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capitulo-04

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Departamentalização
Desenvolvimento do material: Dayse de Lima Passos
Núcleo de Educação a Distância 
www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 
25 de Agosto – Duque de Caxias - RJ
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitoria de Programas de Pós-Graduação
Nara Pires
Pró-Reitoria de Programas de Graduação
Lívia Maria Figueiredo Lacerda
Produção: Gerência de Desenho Educacional - NEAD
1ª Edição
Copyright © 2019, Unigranrio
Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por 
fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Unigranrio.
Pró-Reitoria Administrativa e Comunitária
Carlos de Oliveira Varella
Núcleo de Educação a Distância (NEAD)
Márcia Loch
Sumário
Departamentalização
Para início de conversa… .................................................................. 04
Objetivo ........................................................................................... 05
1. Unidades de Acumulação de Custos ........................................ 06
2. Estrutura do Produto ............................................................ 18
3. Processo de Fabricação ........................................................ 23
Referências ....................................................................................... 27
4 Custos Empresariais
Para início de conversa…
As indústrias necessitam apropriar os custos diretos e os custos 
indiretos aos produtos que elas elaboram. Assim sendo, os custos diretos são 
acumulados especificamente na área de produção, e os custos indiretos são 
gerados em cada mês ou por competência no linguajar contábil e devem ser 
rateados por todos os produtos elaborados nesse mesmo período. Com isso, 
muitas empresas têm dificuldades em realizar essa atividade.
Neste capítulo, você conhecerá melhor a departamentalização, que é 
um método utilizado para melhorar a apropriação dos custos indiretos por 
meio da identificação dos departamentos que estão ou não ligados diretamente 
ao produto.
Também neste capítulo, você entenderá como funcionam os métodos 
de custeamento – que podem ser por ordem, por série, por atividade ou por 
responsabilidade – e como podem ser feitos os rateios dos custos indiretos. 
Será visto, de igual modo, como são desenvolvidos a estrutura do produto, o 
processo de fabricação e os sistemas de inventário.
5Custos Empresariais
Objetivo
Compreender a departamentalização.
6 Custos Empresariais
1. Unidades de Acumulação de Custos
Os custos diretos são de fácil identificação e apropriação ao produto 
ou produtos que estão sendo fabricados, ao passo que os custos indiretos 
são de difícil apropriação ao(s) produto(s) e necessitam de rateio para tal 
ação. Para isso, precisamos trabalhar com o conceito de departamentalização, 
que é processo de dividir a empresa em departamentos e de apurar o custo 
da produção em cada um deles. A departamentalização trata-se de um 
instrumento a mais que a empresa pode utilizar na apuração de seus custos.
Antes disso, precisamos entender o que é um departamento, 
que “é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos 
representada por pessoas e máquinas, em que se desenvolvem atividades 
homogêneas” (SCHIER, 2013, p.174). Para cada departamento há um 
responsável por esse setor, que faz o devido controle das atividades 
desempenhadas pelo departamento.
Podemos definir departamento como sendo uma unidade 
operacional representada por um conjunto de homens e/
ou máquinas de características semelhantes, desenvolvendo 
atividades homogêneas dentro de uma mesma área. A divisão dos 
departamentos não se restringe somente à área industrial, ela pode 
ser aplicada nas áreas de administração, comercial e financeira. 
(SCHIER, 2013, p.174)
Em uma indústria, temos diversos departamentos fabris, como: 
usinagem, solda, montagem, pintura, controle de qualidade etc. Além disso, 
temos departamentos administrativos, como: contabilidade, fiscal, recursos 
humanos etc. Complementando, temos departamentos voltados para os 
interesses comerciais, como: vendas, marketing e logística.
Os departamentos de uma empresa podem ser divididos em dois grupos:
 ▪ Departamentos de produção: Promovem modificação no produto.
 ▪ Departamentos de serviços: Executam serviços auxiliares e não 
atuam diretamente sobre o produto, isto é, prestam serviços 
auxiliares à produção.
7Custos Empresariais
Os departamentos fabris ou departamentos de produção são também 
conhecidos como departamentos produtivos, que lidam diretamente com 
os produtos que estão sendo elaborados pelas indústrias. Porém, existem 
departamentos que são igualmente responsáveis pelos produtos, mas de 
forma indireta, pois sem eles não poderíamos efetivamente vendê-los. Assim 
sendo, também temos que considerar os custos desses setores na composição 
do custo dos produtos.
Já os departamentos de serviços são chamados de departamentos 
não produtivos ou auxiliares; seus custos não são apropriados diretamente 
ao custo dos produtos, pois os produtos não passam diretamente por esses 
departamentos. São exemplos o almoxarifado, a manutenção etc.
Geralmente, um departamento é um centro de custo dentro da empresa. 
Os centros de custo acumulam custo indiretos que são, depois, apropriados 
aos produtos. Quando determinado departamento incorrer em um gasto, o 
valor correspondente será acumulado no respectivo Centro de Custos.
Um departamento pode ter diversos Centros de Custos, mas, na maioria das vezes, é um 
centro de custo único. Segundo Schier (2013, p.176), “Centro de custos é à unidade 
mínima de acumulação de custos indiretos, mas não é necessariamente uma unidade 
administrativa, só ocorrendo quando coincide com o próprio departamento”. 
É importante destacar que o processo de departamentalização está ligado à alocação dos 
custos indiretos aos departamentos e, logo em seguida, sua alocação aos produtos.
A departamentalização tem os seguintes objetivos:
 ▪ Dar condições à empresa de medir o desempenho de cada 
departamento.
 ▪ Auxiliar a empresa no rateio dos custos indiretos, tornando-o 
mais objetivo, pois esses custos são inicialmente atribuídos aos 
departamentos para, depois, serem rateados na produção.
 ▪ Facilitar a identificação dos custos incorridos e de sua respectiva 
aplicação, aprimorando, dessa forma, o sistema de apuração e 
contabilização de custos.
Importante
8 Custos Empresariais
Enfim, a departamentalização melhora o controle dos custos, 
determinando com mais precisão o custo do(s) produto(s).
É no centro de custos que iremos alocar e acumular todos os custos 
indiretos. O esquema da contabilidade de custos ocorre da seguinte forma:
I. Primeiro é a classificação dos gastos: investimentos, despesas 
ou custos.
II. Depois, classificam-se os custos quanto ao produto: custos 
diretos e indiretos.
III. Em seguida, alocam-se os custos ao produto (custos diretos e 
indiretos de formas diferentes).
A alocação dos custos diretos ao produto é simples por existir uma 
ligação direta de consumo com aquele produto. Já os custos indiretos 
necessitam de um critério de rateio para sua alocação até aos produtos.
A Departamentalização será praticada antes da alocação dos 
custos indiretos aos produtos. Os custos indiretos serão a base primordial 
para trabalharmos na departamentalização, então, quando ocorrer a 
departamentalização, o esquema da contabilidade de custos funcionará da 
seguinte forma:
I. Primeiro é a classificação dos gastos: investimentos, despesas 
ou custos.
II. Depois, classifica os custos quanto ao produto: custos diretos 
e indiretos.
III. Alocam-se os custos diretos diretamente ao produto.
IV. A seguir, alocam-se os custos indiretos aos departamentos, 
etapa denominada de Departamentalização.
V. Em seguida, apropriam-se os custos indiretos ao produto.
Após o último passo, podemos dividir os custos diretos e indiretos, 
já alocados, é claro, com as unidadesproduzidas de cada produto. Assim, 
teremos o custo unitário de cada linha de produção.
9Custos Empresariais
Exemplo: 
Vamos trabalhar com a seguinte estrutura e providenciar a departamentalização. A Cia. 
Pasteurizadora e Distribuidora Leite Forte processa e distribui leite tipo C e tipo B, conhecidos por LF 
e LF Super, respectivamente. Os custos diretos referentes a esses produtos, em certo mês, foram 
conforme Tabela 1:
Custos Diretos Valor (R$)
LF (Leite tipo C) 4.390.000,00
LF Super (Leite tipo B) 2.520.000,00
Tabela 1: Custos Diretos (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
A Tabela 2 demonstra os custos indiretos:
Custos Indiretos Valor (R$)
Aluguel 425.000,00
Materiais Indiretos 260.000,00
Energia Elétrica 365.750,00
Depreciação 240.000,00
Outros Custos Indiretos 330.000,00
Tabela 2: Custos Indiretos (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
A forma em que os custos indiretos serão alocados será:
a. O parâmetro para o aluguel será por meio da área (metragem) de 
cada departamento e assim distribuído.
b. O consumo de Energia é medido por departamento (existe um 
medidor).
c. O parâmetro para distribuição dos materiais indiretos, da depreciação 
e dos demais custos indiretos será utilizar as horas de mão de obra 
total observada em cada Departamento, fazendo o devido rateio.
d. A Pasteurização e a Embalagem recebem, cada uma, 40% dos custos 
da Administração, e 20% dos custos desse último departamento são 
apropriados à Manutenção.
10 Custos Empresariais
e. A Manutenção é realizada sistematicamente e, conforme se têm 
apurado, cabe à embalagem uma quinta parte do total de seus custos.
f. A distribuição dos custos indiretos é feita em função do material 
utilizado. No período, foi de acordo com o apresentado na Tabela 3.
Material Utilizado Litros
LF 556.575
LF Super 185.525
Tabela 3: Material utilizado em litros (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Iremos utilizar, também, as informações da Tabela 4 referentes 
à quantidade de metros quadrados utilizados por cada departamento, 
medição de quilowatts consumidos de energia elétrica e horas de mão de 
obra por departamento.
Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Área (m2) 11.000 9.800 1.500 2.700
Consumo de Energia 
(Kwh) 34.000 28.200 3.000 1.300
Mão de Obra (horas) 48.000 24.000 4.000 4.000
Tabela 4: Horas de mão de obra por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Com esses dados, faremos a departamentalização. A nossa primeira 
etapa será o cálculo dos itens A, B e C.
a. O aluguel é distribuído aos departamentos de acordo com suas 
áreas (metragem), como pode ser visto na Tabela 5.
Aluguel Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Área total: 25.000 m2 11.000 m2 9.800 m2 1.500 m2 2.700 m2
11Custos Empresariais
100% 44% 39,2% 6% 10,8%
R$ 425.000,00 R$ 187.000,00 R$ 166.600,00 R$ 25.500,00 R$ 45.900,00
Tabela 5: Distribuição do custo do aluguel por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Temos uma área total de 25.000 m². Dividindo, por exemplo, a área 
do departamento de pasteurização 11.000 pelo total da área 25.000, temos 
44%. O mesmo procedimento será elaborado para os demais departamentos. 
Como o custo do aluguel é de $ 425.000,00, esse valor será multiplicado por 
cada percentual encontrado. Exemplo: Pasteurização = 425.000,00 x 44% = 
187.000,00, e os demais departamentos, sucessivamente.
b. O consumo de Energia é medido por Departamento. A distribuição 
de valor pode ser vista na Tabela 6.
Energia Elétrica Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
66.500 Kwh 34.000 28.200 3.000 1.300
100% 51% 42% 5% 2%
R$ 365.750,00 R$ 186.532,00 R$ 153.615,00 R$ 18.288,00 R$ 7.315,00
Tabela 6: Distribuição do custo de energia elétrica por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
O procedimento para o rateio da energia elétrica será parecido 
com o rateio da área. O consumo total foi de 66.500 Kwh, sendo 42% 
da embalagem (28.200 ÷ 66.500 Kwh). Como o gasto total com energia 
foi R$ 365.750,00, 42% desse valor (R$ 153.615,00) representa o valor 
atribuído ao departamento de embalagem. Nessa mesma metodologia, será 
aplicado o cálculo para os demais departamentos (existem arredondamentos 
nos cálculos).
c. Conforme informado anteriormente, os materiais indiretos, a 
depreciação e os demais custos indiretos serão rateados de acordo 
com o número de horas de mão de obra total apurado em cada 
departamento. Podemos ver essa distribuição nas Tabelas 7, 8 e 9.
12 Custos Empresariais
Materiais Indiretos Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Total de horas: 80.000 48.000 24.000 4.000 4.000
100% 60% 30% 5% 5%
R$ 260.000,00 R$ 156.000,00 R$ 78.000,00 R$ 13.000,00 R$ 13.000,00
Tabela 7: Distribuição do custo dos materiais indiretos por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Depreciação Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Total de horas: 80.000 48.000 24.000 4.000 4.000
100% 60% 30% 5% 5%
R$ 240.000,00 R$ 144.000,00 R$ 72.000,00 R$ 12.000,00 R$ 12.000,00
Tabela 8: Distribuição do custo da depreciação por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Outros Custos Indiretos Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Total de horas: 80.000 48.000 24.000 4.000 4.000
100% 60% 30% 5% 5%
R$ 330.000,00 R$ 198.000,00 R$ 99.000,00 R$ 16.500,00 R$ 16.500,00
Tabela 9: Distribuição dos outros custos indiretos por departamento (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Como os critérios de alocação foram os mesmos para os três 
departamentos, então, terão os mesmos percentuais para o rateio dos seus 
gastos. Assim, conseguimos fazer o mapa de apropriação dos custos de acordo 
com a Tabela 10.
Mapa de Apropriação de Custos em Reais (R$)
Custos Indiretos Total Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
Aluguel 425.000 187.000 166.600 25.500 45.900
Energia Elétrica 365.750 186.532 153.615 18.288 7.315
Materiais Indiretos 260.000 156.000 78.000 13.000 13.000
13Custos Empresariais
Depreciação 240.000 144.000 72.000 12.000 12.000
Outros Custos 
Indiretos 330.000 198.000 99.000 16.500 16.500
TOTAL 1.620.720 871.532 569.215 85.288 94.715
Tabela 10: Mapa de apropriação dos custos indiretos aos departamentos (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
O primeiro passo se encerrou com o rateio dos custos indiretos aos 
departamentos. No segundo passo, calcularemos os itens D, E e F.
d. A Pasteurização e a Embalagem recebem, cada uma, 40% dos custos 
da Administração, e 20% dos custos desse último departamento 
são apropriados à Manutenção.
Mapa de Apropriação de Custos em Reais (R$) com os custos de Administração
Custos Indiretos Total Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
TOTAL 1.620.720 871.532 569.215 85.288 94.715
Rateio de Adm. - 37.886 37.886 18.943 (94.715)
TOTAL 
ACUMULADO 1.620.720 909.418 607.101 104.231 -
Tabela 11: Mapa de apropriação dos custos indiretos com o rateio dos custos administrativos aos departamentos 
(exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Como a administração tem, agora, R$ 94.715, logo, 40% desse valor 
será para pasteurização e embalagem, cada uma. Os 20% restantes serão para 
manutenção, conforme pode ser visto na Tabela 11.
O saldo do departamento da administração é zero, porque seus custos 
na departamentalização foram alocados aos demais departamentos. É o que 
ocorrerá com a manutenção, em seguida.
e. A Manutenção é realizada sistematicamente e, conforme se 
têm apurado, cabe à Embalagem uma quinta parte do total de 
seus custos.
14 Custos Empresariais
Sendo assim, uma quinta parte cabe à Embalagem e o restante para a 
pasteurização, como pode ser visto na Tabela 12.
Mapa de Apropriação de Custos em Reais (R$) com os custos de Administração
Custos Indiretos Total Pasteurização Embalagem Manutenção Administração
TOTAL 1.620.720 871.532 569.215 85.288 94.715
Rateio de Adm. - 37.886 37.886 18.943 (94.715)
TOTAL ACUMULADO 1.620.720 909.418 607.101 104.231 -
Rateio da Manut. - 83.385 20.846 (104.231) -
TOTAL ACUMULADO1.620.720 992.803 627.947 - -
Tabela 12: Mapa de apropriação dos custos indiretos com o rateio dos custos de manutenção aos departamentos produtivos 
(exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Observe que os departamentos de apoio (Manutenção e Administração) 
foram zerados e, agora, somente os departamentos de produção (Pasteurização 
e Embalagem) têm valores monetários. Agora, veremos quanto será alocado 
aos produtos, de acordo com o item F:
f. A distribuição dos custos indiretos é feita em função do material 
utilizado. Este foi o seguinte no período, segundo a Tabela 13:
Material Utilizado Litros %
LF 556.575 75
LF Super 185.525 25
Total 742.100 100
Tabela 13: Percentagem dos materiais utilizados (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Conclui-se que, dos R$ 1.620.720,00, o departamento de 
Pasteurização ficou com R$ 992.803 e o departamento de Embalagem 
ficou com R$ 627.947,00. Para a classificação desses custos aos produtos 
do departamento de Pasteurização, que tem um total de R$ 992.803,00, o 
produto LF ficou com R$ 744.602,00 desse valor, que representa 75%, e os 
25% ficou para o produto LF Super, que representa R$ 248.201,00.
15Custos Empresariais
Em relação aos custos do departamento de embalagem, R$ 470.960,00 
ficaram com o produto LF (75% do total da embalagem) e R$ 156.987,00 
ficaram com o produto LF Super (25% dos gastos da embalagem).
Para saber o gasto total de cada produto, incluindo os custos diretos, 
basta ocorrer a soma com os custos indiretos, como pode ser visto na Tabela 14.
MATERIAL 
UTILIZADO %
Pasteurização Embalagem Custos Diretos
Custo total (custo direto 
e indireto por produto)
LF 75 R$ 744.602,00 R$ 470.960,00 R$ 4.390.000,00 R$ 5.605.562,00
LF SUPER 25 R$ 248.201,00 R$ 156.987,00 R$ 2.520.000,00 R$ 2.925.188,00
TOTAL 100 R$ 992.803,00 R$ 627.947,00 R$ 6.910.000,00 R$ 8.530.750,00
Tabela 14: Custo total dos produtos - custos diretos e indiretos (exemplo). Fonte: Elaborado pela autora.
Dependendo da forma como uma determinada empresa produz, é 
fundamental estabelecer o critério de acumulação de custos, que define a forma 
ou o critério como será realizada a identificação, a coleta, o processamento, o 
armazenamento e a produção das informações para a gestão de custos.
A departamentalização é um sistema de acumulação de custos, sendo 
assim, é por meio desse sistema que os custos serão acumulados/aglomerados/
reunidos e apropriados aos produtos.
Existem dois sistemas básicos de acumulação de custos, e o que 
determina qual vai ser usado é o processo produtivo da empresa. Muitas 
empresas combinam os dois sistemas de acumulação de custos que serão 
apresentados a seguir:
Produção por Ordem ou Encomenda: Quando a empresa fabrica 
produtos diferentes, em pequenas quantidades, geralmente atendendo a 
encomendas (pedidos específicos) dos clientes. É o caso, por exemplo, da 
indústria produtora de máquinas e equipamentos e dos fabricantes de 
piscinas. Cada pedido tem características especiais de tamanho, de capacidade 
e de outros atributos que o torna praticamente único (diferente dos demais). 
Nesse sistema, os custos são acumulados em folhas chamadas de Ordem de 
Produção ou Ordem de Fabricação. As Ordens de Produção são emitidas para 
16 Custos Empresariais
dar início à execução da produção e acompanham o produto em cada etapa 
do processo fabril até o estágio de acabamento.
Produção Contínua ou em Série: Quando a empresa opera 
na fabricação de produtos iguais, produzidos de maneira contínua. 
Geralmente, ela produz para o estoque, e não para atender às encomendas 
específicas para clientes. Os produtos são, normalmente, padronizados e, 
embora possam existir diferenças entre eles (por exemplo, geladeiras com 
240 litros ou 320 litros, com degelo automático ou sem, cores diversas 
etc.), elas não são frutos de encomenda prévia por parte dos compradores 
e, sim, da experiência do setor de vendas da empresa no tocante ao 
perfil do mercado consumidor. São exemplos óleos vegetais, produtos 
farmacêuticos, cimento etc.
Com base nos sistemas acima, os critérios mais utilizados de 
acumulação de custos nas empresas são:
 ▪ Por ordem
 ▪ Por processo
 ▪ Por atividade
 ▪ Por responsabilidade
Acumulação por Ordem: Quando uma empresa tem como 
característica atender às necessidades e peculiaridades de cada cliente, 
gerando um processo produtivo não repetitivo e no qual cada produto é, 
em regra, diferente dos demais. É mais adequada a utilização do critério 
de acumulação por ordem. As atividades empresárias que trabalham com 
encomendas são clássicas. Os custos são acumulados no momento da sua 
ocorrência, em cada encomenda ou ordem que recebem um número ou 
um código. Essa conta não para de acumular custos até que a encomenda 
ou ordem de produção esteja pronta, momento em que os saldos são 
encerrados e os custos apropriados aos produtos.
Acumulação por Processo: Quando uma empresa produz de modo 
contínuo, ou seja, em série, a Contabilidade de Custos pode acumular 
17Custos Empresariais
os custos por processo (fase de produção), por departamentos ou setores 
(departamentalização) para, posteriormente, apropriar esses custos 
aos produtos fabricados no processo, durante determinado período. 
Conclui-se que, nesse critério, se acumula em grupos representativos das 
linhas de produção, para, posteriormente, proceder à divisão dos saldos 
acumulados em função da quantidade produzida. O encerramento das 
contas e a consequente transferência dos custos aos produtos ocorrem à 
medida que estes ficam prontos. 
Acumulação por Atividades: A fabricação de um produto ou a 
prestação de um serviço só é possível porque várias atividades são realizadas 
até que se transforme uma matéria-prima em um produto acabado. Uma 
atividade é uma ação que utiliza recursos (matérias-primas, recursos humanos, 
energia etc.). Dessa forma, são identificadas as atividades relevantes, que 
receberão os custos para, posteriormente, serem alocados aos produtos de 
acordo com o consumo dessas atividades, como foi visto no Custeio ABC.
Acumulação por Responsabilidade: O critério de acumulação por 
responsabilidade parte do princípio de que uma empresa é um conjunto 
de centros de responsabilidade, cada um deles representado por um 
segmento no seu organograma. Esses centros de responsabilidade podem 
ou não representar um departamento ou setor. Assim, os custos incorridos 
são separados e apropriados pelos diversos níveis de responsabilidade e, 
a partir desse conceito, chegamos a uma nova classificação dos custos: os 
custos controláveis e os custos não controláveis.
Nesse cenário em que os custos são separados e apropriados 
por responsabilidade, alguns custos estão sob a incubência e controle 
do encarregado pelo centro de responsabilidade, denominados custos 
controláveis, enquanto que outros custos não estão sob incumbência e 
controle do encarregado pelo centro de responsabilidade.
Existem alguns métodos para se obter o rateio dos custos 
indiretos. Vejamos:
 ▪ Método Direto: por esse método, os custos gerados nos 
departamentos de serviços são rateados diretamente para os 
18 Custos Empresariais
departamentos produtivos beneficiados pelos respectivos 
serviços. Assim, os departamentos de serviços não recebem 
custos de outros departamentos de serviços, ainda que tenham 
sido beneficiados pelos serviços de alguns deles.
 ▪ Método Algébrico ou da Reciprocidade: por esse método, 
reconhece-se a reciprocidade dos serviços prestados entre 
os departamentos. Com sua adoção, um departamento de 
serviços poderá receber, por transferência, parte do custo 
do próprio departamento que foi transferido para outro. 
Recomenda-se evitar o seu uso, uma vez que ele incentiva a 
distribuição reflexiva.
 ▪ Método da Hierarquização ou dos Degraus: consiste em fixar 
uma ordem de prioridade entre os departamentos de serviços. 
A partir dessa hierarquização, rateiam-se os custos gerados 
nos departamentos de serviços entre todos os departamentos, 
sejam de serviçosou produtivos. (RIBEIRO, 2018, p.313)
O método da hierarquização é o melhor se comparado aos outros, 
pois é mais proporcional na atribuição/alocação dos custos indiretos de 
fabricação aos produtos.
2. Estrutura do Produto
Uma parte muito importante antes do custeamento dos custos ao 
produto é o mapeamento da estrutura do produto. Segundo Padoveze 
(2005, p.121), “Independentemente de que processo de fabricação é 
adotado, ele depende de duas variáveis básicas para qualquer estrutura 
industrial: a estrutura do produto (BOM – Bill of Material) e o processo 
ou roteiro de fabricação”.
Todo produto a ser industrializado deve ser planejado. Isso quer dizer 
que o produto deve ser estudado e devem ser definidos todos os itens que 
irão compor esse produto e as quantidades que serão necessárias, além das 
especificações técnicas dos materiais.
19Custos Empresariais
Para ter um produto bem fabricado, assim como informações 
para conseguir fazer uma boa gestão industrial é imprescindível 
investir na configuração da estrutura do produto. Ter esta 
informação documentada e de fácil acesso é importante já 
que ela é a base para todo o controle de estoque, o cálculo de 
necessidade de materiais para produção e a apuração de custo de 
produção. (QS, 2018, s.p)
Para alguns autores, o ciclo de vida de um produto envolve cinco 
fases distintas:
 ▪ desenvolvimento do produto;
 ▪ introdução do produto no mercado;
 ▪ crescimento;
 ▪ maturidade; 
 ▪ declínio.
Também podemos ver a representação gráfica do ciclo de um 
produto na Figura 1, destacando as vendas e o lucro com o produto em 
todo o ciclo.
De
se
nv
olv
im
en
to
Ve
nd
as
 e 
luc
ro
Lucro
Introdução 
Vendas
Tempo
Crescimento Maturidade Declínio
Figura 1: As fases do ciclo de vida de um produto. Fonte: Adaptado de Wildauer; Wildauer (2015, p.20).
20 Custos Empresariais
Aqui, iremos focar no desenvolvimento do produto por meio da 
estrutura do produto. Padoveze (2005, p.123) comenta que a estrutura 
do produto:
Compreende a lista dos materiais necessários e compõem 
o produto final. É a listagem de todas as matérias-primas, 
componentes, embalagens e outros materiais que formam 
o produto final. Não compreende o consumo de materiais 
indiretos, pois eles, apesar de auxiliares no processo produtivo, 
não formam fisicamente o produto final. 
Existem produtos que exigem poucos itens e outros que requerem 
mais quantidades de materiais. Vejamos um exemplo de um produto com 
poucos itens.
Exemplo:
Uma mesa, para ser construída a grosso modo, sem muitos acabamentos, necessita, 
basicamente, de madeira e pregos, como pode ser visto na Figura 2.
mesa
20 un10 kg
pregomadeira
Figura 2: Estrutura da mesa. Fonte: Adaptado de Maxiprod (2019).
Ainda podemos ver essa estrutura um pouco mais detalhada na 
Figura 3.
21Custos Empresariais
mesa
1 un
6 kg 1 kg
4 un 20 un
pé
madeiramadeira
pregotampo
Figura 3: Estrutura da mesa detalhada por peças. Fonte: Adaptado de Maxiprod (2019).
Dessa forma, podemos verificar que, para o tampo da mesa, será 
necessária a utilização de 6 quilos de madeira e, para cada pé da mesa, 
será necessário 1 quilo, totalizando 10 quilos. Essas informações mais 
detalhadas são fundamentais para a requisição de material necessário no 
momento da compra de matéria-prima e no processo de produção.
Esses dados são igualmente fundamentais para o cadastramento 
dessa estrutura no Enterprise Resource Planning - ERP, que é o sistema 
que integra todo o processo produtivo de uma empresa, conjugados 
com diversos setores, como: compras, vendas, tesouraria, marketing, 
contabilidade, fiscal etc.
Temos que ter em mente, também, que esses materiais precisam de 
pessoas que efetivem as devidas transformações – mão de obra (marceneiros, 
lixadores, laqueadores etc.).
Conseguimos visualizar todo o ciclo produtivo na Figura 4, que 
contempla o processo de estrutura do produto, o processo de roteiro de 
22 Custos Empresariais
fabricação, a determinação do volume por meio do nível de atividade, do 
tempo físico e do tempo financeiro e da eficiência dos recursos.
Tecnologia 
de 
Fabricação
Atividades
Estrutura Fabril
Divisões
Custo Financeiro 
de Produção
Mão de Obra
Despesas
Depreciação
Materiais
Serviços 
de Terceiros
Ciclo Produtivo - Custo Médio Fabril
Processo
Eficiência dos 
Recursos
Volume
Tempo
Estrutura do 
Produto (BOM)
Informações e 
Manutenção
Investimentos
Deptos. de Apoio 
e Serviços
Estoque
Recursos 
Financeiros - Capital
Despesas
Mão de Obra
Atividades
Deptos. Produtivos 
(Fases)
Nível de Atividade
Roteiro de 
Fabricação
Tempo Financeiro
Tempo Físico
Figura 4: Modelo de decisão para determinação do ciclo de fabricação. Fonte: Adaptado de Padoveze (2005, p.122).
A estrutura do produto, associada à quantidade do programa de 
produção, alimenta todo o sistema de planejamento de compras. 
E também é ponto-chave para o planejamento e controle da 
produção, normalmente gerida pelo sistema de informação do MRP 
– Manufacturing Resource Planning. (PADOVEZE, 2005, p.123)
O MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) envolve o 
cálculo da quantidade, do tipo e o tempo em que serão disponibilizados os 
diferentes materiais necessários à operação fabril. Esse cálculo está sempre 
baseado nos pedidos de compras dos clientes, que deve ser combinado 
também com a previsão de demanda futura. Segundo Lozada (2017, p.44), 
“Dessa forma, o MRP auxilia as empresas na execução dos cálculos de volume 
e tempo em que os materiais são necessários, com considerável nível de escala 
e complexidade, devido ao grande número de combinações possíveis entre os 
diversos materiais”.
23Custos Empresariais
O MRP corresponde a um importante instrumento para planejamento 
e controle da produção, com foco na programação das necessidades 
de materiais a partir de informações sobre a demanda fornecidas 
pelo Programa-mestre de Produção (PMP), e considera também 
informações oriundas de suprimentos (como estoques e compras). 
Seu objetivo central, assim como qualquer outro sistema de gestão 
de materiais, consiste em garantir a disponibilidade de insumos em 
quantidade, momento e nível de qualidade apropriados, para que 
a capacidade produtiva esteja adequada à demanda. Neste sentido, 
o MRP busca a manutenção de estoques mínimos, possíveis por 
meio do planejamento e controle, que permite a disponibilização de 
materiais exatamente quando necessário. (LOZADA, 2017, p.44)
Observe o Quadro 1 e compreenda quais são as entradas e saídas do MRP.
Entradas do MRP Saídas do MRP
Lista de materiais Ordens de produção
Posição de estoques Ordens de compra
Prazos de montagem de componentes
Quadro 1: Entradas e Saídas do MRP. Fonte: Adaptado de Lozada (2017, p.47).
É importante salientar que, após estruturar o produto, devemos verificar 
os custos dos itens que irão compor a base para o custo final. É fundamental, 
também, conhecer o valor que os concorrentes praticam no mercado, pois 
pode, na maioria das vezes, ser necessária a pesquisa por matérias-primas 
mais baratas ou materiais alternativos. Sendo assim, a pesquisa por novos 
fornecedores com melhores preços se faz necessária para a empresa se manter 
competitiva no mercado no qual ela está inserida.
3. Processo de Fabricação 
As formas de acumulação de custos na departamentalização são 
diversas e influenciam diretamente no custo total do produto. Podemos ter 
produção por encomenda, por processo ou equivalente de produção.
24 Custos Empresariais
A produção por encomenda também é conhecida como produção por 
ordem e é caracterizada pela produção por meio da encomenda de clientes, 
geralmente na área da construção civil, de máquinas ou produtos customizados. 
Assim, os custos desse tipo de produção são mais facilmente identificados e 
controlados, podendo ser por unidade, por lote ou por família de produtos.
Na produção por ordem, o registro dos custos diretos não 
oferece dificuldades, uma vez que a empresa sempre desenvolverá 
mecanismosque permitam a plena identificação desses custos em 
relação a cada unidade de produto fabricada, salvo quando optar 
pelo sistema de inventário periódico, situação em que os custos 
serão lançados englobadamente. (RIBEIRO, 2018, p.428)
Existem dois tipos de inventários: o permanente e o periódico. 
Conforme explica Sant’Anna (2018):
 ▪ Inventário permanente é o sistema no qual cada entrada e saída de 
mercadorias e insumos de uma empresa é controlada, apresentando 
atualizações em tempo real.
 ▪ Inventário periódico é o sistema em que a contagem do estoque 
físico é feita em períodos de tempo determinados, considerando a 
necessidade da empresa.
No sistema de inventário permanente, as entradas e saídas são 
registradas tempestivamente, de acordo com as ocorrências; já no sistema 
de inventário periódico, em certos períodos, haverá a contagem física dos 
estoques e, assim, obtém-se os estoques de matérias-primas, estoques de 
produtos em elaboração e o estoque dos produtos acabados.
Temos, ainda, a produção por processo, que também é conhecida por 
produção por processo contínuo ou em série (em massa). Nesse tipo de produção, 
o produto percorre diversos departamentos e absorve mais custos diretos e 
indiretos. Um exemplo desse tipo de produção são as confecções de roupas, 
em que cada peça circula por diversos departamentos: passa, primeiro, pelo 
departamento de corte, depois vai para o departamento de costura, pode ainda 
passar pelo departamento de customização, indo, após, para o departamento de 
acabamento e, por fim, passando pelo departamento de embalagem.
25Custos Empresariais
Outros tipos de indústrias também têm seus produtos elaborados por 
processo, como as bebidas, veículos, eletrodomésticos etc. Segundo Ribeiro 
(2018, p.428), “é importante salientar que, na fabricação em série, o controle 
dos custos é feito por lote, família, grupo ou linha de produção”.
Recomenda-se que a produção em série, por sua complexidade, seja 
controlada por meio do sistema de inventário permanente.
Na produção por ordem, os custos diretos e indiretos são alocados 
diretamente aos produtos de modo individual em suas ordens de 
produção. Na produção por processo, esses mesmos custos são 
também alocados aos lotes, série, famílias ou linhas de produção. A 
maior diferença está em que, enquanto na produção por ordem é 
possível conhecer o custo de fabricação dos produtos à medida que 
seus processos de fabricação forem sendo encerrados ao longo do 
mês, na produção por processo o custo dos produtos fabricados é 
apurado somente após o fechamento do mês, sendo o custo unitário 
uma média entre os valores alocados ao lote, linha, família ou grupo 
de produtos fabricados. (RIBEIRO, 2018, p.429)
Temos, ainda, o equivalente de produção, que consiste na quantidade 
de produtos acabados que equivale à quantidade de produtos que se encontra em 
elaboração. Esse cálculo tem o objetivo de informar a quantidade de produtos 
que seria possível fabricar completamente com os mesmos materiais que foram 
aplicados na quantidade de produtos que ainda estão em fase de elaboração.
O equivalente de produção tem por objetivo permitir o rateio dos 
custos incorridos na produção do período uniformemente para 
todas as unidades de produtos que durante o período passaram pelo 
processo de fabricação, tenham ou não sido acabadas. (RIBEIRO, 
2018, p.430)
A ideia principal é transformar os produtos em elaboração em produtos 
acabados, como podemos ver no exemplo a seguir.
Exemplo:
Considere uma empresa que não possui estoque inicial, mas que produziu 10.000 unidades 
de um produto. Sabe-se que 7.000 unidades ainda estão em elaboração, em um nível de 40% de 
26 Custos Empresariais
acabamento, faltando 60% do processo para que sejam finalizados os produtos. Dessa forma, a 
produção equivalente total é de:
Produtos prontos 10.000
(+) Produtos em processo 2.800 (7.000 x 40%)
(=) Total da produção equivalente 12.800 unidades 
 equivalentes a prontas
O conteúdo deste capítulo é fundamental para que você conheça melhor 
a departamentalização como meio de alocar os custos diretos e indiretos aos 
produtos industrializados, principalmente os indiretos. 
O departamento é qualquer parte da empresa que tenha um 
responsável e um centro de custo – ou, em certas situações, mais de um 
centro de custo – que acumule todos os seus gastos. Os departamentos que 
são totalmente voltados para a produção produzem custos diretos, enquanto 
os departamentos que prestam serviços à fabricação dos produtos irão gerar 
custos indiretos, que deverão ser rateados aos produtos.
Os principais objetivos da departamentalização são permitir que a 
empresa meça o desempenho de cada departamento, auxilie no rateio dos 
custos indiretos de forma mais objetiva e identifique os custos incorridos, 
aprimorando o sistema de apuração e apropriação dos custos.
27Custos Empresariais
Referências
LOZADA, G. Planejamento e controle da produção avançado. São Paulo: 
Sagah Educação, 2017.
MAXIPROD. Estrutura de produto e roteiro de produção. 2019. Disponível 
em: https://www.maxiprod.com.br/erp/planejamento-e-producao/estrutura-
de-produto/. Acesso em: 19 jul. 2019.
PADOVEZE, C. L. Controladoria avançada. São Paulo: Cengage, 2005.
QS. Por que investir na configuração da estrutura de produto. 2018. 
Disponível em: https://qsconsultoria.com.br/por-que-investir-configuracao-
estrutura-de-produto/. Acesso em: 19 jul. 2019.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
SANT’ANNA, L. C. Administração aplicada à produção de alimentos. São 
Paulo: Sagah Educação, 2018.
SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. Curitiba: InterSaberes, 2013.
WILDAUER, E. W.; WILDAUER, L. D. B. S. Mapeamento de processos: 
conceitos, técnicas e ferramentas. Curitiba: InterSaberes, 2015.
	Título da Unidade
	Objetivos
	Introdução
	1.	Arquitetura no Brasil
	Análise de Custos e a Origem
da Contabilidade de Custos
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Definição Genérica
	2.	Escopo da Contabilidade de Custos 
	3.	Terminologias 
	3.1	Desembolso
	3.2	Gasto
	3.2.1	Investimento
	3.2.2	Custo
	3.2.3	Despesa
	3.3	Perda
	Referências
	Classificação de Custos
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Custos Diretos e Custos Indiretos
	2. 	Custos Fixos e Variáveis
	3. 	Integração da Análise do Comportamento e da Classificação dos Custos 
	Referências
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	Métodos de Custeio e Critérios de Avaliação dos Estoques
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1.	Painel Básico da Contabilidade de Custos
	1.1	Métodos de Valoração de Estoques
	2.	Métodos de Custeamento
	2.1	Formas de Custeio
	Referências
	Departamentalização
	Para início de conversa…
	Objetivo
	1. 	Unidades de Acumulação de Custos
	2. 	Estrutura do Produto
	3. 	Processo de Fabricação 
	Referências

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