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Financiamento das Atividades Comerciais

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DESCRIÇÃO
Conceituação das diferentes formas financiamento das atividades comerciais e seus tratamentos contábeis.
PROPÓSITO
Compreender o conceito e a importância das diferentes formas de financiamento das atividades comerciais para
a captação recursos de modo otimizado pela empresa, tal como os efeitos contábeis de tais decisões.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos recursos computacionais, como acesso a planilhas
eletrônicas (Excel) e calculadora, visando efetuar o cálculo das questões.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Definir o conceito de financiamento de atividades
MÓDULO 2
Descrever as operações básicas financeiras relativas ao financiamento das atividades
MÓDULO 3
Calcular adequadamente os financiamentos das atividades de uma empresa comercial
INTRODUÇÃO
Para compreendermos como uma empresa se financia, é necessário que entendamos as diferentes formas
possíveis para que isso ocorra. Além disso, é necessário que uma empresa também saiba como as suas
decisões de financiamento afetam as suas demonstrações contábeis.
Neste tema, aprenderemos sobre como as empresas se financiam, a diferença entre o financiamento de e o
financiamento via dívida, bem como os tratamentos contábeis para diferentes formas de atividades financeiras
que ocorrem na empresa.
MÓDULO 1
 Definir o conceito de financiamento de atividades
 
Fonte: Number1411/Shutterstock
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Qualquer atividade empresarial necessita de financiamento para o seu funcionamento. A necessidade, portanto,
de obtenção de recursos é de fundamental importância para que uma empresa consiga fazer a sua operação de
forma eficiente e lucrativa. No entanto, há diversas formas de se obter o necessário para financiar um negócio.
Quais são elas?
FINANCIAMENTO VIA DÍVIDA E VIA CAPITAL
IMAGINE QUE VOCÊ QUEIRA CONSTRUIR UM IMÓVEL EM
UM TERRENO QUE VOCÊ JÁ POSSUA A FIM DE ALUGÁ-
LO. SÃO NECESSÁRIOS R$100.000,00 PARA A
CONSTRUÇÃO DESSE IMÓVEL, MAS VOCÊ SÓ POSSUI
R$20.000,00. QUAIS SÃO SUAS OPÇÕES?
RESPOSTA
RESPOSTA
A primeira seria você poupar e guardar os R$80.000,00 necessários. Na segunda opção, você convidaria
outra pessoa a aportar os R$80.000,00 e dividiria a receita de aluguel com essa pessoa. Finalmente, na
terceira opção, você obtém um empréstimo bancário dos R$80.000,00 e pagaria de volta, ao banco, o valor
do principal mais um valor a título de juros.
Note que a primeira opção demanda um tempo muito grande para ser implementada e, portanto, não será
incluída como possibilidade durante os nossos estudos. A segunda opção é interessante, pois você não estaria
assumindo a obrigação de arcar com os valores de um empréstimo. A outra pessoa assumiria, junto com você, os
riscos da operação, mas ela teria direito à parte da receita de aluguel na perpetuidade. Na terceira opção, a
dívida será quitada um dia e, desse ponto em diante, toda a receita do aluguel será sua. No entanto, mesmo que
o imóvel não esteja alugado, você terá de arcar com as parcelas do financiamento.
Na realidade empresarial, a segunda forma é o financiamento via capital, ou seja, com a inclusão de novos sócios
na empresa. Esses sócios compartilharão o risco com você, em troca de receberem uma porcentagem dos lucros
da empresa na perpetuidade. Outra opção é o financiamento via dívida. Nesse caso, a estrutura societária
permanece intacta, e a empresa assume uma dívida cuja obrigação de pagar é dela, independentemente do seu
resultado.
O tratamento contábil também é diferente nesses dois tipos de financiamento. A dívida ficará contabilizada no
passivo da empresa e, a depender do vencimento dela, será contabilizada tanto como circulante como não
circulante. O passivo circulante é aquele que a empresa deverá pagar até os próximos 12 meses, e o não
circulante é o que vence após isso. Já o valor do capital é contabilizado no Patrimônio Líquido da instituição.
javascript:void(0)
Essa diferenciação é importante, uma vez que, como veremos na próxima seção, alguns tipos de contratos
possuem cláusulas de covenant, que levam em conta o endividamento da empresa (ou seja, o passivo).
CÁLCULO DOS VALORES PRESENTES E DECISÃO DA
EMPRESA
Para uma empresa saber o quanto valeria a pena financiar via dívida ou via capital, é necessário que cálculos
sejam feitos, a fim de que os valores sejam comparados. Todos esses cálculos serão estimados com base no
Valor Presente do custo de uma dívida versus o valor presente do custo de um sócio.
Para a estimação do valor presente da dívida, o valor a ser estimado é:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que VPD é o valor presente da dívida, Pn é a n-ésima parcela da dívida e r é a taxa interna de retorno que a
firma utiliza para valorar os seus investimentos.
Para a estimação do valor presente do capital, é utilizada a seguinte fórmula:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que VPC é o valor presente do capital, D é o valor do dividendo a ser pago no primeiro ano para o(s) novo(s)
sócio(s), r é a taxa interna de retorno e c é a taxa de crescimento esperada dos dividendos nos próximos anos,
com c < r.
 EXEMPLO
João tem uma startup no ramo de tecnologia e necessita de R$100.000,00 para aumentar as suas operações. Ele
pode pegar um empréstimo de R$100.000,00 no banco, que cobrará 10 parcelas anuais e sucessivas de
R$22.000,00. No entanto, José se ofereceu para aportar R$100.000,00 em troca de 10% na participação da
empresa. Levando em conta que a TIR da empresa é de 15% a.a., os lucros do ano atual foram de R$80.000,00
(assuma que todos os lucros são distribuídos como dividendos) e que há uma expectativa de crescimento de
10% a.a. da empresa, qual forma de financiamento é melhor para João escolher?
V PD = + + +. . . +P1
( 1+r )
P2
( 1+r ) 2
P3
( 1+r ) 3
Pn
( 1+r ) n
V PC = Dr−c
Vamos calcular o VPD, conforme indicado a seguir:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Agora, vamos calcular o VPC:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Parece que o financiamento por dívida está melhor do que o financiamento por capital. Será, então, que João
deve escolher o financiamento por dívida? Não necessariamente. Ele somente deve escolher o financiamento por
dívida se sua empresa tiver certeza de que poderá arcar com as parcelas do financiamento. Lembre-se: o
financiamento via dívida não reparte os riscos!
DECISÃO DAS STARTUPS E PEQUENAS EMPRESAS
Pelo fato de o financiamento via dívida não repartir os riscos, muitas startups e pequenas empresas se financiam,
normalmente, via inclusão de novos sócios, e não via dívida. Há tantas incertezas no negócio que tais empresas
não podem assumir a obrigação de arcar com as parcelas dessa dívida.
Entretanto, como já mencionado, muitas empresas e startups escolhem se financiar por dívida, especialmente
quando elas trabalham na parte financeira.
 EXEMPLO
V PD = + + +. . . +22.000
( 1,15 )
22.000
( 1,15 ) 2
22.000
( 1,15 ) 3
22.000
( 1,15 ) 10
V PD = 19. 130, 43 + 16. 635, 16 + 14. 465, 36 + ⋯ + 5. 438, 06
V PD = 110. 412, 90
V PC = = = 160. 000, 008.0000,15−0,10
8.000
0,05
A Affirm se financiou por meio de dívida para prover crédito para consumidores adquirem produtos. Já a
Opendoor fez isso para financiar os imóveis dos quais eles fazem a intermediação de vendas. Por fim, a SoFi
tomou dívida para emprestar a estudantes no pagamento de suas faculdades.
Nesse caso, as firmas ganham no spread — elas tomam empréstimos a taxas menores do que emprestam para
seus clientes. Além dessas empresas, várias outras startups, como a Avant e a Tala, cresceram seus negócios
utilizando dívida.
CLÁUSULAS DE COVENANT
Para finalizar este módulo, no qual falamos da decisão da empresa de se financiar por dívida ou por capital,
veremos uma parte muito importante: as cláusulas de covenant.
Essas cláusulas servem para proteger os credores de possíveis situaçõesde insolvência da empresa. Ou seja,
essas cláusulas ajudam a reduzir o risco do contrato, já que diminuem o risco de default (“calote”) pela empresa.
Adicionalmente, essas cláusulas de covenant também podem ser benéficas para as empresas que estão
tomando empréstimos. Elas podem possibilitar que empresas que não conseguiriam acessar linhas de crédito,
por serem julgadas muito arriscadas, tenham acesso a essas linhas. Além disso, empresas que já conseguem
acessar essas linhas podem obter condições de empréstimos mais favoráveis, como maiores valores de
empréstimo ou menores taxas de juros.
A cláusula de covenant, normalmente, contém um ou mais triggers relacionados a índices contábeis e
financeiros, como endividamento da empresa, rating da empresa, margem de lucro, entre outros. Além disso, tais
cláusulas podem estar relacionadas a fatos específicos, como proibição de aumento de capital, vinculação do
empréstimo para fins específicos e necessidade de prestação de contas.
 EXEMPLO
Uma empresa consegue R$1.000.000,00 em empréstimos e paga todo mês R$10.000,00 de abatimento da
dívida mais os juros contratuais. O contrato de empréstimo possuía uma cláusula de covenant na qual era
estipulado um nível máximo de endividamento da empresa. No entanto, após 18 meses, a empresa estoura esse
limite contratual. Portanto, essa empresa deverá quitar o valor do empréstimo antecipadamente, já que ela violou
a cláusula de covenant.
O valor que ela deverá pagar devido à violação da cláusula de covenant será, então, de:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
1. 000. 000 − 18 × 10. 000 = 1. 000. 000 − 180. 000 = R$ 820. 000, 00
Portanto, ao assumir uma dívida de longo prazo com cláusulas de covenant, a administração da empresa deve
estar atenta à capacidade da mesma em cumprir essas cláusulas no longo prazo, tendo em vista que o não
cumprimento enseja em uma necessidade grande de caixa para fazer o pagamento antecipado da dívida.
Desse modo, conforme já mencionado, não é necessário apenas que sejam feitos os cálculos de VPC e VPD,
mas também deve-se olhar para:
A capacidade de pagamento da dívida pela empresa;
O tipo de negócio dessa empresa (empresas financeiras podem, normalmente, assumir mais dívidas, pois
elas ganham no spread entre a taxa de juros pagas e as cobradas de seus clientes); e
As possíveis cláusulas de covenant, as quais a empresa pode (ou não) ter como cumprir.
Consequentemente, a decisão de se financiar via dívida ou via capital é bastante complexa e afetará a vida da
empresa por um grande período.
FINANCIAMENTO DAS EMPRESAS
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ACERCA DO FINANCIAMENTO DE ATIVIDADES OPERACIONAIS DE EMPRESAS,
PODEMOS AFIRMAR, EXCETO:
A) O financiamento de uma empresa pode se dar por meio de dívida ou capital.
B) O financiamento via dívida tem um momento de vencimento a partir do qual nenhum pagamento é mais
devido.
C) Uma das vantagens do financiamento via dívida é a divisão dos riscos do negócio.
D) O financiamento via capital acarreta uma mudança da estrutura societária da empresa.
E) Ambos os financiamentos, via dívida ou capital, servem para dar à empresa acesso a mais recursos para suas
operações.
2. UMA EMPRESA PODE ACESSAR UM FINANCIAMENTO VIA DÍVIDA, COM UM BANCO,
DE R$200.000,00, COM 10 PAGAMENTOS ANUAIS E SUCESSIVOS DE R$30.000,00.
ENTRETANTO, ELA TAMBÉM PODERÁ ADMITIR UM NOVO SÓCIO QUE APORTARÁ
R$200.000,00 EM TROCA DE 1,5% DE PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA NA EMPRESA.
SABENDO QUE A EMPRESA PODE ARCAR COM OS VALORES DOS EMPRÉSTIMOS E
QUE SEU LUCRO ANUAL É DE R$500.000,00, COM UMA EXPECTATIVA DE
CRESCIMENTO DE 4% A.A., E SUA TAXA INTERNA DE RETORNO É DE 9% A.A., QUAL
FORMA DE FINANCIAMENTO É A MAIS ATRATIVA?
A) O financiamento via dívida é mais atrativo, pois tem valor presente de R$200.000,00.
B) O financiamento via capital é mais atrativo, pois tem valor presente de R$180.000,00.
C) Ambos possuem a mesma atratividade.
D) O financiamento via capital é mais atrativo, pois tem um valor presente de R$42.529,73 abaixo do
financiamento via dívida.
E) O financiamento via dívida é mais atrativo, pois tem um valor presente de R$42.529,73 abaixo do
financiamento via capital.
GABARITO
1. Acerca do financiamento de atividades operacionais de empresas, podemos afirmar, exceto:
A alternativa "C " está correta.
 
O financiamento de uma empresa pode ocorrer tanto por meio de dívida como de capital, e ambos têm como
objetivo fornecer mais recursos para a empresa crescer. O financiamento via capital ocorre com a entrada de um
ou mais sócios, ou pelo aumento no aporte de capital de um ou mais sócios que já se encontravam no corpo
societário da empresa, acarretando uma mudança da estrutura societária dessa empresa. Entretanto, o
financiamento via dívida NÃO incorpora os riscos do negócio, de modo que os pagamentos devidos não têm
qualquer relação com o desempenho da empresa.
2. Uma empresa pode acessar um financiamento via dívida, com um banco, de R$200.000,00, com 10
pagamentos anuais e sucessivos de R$30.000,00. Entretanto, ela também poderá admitir um novo sócio
que aportará R$200.000,00 em troca de 1,5% de participação acionária na empresa. Sabendo que a
empresa pode arcar com os valores dos empréstimos e que seu lucro anual é de R$500.000,00, com uma
expectativa de crescimento de 4% a.a., e sua taxa interna de retorno é de 9% a.a., qual forma de
financiamento é a mais atrativa?
A alternativa "D " está correta.
 
O valor presente da dívida é de R$192.529,73, e o valor presente do capital é de R$ 150.000,00. A diferença
entre os dois é portanto de R$192.529,73 - R$150.000,00 = R$42.529,73. Como o valor presente da dívida é
superior ao valor presente de capital, o financiamento via capital é mais atrativo, pois representa um custo menor
para a empresa.
MÓDULO 2
 Descrever as operações básicas financeiras relativas ao financiamento das atividades
 
Fonte: TimeShops/Shutterstock
OPERAÇÕES DE JUROS E DESCONTOS
JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS
Conforme vimos no módulo anterior, as operações financeiras sempre dependem de taxas de juros a fim de
trazer os valores do presente a um valor futuro, ou valores do futuro a um valor presente. Há duas formas de
fazer esse cálculo: utilizando juros simples ou juros compostos. A seguir, veremos cada uma dessas formas:
JUROS SIMPLES
No caso dos juros simples, os juros apenas incidem sobre o principal. Assim sendo, o valor futuro é dado por
meio da multiplicação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que VF é o valor futuro, VP é o valor presente, n é o número de períodos de distância entre o presente e o
futuro, e r é a taxa de juros. Com a fórmula apresentada, podemos calcular o valor presente, a partir do valor
futuro, da seguinte maneira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
JUROS COMPOSTOS
No caso dos juros compostos, os juros incidem sobre o principal e também sobre os juros anteriores, por isso, tal
sistema é conhecido como “juros sobre juros”. Portanto, o valor futuro é dado a partir da exponenciação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim como fizemos no caso dos juros simples, podemos fazer o cálculo do valor presente, a partir dos valores
apresentados, da seguinte maneira:
V F = V P × n × (1 + r)
V P = V F
n ( 1+r )
V F = V P(1 + r)n
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Tendo em vista que as operações financeiras utilizam-se, normalmente, dos juros compostos, estudaremos, deste
ponto em diante, apenas operações que envolvam juros compostos.
 EXEMPLO
Uma empresa pega um empréstimo no valor de R$120.000,00. O valor dos juros é de 10% a.a. Qual o valor da
dívida passados 1, 2 e 3 anos após ela ser contratada, sendo que nenhum pagamento foi feito ainda?
Os cálculos dão-se conforme vemos a seguir:
Ano 1: 120000 × (1,1)1 120000 × 1,1 = 132.000
Ano2: 120000 × (1,1)²=120000 × 1,21 = 145.200
Ano 3: 120000 × (1,1)³=120000 × 1,331 = 159.720
Nesse exemplo, fica claro o efeito do “juros sobre juros”. No ano 1, o valor dos juros foi de 132.000-120.000=R$
12.000. No entanto, no ano 2, o valor foi ainda maior, sendo igual a 145.200-132.000=R$ 13.200. No ano 3, o
valor dos juros foi maior ainda, chegando a 159.720-145.200=R$ 14.520. Por isso, ao se financiar por meio de
dívida, uma empresa necessita levar em consideração o tempo de pagamento, já que ele influencia, direta e
exponencialmente, o custo da dívida.
Agora, vamos supor que, continuando no caso do exemplo apresentado, a empresa pague R$24.000,00 por ano
para quitar a dívida, mais os juros anuais. Quanto tempo demoraria para quitar a dívida? Esse tempo seria
calculado da seguinte maneira: Portanto, demoraria 5 anos para a empresa quitar a sua dívida.
Existe, entretanto, outra pergunta importante: quanto essa empresa pagaria de juros?
Para tal cálculo, precisamos de uma tabela como esta a seguir:
Ano Saldo inicial Juros Pagamento Saldo final
1 120000 12000 36000 96000
2 96000 9600 33600 72000
3 72000 7200 31200 48000
V P = V F
( 1+r ) n
= 5120000
24000
Ano Saldo inicial Juros Pagamento Saldo final
4 48000 4800 28800 24000
5 24000 2400 26400 0
Total: 36000 156000
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A coluna de saldo inicial traz o saldo do início do período. O valor dos juros é o valor do saldo inicial vezes 10%
(o valor dos juros no período). O valor do pagamento é o valor dos juros mais o abatimento de R$24.000,00 por
ano, e o saldo final é igual ao valor do saldo inicial menos o abatimento anual de R$24.000,00.
Ao somar as colunas de juros, chega-se ao valor dos juros totais de R$36.000,00. Uma maneira adicional seria
somar todos os pagamentos e diminuir o valor do empréstimo. Portanto, o valor é de R$156.000 - R$120.000 =
R$36.000.
 DICA
Note que, no primeiro caso, no qual a empresa toma R$120.000,00 de empréstimo e paga o valor apenas em um
pagamento único no final de 3 anos, ela pagará um total de R$159.720,00, ou seja, um total de R$39.720,00 de
juros. No segundo caso, ela pagou apenas R$36.000,00 de juros, sendo que teve 5 anos para pagar (2 anos a
mais do que no primeiro caso). Isso demonstra que não só o tempo de pagamento é importante, mas também o
abatimento da dívida, pois isso reduz o efeito dos “juros sobre juros”.
TAXAS DE JUROS CONTÍNUAS
Até agora, vimos os casos em que os juros são capitalizados em períodos discretos, ou seja, todo ano, todo
mês, ou todo dia. Agora, iremos analisar a taxa de juros capitalizada de forma contínua.
Em alguns tipos de problemas de finanças (e também em certos tipos de contratos), os juros são capitalizados
continuamente. Na maioria dos casos, temos capitalizações anuais (a.a.), mensais (a.m.) e diária (a.d.). Porém,
a capitalização contínua é calculada instantaneamente. Em casos assim, usamos a fórmula com o exponencial:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
V F = V P   ×  eit
Em que e é o número de Euler que equivale a 2,718281828... (número irracional).
Vejamos a diferença entre um investimento de R$1.000,00 nessas taxas por dois anos:
10% a.a., capitalizados anualmente;
10% a.a., capitalizados mensalmente;
10% a.a., capitalizados continuamente.
Para calcular o segundo caso, temos de fazer uma transformação da taxa a.a. para taxa a.m., e isso pode ser
feito por meio da fórmula de juros compostos:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Na primeira, o valor final será de 1.000 × 1,12= R$1.210,00. Na segunda, temos que 1.000 × 1,00797424 =
R$1.210,00 também, e na terceira, temos que 1000 × e0.2 = R$1.221,40. Note que a capitalização contínua dará
valores ligeiramente superiores aos das capitalizações em regimes de tempos discretos.
A capitalização em intervalo contínuo também possui a vantagem de a taxa de juros estar na exponenciação, e
não na base, o que torna cálculos mais complexos bem mais fáceis de serem construídos. Entretanto, neste
conteúdo, todos os cálculos de juros se darão em regimes discretos, o que é mais comum no dia a dia.
OPERAÇÕES DE DESCONTO
Muitas vezes, quando empresas se financiam por dívida — seja por meio de emissão de debêntures ou de
empréstimos —, é vantajoso para ela pagar (ou quitar) antecipadamente um título. Para isso, é necessária a
utilização de uma taxa de desconto, que pode ser aplicada “por dentro” ou “por fora”.
Em ambos os casos, o valor do desconto será a diferença entre o valor futuro e o valor presente.
No caso do desconto “por dentro”, o cálculo se dará da seguinte maneira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Já no cálculo do desconto “por fora”, a fórmula é a seguinte:
1, 1 = (1 + r)12 => r = 12√1, 1 − 1 = 0, 007974 = 0, 7974%
Dd =
V F [ ( 1+i ) n−1 ]
( 1+i ) n
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CÁLCULO DE DESCONTO
Uma empresa se financiou emitindo títulos de debêntures no valor futuro de 10 milhões de reais. A taxa de juros
é igual à taxa de desconto, que é de 8% a.a., e os títulos vencem daqui a 2 anos. A empresa deseja fazer uma
proposta para quitação antecipada das debêntures. Qual é o valor do desconto se ele for calculado “por fora”? E
se fosse calculado “por dentro”?
A partir da fórmula do desconto “por fora”, podemos realizar o seguinte cálculo:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou seja, o valor do desconto “por fora” seria de R$1.536.000,00. Já o cálculo do desconto “por dentro” se daria
da seguinte maneira:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O desconto “por dentro” ficaria em cerca de R$1.426.611,80.
Como seria o cálculo se o valor futuro não fosse conhecido? O caso a seguir descreve essa situação.
CÁLCULO DE DESCONTO COM VALOR FUTURO
DESCONHECIDO
Uma empresa emitiu debêntures para se financiar no valor de 1 milhão de reais. Ela pagará o principal mais juros
em 5 anos. Após 4 anos, ela quer quitar antecipadamente. Qual o valor do cálculo do desconto tanto “por dentro”
como “por fora”?
Primeiramente, temos de calcular o valor futuro através da fórmula de juros compostos, conforme mostrado a
seguir:
Df = V F[1 − (1 − d)
n]
Df = 10[1 − (1 − 0, 08)2]= 10[1 − (0. 92)2]= 10[1 − 0, 8464]= 1, 536
Dd = = = = = 1, 423
V F [ ( 1+i ) n−1 ]
( 1+i ) n
10 [ ( 1,08 ) 2−1 ]
( 1,08 )
2
10 [ 0,1664 ]
1,1664
1,664
1,1664
V F = 1. 000. 000  ×  1, 055 = 1. 000. 000  ×  1, 27628156  =  R$1. 276. 281, 56
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O cálculo do desconto “por dentro” fica:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Já o desconto “por fora” é igual a:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
No primeiro caso, o valor a pagar é de R$1.276.281,56 - R$60.775,31 = R$1.215.506,25; já no segundo caso, é
de R$ 1.276.281,56 - R$ 63.814,08 = R$ 1.212.467,48. Note que, calculando o valor de R$ 1.000.000×1,054,
chegamos ao mesmo valor do desconto “por dentro”, ou seja, o valor de R$ 1.215.506,25.
Portanto, o valor do desconto “por dentro” dará sempre igual ao desconto se usarmos a fórmula dos juros
compostos. A fórmula do desconto “por fora” é uma aproximação mais “fácil” de se calcular, mas sempre tenderá
a dar um valor presente menor.
 
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ENCARGOS FINANCEIROS
Muitas das vezes em que empresas se financiam por meio de empréstimos contraídos com instituições
financeiras, há a incidência de encargos financeiros. Tais encargos, se forem pagos separadamente antes da
obtenção do empréstimo, são encarados como despesa no resultado. Porém, se forem pagos depois ou
Dd = = = = R$60. 775, 31
V F [ ( 1+i ) n−1 ]
( 1+i ) n
1.276.281,56 [ 1,05−1 ]
1,05
63.814,08
1,05
Df = VF[1 − (1 − d)
n]= 1. 276. 281, 56[1 − 0, 95]= R$63. 814, 08
incorporados ao empréstimo, eles integram o custo do empréstimo e, portanto, são contabilizados como
pagamentos do empréstimo, alterando a taxa de juros nominal.
A taxa de juros nominal é a que conta no contrato e remunera o valor emprestado pela instituição financeira. Já a
taxa de juros efetiva é o quanto o tomador do empréstimo está pagando efetivamente para recebe-lo. Portanto,
como estamos sempre analisando os eventos contábeis por meio da ótica do tomador do empréstimo (isto é, a
firma que está se financiando por dívida), sempre nos atentaremos à taxa de juros efetiva.
Por exemplo, imagine que uma empresa contrate um empréstimo de R$100.000,00 e que efetue o pagamento
em 12 meses com valor mensal de R$8.811,84, conforme a tabela a seguir:
Valor devido Juros Valor pago Valor final
0 100000,00 2% 8811,84 93188,16
1 93188,16 2% 8811,84 86240,07
2 86240,07 2% 8811,84 79153,03
3 79153,03 2% 8811,84 71924,25
4 71924,25 2% 8811,84 64550,89
5 64550,89 2% 8811,84 57030,06
6 57030,06 2% 8811,84 49358,82
7 49358,82 2% 8811,84 41534,15
8 41534,15 2% 8811,84 33552,99
9 33552,99 2% 8811,84 25412,21
10 25412,21 2% 8811,84 17108,61
11 17108,61 2% 8811,84 8638,94
12 8638,94 2% 8811,84 0,00
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Agora, imagine que há encargos no empréstimo no valor de R$2.400,00, que será parcelado em 12 vezes de
R$200,00 e embutidos nas parcelas do empréstimo. Nesse caso, a nova prestação mensal é de R$9.011,84, e a
nova taxa de juros (que pode ser encontrada via Excel ou utilizando uma calculadora financeira) é de,
aproximadamente, 2,3423% ao mês, conforme mostra a tabela a seguir:
Valor Devido Juros Valor Pago Valor Final
0 100000,00 2,34% 9011,84 93330,43
1 93330,43 2,34% 9011,84 86504,64
2 86504,64 2,34% 9011,84 79518,97
3 79518,97 2,34% 9011,84 72369,67
4 72369,67 2,34% 9011,84 65052,93
5 65052,93 2,34% 9011,84 57564,80
6 57564,80 2,34% 9011,84 49901,28
7 49901,28 2,34% 9011,84 42058,26
8 42058,26 2,34% 9011,84 34031,53
9 34031,53 2,34% 9011,84 25816,80
10 25816,80 2,34% 9011,84 17409,66
11 17409,66 2,34% 9011,84 8805,59
12 8805,59 2,34% 9011,84 0,00
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
A taxa de 2,00% é chamada de taxa nominal, e a taxa de 2,3423% é chamada de taxa efetiva. O lançamento
contábil ocorrerá, portanto, da seguinte maneira (para o lançamento dos juros do primeiro mês):
D – Despesa financeira = R$2.286,26 [100.000 x 0.022986]
C – Empréstimos = R$2.286,26
Quando do pagamento, o lançamento ocorrerá normalmente:
D – Empréstimos = R$9.845,08
C – Bancos = R$9.845,08
Em seguida, o lançamento do valor dos juros ocorrerá igualmente ao feito anteriormente, só que sobre o saldo
devedor de R$94.785,86, e não sobre os R$100.000,00:
D – Despesa financeira = R$2.178,75 [94.785,86 x 0.022986]
C – Empréstimos = R$2.178,75
 
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AJUSTE A VALOR PRESENTE
Muitas vezes, são necessários ajustes a valor presente de diversos tipos de financiamento. A forma mais comum
disso acontecer é, como vimos na seção anterior, no caso de lançamento de juros. A capitalização dos juros
sempre traz o valor da dívida ao valor presente da mesma. No entanto, há outros casos em que podem ser
necessários lançamentos adicionais.
O ajuste a valor presente é regulado pelo CPC 12 (NBC-TG 12), que o define da seguinte maneira:
O AJUSTE A VALOR PRESENTE TEM COMO OBJETIVO EFETUAR
O AJUSTE PARA DEMONSTRAR O VALOR PRESENTE DE UM
FLUXO DE CAIXA FUTURO. ESSE FLUXO DE CAIXA PODE ESTAR
REPRESENTADO POR INGRESSOS OU SAÍDAS DE RECURSOS
(OU MONTANTE EQUIVALENTE; POR EXEMPLO, CRÉDITOS QUE
DIMINUAM A SAÍDA DE CAIXA FUTURO SERIAM EQUIVALENTES
A INGRESSOS DE RECURSOS). PARA DETERMINAR O VALOR
PRESENTE DE UM FLUXO DE CAIXA, TRÊS INFORMAÇÕES SÃO
REQUERIDAS: VALOR DO FLUXO FUTURO (CONSIDERANDO
TODOS OS TERMOS E AS CONDIÇÕES CONTRATADOS), DATA
DO REFERIDO FLUXO FINANCEIRO E TAXA DE DESCONTO
APLICÁVEL À TRANSAÇÃO.
O CPC 12, por ser mais generalista, traz diversos exemplos de situações contábeis e financeiras em que o ajuste
é necessário. Porém, neste módulo, nos ateremos apenas aos casos que envolvam financiamentos de empresas
por meio de dívida, que é o escopo deste conteúdo.
Um desses casos é quando há uma renegociação das taxas de juros, o que enseja um lançamento para se
alterar o valor presente. Vejamos o exemplo a seguir:
 EXEMPLO
Uma empresa contraiu empréstimo a pagar em 10 anos no valor de R$150.000,00, de um banco, em janeiro de
2015, com uma taxa de juros de 18% a.a (a taxa de juros SELIC, em 2015, estava em 14,25% a.a.). Entretanto,
tendo em vista que, em agosto de 2020, a taxa de juros SELIC caiu para 2%, a empresa repactuou a taxa de
juros para 9% a.a. retroativa a janeiro de 2020. Qual é o valor do lançamento para fazer o ajuste da dívida ao seu
correto valor presente em agosto de 2020?
A dívida foi de R$150.000,00, com uma taxa de juros 18%a.a., então, em agosto de 2020, o valor da dívida
estava contabilizado como:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que o valor de 1,18 foi elevado a 5,67, pois se passaram 5 anos e 8 meses (ou 5 mais oito doze avos). Como
a dívida foi repactuada, o valor presente correto é de:
150. 000  × 1, 185,67 = R$383. 408, 94
150. 000  × 1, 185 × 1, 090,67 = R$363. 560, 80
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Portanto, o valor do ajuste a valor presente será de R$19.848,15, a ser lançado da seguinte forma:
D – Empréstimo (ajuste a valor presente) = R$19.848,15
C – Receita financeira = R$19.848,15
COMO O CUSTO DA DÍVIDA INFLUENCIA A
QUESTÃO DE QUAL TIPO DE FINANCIAMENTO A
EMPRESA PODE ADOTAR?
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA TOMA UM EMPRÉSTIMO NO VALOR DE R$200.000,00. A TAXA DE
JUROS NOMINAL É DE 0,98% AO MÊS. PORÉM, A EMPRESA TEVE CUSTOS DE
R$15.000,00 NO EMPRÉSTIMO, EM QUE ELEVARAM A TAXA DE JUROS EFETIVA PARA
1,03% A.M. (TAIS CUSTOS SERÃO PAGOS DE FORMA DILUÍDA NAS PARCELAS). QUAL
É O VALOR DA DESPESA FINANCEIRA NO PRIMEIRO MÊS?
A) R$1.960,00
B) R$2.060,00
C) R$15.000,00
D) R$16.960,00
E) R$17.060,00
2. UMA EMPRESA CONTRAIU UM EMPRÉSTIMO DE R$500.000,00, PAGÁVEIS AO FIM
DE 12 MESES, COM JUROS DE 1% A.M. QUAL É O VALOR DO SALDO DO PASSIVO AO
FIM DE 5 MESES?
A) R$500.000,00
B) R$505.000,00
C) R$525.000,00
D) R$525.505,03
E) R$563.412,52
GABARITO
1. Uma empresa toma um empréstimo no valor de R$200.000,00. A taxa de juros nominal é de 0,98% ao
mês. Porém, a empresa teve custos de R$15.000,00 no empréstimo, em que elevaram a taxa de juros
efetiva para 1,03% a.m. (tais custos serão pagos de forma diluída nas parcelas). Qual é o valor da despesa
financeira no primeiro mês?
A alternativa "B " está correta.
 
O valor que virá como despesa financeira na DRE do primeiro mês será com a taxa de juros efetiva de 1,03% x
R$200.000,00 = R$2.060,00. O valor da taxa de juros nominal, conforme já discutido anteriormente no conteúdo,
não deve integrar o cálculo da despesa financeira.
2. Uma empresa contraiu um empréstimo de R$500.000,00, pagáveis ao fim de 12 meses, com juros de 1%
a.m. Qual é o valor do saldo do passivo ao fim de 5 meses?
A alternativa "D " está correta.
 
Tendo em vista que não houve pagamentos, o valor do passivo é de R$500.000 × 1,015 = R$252.505,03. Caso
houvesse pagamentos, deveria ser construída uma tabela, conforme vimos no conteúdo, com os valores dos
pagamentos diminuindo o valor devido.
MÓDULO 3
 Calcular adequadamente os financiamentos das atividades de uma empresa comercial
 
Fonte: Monster Ztudio/Shutterstock
CONTABILIZAÇÃO DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
COM JUROS PREFIXADOS E PÓS-FIXADOS
Na contabilidade, segue-se o regime de competência, ou seja, os fatos contábeis só são contabilizados
conforme ocorrem. O CPC 00 traz a definição e a importância do regime de competência da seguinte maneira:
O REGIMEDE COMPETÊNCIA REFLETE OS EFEITOS DE
TRANSAÇÕES E OUTROS EVENTOS E CIRCUNSTÂNCIAS SOBRE
REIVINDICAÇÕES E RECURSOS ECONÔMICOS DA ENTIDADE
QUE REPORTA NOS PERÍODOS EM QUE ESSES EFEITOS
OCORREM, MESMO QUE OS PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS À
VISTA RESULTANTES OCORRAM EM PERÍODO DIFERENTE. ISSO
É IMPORTANTE PORQUE INFORMAÇÕES SOBRE OS RECURSOS
ECONÔMICOS E REIVINDICAÇÕES DA ENTIDADE QUE REPORTA
E MUDANÇAS EM SEUS RECURSOS ECONÔMICOS E
REIVINDICAÇÕES DURANTE O PERÍODO FORNECEM UMA BASE
MELHOR PARA A AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO PASSADO E
FUTURO DA ENTIDADE DO QUE INFORMAÇÕES
EXCLUSIVAMENTE SOBRE RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS À
VISTA DURANTE ESSE PERÍODO.
Portanto, os juros só são contabilizados após o período que foi transcorrido. Por quê?
 EXEMPLO
Vamos supor que sua empresa tenha contraído um empréstimo de R$100.000,00, com juros de 1% a.m. para
serem pagos, na totalidade, após 12 meses. O que acontecerá se a empresa quitar o empréstimo na data de
pagamento? Nesse caso, ela pagará R$100.000 × (1,01)12 = R$112.682,50. Ou seja, os juros totalizarão
R$12.682,50. Mas o que ocorrerá se ela pagar antecipadamente no primeiro mês? Nesse caso, ela pagará
R$100.000 × (1,01)1 = R$101.000,00.
Note que, agora, o valor dos juros é de apenas R$1.000,00. Ou seja, o valor dos juros muda com o decorrer do
tempo e a contabilidade deve refletir isso. Caso fossem contabilizados os R$112.682,50 na contabilidade, se a
empresa pagasse antecipadamente a dívida já no primeiro mês, o passivo ficaria maior em R$11.682,50 (pois a
empresa pagou R$101.000,00, mas o valor da dívida na contabilidade estava em R$112.682,50). Isso geraria um
erro contábil que teria de ser corrigido. Dessa forma, é sempre importante contabilizar os juros mês a mês, a fim
de evitar erros contábeis.
Além disso, um aspecto muito importante é referente à diferença entre amortização e juros. No caso
apresentado anteriormente, após 12 meses, a empresa pagará R$112.682,50 sendo R$100.000,00 de
amortização e R$12.682,50 de juros.
A amortização é a devolução do valor emprestado, e os juros são o pagamento pelo tempo do dinheiro.
É importante diferenciar, pois os R$100.000,00 não são uma despesa da empresa, já que ela apenas estaria
devolvendo o valor que tinha tomado emprestado e estava contabilizado em seu ativo. Porém, os R$12.682,50
representam uma despesa que a empresa incorreu para obter o empréstimo.
A amortização é contabilizada por meio de uma contraprestação no passivo (diminui a dívida da empresa) no
caixa, enquanto os juros são contabilizados como despesa.
Veja o exemplo, a seguir, das contabilizações do exemplo anterior.
RECEBIMENTO DO EMPRÉSTIMO
C – Passivo = R$100.000,00
D – Caixa = R$100.000,00
Contabilizações dos juros (mês a mês)
APÓS O FIM DO PRIMEIRO MÊS
C – Passivo = (valor dos juros do mês)
D – Despesa = (valor dos juros no mês)
Esses valores das despesas de juros vão acumulando, mês a mês, na conta de passivo, até que a mesma
chegue ao valor de R$112.682,50 no décimo segundo mês, e o empréstimo é quitado, conforme lançamento a
seguir:
APÓS O PAGAMENTO
D – Passivo = R$112.682,50
C – Caixa = R$112.682,50
No caso apresentado, os juros são prefixados, ou seja, os valores dos juros mensais são conhecidos já no início
de contrato. No caso dos pós-fixados, os mesmos são conhecidos com o passar do tempo. Um exemplo do caso
de juros pós-fixados seria um empréstimo tendo como juros o IPCA + 0,50% a.m. Nesse caso, sempre há um
componente prefixado e um pós-fixado.
Portanto, em casos assim, a contabilização é um pouco diferente. A mecânica contábil é a mesma, no entanto,
como os juros são definidos mês a mês de forma dinâmica, a taxa tem que ser calculada sempre ao lançamento,
em vez de se lançar uma taxa fixa.
Por exemplo, se o IPCA foi 0,25%, em fevereiro de 2020, a taxa do mês para a contabilização da despesa com
juros seria de 0,75% do saldo do passivo (0,25%+0,50%). Porém, em março de 2020, como o IPCA foi de 0,07%,
a taxa para a contabilização da despesa com juros seria apenas de 0,57% (0,07%+0,50%).
No entanto, pode haver casos em que ambas as taxas estejam descritas em taxas anuais (a.a.), mas precisamos
atualizar o valor mês a mês (a.m.) para fins contábeis. Como fazer essa transformação? Vejamos um exemplo:
 EXEMPLO
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Uma empresa emite um título que paga 5,0% + IPCA a.a., mas o IPCA foi de 0,2% no primeiro mês. Qual é o
valor contábil dos juros, no primeiro mês, a fim de se ajustar o passivo? Primeiramente, temos de transformar a
taxa prefixada, que está em a.a., em a.m. Isso pode ser feito utilizando a fórmula de juros compostos, conforme
veremos a seguir:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Desse modo, um título que rende 5,0% + IPCA a.a. é como um título que rende 0,407% + IPCA a.m. A partir
dessa transformação, podemos calcular o valor para o mês, que será de 0,407 + 0,200 = 0,607%. Assim, o valor
para atualizar o título nesse mês seria de 0,607%.
 
Fonte: Setthawuth/Shutterstock
PERDAS ESTIMADAS EM CRÉDITOS DE
LIQUIDAÇÃO DUVIDOSAS
À diferença dos casos que vimos até aqui, este item se refere à parte que detém o direito de receber o crédito.
Muitas empresas, para manter as suas margens de lucro e aumentar a sua clientela, vendem seus produtos a
prazo para continuar a financiar as suas atividades.
Entretanto, para todas as vendas, há a probabilidade de os clientes não efetuarem os pagamentos, com o famoso
“calote”.
Tal “calote” faz parte da operação da empresa, de modo que ela deve reconhecer sempre uma provisão para
isso. Tal normativa estava no CPC 38 até o ano de 2018 e foi substituída para pelos CPCs 47 e 48.
1, 05 = (1 + i)12 => i = 12√1, 05 − 1 => i = 0, 00407 = 0, 407%
O CPC 00, que traz todo o arcabouço teórico da Contabilidade, diz o seguinte sobre a representação fidedigna
das informações contábeis em relatórios financeiros:
RELATÓRIOS FINANCEIROS REPRESENTAM FENÔMENOS
ECONÔMICOS EM PALAVRAS E NÚMEROS. PARA SEREM ÚTEIS,
INFORMAÇÕES FINANCEIRAS NÃO DEVEM APENAS
REPRESENTAR FENÔMENOS RELEVANTES, MAS TAMBÉM
REPRESENTAR DE FORMA FIDEDIGNA A ESSÊNCIA DOS
FENÔMENOS QUE PRETENDEM REPRESENTAR. [...] PARA SER
REPRESENTAÇÃO PERFEITAMENTE FIDEDIGNA, A
REPRESENTAÇÃO TEM TRÊS CARACTERÍSTICAS. ELA É
COMPLETA, NEUTRA E ISENTA DE ERROS. OBVIAMENTE, A
PERFEIÇÃO NUNCA OU RARAMENTE É ATINGIDA. O OBJETIVO
É MAXIMIZAR ESSAS QUALIDADES TANTO QUANTO POSSÍVEL.
A REPRESENTAÇÃO COMPLETA INCLUI TODAS AS
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA QUE O USUÁRIO
COMPREENDA OS FENÔMENOS QUE ESTÃO SENDO
REPRESENTADOS, INCLUSIVE TODAS AS DESCRIÇÕES E
EXPLICAÇÕES NECESSÁRIAS.
Ou seja, a contabilidade tem de representar, fidedignamente, todas as transações e a realidade econômico-
financeira da empresa. É irreal esperar que todos os seus clientes façam os pagamentos em dia e sem
probabilidade de “calote”. Ademais, a normativa contábil estabelece que “[a] representação completa inclui todas
as informações necessárias para que o usuário compreenda os fenômenos que estão sendo representados”. Em
outras palavras, os usuários das informações contábeis e financeiras que a empresa disponibiliza precisam saber
da estimativa que a empresa faz de possíveis “calotes” que receberá no futuro. Assim sendo, a empresa deve
demonstrar essa possibilidade em seus demonstrativos contábeis.
A empresa, de acordo com tais normativas, deve estimar, nas suas operações financeiras de venda a prazo, o
percentual dos créditos que possui liquidação duvidosa, isto é, que possui o risco de “calote”. Normalmente, isso
é feito por meio de previsões estatísticas que levam em conta tanto os valores passados que não foram pagos
quanto aspectos macroeconômicos, tais como taxa de juros, inflação, PIB etc.
A contabilização é feita por meio de uma conta redutora no ativo. Vejamos um exemplo a seguir:
LANÇAMENTO DA PERDA
REVERSÃO DA PERDA
LANÇAMENTO DA PERDA
Uma empresa estimou que R$10.000,00 dos seus créditos de venda a prazo não seriamrecebidos. Nesse caso,
o lançamento contábil correto é o seguinte:
C – Provisão para créditos de liquidação duvidosa = 10.000
D – Despesa com PCLD = 10.000
Com o tempo, a empresa verifica que R$2.000,00 de uma dívida de um cliente não serão pagos (não vale a pena
cobrar judicialmente a dívida, e o cliente está com a dívida há anos). O lançamento dessa perda, portanto, não irá
influenciar o resultado da empresa, pois não será contabilizada uma despesa, apenas será incorporada a PCLD
na conta de clientes:
C – Clientes = 2.000
D – Provisão para créditos de liquidação duvidosa = 2.000
Há também o caso contrário: a reversão da perda. Isso acontece quando todos os créditos são quitados ou a
empresa revisa a sua estimativa de PCLD para baixo. Vejamos o exemplo a seguir:
REVERSÃO DA PERDA
Retomando o exemplo anterior, vamos supor que a empresa revisasse sua estimativa de PCLD de 10 mil para 8
mil. O lançamento de reversão seria feito da seguinte maneira:
C – Reversão de PCLD = 2.000
D – Provisão para créditos de liquidação duvidosa = 2.000
Nesse caso, a reversão é contabilizada como uma receita da empresa.
CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE PDD E
DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS DAS
ATIVIDADES COMERCIAIS DE UMA EMPRESA
OPERAÇÕES COM INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Primeiramente, temos de definir o que é um instrumento financeiro. O instrumento financeiro pode ser definido
como um contrato que dá origem a um ativo ou passivo financeiro, ou a um instrumento patrimonial. Portanto, os
casos anteriores que já analisamos se enquadram em instrumentos financeiros. Agora, vamos analisar a
contabilização de operações com instrumentos financeiros de forma mais geral.
Os ativos financeiros deverão ser contabilizados da seguinte maneira:
PELO CUSTO AMORTIZADO
Se a empresa mantiver o ativo com o propósito de receber os juros contratuais sobre o principal investido;
PELO VALOR JUSTO ATRAVÉS DE OUTROS RESULTADOS
ABRANGENTES (ORA)
Se a empresa mantiver o ativo tanto para negociação quanto para recebimento de juros;
PELO VALOR JUSTO ATRAVÉS DE RESULTADO
Se a empresa não se enquadrar em nenhum dos dois casos anteriores.
Vejamos a aplicação dessas regras nos exemplos a seguir:
A empresa XYZ compra 10 títulos de dívida que pagam 10% a.a. de juros mais 10.000 de amortização do
principal anualmente. O objetivo da empresa é receber os juros contratuais, e não negociar o título. A partir
dessas informações, podemos calcular a tabela a seguir:
Ano Saldo inicial Juros Amortização Recebimento Saldo final
1 100000 2000 10000 12000 90000
2 90000 1800 10000 11800 80000
3 80000 1600 10000 11600 70000
4 70000 1400 10000 11400 60000
5 60000 1200 10000 11200 50000
6 50000 1000 10000 11000 40000
7 40000 800 10000 10800 30000
8 30000 600 10000 10600 20000
9 20000 400 10000 10400 10000
10 10000 200 10000 10200 0
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Podemos, nesse caso, realizar a contabilização do primeiro ano para a entidade que comprou essa dívida da
seguinte maneira:
D – Ativo financeiro = R$1.000.000,00
C – Caixa = R$1.000.000,00
D – Caixa = R$120.000,00
C – Ativo financeiro = R$100.000,00
C – Receita com juros = R$20.000,00
O segundo lançamento será repetido todos os 10 anos até o saldo da conta ser zerado. No entanto, caso a
empresa o mantivesse também para a venda, ela deveria contabilizar o instrumento por meio do Valor Justo em
ORA. Ou seja, vamos supor que a taxa de juros básica caia e o instrumento esteja cotado em R$98.000,00 ao fim
do ano 1. Nesse caso, os R$8.000,00 de “ganho” versus o valor contratual de R$90.000,00 deverão ser
contabilizados em outros resultados abrangentes, como veremos a seguir:
D – Ativo financeiro = R$80.000,00
C – Outros resultados abrangentes = R$80.000,00
 EXEMPLO
Vamos supor que a empresa invista o valor de R$100.000,00 em um Fundo Multimercado e, após 1 mês, o saldo
seja de R$102.500.00. Tendo em vista que esse tipo de investimento não se enquadra em nenhum dos dois
primeiros itens, o valor é lançado como valor justo por meio do Resultado, conforme o exemplo a seguir:
D – Investimentos em Fundo Multimercado = R$100.000,00
C – Caixa = R$100.000,00
D – Investimentos em Fundo Multimercado = R$2.000,00
C – Receita financeira = R$2.000,00
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UMA EMPRESA DECIDE INVESTIR R$50.000,00 DO SEU CAIXA EM UM TÍTULO QUE
PAGA IPCA +2,0% A.A. A EMPRESA DESEJA MANTER O TÍTULO ATÉ O VENCIMENTO E
NÃO NEGOCIÁ-LO. O TÍTULO NÃO POSSUI CUPONS (O VALOR SERÁ PAGO APENAS
NO VENCIMENTO). APÓS 1 ANO, O VALOR DO IPCA FOI DE 2,25%. COMO DEVERÁ SER
FEITO O LANÇAMENTO DOS JUROS?
A) Não deve ser feito lançamento dos juros, apenas a marcação a valor justo.
B) Deve ser feito no valor de R$2.125,00 na conta do ativo contra a conta de Outros Resultados Abrangentes.
C) Deve ser feito no valor de R$2.125,00 na conta do ativo contra a conta de Receita Financeira no Resultado.
D) Deve ser feito no valor de R$4.250,00 na conta do ativo contra a conta de Receita Financeira no Resultado.
E) Deve ser feito no valor de R$ 4.250 na conta do ativo contra a conta de Outros Resultados Abrangentes.
2. UMA EMPRESA TOMOU UM EMPRÉSTIMO DE R$100.000,00 COM JUROS DE 10%
A.A. E PAGAMENTOS ANUAIS. NO PRIMEIRO ANO, PAGOU R$60.000,00, E NO
SEGUNDO ANO, PAGOU R$55.000,00. QUAL É O VALOR DA AMORTIZAÇÃO ANUAL?
A) R$50.000,00
B) R$55.000,00
C) R$60.000,00
D) R$80.000,00
E) R$100.000,00
GABARITO
1. Uma empresa decide investir R$50.000,00 do seu caixa em um título que paga IPCA +2,0% a.a. A
empresa deseja manter o título até o vencimento e não negociá-lo. O título não possui cupons (o valor
será pago apenas no vencimento). Após 1 ano, o valor do IPCA foi de 2,25%. Como deverá ser feito o
lançamento dos juros?
A alternativa "C " está correta.
 
Tendo em vista que o ativo é mantido para recebimento dos juros, o método utilizado deverá ser o do custo
amortizado. Portanto, deverá ser lançado o valor de R$50.000 × (2,0% + 2,25%) = R$2.125,00 na conta de
resultado (Receitas Financeiras).
2. Uma empresa tomou um empréstimo de R$100.000,00 com juros de 10% a.a. e pagamentos anuais. No
primeiro ano, pagou R$60.000,00, e no segundo ano, pagou R$55.000,00. Qual é o valor da amortização
anual?
A alternativa "A " está correta.
 
Ao fim do primeiro ano, a empresa teve um valor de juros de 10% × R$100.000,00 = R$10.000,00. Como o
pagamento foi de R$60.000,00 e os juros são de R$10.000,00, o valor da amortização foi de R$50.000,00. Para o
ano 2, o valor é de 10% × R$50.000,00 = R$5.000,00, com a parcela sendo de R$55.000,00, com os
R$50.000,00 de amortização. Portanto, a amortização, em ambos os anos, foi do mesmo valor de R$50.000,00, e
a resposta correta é a alternativa A. Note que, embora a amortização total tenha sido de R$100.000,00, a
pergunta se refere à amortização anual e, por isso, a alternativa E está incorreta.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, você aprendeu sobre as principais formas de financiamento das empresas e suas diferentes formas
de contabilização. Foi abordada a decisão entre emitir ações e se financiar por dívida, bem como o tratamento
contábil de empréstimos, vendas a prazo e outras operações financeiras.
Além disso, abordamos tipos de instrumentos pré e pós-fixados, a diferença entre a taxa de juros real e nominal,
bem como os tipos de desconto “por dentro” e “por fora”.
Os conhecimentos adquiridos ajudarão você a contabilizar corretamente diferentes tipos de situações financeiras
e entender os impactos das decisões financeiras nos demonstrativos financeiros.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
GALDI, F. C.; BARRETO, E.; FLORES, E. Contabilidade de instrumentos financeiros – IFRS 9 – CPC 48. Rio
de Janeiro: Atlas, 2018.
GELBCKE, E. R; SANTOS, A.; IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. Manual de Contabilidade Societária. Rio de
Janeiro: Atlas, 2018.
PUCCINI, A. Matemática Financeira objetiva e aplicada. 7. ed. Rio de Janeiro:Saraiva, 2006.
ROSS, S.; WESTERFIELD, R.; JAFFE, J.; LAMB, R. Administração Financeira. 10. ed. [s.l.]: McGraw-Hill,
2015.
SZUSTER, N.; CARDOSO, R. L.; SZUSTER, F. R. Contabilidade geral: introdução à Contabilidade Societária. 4.
ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2013.
EXPLORE+
Indicamos, como leitura complementar, o livro Contabilidade de Instrumentos Financeiros – IFRS 9 – CPC 48, de
Galdi, Barreto e Flores. O livro aborda, com mais detalhes, a contabilização de diversos tipos de instrumentos
financeiros. Além disso, aborda a mudança do CPC 38 para o 48, que ocorreu recentemente e ainda gera muitas
dúvidas entre contadores.
CONTEUDISTA
Rodrigo de Oliveira Leite
 CURRÍCULO LATTES
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