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Volumes e capacidades

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volumes e capacidades 
Ventilação é o nome dado ao ciclo de movimentos de entrada e saída de ar dos pulmões durante a respiração. Esses 
movimentos cíclicos, em estado de repouso, apresentam uma frequência de 12 a 18 ciclos por minuto. É chamado de volume 
corrente a quantidade de ar que a gente consegue inspirar e expirar. Esse volume de ar corrente de cada incursão 
respiratória durante 1 min é chamado de volume minuto e consiste no produto de volume corrente pela frequência 
respiratória. Muitos fatores, como emoções, tosse, necessidades metabólicas e até o sono podem alterar posso padrão 
ventilatório, gerando um tipo de modificação específico. 
 
Conceitos clínicos 
• Eupneia: é respiração normal, sem qualquer sensação 
subjetiva de desconforto 
• Dispneia: falta de ar, dificuldade respiratória 
• Taquipneia: aumento da FR 
• Bradipneia: diminuição da FR 
• Hiperpneia: aumento de volume corrente 
• Hipopneia: diminuição de volume corrente 
• Hiperventilação: aumento da ventilação global. Mais 
acertadamente, aumento da ventilação alveolar além 
das necessidades metabólicas (absorve mais O2 e 
libera mais CO2 só que precisa, mudando pH 
sanguíneo) 
• Hipoventilação: diminuição da ventilação global (hipoxia). 
Com maior precisão, diminuição da ventilação dos 
alvéolos além das necessidades metabólicas 
• Apneia: parada dos movimentos respiratórios ao final 
da expiração 
• Apneuse: interrupção dos movimentos respiratórios 
ao final da inspiração. 
 
Espirometria 
• A espirometria é utilizada para medir o volume de ar 
mobilizado. O equipamento utilizado para esse fim, o 
espirógrafo, é formado por uma campânula cilíndrica, 
que contém ar. Assim, a parede da campânula é 
parcialmente submersa entre duas paredes de um 
outro recipiente cilíndrico, havendo água entre elas., 
de forma que o gás contido no espirógrafo seja 
isolado do ambiente. 
 
• Assim, o paciente é ligado ao aparelho através de uma 
peça bucal e uma válvula, em conexão com dois tubos 
• flexíveis: um traz o ar do interior do espirógrafo para 
o paciente; enquanto o outro retorna o gás expirado 
em sentido contrário. 
• Assim, esse gás passa por um recipiente contendo 
cal sodada, de onde retira o CO2. Normalmente, nesse 
circuito há a presença de uma ventoinha que auxilia 
na manutenção do sentido do fluxo no interior do 
aparelho. 
• Uma vez que parte do oxigênio inspirado é consumida 
a cada inspiração, é necessário adicionar gás ao 
circuito à medida que este for consumido para que a 
mistura gasosa no interior do espirógrafo não se 
torne pobre em O2. 
 
Volume e capacidade pulmonar 
• Os volumes pulmonares são divididos volumes 
primários e capacidades, cada um, com 4 tipos 
diferentes. 
o Volume corrente: quantidade de ar mobilizada 
espontaneamente em cada ciclo respiratório 
o Volume de reserva inspiratório: volume máximo 
que pode ser inspirado voluntariamente a partir 
do final de uma inspiração espontânea 
o Volume de reserva expiratório: volume máximo 
que pode ser expirado voluntariamente a partir 
do final de uma expiração espontânea 
o Volume residual: volume de ar que não é 
mobilizado após expiração máxima. Assim, este 
volume não pode ser medido pelo espirógrafo. 
o Capacidade vital: quantidade de gás mobilizada 
entre uma inspiração e uma expiração máximas. 
Ou seja, é a soma dos três volumes primários: 
corrente, de reserva inspiratório e de reserva 
expiratório. 
o Capacidade inspiratória: volume máximo inspirado 
a partir do final de uma expiração espontânea. 
Corresponde à soma dos volumes corrente e de 
reserva inspiratório. 
o Capacidade residual funcional: quantidade de gás 
contida nos pulmões no final de uma expiração 
espontânea. Corresponde à soma dos volumes 
de reserva expiratório e residual. Não pode ser 
medida pela espirometria. 
o Capacidade pulmonar total: quantidade de gás 
contida nos pulmões ao final de uma inspiração 
máxima. Equivale à adição dos quatro volumes 
primários. Não pode ser medida pela 
espirometria. 
 
• Tanto os volumes quanto as capacidades variam em 
função de alguns fatores, como: gênero, idade, 
postura, doenças. Assim, durante o exame, o 
resultado é comparado com os valores padrões do 
médico obtivo através de vários indivíduos, em 
repouso, que apresentem as mesmas características. 
 
Doenças obstrutivas 
• São doenças caracterizadas por uma redução da luz 
das vias aéreas, seja pela produção de muco, 
espessamento das paredes das vias aéreas, ou por 
contração da musculatura dos bronquíolos e 
bronquios. Ou seja, o raio dessas vias é reduzido. 
Assim, há um aumento da resistência das vias aéreas, 
cuja dificuldade principal está na expiração. 
• As doenças pulmonares obstrutivas incluem asma, 
apneia obstrutiva do sono, enfisema e bronquite 
crônica – DPOC. 
• O DPOC tem como características principais o 
desenvolvimento da bronquite crônica e destruição 
dos septos alveolares – ou seja, o pulmão perde 
fibras elásticas que garantiam o retorno de sua 
posição durante a respiração. 
• Nesses casos, o paciente está submetido a situações 
de hipóxia, o que leva a hiperventilação, resultando em 
um aumento do volume corrente. 
• Além disso, devido à dificuldade de expiração desses 
indivíduos, há um aumento de volume residual e queda 
dos volumes de reserva. Ademais, há um aumento das 
capacidades residual funcional e total. Assim, os 
pulmões desses pacientes são hipersuflados, com 
aumento do tórax. 
 
Doenças restritivas 
• São caracterizadas pela dificuldade durante a 
inspiração. 
• A doença mais característica das doenças restritivas 
é a fibrose. 
• Aumento da produção de colágeno, o que deixa o 
pulmão rígido e difícil de ser expandido. 
• Todos os volumes, nesse caso, estão diminuídos. 
Assim, esses indivíduos apresentam pulmões 
reduzidos, haja vista sua dificuldade de mobilizar o ar. 
 
Determinação do volume residual 
• Como dito anteriormente, o volume residual e, 
consequentemente, as capacidade residual funcional 
e pulmonar total não podem ser aferidas pela 
espirometria. 
• Assim, são necessárias outras técnicas para realizar 
essa medição: a primeira é chamada de diluição de 
gases e a segunda de pletismografia de corpo inteiro. 
• No primeiro caso, é colocado em um espirógrafo de 
volume V1 uma concentração conhecida de um gás, 
como hélio, por exemplo – C1. Posteriormente, o 
paciente é conectado ao circuito espirográfico ao final 
de uma expiração espontânea. À medida que o 
paciente respira a mistura ar-hélio durante 
determinado tempo, esse gás é distribuído de forma 
uniforme pelo pulmão e espirógrafo, alcançando uma 
concentração de equilíbrio – C2. Assim, ao nível da 
capacidade residual funcional, o indivíduo é 
desconectado do circuito. Levando em conta que não 
houve perda ou ganho de moléculas contidas no ar, 
calculamos: C1 × V1 = C2 × V2, em que V2 
corresponde ao volume dos pulmões na capacidade 
residual funcional somado ao volume do espirógrafo 
(V1). Dessa forma, aos subtrairmos V1 de V2, temos 
essa capacidade pulmonar. Sendo o volume de reserva 
expiratório (VRE) facilmente medido, e de posse do 
valor da capacidade residual funcional (CRF), obtém-
se o volume residual por simples subtração (CRF – 
VRE). Consequentemente, pode ser calculada a 
capacidade pulmonar total. 
 
 
Manobra de expiração forçada 
• Nesse caso, é pedido ao paciente que ele inspire o 
máximo de ar que ele conseguir e após 5 segundo ele 
expire o mais rápido e o máximo de ar que ele 
consegue em um espirógrafo, sendo o volume 
expirado lido em um traçado volume-tempo. 
• Assim, com base nesse traçado, é possível calcular o 
volume total expirado – capacidade vital forçada (CVF) 
– e o volume expiratório forçado no primeiro segundo 
(VEF1). 
• Assim, para diagnóstico de uma doença obstrutiva, é 
esperado que os volumes expirados estejam 
reduzidos, principalmente o VEF1. Diferentemente, no 
caso de um doente restritivo, cuja principal dificuldade 
é na inspiração, vai apresentar uma CVF e VERF1 
reduzidos,mas a relação entre eles está normal ou 
aumentada. 
 
 NORMAL OBSTRUTIVO RESTRITIVO 
VEF1 Normal Reduzido reduzido 
CVF Normal Reduzido ou 
normal 
Reduzido 
VEF1/CVF normal reduzido Normal ou 
reduzido 
 
 
Fluxo expiratório 
• Outro parâmetro passível de ser computado com a 
manobra de expiração forçada é o fluxo expiratório 
forçado entre 25 e 75% da CVF. Esse parâmetro é 
utilizado quando ainda existem dúvidas diagnósticas 
após o cálculo da razão VEF1/CVF. 
• Solicita-se ao indivíduo que inspire até a capacidade 
pulmonar total e, então, pede que ele expire o máximo 
e o mais rápido que ele conseguir. 
• Nas doenças obstrutivas, a expiração máxima começa 
e termina em volumes pulmonares anormalmente 
elevados, e os fluxos são muito menores que o normal. 
Contrariamente, em pacientes com pneumopatias 
restritivas o volume mobilizado é menor.

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