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Roteiro de aula - formacao suspensao extincao processo[1] (1)

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Direito Processual Civil II USJT 
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Roteiro de aula: formação, suspensão e extinção do processo. 
- Formação do processo. 
- Momento da formação. 
- Modificação dos elementos da ação no curso do processo 
- Suspensão do processo. 
- Extinção do processo sem resolução de mérito 
- Extinção do processo com resolução de mérito 
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Formação do processo 
 
Introdução 
 
A finalidade do processo é solucionar a lide, não devendo ser algo eterno 
(preocupação com a celeridade do processo). 
 
É possível afirmar que o processo deve nascer, se desenvolver e morrer; em outras 
palavras: formação, desenvolvimento e consequentemente extinção do processo. 
 
Determinadas situações fazem com que o processo permaneça aguardando por 
algum tempo, alterando assim o curso normal do processo que caminha para a 
extinção, dando causa à suspensão do processo. 
 
Momento da formação 
 
O processo somente se inicia por iniciativa da parte (CPC, art. 2°, princípio da 
inércia da jurisdição). 
 
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Considera-se proposta ação: (i) quando a petição inicial for despachada pelo juiz ou 
(ii) caso haja mais de um órgão jurisdicional competente (mais de uma vara) quando 
a petição inicial for distribuída (CPC, art. 263). 
 
É possível afirmar que há a formação do processo no momento em que a petição 
inicial (escrita em língua portuguesa-CPC, art. 156; subscrita por advogado; 
endereçada ao juiz – exceções Juizado Especial Cível até 20 salários mínimos e 
Justiça Trabalho) é protocolada em juízo. 
 
Rompida a inércia da jurisdição, a relação jurídica processual seguirá seu trâmite 
com o impulso oficial (CPC, art. 262). 
 
Modificação dos elementos da ação no curso do processo 
 
Feita a citação é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o 
consentimento do réu. (CPC, 264). 
 
Após o saneamento do processo, nenhuma modificação será permitida, ainda que 
com o consentimento do réu (CPC, 264, parágrafo único). Estabilização do 
processo. 
 
Suspensão do processo 
 
Sem a presença dos requisitos de constituição (pressupostos processuais de 
existência), o processo não deveria se formar; sem os requisitos de validade 
(pressupostos processuais de validade), o processo não deveria prosseguir. 
 
Determinadas hipóteses permitem a suspensão do processo. Principais hipóteses de 
suspensão do processo(CPC, art. 265): 
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I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador; 
II - pela convenção das partes; 
III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do 
tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz; 
IV - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou 
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo 
pendente; 
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de 
produzida certa prova, requisitada a outro juízo; 
c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como 
declaração incidente; 
V - por motivo de força maior; 
 
Para a hipótese prevista no inciso II, art. 265, CPC, o prazo não poderá ser superior 
a 6 meses (CPC, 265, §3°) 
 
Para as hipóteses previstas nos alíneas a, b e c do inciso IV, art. 265, o prazo não 
poderá ser superior a 1 ano (CPC, 265, §5°) 
 
Determinada a suspensão – defeso praticar qualquer ato, exceto urgentes (dano 
irreparável) – CPC, art. 266. 
 
 
 
 
 
 
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Extinção do processo sem resolução de mérito 
 
Conceito de sentença (CPC, art. 162, §1°). 
 
Na sequência lógica do pensamento do juiz serão analisados: 
- questão preliminar – questão anterior que impedem o conhecimento do mérito 
(pressupostos processuais, condições da ação); 
- questão prejudicial – condiciona a decisão final de mérito; pode ser interna – 
mesmo processo – ou externa – depende decisão de outro processo. 
- mérito – pedido. 
 
Ante um obstáculo intransponível ao prosseguimento – extinção da relação 
processual sem decidir o objeto da causa. 
 
Sentença que aborda matérias processuais e extingue o processo sem resolver o 
mérito da demanda – sentença terminativa (CPC, art. 267). Não faz coisa julgada 
material. 
 
Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: 
I - quando o juiz indeferir a petição inicial; 
Il - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; 
III - quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor 
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; 
IV - quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de 
desenvolvimento válido e regular do processo; 
V - quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa 
julgada; 
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade 
jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual; 
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Vll- pela convenção de arbitragem; 
Vlll - quando o autor desistir da ação; 
IX - quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal; 
X - quando ocorrer confusão entre autor e réu; 
XI - nos demais casos prescritos neste Código. 
 
É admissível a repetição da ação desde quese corrija o defeito que acarretou a 
extinção; exceto no caso de acolhimento de litispendência, perempção e coisa 
julgada, por razões de ordem lógica. 
 
Extinção do processo com resolução de mérito 
 
Ocorrendo o julgamento do mérito, o direito material será aplicado 
 
Art. 269. Haverá resolução de mérito: 
I - quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor; 
II - quando o réu reconhecer a procedência do pedido; 
III - quando as partes transigirem; 
IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição; 
V - quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

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