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COMPARAÇÃO DA VIABILIDADE TÉCNICA ENTRE TUBULÃO A CÉU ABERTO E ESTACAS Autores: Joyce de Melo Dias Galvão Klaus Ardila Merege Pg. 1 Orientador: Fernando Carlos Bandarrinha Monteiro Resumo O presente trabalho trata da abordagem de três estudos de caso, sob a ótica da análise comparativa de custo-benefício entre dois diferentes tipos de fundação: tubulão a céu aberto e estacas. Levando em consideração a influência do tipo de solo e suas cargas, bem como as do edifício a ser construído, buscou-se observar as vantagens e desvantagens que cada fundação apresenta, em aspecto de viabilidade técnica e econômica, e também o impacto que as singularidades que cada construção tem sobre o orçamento final do projeto estrutural. As informações puderam ser compiladas e comparadas ao longo do processo de estudo, de acordo com os resultados obtidos pelos autores referenciados, e ainda, sob conclusão própria. Observou-se então que a afirmativa de que determinada fundação é superior à outra não pode, de forma alguma, ser generalizada, tendo ambas demonstrado aspectos vantajosos e desvantajosos de acordo com as características do estudo desenvolvido. Por fim, os resultados passaram por processo de atualização monetária referente ao período no qual foram publicados e os dias atuais, com o intuito de melhor comparar os resultados obtidos. Pg. 2 Pg. 3 Introdução A estrutura de um edifício, segundo Albierto e Cintra, é a união de dois subsistemas (fundações X solo) sujeito à ações externas. De acordo com essa premissa, a correta escolha das fundações leva em consideração diversos fatores que vão além das características do edifício em si e suas cargas atuantes. Exemplos de tais fatores podem ser listados como o tipo de solo e seus estrados, sua carga resistente, presença ou não de rochas, matacões ou lençóis freáticos, etc. Assim, o processo de escolha das fundações adequadas começa com a realização de sondagem do solo, comumente SPT (Standard Penetration Test), a fim de diagnosticar as características do terreno a ser construído. Em seguida, é preciso parametrizar a seleção das estruturas de acordo com as normas regulamentadoras vigentes, especialmente a NBR 6122/2019, sua atualização mais recente, que estabelece padrões claros e precisos dos protocolos gerais para engenheiros civis, ou equivalente. Dentre as escolhas possíveis, mantendo-se em fundações profundas, podemos destacas as mais difundidas: estacas e tubulões, e suas subdivisões, tais como estacas Strauss, Franki, pré-moldadas ou in loco, escavadas ou cravadas, etc., e tubulões a ar comprimido ou a céu aberto, de base simples ou intermediária. Cada tipo apresenta vantagens e desvantagens sobre as outras, quanto à viabilidade técnica e econômica, a depender das anteriormente mencionadas características do solo, bem como área total, cargas e altura do projeto a ser executado. Mesmo que respeitando as variáveis individuais, como as citadas acima, de cada tipo de empreendimento, bem como suas localidades, é importante destacar as diferenças gerais entre dois tipos de fundações profundas e suas características técnicas e econômicas: tubulões a céu aberto e estacas. É preciso efetuar a análise de custo-benefício, pois não necessariamente a escolha mais barata é a mais vantajosa, sendo que a inadequada escolha das estruturas pode acarretar graves consequências, como em casos levantados por Sessa (2017). Ainda segundo Corrêa (2010), as patologias dessa natureza são dificilmente solucionáveis, pois geralmente são percebidas tardiamente. Pg. 4 Objetivo O objetivo geral deste trabalho foi realizar um levantamento bibliográfico, observando estudos de diferentes casos, que utilizaram tubulões a céu aberto simples, estacas do tipo Strauss, Franki e estacas pré-moldadas de concreto escavadas, em solos majoritariamente de argila siltosa, equivalendo tanto quanto possível a influência dessa variável no comportamento das fundações. Podemos apontar como objetivos específicos determinar seis parâmetros, extraídos dos trabalhos levantados, sendo eles: tipo de solo, carga, orçamento, vantagens e desvantagens; e comparar custo-benefício das fundações para cada empreendimento. Metodologia Foram levantados na literatura estudos de casos que apresentavam critérios comparativos entre dois tipos de fundação, usando como instrumento de pesquisa buscador especializado em trabalhos acadêmicos, o Google Academics, que permitiu pesquisas focalizadas, evitando anúncios de empresas prestadoras de serviços. Para efeito de comparação, os valores dos quadros desenvolvidos em Excel foram submetidos à atualização monetária, com a ajuda da Calculadora do Cidadão, do Banco Central do Brasil, de acordo com índice IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado) da Fundação Getúlio Vargas, tendo como referência o mês de janeiro de 2021. Desenvolvimento 1.0 -No buscador referido, foram utilizadas as palavras-chave: comparativo de fundações profundas; tubulão a céu aberto; estacas Strauss; estacas Franki; e estacas pré-moldadas de concreto. Dos trabalhos levantados, foram destacados os que atendiam aos critérios propostos para o estudo de caso, cujas informações foram dispostas em quadros no programa Excel do Pacote Office, Microsoft ®. Pg. 5 Desenvolvimento 1.1 -A monografia desenvolvida por Beilfuss (2012), abordou o comparativo de viabilidades técnicas entre tubulões a céu aberto e estacas em dois empreendimentos, um de quatro pavimentos e outro de seis, ambos no mesmo tipo de solo, porém com cargas variáveis devido à diferença na altura dos edifícios. O dimensionamento de tais projetos se deu segundo método Aoki e Velloso (1975), que corresponde a uma expressão que determina a carga total de ruptura (R) de uma fundação pela resistência de ponta (Rp) e lateral (Rl). Já a monografia de Costa (2016) abordou o mesmo comparativo técnico, contudo, em um hotel que teve suas fundações construídas do tipo tubulão, buscando analisar as vantagens e desvantagens da utilização de estacas do tipo Strauss no mesmo projeto. Os dados obtidos junto à construtora foram comparados aos resultados aos quais se chegou segundo o dimensionamento de estacas padronizadas em Ø=32cm, com adoção de blocos de coroamento. O dimensionamento de seu projeto se deu pelos métodos de Aoki e Velloso (1975); Décourt Quaresma (1978), que apresentou o conceito de “Neq”, baseando a estimativa da carga total (K) exclusivamente em resultados obtidos através de sondagem SPT, em relação à resistência de ponta, e coeficientes β e α para correção da resistência lateral; e método de Bielas de Blévot e Frémy (1967), que trata sobre o dimensionamento de bielas e blocos de coroamento sobre diferentes números de estacas. Por fim, o artigo desenvolvido por Félix e Braga (2017) e publicado no Congresso Interdisciplinar da Faculdade Evangélica de Goianésia, trata da comparação entre estacas escavadas e tubulões em um edifício de porte médio, observando os valores de cada uma. Os métodos de dimensionamento adotados foram baseados nos estudos de Décourt Quaresma (1978) e Terzaghi (1943), referente ao comportamento do solo em situação de ruptura, onde ocorre um deslocamento por punção e empuxos entre as denominadas áreas I, II e III. Sendo assim, sua teoria defende que o cálculo da carga total se dá através de uma fórmula que se divide em três partes e envolve informações sobre o solo (sessão c) adquirida em sondagem, sua cota de assentamento (sessão q) e informações acerca da própria fundação (sessão y). Pg. 6 Desenvolvimento 1.2-Para definir os critérios utilizados, é preciso entender os fatores que mais influenciam na escolha correta das fundações. Dessa forma, pôde-se chegar à uma pequena lista de informações necessárias para a análise detalhada no item a seguir, sendo o primeiro fator decisivo o tipo de solo que o terreno apresenta. Naturalmente, muitas outras características do solo são imprescindíveis para a realização dos projetos de uma fundação,contudo, frente à limitação das informações contidas em cada trabalho, viu-se necessário apenas demonstrar a classificação conforme sua composição, sendo que o artigo de Félix e Braga sequer a expunha. Porém, é possível visualizar em seu texto que tal solo estudado detinha capacidade para suporte da carga atuante do projeto apresentado, que não ultrapassava 70tn, com presença de solo resistente na cota de 10m. Outro fator abordado é a carga atuante, em tf, para cada pilar estrutural, porém não abordando variáveis mais complexas que o cálculo de dimensionamento faz necessárias, como entendimento aprofundado em tensões admissíveis e mecânica dos materiais por exemplo. Entretanto, tal informação retirada dos estudos de caso é importante para uma correta análise comparativa entre o custo-benefício de cada tipo de fundação, uma vez que a diferença na resistência de tubulões e estacas é bastante expressiva, influenciando na quantidade de unidades de fundação necessárias para suportar a carga individual dos pilares e demais esforços da edificação como um todo, além do próprio peso. Em virtude de melhor visualização e correta análise comparativa, foram destacadas ainda os resultados obtidos por cada autor segundo vantagens e desvantagens provenientes de seus estudos. Pode-se observar durante o processo que os diferentes autores, embora tenham explorado seus resultados de forma distinta, chegaram a resultados bastante semelhantes quanto aos benefícios e carências das fundações comparadas. Neste ponto, não foram utilizados resultados próprios do presente estudo, apenas observação dos estudos de caso abordados. Pg. 7 Desenvolvimento 1.3-A seguir, foram preenchidas nos quadros comparativos as informações referentes à orçamento e gastos com as diferentes fundações, distribuindo de forma clara os valores empregados tanto nas unidades, quanto na execução, real ou hipotética, geral das obras. Por fim, uma vez que as informações que foram possíveis extrair foram compiladas, realizou-se o cálculo de atualização monetária segundo IGPM (FGV). Embora a engenharia civil conte com seus próprios índices de custo, como o CUB/m² e INCC, optou-se pela utilização do IGPM, em virtude de sua natureza generalizada e federal. Os índices especializados, como os anteriormente mencionados, são calculados de acordo com o estado onde se encontra, e cada região atua de acordo com seus próprios índices. Dessa forma, uma vez que os estudos de caso abordados são de estados diferentes, seria impossível realizar uma correta comparação de viabilidade econômica entre eles se não fossem submetidos aos mesmos percentuais de correção. À luz das informações colhidas em quadro, e devidamente calculadas as correções, fez-se uma análise entre os custos apresentados em cada trabalho, bem como o benefício das diferentes fundações. Os resultados obtidos, devidamente expostos no próximo tópico, foram comparados entre si, a fim de identificar a real vantagem do uso de tubulões a céu aberto, quando possível. Pg. 8 Resultados As informações pertinentes do estudo foram distribuídas em quadros para facilitar a visualização dos resultados buscados, referentes à tubulões a céu aberto (quadro 1) e às estacas as quais foram comparados em cada trabalho (quadro 2). ● Quadro 1 – Parâmetros obtidos referentes a tubulões a céu aberto Quadro 2 – Parâmetros obtidos referentes a estacas Pg. 9 Assim, foi possível realizar uma comparação mais apropriada das seis variáveis adotadas: tipo de solo, carga por pilar (tf), quantidade de unidades de fundação, orçamento unitário e total da estrutura. Pudemos observar que a carga atuante das estruturas foi, em geral, equivalente, contudo, tubulões a céu aberto costumam apresentar maior resistência, sendo necessárias mais de uma estaca para suportar o peso de um único pilar, como foi possível concluir do trabalho de Costa. Além disso, com exceção do projeto de quatro pavimentos de Beilfuss, que apresentou maior viabilidade econômica para estacas, devido à pouca carga do edifício, a vantagem orçamentária também se apresentou favorável aos tubulões. Isto se deve ao fato de que fundações realizadas com estacas geralmente empregam o uso de blocos de coroamento, que agregam ainda mais custos às fundações, podendo aumentar em até R$5.259,05 o preço final do projeto. Analisando as vantagens e desvantagens de cada tipo, segundo os autores dos trabalhos (quadros 3 e 4), pôde-se observar que, segundo Beilfuss, a vantagem econômica dos tubulões a céu aberto cresce proporcionalmente à altura do edifício construído e, naturalmente, sua carga. Isso se deve ao fato de que tubulões apresentam maior resistência à compressão, o que garante que seja necessária a execução de um número menor de unidades em comparação às estacas. Dessa forma, em edifícios de cargas menores, a adoção desse tipo de fundação não se mostra vantajosa, pois o benefício adquirido não supera o custo de seu material e execução. Quadro 4 – Demonstrativo de vantagens e desvantagens de estacas segundo autores dos estudos de caso Pg. 10 Quadro 3 – Demonstrativo de vantagens e desvantagens de tubulões a céu aberto segundo autores dos estudos de caso Pg. 11 Sob a ótica de Costa, o custo mais baixo dos tubulões é uma vantagem, contudo, este apresenta maior risco à segurança dos operários em comparação às estacas do tipo Strauss. Como justificativa à essa afirmativa, foi exposto o fato de que para a abertura da base de tubulões, é necessário que um operário desça no interior do fuste e realize o trabalho manualmente. Contudo, atualmente o avanço tecnológico já vem resolvendo este problema. A empresa Persolo, de São José dos Campos, desenvolveu um maquinário denominado BTM, que realiza a abertura mecanizada da base do tubulão, dispensando a necessidade de arriscar a vida de operários neste processo. Por outro lado, tendo a empresa não respondido ao chamado do presente estudo, não foi possível realizar um orçamento de tal serviço, o que impossibilitou analisar o valor que esta vantagem agregaria ao custo final da obra. Por fim, segundo Félix e Braga, que também concluiu que estacas se mostram desvantajosas em edifícios de maior carga, expressa que tal fato é de responsabilidade dos blocos de coroamento geralmente empregados nesse tipo de fundação, sendo que o resultado poderia ser influenciado uma vez que o próprio solo pudesse servir de fôrma para a realização dos blocos. Tal artigo defende ainda que a otimização do processo de construção dos blocos superaria a vantagem econômica apresentada pelos tubulões em seu estudo de caso, sendo de 10,7% e 3,37%, respectivamente. Os resultados obtidos pelos autores dos estudos de caso apresentados corroboram a premissa de que cada projeto é único e deve ser analisado de tal forma, uma vez que as peculiaridades de cada projeto impactaram diretamente nas vantagens, desvantagens e viabilidades econômicas apresentadas em seus projetos. Embora os solos que foram possíveis identificar apresentassem certo grau de similaridade, as diferenças de altura, e consequentemente das cargas de cada projeto, resultaram em custos muito diferentes para as opções de fundação. Em uma das obras, a economia do uso de tubulão chegou a ser 81% mais caro, e em outra sua vantagem econômica foi de 3,37%. Pg. 12 Considerações Finais À luz do exposto, concluiu o presente estudo que a correta análise das variáveis é de extrema importância para a escolha adequada das fundações. Isto é, cada terreno e projeto apresenta singularidades que influenciarão diretamente no desempenho das fundações, sendo que a generalização de informações de qualquer natureza se mostra mais prejudicial que vantajosa. A responsabilidade técnica dos profissionais que elaboram projetos estruturais, engenheiros ou equivalentes, bom como dos trabalhadores que executarão a obra em si, vai além da longevidade e integridade da construção, envolvendo a vida e bem-estar dos futuros ocupantes do edifício. Destemodo, o despendimento de tempo e esforço para a otimização das fundações nunca é desvantajoso ou ainda desnecessário. É imprescindível que as todas as análises e interpretações de sondagens do solo sejam realizadas de forma adequada, a fim de adquirir todo o conhecimento possível acerca do solo, seus estratos e cargas resistentes. A escolha das fundações deve ser igualmente criteriosa, considerando acima de tudo os benefícios apresentados além do custo total. Tubulões a céu aberto, de forma geral, apresentam resistência maior com relação à cargas atuantes, e a vantagem da condução de tal carga muito abaixo do solo, em estrato resistente, para que sejam controlados futuros recalques. Contudo, nem todas as edificações apresentam a necessidade de tamanha resistência, uma vez que suas cargas atuantes sejam menores e o solo propício para suportá-la. Dessa forma, embora os tubulões apresentem inegáveis vantagens sobre as estacas, estas não se fazem, de forma alguma, inúteis, uma vez que atendem às necessidades de construções dentro de seus parâmetros. Pg. 13 Fontes Consultadas ALBIERO, J H; CINTRA, José Carlos A. CONSTRUÇÕES DIRETAS – Projeto Geotécnico, 2011. Disponível em: https://www.docsity.com/pt/fundacoes-diretas-projeto-geotecnico-cintra-aoki-albiero/4899844/. Acesso em: 28 de Fevereiro de 2021. NORMA DE FUNDAÇÕES. NBR 6122/2019, 2019. Disponível em: https://nelsoschneider.com.br/nbr-6122-2019/. Acesso em: 10 de Março de 2021. 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