica
ECA: ensaio clínico aleatorizado, ECNA: ensaio clínico não aleatorizado, N/R: não relatado
Dentre os cinco artigos selecionados, quatro possuíam desenho experimental e um desenho observacional. De acordo com o que foi observado nos estudos, dois dos artigos tiveram baixo risco de viés na escala personalizada, pois abrangia todos os parâmetros que se procurava para beneficiar a dança como uma atividade física no tratamento dos sintomas de ansiedade, depressão, dores somáticas (dor de cabeça e dor no corpo) sem intervenção de remédios. Dois obtiveram nota 7, pois incluía a dança e outro exercícios físicos como atenuantes de efeitos colaterais em tratamento do câncer de mama e na melhora do sono dos universitários que tinham um nível de estresse muito grande e, por último um estudo teve uma nota 5 devido a sua metodologia ser observacional e sem a aferição dos sintomas.
Logo após ler os estudos selecionados, dois estudos experimentais, Duberg, Möller et al. (2016) e Duberg, Jutengren et al. (2020) foram realizados com adolescentes do sexo feminino internas, e de uma escola local que apresentavam sintomas de ansiedade, depressão, estresse, dor de cabeça, dor no estomago e cansaço, foi feita a intervenção somente com aulas de dança (criativa, jazz, dança de rua e dança africana), duas vezes por semana em oito meses sem nenhuma intervenção farmacológica, onde foi constatado uma melhora significativa dos sintomas. Já Boing, do Bem Fretta et al. (2020) compararam os benefícios e qualidade de vida por meio da prática de dança do ventre e pilates em mulheres com câncer de mama em tratamento, o estudo teve duração de 16 semanas. As mulheres tiveram uma melhora física, emocional, social e cognitivas. 
No quarto artigo experimental Johnston, Roskowski et al. (2020) realizaram uma pesquisa com universitárias onde muitos relataram problema de ansiedade, estresse, depressão e qualidade do sono, a intervenção foi feita por meio de aulas de dança aeróbica, vôlei e futebol duas vezes na semana por três meses. Após a intervenção preencheram um questionário de nível de estresse e qualidade do sono onde ficou constatado que todos tiveram uma melhora nos sintomas, principalmente as alunas das aulas de dança. No único estudo de modelo descritivo Maraz, Király et al. (2015) realizou por meio de um questionário online uma avaliação dos aspectos motivacionais de dançarinos de salsa e dança de salão com prática mínima de uma vez por semana e durante vários anos, onde os fatores que motivaram a prática foram melhora do humor, socialização e escapismo, De acordo com Organização Mundial da Saúde (OMS 2019) a depressão e transtornos mentais associados podem ter um efeito profundo em todos os aspectos da vida, incluindo desempenho na escola, produtividade no trabalho, relacionamento com a família e amigos e capacidade de participar da comunidade. Mas as pesquisas mostram fortes relações entre depressão e saúde física.
A maioria das pessoas entende que dançar pode fazer bem à saúde: melhora a resistência cardiovascular, o tônus muscular, o equilíbrio e a coordenação. A dança também pode melhorar o humor de uma pessoa, melhorar sua imagem corporal e proporcionar uma oportunidade de diversão que pode diminuir o estresse e a ansiedade em geral. Embora esses elementos sejam certamente benéficos, a terapia do movimento da dança leva a dança terapêutica a outro nível (Tavormina and Tavormina 2018).
A Dance Moviment Therapy (DMT), por exemplo, é o uso terapêutico do movimento para promover a integração emocional, cognitiva, física e social do indivíduo, com base na premissa empiricamente sustentada de que corpo, mente e espírito estão interconectados. Dançar é extremamente importante, é como um dialogo, de reflexão e de possibilidades, pois o respeito a si próprio e ao outro está presente em sua prática, que traz aprendizados que podem levar a transformações, reafirmações, concepções e princípios, na busca de uma construção mais significativa de nossos valores (ABRÃO e PEDRÃO, 2005).
O exercício físico incluindo a dança, são sugeridos para melhorar os sintomas que consistem em dor, depressão e distúrbios do sono, então sua prática dosada em qualquer método ou modalidade possui componentes de sensibilização e socialização que favorece seus efeitos, outra vantagem, consiste em que não é necessário equipamento especializado para sua prática, as adaptações podem ser feitas no decorrer da aula ou durante o programa e podem ser realizadas em espaços abertos ou ambiente fechados (MARÍN-MEJÍA, COLINA-GALLO et al. 2019). 
Um diagnóstico de câncer geralmente é um evento extremamente drástico para as pessoas afetadas, com muitas consequências graves e transformadoras, que geralmente envolve confronto com terapias estressantes, como cirurgia, quimioterapia e / ou radiação. Portanto, não surpreende que ansiedade e depressão sejam sintomas comuns na fase de terapia aguda do câncer (HARTMANN, KLUGE et al., 2006).
Suleima Ramos, Talimãn Aparecida Bertelli Pinheiro et al. (2007) relatam que indivíduos portadores de sequelas de AVC frequentemente necessitam de reabilitação a longo prazo, e sugere a dança como mais um recurso a ser utilizado na reabilitação. 
	Conforme Martinsen (2008) os transtornos de ansiedade e depressão são os principais problemas de saúde pública e as mudanças desejáveis no estilo de vida, como exercícios físicos, podem ter um grande potencial na prevenção e no tratamento, além disso há muitas pessoas fisicamente ativas correm um risco reduzido de desenvolver depressão e que as intervenções de exercícios estão associadas a benefícios significativos para pacientes com formas leves a moderadas de depressão, além de reduzir a ansiedade.
Para Tavormina and Tavormina (2018) o importante é envolver o público com sua expressão artística de emoções, dançando e superando o medo de serem criticados por sua patologia. 
5 CONCLUSÃO 
	
	A Presente revisão constatou que a dança é uma atividade física que proporciona benefícios a saúde, tendo relevância a melhora da autoestima e bem-estar social, físico e psicológico. A dança caracteriza-se por apresentar interação social, bem-estar e condicionamento físico, ainda assim oferecendo vários outros benefícios para uma boa qualidade de vida. Além dos benefícios ressaltados, verificou-se que a dança é uma terapia motivacional, quando se tratou de mulheres em tratamento com câncer de mama que sofriam depressão e pessoas com transtornos somáticos e ansiedade.
Diante dos dados coletados nessa revisão sistemática houve uma conformidade em relação a redução dos sintomas de transtornos somáticos, quadros de ansiedade e depressão dos participantes e uma melhora subjetiva nos aspectos físicos, sociais e psicológicos.Conclui-se então que haja mais pesquisas que sejam produzidas nessa área, que possam levar mais conhecimentos aprofundados sobre os benefícios da dança no campo de terapia para pessoas com depressão, ansiedade e transtornos somáticos, uma vez que entende-se que a dança pode ser utilizada como instrumento para melhorar a qualidade de vida das pessoas e promovendo-se assim uma saúde mental, física e psicológica mais eficaz.
REFERÊNCIAS
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BOING, L., DO BEM FREITTA,T; M. DE CARVALHO DE SOUZA VIEIRA, G. S. Pereira, J. Moratelli, F. F. Sperandio, A. Bergmann, F. Baptista, M. Dias and A. C. de Azevedo Guimarães (2020). "Pilates and dance to patients with breast cancer undergoing treatment: study protocol for a randomized clinical trial - MoveMama study." Trials 21(1): 35.
BOING, L.; BEM FRETTA, T.; CARVALHO SOUZA VIEIRA, M.; PEREIRA, G. S. et al. Pilates and dance to patients with breast cancer undergoing treatment: study protocol for a randomized clinical trial – MoveMama study. Trials, 21, n. 1, p. 35, 2020/01/07 2020.
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GARCIA, A.; HAAS, A. N. Ritmo e dança. ULBRA, 2003. 9788575280799.
GONÇALVES, A.; VILARTA, R. Qualidade de vida e atividade física: explorando teorias e práticas. Manole, 2004. 9788520415948.
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(n = 367) 
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seguintes razões 
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 Indisponível 
Artigo de revisão 
 Intervenção < 2 
semanas 
 Artigos antes de 
2014 
 Maior que 60 
Estudos incluídos na 
análise qualitativa 
(n = 5) 
Estudos incluídos na 
revisão final 
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