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Carboidratos - Determinação dos grupos ABO humanos Os grupos sanguíneos ABO Humanos ilustram os efeitos de glicosiltransferases, que catalisam a formação das ligações glicosídicas. Cada enzima tem que ser específica, num maior ou menor grau, para as oses que estão se unindo. Dada a diversidade das ligações glicosídicas conhecidas, são necessárias muitas enzimas diferentes. Os glicídeos estão unidos a glicoproteínas e glicolipídeos nas superfícies das hemáceas. Para um dos tipos de grupo sanguíneo, uma das três diferentes estruturas, chamadas A, B e O, pode estar presente. Estas estruturas têm uma base oligosídica em comum chamada antígeno O. Os antígenos A e B diferem do O pela adição de uma ose extra N-acetilgalactosamina (para o A) ou galactose (para o B) através de uma ligação α-1-3 a uma galactose do antígeno O. Glicosiltransferases específicas adicionam a ose extra ao antígeno O. Cada pessoa herda de cada genitor o gene para uma glicosiltransferase do tipo A e adiciona de modo específico N-acetilgalactosamina, ao passo que a do tipo B adiciona galactose. Estas enzimas são idênticas em tudo, exceto 4 das 354 posições. O fenótipo O é o resultado de uma mutação que leva ao término prematuro da tradução e, daí, à produção de uma glicosiltransferase inativa. Estas estruturas têm importantes implicações nas transfusões sanguíneas e em transplantes. Se um antígeno não presente normalmente em um indivíduo for introduzido, o sistema imunológico da pessoa o reconhece como estranho. Podem resultar reações adversas, iniciadas pela destruição das hemáceas incompatíveis. Considerando o texto acima, faça um desenho esquemático explicando de que forma os carboidratos presentes na superfície das células determinam o tipo sanguíneo de cada um de nós. Descreva o papel das glicosiltransferases no processo. As glicosiltransferases são enzimas que catalisam as reações de transglicolização entre o substrato aceptor e o açúcar receptor. A atividade das glicosiltransferases dos antígenosAeB varia nos diversos subgrupos do sistema ABO. O grupo sangüíneo AB apresenta a atividade das duas transferases (A e B), enquanto o grupo O não possui as transferases A e B, mas apresenta o antígeno H em grande quantidade na superfície das hemácias. O gene ABO codifica as glicosiltransferases responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, GalNaca1-3 e Gala 1-3, ao substrato H e os convertem ao antígeno A ou B respectivamente. Os epítetos do sistema ABO são resíduos terminais encontrados nos hidratos de carbono presentes na superfície das células e nas secreções que são biossintetizadas por glicosiltransferases específicas codificadas no lócus ABO. A heterogeneidade fenotípica do sistema sanguíneo ABO é devido à diferença estrutural do gene das glicosiltransferases, que são responsáveis pela transferência dos resíduos específicos de açúcar, α1→3-N-acetil-galactosamina transferase ou α 1→ 3-N-galactosil transferase ao substrato H, e os convertem ao antígeno A ou B respectivamente. Referências: https://www.bing.com/search?q=Aspectos+moleculares+do+Sistema+Sang%c3%bc%c3%adneo+ABO&FORM=HDRSC1 Aspectos moleculares do Sistema Sangüíneo ABO (scielo.br)