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AÇÃO EM CONSIGNAÇÃO DE PAG

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ (ÍZA) DE DIREITO DA ...ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
RICARDO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG __, e do CPF sob o nº __, residente e domiciliado em GOIANIA (instrumento de mandado anexo), com escritório profissional a Rua__, Bairro_, Cidade__, CEP_, onde recebe as intimações de estilo, vem perante vossa Excelência propor AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, com fundamento nos art. s. 335, inciso I, e 473 do Código Civil, e nos artigos 890 e seguintes do Código de Processo Civil, em face de CANARINHO CONTABILIDADE LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob o CNPJ ___, com sede na Rua_, Bairro_, Nº_, Cidade SÃO PAULO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
1. SÍNTESE DOS FATOS
Ricardo contratou, para auxiliá-lo no gerenciamento de seu patrimônio pessoal, os serviços da Canarinho Contabilidade Ltda. O contrato previra a possibilidade de sua renúncia unilateral, por qualquer das partes, “mediante a concessão de um pré-aviso de 30 (trinta) dias”. 
Frustrados seus planos profissionais para o futuro próximo, Ricardo resolveu, por conveniência própria, renunciar o contrato, convocando os representantes legais da Canarinho Contabilidade Ltda. e entregando-lhes carta, mediante recibo, notificando-os de sua intenção. 
Passados trinta dias, Ricardo procurou a Canarinho Contabilidade Ltda. em sua sede (local de pagamento, segundo o contrato), para viabilizar o pagamento da última parcela e, para sua surpresa, a sociedade negou-se ao recebimento porque pretendia indenização maior, por lucros cessantes.
2. DO DIREITO
O autor contratou a ora ré para auxiliá-lo no gerenciamento de seu patrimônio. No contrato foi previsto a possibilidade de sua denúncia unilateral por qualquer das partes mediante a concessão de um pré-aviso de 30 dias.
Por conveniência própria, o autor teve seus planos profissionais frustrados e, por conveniência própria, resolveu denunciar o contrato, entregando carta, mediante recibo conforme anexo, notificando a ré de sua intenção.
“Art. 473, CC– A resolução unilateral, nos casos em que a lei expressa ou implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte.”
Passado trinta dias, o autor procurou a ré para efetuar o pagamento da última parcela, sendo surpreendido pela negação de receber o valor, vez que a ré pretendia indenização maior por lucros cessantes.
Consoante ao que dispõe o artigo 890, bem como o seu parágrafo 1º do Código de Processo Civil:
“Art. 890. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida.
§1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o devedor ou terceiro optar pelo depósito da quantia devida, em estabelecimento bancário, oficial onde houver situado no lugar do pagamento, em conta com correção monetária, cientificando-se o credor por carta com aviso de recepção, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa.”
Segundo o artigo 334 do Código Civil:
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.
Diante da negativa em receber os valores oferecidos, o autor almeja a presente AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO, consoante o que dispõe o Art. 355 inciso I, do Código Civil: “Se o devedor não fizer a indicação do art. 352, e a quitação for omissa quanto à imputação, está se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa”
De acordo com o entendimento do mestre processualista Nelson Rosenvald (2006, p.256) para o tema, entende-se que a consignação em pagamento é: “Consignação é uma modalidade que substitui o pagamento propriamente dito. Não é sinônimo de pagamento, mas sim uma forma sub-rogada de alcançá-lo, pela qual o obrigado pode liberar-se antes ou independentemente do fato de haver o credor recebido o pagamento. (in Curso de Direito Civil, v. 2, 6ª ed., Salvador: JusPodivm, 2012, p. 475) 
A negação da ré no recebimento da quantia de R$: 1,000,00 (um mil reais) é totalmente descabida Excelência, vez que não existe qualquer fundamento para a ré exigir quantia maior do que a que lhe foi fornecida. 
O valor solicitado pela ré, na importância de R$: 10,000,00 (dez mil reais), não se resta devida, uma vez que a denúncia foi feita dentro da legalidade, não lhe acarretando qualquer prejuízo. Não obstante, importante ressaltar que o autor providenciou a notificação denunciando o contrato no prazo legal, conforme já relatado. Portanto, não resta outra alternativa para o autor, senão a propositura da presente ação em consignação em pagamento em face da recusa da ré em receber o valor devido. 
III- DO PEDIDO 
 Diante do exposto, vem perante Vossa Excelência requerer: 
a) O deferimento do depósito liminar da quantia de R$ 1,000,00 (um mil reais), referente ao pagamento da última parcela do contrato; 
b) A citação, via correio, do representante legal da ré para levantar o valor depositado, ou, se quiser, apresentar reposta no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de sofrer os efeitos da revelia; 
c) Ao final, seja julgada procedente a ação e declarada a extinção da obrigação.
d) Por fim, requer a condenação do réu no pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios que Vossa Excelência entender necessários.
Dá-se a presente causa o valor de R$: 1,000,00 (um mil reais). 
Termos em que, pede deferimento. 
Marcele oliveira OAB/RJ XXXXX

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