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0 CNPJ: 05.843.463/0001-39 – Praça Pedro II – Alecrim – Natal / RN AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS MARCELIANY SILVA FARIAS TAUÁ / CE 2019 1 MARCELIANY SILVA FARIAS AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS Este trabalho será apresentado como requisito final para obtenção do título de especialista no curso de pós-graduação em Psicopedagogia, na modalidade à distância, da Faculdade Integrada do Rio Grande do Norte (FANORTES). Orientado pelo professor: Francisco Helder Sales Mota Tauá, ______ de Janeiro de 2020. Nota: _____________ ( ) A = Aprovado ( ) R = Reprovado BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Prof. Francisco Helder Sales Mota _____________________________________________ Profa. Danúzia Pedrosa de Oliveira TAUÁ – CE 2020 2 AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS RESUMO Este artigo faz uma abordagem referente à contribuição da brinquedoteca hospitalar para a recuperação de crianças que se encontram hospitalizadas, principalmente para àquelas que passam um longo período internadas devido à tratamentos. O objetivo foi descrever os benefícios que uma brinquedoteca hospitalar pode oferecer para os pacientes. Como metodologia, optou-se pela pesquisa bibliográfica que serviu de subsídio ao tema em estudo. Entre os fatores que serão explanados no decorrer deste trabalho, podemos citar o brincar enquanto uma das possibilidades de promover à saúde, uma distinção da brinquedoteca como os dos espaços para brincar, a definição da brinquedoteca hospitalar e as atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas nesse espaço. Foi desenvolvido um estudo teórico que possibilitou o entendimento que mesmo que a brinquedoteca seja uma importante aliada na recuperação dos pacientes, esse espaço ainda não está inserido na maior parte dos hospitais. Ressalta-se ainda que a brinquedoteca é uma forma terapêutica de tratamento que pode auxiliar às crianças a reduzirem os prováveis traumas que podem surgir ao longo do período de internação. PALAVRAS-CHAVES: brinquedoteca, criança, saúde, hospital, brincar, lúdico. 3 HOSPITAL TOYS 'CONTRIBUTIONS TO HOSPITALIZED CHILDREN ABSTRACT This paper discusses the contribution of the hospital playroom to the recovery of hospitalized children, especially those who spend a long period hospitalized due to treatments. The objective was to describe the benefits that a hospital playroom can offer to patients. As a methodology, we chose the bibliographic research that served as subsidy to the theme under study. Among the factors that will be explained during this work, we can cite playing as one of the possibilities to promote health, a distinction of the playroom such as the playroom, the definition of the hospital playroom and the playful activities that can be developed in this space. . A theoretical study was developed that made it possible to understand that even though the playroom is an important ally in the recovery of patients, this space is not yet inserted in most hospitals. It is also emphasized that the playroom is a therapeutic form of treatment that can help children to reduce the probable trauma that may arise during the hospitalization period. KEYWORDS: playroom, child, health, hospital, play, playful. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 5 2. COMPREENDENDO UM POUCO O PAPEL DA BRINQUEDOTECA . 7 3. A PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR .................................................. 9 4. BRINCAR PARA PROMOVER A SAÚDE ............................................ 11 5. A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E SUAS CONTRUIÇÕES .......... 13 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 19 https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-dificuldades-ensino-aprendizagem-no-ensino-fundamental-i.htm https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-dificuldades-ensino-aprendizagem-no-ensino-fundamental-i.htm 5 1. INTRODUÇÃO A hospitalização infantil trata-se de um processo bem difícil para a criança e seus familiares, pois ele ocasiona alterações consideráveis na rotina de todo o núcleo familiar, especialmente, a da criança. Pelo fato do ambiente hospitalar apresentar regras específicas, a criança e seus familiares precisam se adequar a estas circunstâncias, como cardápio especificado, a perda de privacidade com a necessidade de dividir do mesmo ambiente com pessoas desconhecidas, vestuário diferenciado, entre outros. A criança também tem que ser submetida a exames, que em algumas situações chegam a ser invasivos, e passa por tratamentos podem se dolorosos, como injeções, tratamento endovenoso, entre outros. A ociosidade que o paciente se submete é outro fator que interfere no período de internação, pois a criança passa longos períodos em um leito, sem muitas alternativas de entretenimento, alterando, assim, a sua rotina. Essa alteração pode influenciar demasiadamente o fator psicológico e interferir de forma negativa na reconstituição de sua saúde. A internação hospitalar é um processo que pode provocar sentimentos confusos e dicotômicos, para a criança e sua família. Esses sentimentos podem ser ocasionados por vivências da cura, da alta, da morte, evidenciando a instituição hospitalar como um espaço de experiências, na maioria das vezes, dolorosas que podem marcar pelo resto da vida. Dessa forma, a equipe de saúde deve disponibilizar uma assistência diferenciada e peculiar, onde a minimização dos impactos negativos que são ocasionados por este processo prevaleça. O brincar pode ter um caráter terapêutico contribuindo na superação de dificuldades e conflitos emocionais, cognitivos e sociais da criança. Ao vincular esse período a uma circunstância especial, como é o caso do internamento hospitalar, a criança apresentará um tempo que pode ser preenchido com suas fantasias, experimentar seus limites de tolerância, encontrar e desenvolver estratégias de enfrentamento ao sofrimento, à dor e à doença (BRITO, 2014). Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade da Catania, na Itália, em 2001, com 32 crianças com leucemia, confirmou que, teve contato com 6 atividades lúdicas passaram a colaborar mais com o seu tratamento. O Centro Infantil Boldrini, em Campinas, São Paulo, especializado no tratamento de doenças onco-hematológicas, fez uma pesquisa com 40 crianças, com a faixa etária de 4 a 17 anos, no período de dezembro de 2000 a junho de 2001. Os resultados que obtiveram evidenciaram que os pacientes que se submetiam à ludicidade eram mais colaborativos, apresentavam menos hostilidade ao âmbito hospitalar e a angústia perante a alguns tratamentos invasivos se amenizou (FORTUNA, 2004). Dessa forma, compreende-se que a brinquedoteca hospitalar tem o objetivo de conservar a saúde emocional da criança, preparando-a para a nova condição que irá se confrontar, proporcionando a familiarização com roupas e instrumentos cirúrgicos de brinquedo por meio de situações que envolvem o lúdico. Ela também objetiva dar continuidade ao estímulo de seu desenvolvimento, visto que a internação pode privar a criança de oportunidade e experiência de que ela precisa. O papel do psicopedagogo inserido no ambientehospitalar é de orientar, incentivar e motivar a criança enferma e hospitalizada a dar continuidade ao seu aprendizado, pois a mesma segue crescendo e se desenvolvendo e este processo não pode ser suspenso por causa de uma internação Após o pressuposto, o presente trabalho tem a finalidade de apresentar como a brinquedoteca inserida no hospital, pode oferecer relevantes contribuições para a reconstituição da saúde da criança hospitalizada. 7 2. COMPREENDENDO UM POUCO O PAPEL DA BRINQUEDOTECA A brinquedoteca é um ambiente criado para propiciar o brincar. Trata-se de um lugar de descobertas, estimulação e criatividade. Seu objetivo é de fazer o resgate do lúdico e a ludicidade das crianças que frequentam ela. Friedmann considera que, A brinquedoteca é um espaço privilegiado que reúne a possibilidade e o potencial para desenvolver as características lúdicas. É hoje, um dos caminhos mais interessantes que pode ser oferecido às crianças de qualquer idade e faixa socioeconômica. O intuito é o de resgatar, na vida dessas crianças, o espaço fundamental da brincadeira, que vem progressivamente se perdendo e comprometendo de forma preocupante o desenvolvimento infantil como um todo. (FRIEDMANN, 1992, p.30) Na contemporaneidade, as crianças são privadas de um ambiente que seja de desenvolver suas potencialidades. Os pais, devido o trabalho, não possuem tempo para poderem brincar com seus filhos. Dessa forma, as crianças ocupam seu tempo assistindo programas e vídeos (muitas vezes não são apropriados para a idade), brincam de jogos e brinquedos eletrônicos e passam a apresentar um desinteresse pela forma de brincar que é mais criativa e não programada. Quando alguém chega à porta de uma brinquedoteca deve ser tocado, deve ser atingido pela magia do lugar; precisa sentir que chegou a um lugar muito especial, pois é um lugar onde se respeita o ser humano criança e o mistério do seu vir a ser.(CUNHA, 2007, p.16). A brinquedoteca tem a finalidade de reconhecer e dar o devido valor às atividades lúdicas e criativas, concedendo uma diversidade de brinquedos, dispor de brinquedos sempre orientando sobre adaptação e o uso dos mesmos. Ela deve estimular o desenvolvimento geral das crianças e engrandece os vínculos familiares desenvolvendo práticas de responsabilidade e trabalho, dispondo de situações para que as crianças possam espontaneamente, ocasionando o interesse por uma nova forma de diversão, diminuindo o distanciamento entre as gerações. 8 A brinquedoteca também oportuniza a junção de indivíduos que prezam as trocas afetivas, as brincadeiras e a convivência alegre e descontraída desassociando o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, concedendo à criança a aprendizagem de que é possível desfrutar de forma compartilhada com outras crianças. Kishimoto (1993) relata que mesmo que as brinquedotecas tenham o objetivo o desenvolver atividades lúdicas, elas devem se adequar ao cenário onde a mesma se encontra. A semelhança física pode se manter entre a brinquedoteca hospitalar com a escolar, porém seus objetivos e se papel se tornam diferentes. A finalidade de uma brinquedoteca deve se moldar à demanda, aos objetivos da entidade pertencente e a uma análise do ambiente em que está inserida. A brinquedoteca pode apresentar diversas funções. A função pedagógica que concede a escolha de brinquedos de qualidade proporcionando aos professores, pedagogos, psicopedagogos e demais profissionais, um trabalho voltado para às necessidades das crianças. A função social desse ambiente é conceder que crianças de qualquer classe social possam ter contato a uma diversidade de brinquedos e jogos independentes de seu valor monetário. A função comunitária que favorece que crianças possam aprender a obedecer a regras, incentivando a troca de informações, fortalecendo o sentimento de colaboração e entendimento por meio do grupo de brincadeiras que se constitui na brinquedoteca. Sua função cultural que propicia a formação de um novo círculo de amizades entre as crianças que frequentam este ambiente, trocando informações. Mesmo que, no início, a brinquedoteca tenha sido idealizada para o empréstimo de brinquedos, ela oferta uma diversidade de serviços, e progride de acordo as necessidades de seu público. As brinquedotecas, inicialmente criadas para empréstimo de brinquedos, vêm, em seu processo de expansão, ampliando e diversificando o oferecimento de seus serviços. Serviços estes definidos em função do perfil da comunidade atendida e de seus objetivos. Neste sentido, encontramos diferentes tipos de brinquedotecas em: hospitais, escolas, bairros, clínicas, universidades, etc. (KISHIMOTO 1998, p. 55) 9 A brinquedoteca já não é apenas um ambiente destinado para escolas ou para a diversão de crianças, atualmente as atividades lúdicas abrangem diversos campos da sociedade como: grandes empresas, universidades, escolas, hospitais, presídios, organizações não governamentais e no demais setores que compreendem a importância da ludicidade para a melhoria de vida das pessoas. 3. A PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR A psicopedagogia como área de atuação no campo hospitalar ainda é pouco conhecida, mas a mesma é muito relevante para colaborar tanto da maneira preventiva como da interventiva, operando de forma direta no desenvolvimento cognitivo e educacional o que beneficiando a reabilitação do paciente. Ainda são poucas as teorias e estudos realizados nessa área, e esse fato ocasiona o desconhecimento dessa modalidade de atendimento tanto no campo da educação como no da saúde. A psicopedagogia hospitalar proporciona a continuidade da escolaridade dos indivíduos que se encontram internados em unidades hospitalares e ajuda na atenção da saúde e fortalecer o tratamento e o cuidado ofertados para os enfermos. A psicopedagogia hospitalar é um ramo da educação que assegura à criança e ao adolescente internados uma reabilitação menos traumatizante usando como artifícios as atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas, ou seja, humanizando e tornar mais agradável aquele ambiente temido que, geralmente, tornam as crianças tristes. Por esse motivo é tão importante a presença de pedagogos e psicopedagogos dentro dos hospitais para atuarem dentro dos parâmetros educacionais e sociais, amenizando a angústia que os pacientes sentem por estarem hospitalizados. A psicopedagogia hospitalar trata-se de um campo de atuação que possui um vasto potencial. A carência de classes hospitalares e de brinquedotecas nos hospitais é o principal motivo desse profissional não estar inserido nas equipes multidisciplinares. Mesmo que de haja leis que assegurem que brinquedotecas e classes hospitalares devem ser implantadas no Brasil, a 10 realidade é bem divergente e ainda tem muito a se fazer para que tais leis possam ser cumpridas. Os pacientes pediátricos que se submetem a internação por grandes períodos para a realização de tratamentos de doenças crônicas passam por alterações psicológicas e sociais de forma simultânea. Esses pacientes são retirados bruscamente da convivência com família, amigos e escola, e sendo assim, os mesmos precisam passar por um acompanhamento psicopedagógico, para poder dar continuidade aos estímulos dos seus processos cognitivos, afetivos e sociais. Porto relata que: A psicopedagogia hospitalar apresenta uma das novas especializações da Psicopedagogia, que vem dar suporte e apoio de aprendizagens e reaprendizagens ao paciente interno, humanizando e contribuindo para promoção da Saúde. (PORTO, 2010, p. 20) Esse ramo da psicopedagogia tem o objetivo de colaborar na promoção da saúde. O psicopedagogo hospitalar deve fazer a implementação de uma visão humanizadora tanto na relação quanto no tratamento dos pacientes.A proposta da psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor, não só de crianças, mas também de todos aqueles que passam por internações, sejam elas curta, média e de longa durações, doenças crônicas e de pacientes terminais, dando o de nossa atenção e técnica, mas criando um mundo onde as pessoas se preocupam com as outras. (PORTO, 2010, p. 22) Dentro de unidades hospitalares, o paciente é considerado como um portador de uma determinada doença. Nessa concepção, o psicopedagogo hospitalar procurar apreciar a individualidade do sujeito, dando um novo significado à vida, contribuindo para a promoção da saúde do paciente doente. Como psicopedagogo, o nosso principal objeto é a aprendizagem humana e temos a competência para desenvolvermos um trabalho eficiente e eficaz também nos hospitais e na área da saúde. Já provamos nosso exercício na clínica e nas instituições, agora vamos partir para uma área pouco conhecida da intervenção psicopedagógica (PORTO, 2010, p. 26) Sendo assim, a escuta e o acolhimento são fatores essenciais para que o vínculo entre o psicopedagogo e o paciente seja estabelecido. No cenário 11 hospitalar o psicopedagogo não deve nortear o seu trabalho apenas para as dificuldades de aprendizagem, mas também para a criação situações de aprendizagem que possibilitem ao paciente se sentir “vivo”, capaz, com um vínculo com o mundo externo, mesmo que se encontre hospitalizado. De forma geral, as crianças resistem aos tratamentos hospitalares. São diversas injeções, medicações, exames e outros procedimentos que a criança passa durante o período da internação, ocasionando a vontade contínua de voltar logo para a sua rotina normal, pois a maioria do tempo que passa internada a criança passa deitada no leito do hospital limitando o seu convívio social. Os pais, família e os responsáveis que acompanham o paciente também são afetados por este processo e acabam passando por estresse emocional e físico porque além de aguardar pela reabilitação do enfermo, presenciam a agitação e angústia do paciente, acabam desencadeando nervosismo e irritação por causa da presença ou ausência da equipe médica. As equipes de profissionais da unidade também se afetam pelo estresse laboral por conta da jornada de trabalho, preocupação com a recuperação de seus pacientes, ou até mesmo na perda destes. Na maioria das vezes, essas situações acabam ocasionando dificuldades de relacionamento entre os integrantes da equipe médica e os familiares dos pacientes. O trabalho do psicopedagógico hospitalar que é desenvolvido em espaço lúdicos pode ser colocado neste cenário para ajudar na mediação de conflitos entre os profissionais da unidade e pacientes, atuando como um intermediário que conduz para novas aprendizagens, propiciando um melhor convívio social e o equilíbrio emocional. Dentro das brinquedotecas hospitalares, o psicopedagogo também atua para proporcionar um vínculo da criança enferma com um ambiente semelhante ao escolar e assim a mesma adquirir a aprendizagem. Esse profissional também auxilia os pacientes que ocasionalmente passaram por algum trauma que gerou a redução de sua capacidade funcional ou que tenha resultado em alguma perda de conhecimentos. 12 4. BRINCAR PARA PROMOVER A SAÚDE Por muito tempo acreditava-se que o tratamento de doenças tinha uma ligação somente com exames, remédios e outros procedimentos clínicos, que em muitas situações podem interferir mais ainda na recuperação do enfermo. Esse fato ocorre por não haver uma atenção voltada para a situação emocional e psicológica da paciente. Vários profissionais consideram o conceito de saúde apenas como o bem-estar físico da pessoa enferma, desconsiderando os aspectos mentais e sociais. Situações como essa ocorrem por a diversos profissionais atuarem na cura da enfermidade apenas de forma técnica. Diversos estudos foram realizados na área da saúde e foi possível observar que tanto o remédio como outras ações favorecem o processo de cura. A enfermidade resulta de um conjunto de causas que ocasionam a desarmonia e desequilíbrio. Então, a cura de uma enfermidade não se limita somente ao cuidado do corpo físico, mas devem se incluir os aspectos emotivos e psíquicos do enfermo. Passa esses últimos aspectos, os hospitais passaram a adotar muitas iniciativas para buscar da cura de uma forma mais eficiente, com a realização de terapias, fisioterapias, atendimentos psicológicos, psicopedagógicos entre outros. As iniciativas adotadas mais recentemente no cenário hospitalar são relacionadas com o processo educacional, voltadas principalmente para jovens e crianças que se encontram hospitalizadas, com a finalidade de assegurar- lhes uma atenção exigida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 8069, aprovado em 1990, onde é reconhecido e regularizado o direito a educação para todas as crianças e jovens, incluindo as que estão realizando tratamento de saúde em unidades hospitalares. Conforme Friedmann (2002), o brincar surge como uma opção para resgatar os nossos valores fundamentais enquanto seres humanos e com a capacidade de proporcionar a cura psíquica e física. Assim, as atividades lúdicas apresentam inúmeras funções na vida do indivíduo que brinca. Portanto, ressalta-se que: O brincar na sociedade contemporânea, nasce como oportunidade para o resgate dos nossos valores mais essenciais; como potencial da cura psíquica e física; como forma de comunicação entre iguais e 13 entre as várias gerações; como instrumento de desenvolvimento e ponte para a aprendizagem; como possibilidade de resgatar o patrimônio lúdico cultural dos diferentes contextos socioeconômicos. Por meio do brincar a criança consegue manter viva e ativa a sua história de vida, dando vazão ao seu mundo interno, externalizando emoções e sentimentos que colaboram para a sua recuperação (GOLDENBERG, 2007, p.86). Compreende-se que o brincar pode ser considerado como mais uma ferramenta que te a capacidade de colaborar com o processo de reabilitação e cura dos pacientes infantis, pois a brincadeira é uma atividade primordial para que as crianças consigam alcançam o equilíbrio de suas tensões, trabalhar suas necessidades cognitivas, psicológicas, favorecendo a formação de conhecimento e de desenvolvimento racional, conforme se dá a relação com o brinquedo e a atividade lúdica . 5. A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E SUAS CONTRUIÇÕES Esta tipologia de brinquedoteca tem a finalidade de deixar o ambiente hospitalar mais agradável e menos traumatizante, proporcionando melhores conjunturas para que a criança possa se recuperar. A Lei Federal 11.104, de 21 de março de 2005, “dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, reconhecendo a importância do brincar das crianças em situação de risco”. E nela consta os seguintes artigos: Art. 1º Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a qualquer unidade de saúde que ofereça atendimento pediátrico em regime de internação. Art. 2º Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar. Art. 3º A inobservância do disposto no art. 1º desta Lei configura infração à legislação sanitária federal e sujeita seus infratores às penalidades previstas no inciso II do art. 10 da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Art. 4º Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação Brasília, 21 de março de 2005; 184º da Independência e 117º da República. (BRASIL, 2005). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6437.htm#art10ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6437.htm#art10ii14 Essa lei retrata uma relevante vitória das crianças que, quando forem internadas em unidades de saúde, sendo públicas ou privadas, terão a sua disposição uma brinquedoteca, colaborando para reduzir o sofrimento de um tratamento hospitalar, e é comprovado que a mesma tem a capacidade de auxiliar na restauração da saúde da criança. No Brasil, mesmo de um jeito tímido, diversas experiências vêm apresentando efeitos positivos. Os objetivos mais marcantes das Brinquedotecas Hospitalares são: [...] diminuir a ansiedade e os traumatismos dos rituais de hospitalização; fortalecer a estrutura familiar, recuperar e/ou fortalecer a autoimagem, autoconfiança e autoestima, estabelecendo relações amigáveis e prazerosas que procuram minimizar os entraves relacionados às doenças e ao tratamento. (SILVÉRIO E RÚBIO, 2012, p.9) Atualmente, o trabalho desenvolvido pelas brinquedotecas hospitalares é primordial para o bem-estar de crianças e adolescentes durante a internação. A brinquedoteca é um ambiente onde as crianças e adolescentes passam a compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e tristezas sobre a circunstância de hospitalização. Por meio das brincadeiras coletivas, as crianças passam a desenvolver a socialização, desenvolvimento motor e cognitivo. A brinquedoteca favorece o estreitamento do vínculo entre pais e filhos e dispõe de uma diversidade de representações: é um ambiente lúdico, terapêutico, político e pedagógico pois assegura o direito da criança de brincar, se entreter, e favorece a formação da cidadania da mesma. Por meio cuidado e preservação com os brinquedos, do patrimônio, do desprendimento e da posse dos brinquedos, as crianças que frequentam as brinquedotecas passam a aprender conceitos de democracia e direitos sociais. Geralmente, as unidades hospitalares, não possuem o devido preparo para atender crianças, visto que quando elas são hospitalizadas a vida passa possa uma intensa mudança. As crianças deixam suas casas, amigos, brinquedos e se deparam com um local diferente do seu cotidiano, com paredes sem cor, dispositivos estranhos, indivíduos desconhecidos e usando 15 uniformes que lhe dão remédios amargos, injeções, exames complexos, e tudo isso ocasiona medo, sofrimento, ansiedade e desconforto. É fundamental lembrar que a vida da criança, seu crescimento e desenvolvimento físico, mental, emocional e social, não estacionam, mas continuam evoluindo durante a internação no hospital. A hospitalização, impedindo suas atividades normais junto à família e dos amigos, na escola e em tudo que faz parte do seu dia-a-dia, quebra o ritmo pode modificar a criança (...) (CUNHA E VIEGAS, 2003, p.11). A hospitalização pode desencadear diversas implicações psicológicas como problemas relacionados com o sono, comportamento, apetite e dificuldades escolares. A criança enferma continua sendo criança e, para assegurar a sua estabilidade emocional e intelectual, o jogo é fundamental. A criança privada de brincar tem seu desenvolvimento afetado e sua estabilidade emocional perturbada. A brincadeira, além de desenvolver uma série de atividades lúdicas, assume uma fundamental importância no processo de atividade infantil, assume a função de promover o desenvolvimento da criança enquanto indivíduo e a construção do conhecimento. (KISHIMOTO, 1995, p.14). O brincar dentro da unidade hospitalar proporciona uma circunstância agradável comum ao seu cotidiano antes da hospitalização e preserva uma ligação com a vida que sucede fora do hospital. O brincar mostra-se como um prenúncio de saúde numa conjuntura que tem o principal objetivo de obter a cura de uma doença. A internação viabiliza diversas transformações na rotina e na vida da criança, do adolescente e dos seus familiares. Na brinquedoteca hospitalar, compreende-se a indispensabilidade de reconstituir a realidade. Este local torna o ambiente hospitalar mais confortável e proporciona acontecimentos que estimulam a socialização e desenvolvimento das habilidades dos pacientes como: atenção, concentração, afetividade, cognição, dentre outras. Quando a hospitalização de uma criança é indispensável, faz-se necessário a existência de espaços para brincar em todos os ambientes de tratamento da mesma. O material para brincar, determinado para as crianças de diversas idades, tem que ser arrumado em estantes e armários abertos. 16 Borba considera que, [...] o brincar é um dos pilares da constituição de culturas da infância, compreendidas como significações e formas de ação social específica que estruturam as relações das crianças entre si, bem como os modos pelos quais interpretam, representam e agem sobre o mundo [...] é importante demarcar que no brincar as crianças vão se constituindo como agentes de sua experiência social, organizando com autonomia suas ações e interações, elaborando planos e formas de ações conjuntas, criando regras de convivência social e de participação de brincadeiras. (BORBA, 2007, p. 39 – 41). Com base nessa compreensão, considera-se que no momento da brincadeira, a criança se envolve completamente, e passa a ter um melhor entendimento da situação difícil que está sendo vivenciada, agilizando a sua recuperação, em muitas situações isso ocorre até mesmo de forma inconsciente. A criança se comunica consigo mesma e com o outro, ela consegue se transferir no espaço e no tempo. Isso expressa de forma clara que a ludicidade tem a capacidade de levar a criança para outra dimensão, favorecendo de forma positiva o seu desenvolvimento. Cunha (2007) descreve alguns dos objetivos das brinquedotecas hospitalares: Preservar a saúde emocional da criança, proporcionando brincadeiras, jogos e parceiros também em tratamento; Preparar a criança às situações advindas do tratamento; Dar continuidade aos estímulos de desenvolvimento, como também apoio pedagógico; Proporcionar condições de visitas aos amigos e familiares; Preparar a criança para a volta pra casa quando liberada pelos médicos. As brinquedotecas visam estimular a criatividade, o cognitivismo, oportunizar o desenvolvimento da imaginação, oralidade, socialização, expressão e instiga o lúdico de diversas formas, seja para solucionar problemas ou pelo entretenimento. Esses espaços lúdicos tornam o ambiente hospitalar menos impactante para a criança. O contato do paciente com brinquedos e atividades programadas, torna-os participantes ativos da sua recuperação ajudando a aceitarem melhor o tratamento e o período de internação. 17 A brinquedoteca hospitalar é um mecanismo estimulante para as crianças, pois fornece a oportunidade de continuar o processo educativo e de desenvolvimento, visto que a criança poderá descobrir um ambiente que lhe parece familiar e aconchegante, totalmente diferente do ambiente hospitalar previamente conhecido. A brinquedoteca hospitalar oferece para a criança alegria, estimulando sua fantasia através dos brinquedos e do brincar, proporcionando mecanismos que fazem com que elas se sintam à vontade em um ambiente diferente. Com propósito de atender e oferecer às crianças um lugar favorável a sua recuperação contribui também para a formação educacional da criança em novo conceito de atendimento hospitalar na pediatria. (SILVA, 2010, p. 23) Uma relevante contribuição da brinquedoteca hospitalar para as crianças hospitalizadas é a preparação das mesma para obter alta, para retornar às suas atividades normais, e também de aceitar a possibilidade de regressar à unidade de saúde, suavizando assim prováveis traumas que os pacientes podem adquirir por causa de sua continuidade e até mesmo a recusa da partida do âmbito hospitalar. Se a permanência foi longa, alguns vínculos podem ter sido interrompidos e ela pode precisar de ajuda para se adaptar. Até porque em certos casos,a volta pode ser pior do que permanecer no hospital. Pode acontecer também que no hospital ela tenha encontrado mais atenção e alimento do que em sua própria casa. (MALUF, 2012, p. 66) A brinquedoteca hospitalar também oportuniza condições para que familiares e amigos do paciente possam visitá-lo e o encontrar em um ambiente apropriado e que possa reduzir a ansiedade, angústia e qualquer tipo de sofrimento dos visitantes perante da patologia do indivíduo hospitalizado. Roza e Santos (1997, p.138) afirmam que: “A brincadeira é a melhor maneira da criança comunicar-se, relacionar-se com outras crianças; brincando ela aprende sobre o mundo que a acerca e procura integrar-se a ele”. Dessa forma, o resgate do lúdico realizado em uma brinquedoteca hospitalar é importante na recuperação e tratamento de crianças e no próprio desenvolvimento, pois auxilia na recuperação da autoconfiança de suas capacidades e assegura o seu direito de brincar. 18 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que a brinquedoteca hospitalar tem que ser considerada como uma inovação pedagógica, uma vez que a criança tende a aprender enquanto brinca e também, pelo fato do brincar ser realizado dentro do hospital, pode suavizar os traumas ocasionados pela internação. Através da ludicidade a criança se desenvolve de um jeito espontâneo, constituindo seus próprios conceitos, aprendendo a seguir regras do jogo, a respeitar a ponto de vista dos demais pacientes, a tomar atitudes e decisões, além de ter uma melhor convivência com a sua própria enfermidade. O papel do pedagogo hospitalar, em especial o que atua em uma brinquedoteca, é viabilizar que a criança construa novos conhecimentos de um jeito mais prazeroso, através do lúdico, visto que o brincar é uma atividade inerente da criança e serve se elo de ligação com outras pessoas e com as coisas. A ludicidade é uma ferramenta ideal para a construção coletiva do conhecimento. A criança tem uma necessidade natural de brincar para poder se desenvolver, construir conhecimentos, exprimir suas emoções e compreender o mundo que chega até ela. O trabalho desenvolvido pelo psicopedagogo hospitalar inseridos em brinquedotecas hospitalares beneficia em muitas questões como a aceitação do tratamento, auxilia na internação da criança e colabora para a continuação do seu processo educacional. O profissional pode usar esse ambiente para realizar atividades pedagógicas e lúdicas. O brincar no hospital pode ser considerado como um importante recurso onde a criança pode resgatar um pouco da sua vida antes de se submeter à hospitalização, sendo assim, a criança hospitalizada tem assegurado o seu conato com especificidades próprias da infância durante a hospitalização. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Jossandra. A importância do trabalho psicopedagógico dentro da instituição hospitalar: a brinquedoteca. http://www.grupopsicopedagogiando.com.br/2014/11/a-importancia-do- trabalho.html BORBA, A. M. Culturas da infância nos espaços-tempos do brincar: estratégias de participação e construção da ordem social em um grupo de crianças de 4-6 anos. Momento (Rio Grande), v. 18, p. 35-50, 2007. Disponível em: http://www.unisul.br/wps/wcm/connect/0c644202-dd2c-426b- 9f60-f2a9e8aff6c0/brincar-modo-de-ser-estar-no- mundo_brinquedoteca_extensao.pdf?MOD=AJPERES BRASIL. Decreto de Lei Nº 8069 de 13 de setembro de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 16, Inciso IV. ___________. Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005. Dispõe a obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 22 mar. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ATO2004-2006/2005/Lei/L11104.htm BRITO, L. 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