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O absolutismo Inglês Durante a Idade Média, a monarquia feudal da Inglaterra foi, de modo geral, muito mais poderosa que a da França. O que lhe permitiu as ambiciosas guerras territoriais no continente. Contudo, a mais forte monarquia medieval do Ocidente foi justamente aquela que produziu o absolutismo mais fraco e de menor duração. Foi a fusão contraditória das forças novas e tradicionais que definiu a particular ruptura política ocorrida na ilha durante a renascença. A precoce centralização administrativa do feudalismo normando, determinada pela primitiva conquista militar e pela modesta extensão do país, originou uma classe nobre invulgarmente limitada e regionalmente unificada. As cidades, segundo as tradições anglo-saxônicas, sempre fizeram parte dos domínios do rei e gozavam de privilégios comerciais, sem a autonomia política das comunas do continente. Tampouco, os senhores eclesiásticos chegariam a adquirir enclaves senhorias sólidos ou de grande extensão. Resultaria desse contexto uma centralização concorrente, tanto do poder real como da representação nobre, no seio do conjunto da organização política medieval. Esses dois processos eram, não opostos, mas complementares: A administração e o poder pessoal do rei da Inglaterra angevina foi seguido pela organização a partir do século XIII de instituições de caráter coletivo da classe feudal com caraterísticas singularmente unitárias: os Parlamentos. O sistema bicameral de Lordes e Comuns desenvolveu-se depois, e não dividiu o Paralmento segundo os estados, marcando basicamente uma diferença interna à classe nobre. Uma assembléia unificada com representantes das cidades, dos cavaleiros, bispos e barões. Embora os poderes executivos reais dos monarcas medievais ingleses fossem maiores que os dos reis franceses, nunca desfrutaram a autonomia legislativa desfrutada por estes. Os sheriffs que presidiam os tribunais dos condados eram nomeados pelo rei em caráter não herditário, todavia eram selecionados entre a pequena nobreza local e não em uma burocracia central. A nobreza da Inglaterra da Idade Média constituía uma classe tão militarizada e predatória como qualquer outra da Europa. As pilhagens sucessivas da França durante a Guerra dos Cem Anos foram os feitos mais espetaculares desse militarismo: mas a Escócia e Flanders, Renânia e Navarra, Portugal e Castela foram também atravessadas por expedições militares inglesas. A lealdade da aristocracia inglesa foi cimentada por vitórias externas. Guerra dos Cem Anos: a amarga consequência do colapso final do poder inglês na França seria a eclosão da Guerra das Duas Rosas. Guerra das Duas Rosas: luta entre as dinastias Lancaster X York pela sucessão do trono inglês. Dinastia Tudor: fundação de uma nova dinastia no poder. HENRIQUE VII (1485-1509): Promove a centralização fortalecendo a segurança interna e convoca apenas uma vez o Parlamento nos últimos 12 anos do seu reinado. O monarca era assessorado por um grupo seleto de conselheiros pessoais e homens de sua confiança.. Proibiram-se as tropas particulares uniformizadas e a adminstração local foi subordinada ao controle monárquico (juízes de paz). Os domínios reais foram muito ampliados pela retomada de terras, quadripilicando a receita total da monarquia. HENRIQUE VIII (1509-1547) Herda um poderoso Executivo e próspero erário. Centralização e prosperidade Reforma Anglicana: nacionalização da Igreja e dos seus bens (1529) Henriqye VIII convoca o Parlamento a seu favor no conflito com o papado e assegura o endosso desse ao confisco dos bens da Igreja Thomas Cromwell amplia e reorganiza a burocaria central. Crescimento do poder repressivo do Estado Perda da importância da Inglaterra na política externa frente a Espanha e Portugal. Isolamento inglês e desmilitarização da nobreza. Crescimento dos rendimentos da agricultura e da criação de ovelhas. nvestimento nas manufaturas têxteis. EDUARDO VI (1547-1553) Minoridade- regressão na estabilidade da autoridade política. Ato de Uniformidade ( proibição do catolicismo) Depreciação monetária, insegurança no campo e temporária depressão comercial. Maria Tudor (1553-1558) Suboridinação dinástica à Espanha. Efêmera restauração católica (Bloody Mary) Não deixa quase nenhum traço político. Elizabeth I (1558-1603) Restauração e desenvolvimento sem recorrer a inovações radicais Pêndulo religioso oscila outra vez na direção de um protestantismo moderado ( Igreja Anglicana obediente). Política naval (corso) e colonial ( fundação da Virgínia, em 1584). Vitórias contra a Espanha (destruoção da Invencível Armada) e conquista da Irlanda. Dinastia Stuart (1603) JAIME I ( 1603-1625) Perseguições políticas e religiosas Aumento de impostos. Dissolução do Parlamento Crise do Absolutismo Oposição PARLAMENTO X MONARCA CARLOS I (1625-1649) Petição dos Direitos (Bill of Rigths), Parlamento exigindo o juramento do Rei Guerra Civil: Cavaleiros x Cabeças Redondas República Puritana (1649- 1660) Atos de Navegação (produtos ingleses transportados em navios ingleses). Ditadura de Cromwell Restauração Monárquica Stuart (1660-1685) Carlos II e Jaime II Oposição Nobreza X Parlamento Revolução Gloriosa (1668) Monarquia Constitucional FONTE: ANDERSON, Perry. As Linhagens do Estado Absolutista. Ed. Brasiliense. São Paulo, 1998,
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