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AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

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0 
 
 CNPJ: 05.843.463/0001-39 – Praça Pedro II – Alecrim – Natal / RN 
 
 
 
 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS 
CRIANÇAS HOSPITALIZADAS 
 
 
 
 
 
MARCELIANY SILVA FARIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUÁ / CE 
2019 
 
1 
 
MARCELIANY SILVA FARIAS 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS 
CRIANÇAS HOSPITALIZADAS 
 
 
 
 
Este trabalho será apresentado como requisito final 
para obtenção do título de especialista no curso de 
pós-graduação em Psicopedagogia, na modalidade 
à distância, da Faculdade Integrada do Rio Grande 
do Norte (FANORTES). Orientado pelo professor: 
Francisco Helder Sales Mota 
 
 
 Tauá, ______ de Janeiro de 2020. 
 
 
Nota: _____________ ( ) A = Aprovado ( ) R = Reprovado 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
______________________________________________________ 
Prof. Francisco Helder Sales Mota 
 
_____________________________________________ 
Profa. Danúzia Pedrosa de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAUÁ – CE 
2020 
2 
 
 
 
AS CONTRIBUIÇÕES DA BRINQUEDOTECA HOSPITALAR PARA AS 
CRIANÇAS HOSPITALIZADAS 
 
RESUMO 
Este artigo faz uma abordagem referente à contribuição da brinquedoteca 
hospitalar para a recuperação de crianças que se encontram hospitalizadas, 
principalmente para àquelas que passam um longo período internadas devido à 
tratamentos. O objetivo foi descrever os benefícios que uma brinquedoteca 
hospitalar pode oferecer para os pacientes. Como metodologia, optou-se pela 
pesquisa bibliográfica que serviu de subsídio ao tema em estudo. Entre os 
fatores que serão explanados no decorrer deste trabalho, podemos citar o 
brincar enquanto uma das possibilidades de promover à saúde, uma distinção 
da brinquedoteca como os dos espaços para brincar, a definição da 
brinquedoteca hospitalar e as atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas 
nesse espaço. Foi desenvolvido um estudo teórico que possibilitou o 
entendimento que mesmo que a brinquedoteca seja uma importante aliada na 
recuperação dos pacientes, esse espaço ainda não está inserido na maior 
parte dos hospitais. Ressalta-se ainda que a brinquedoteca é uma forma 
terapêutica de tratamento que pode auxiliar às crianças a reduzirem os 
prováveis traumas que podem surgir ao longo do período de internação. 
 
PALAVRAS-CHAVES: brinquedoteca, criança, saúde, hospital, brincar, lúdico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
HOSPITAL TOYS 'CONTRIBUTIONS TO HOSPITALIZED CHILDREN 
 
ABSTRACT 
This paper discusses the contribution of the hospital playroom to the recovery of 
hospitalized children, especially those who spend a long period hospitalized due 
to treatments. The objective was to describe the benefits that a hospital 
playroom can offer to patients. As a methodology, we chose the bibliographic 
research that served as subsidy to the theme under study. Among the factors 
that will be explained during this work, we can cite playing as one of the 
possibilities to promote health, a distinction of the playroom such as the 
playroom, the definition of the hospital playroom and the playful activities that 
can be developed in this space. . A theoretical study was developed that made 
it possible to understand that even though the playroom is an important ally in 
the recovery of patients, this space is not yet inserted in most hospitals. It is 
also emphasized that the playroom is a therapeutic form of treatment that can 
help children to reduce the probable trauma that may arise during the 
hospitalization period. 
 
KEYWORDS: playroom, child, health, hospital, play, playful. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 5 
2. COMPREENDENDO UM POUCO O PAPEL DA BRINQUEDOTECA . 7 
3. A PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR .................................................. 9 
4. BRINCAR PARA PROMOVER A SAÚDE ............................................ 11 
5. A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E SUAS CONTRUIÇÕES .......... 13 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 18 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-dificuldades-ensino-aprendizagem-no-ensino-fundamental-i.htm
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-dificuldades-ensino-aprendizagem-no-ensino-fundamental-i.htm
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A hospitalização infantil trata-se de um processo bem difícil para a 
criança e seus familiares, pois ele ocasiona alterações consideráveis na rotina 
de todo o núcleo familiar, especialmente, a da criança. Pelo fato do ambiente 
hospitalar apresentar regras específicas, a criança e seus familiares precisam 
se adequar a estas circunstâncias, como cardápio especificado, a perda de 
privacidade com a necessidade de dividir do mesmo ambiente com pessoas 
desconhecidas, vestuário diferenciado, entre outros. A criança também tem que 
ser submetida a exames, que em algumas situações chegam a ser invasivos, e 
passa por tratamentos podem se dolorosos, como injeções, tratamento 
endovenoso, entre outros. 
A ociosidade que o paciente se submete é outro fator que interfere no 
período de internação, pois a criança passa longos períodos em um leito, sem 
muitas alternativas de entretenimento, alterando, assim, a sua rotina. Essa 
alteração pode influenciar demasiadamente o fator psicológico e interferir de 
forma negativa na reconstituição de sua saúde. 
A internação hospitalar é um processo que pode provocar sentimentos 
confusos e dicotômicos, para a criança e sua família. Esses sentimentos 
podem ser ocasionados por vivências da cura, da alta, da morte, evidenciando 
a instituição hospitalar como um espaço de experiências, na maioria das vezes, 
dolorosas que podem marcar pelo resto da vida. Dessa forma, a equipe de 
saúde deve disponibilizar uma assistência diferenciada e peculiar, onde a 
minimização dos impactos negativos que são ocasionados por este processo 
prevaleça. 
O brincar pode ter um caráter terapêutico contribuindo na superação de 
dificuldades e conflitos emocionais, cognitivos e sociais da criança. Ao vincular 
esse período a uma circunstância especial, como é o caso do internamento 
hospitalar, a criança apresentará um tempo que pode ser preenchido com suas 
fantasias, experimentar seus limites de tolerância, encontrar e desenvolver 
estratégias de enfrentamento ao sofrimento, à dor e à doença (BRITO, 2014). 
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade da Catania, na Itália, em 
2001, com 32 crianças com leucemia, confirmou que, teve contato com 
6 
 
atividades lúdicas passaram a colaborar mais com o seu tratamento. O Centro 
Infantil Boldrini, em Campinas, São Paulo, especializado no tratamento de 
doenças onco-hematológicas, fez uma pesquisa com 40 crianças, com a faixa 
etária de 4 a 17 anos, no período de dezembro de 2000 a junho de 2001. Os 
resultados que obtiveram evidenciaram que os pacientes que se submetiam à 
ludicidade eram mais colaborativos, apresentavam menos hostilidade ao 
âmbito hospitalar e a angústia perante a alguns tratamentos invasivos se 
amenizou (FORTUNA, 2004). 
Dessa forma, compreende-se que a brinquedoteca hospitalar tem o 
objetivo de conservar a saúde emocional da criança, preparando-a para a nova 
condição que irá se confrontar, proporcionando a familiarização com roupas e 
instrumentos cirúrgicos de brinquedo por meio de situações que envolvem o 
lúdico. Ela também objetiva dar continuidade ao estímulo de seu 
desenvolvimento, visto que a internação pode privar a criança de oportunidade 
e experiência de que ela precisa. 
O papel do psicopedagogo inserido no ambientehospitalar é de orientar, 
incentivar e motivar a criança enferma e hospitalizada a dar continuidade ao 
seu aprendizado, pois a mesma segue crescendo e se desenvolvendo e este 
processo não pode ser suspenso por causa de uma internação 
Após o pressuposto, o presente trabalho tem a finalidade de apresentar 
como a brinquedoteca inserida no hospital, pode oferecer relevantes 
contribuições para a reconstituição da saúde da criança hospitalizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
2. COMPREENDENDO UM POUCO O PAPEL DA BRINQUEDOTECA 
 
A brinquedoteca é um ambiente criado para propiciar o brincar. Trata-se 
de um lugar de descobertas, estimulação e criatividade. Seu objetivo é de fazer 
o resgate do lúdico e a ludicidade das crianças que frequentam ela. 
Friedmann considera que, 
 
A brinquedoteca é um espaço privilegiado que reúne a possibilidade e 
o potencial para desenvolver as características lúdicas. É hoje, um 
dos caminhos mais interessantes que pode ser oferecido às crianças 
de qualquer idade e faixa socioeconômica. O intuito é o de resgatar, 
na vida dessas crianças, o espaço fundamental da brincadeira, que 
vem progressivamente se perdendo e comprometendo de forma 
preocupante o desenvolvimento infantil como um todo. (FRIEDMANN, 
1992, p.30) 
 
Na contemporaneidade, as crianças são privadas de um ambiente que 
seja de desenvolver suas potencialidades. Os pais, devido o trabalho, não 
possuem tempo para poderem brincar com seus filhos. Dessa forma, as 
crianças ocupam seu tempo assistindo programas e vídeos (muitas vezes não 
são apropriados para a idade), brincam de jogos e brinquedos eletrônicos e 
passam a apresentar um desinteresse pela forma de brincar que é mais criativa 
e não programada. 
 
Quando alguém chega à porta de uma brinquedoteca deve ser 
tocado, deve ser atingido pela magia do lugar; precisa sentir que 
chegou a um lugar muito especial, pois é um lugar onde se respeita o 
ser humano criança e o mistério do seu vir a ser.(CUNHA, 2007, 
p.16). 
 
A brinquedoteca tem a finalidade de reconhecer e dar o devido valor às 
atividades lúdicas e criativas, concedendo uma diversidade de brinquedos, 
dispor de brinquedos sempre orientando sobre adaptação e o uso dos 
mesmos. Ela deve estimular o desenvolvimento geral das crianças e 
engrandece os vínculos familiares desenvolvendo práticas de responsabilidade 
e trabalho, dispondo de situações para que as crianças possam 
espontaneamente, ocasionando o interesse por uma nova forma de diversão, 
diminuindo o distanciamento entre as gerações. 
8 
 
A brinquedoteca também oportuniza a junção de indivíduos que prezam 
as trocas afetivas, as brincadeiras e a convivência alegre e descontraída 
desassociando o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, 
concedendo à criança a aprendizagem de que é possível desfrutar de forma 
compartilhada com outras crianças. 
Kishimoto (1993) relata que mesmo que as brinquedotecas tenham o 
objetivo o desenvolver atividades lúdicas, elas devem se adequar ao cenário 
onde a mesma se encontra. A semelhança física pode se manter entre a 
brinquedoteca hospitalar com a escolar, porém seus objetivos e se papel se 
tornam diferentes. A finalidade de uma brinquedoteca deve se moldar à 
demanda, aos objetivos da entidade pertencente e a uma análise do ambiente 
em que está inserida. 
A brinquedoteca pode apresentar diversas funções. A função 
pedagógica que concede a escolha de brinquedos de qualidade 
proporcionando aos professores, pedagogos, psicopedagogos e demais 
profissionais, um trabalho voltado para às necessidades das crianças. A função 
social desse ambiente é conceder que crianças de qualquer classe social 
possam ter contato a uma diversidade de brinquedos e jogos independentes de 
seu valor monetário. A função comunitária que favorece que crianças possam 
aprender a obedecer a regras, incentivando a troca de informações, 
fortalecendo o sentimento de colaboração e entendimento por meio do grupo 
de brincadeiras que se constitui na brinquedoteca. Sua função cultural que 
propicia a formação de um novo círculo de amizades entre as crianças que 
frequentam este ambiente, trocando informações. 
Mesmo que, no início, a brinquedoteca tenha sido idealizada para o 
empréstimo de brinquedos, ela oferta uma diversidade de serviços, e progride 
de acordo as necessidades de seu público. 
 
As brinquedotecas, inicialmente criadas para empréstimo de 
brinquedos, vêm, em seu processo de expansão, ampliando e 
diversificando o oferecimento de seus serviços. Serviços estes 
definidos em função do perfil da comunidade atendida e de seus 
objetivos. Neste sentido, encontramos diferentes tipos de 
brinquedotecas em: hospitais, escolas, bairros, clínicas, 
universidades, etc. (KISHIMOTO 1998, p. 55) 
 
9 
 
A brinquedoteca já não é apenas um ambiente destinado para escolas 
ou para a diversão de crianças, atualmente as atividades lúdicas abrangem 
diversos campos da sociedade como: grandes empresas, universidades, 
escolas, hospitais, presídios, organizações não governamentais e no demais 
setores que compreendem a importância da ludicidade para a melhoria de vida 
das pessoas. 
 
 
3. A PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR 
 
A psicopedagogia como área de atuação no campo hospitalar ainda é 
pouco conhecida, mas a mesma é muito relevante para colaborar tanto da 
maneira preventiva como da interventiva, operando de forma direta no 
desenvolvimento cognitivo e educacional o que beneficiando a reabilitação do 
paciente. 
Ainda são poucas as teorias e estudos realizados nessa área, e esse 
fato ocasiona o desconhecimento dessa modalidade de atendimento tanto no 
campo da educação como no da saúde. A psicopedagogia hospitalar 
proporciona a continuidade da escolaridade dos indivíduos que se encontram 
internados em unidades hospitalares e ajuda na atenção da saúde e fortalecer 
o tratamento e o cuidado ofertados para os enfermos. 
A psicopedagogia hospitalar é um ramo da educação que assegura à 
criança e ao adolescente internados uma reabilitação menos traumatizante 
usando como artifícios as atividades lúdicas, pedagógicas e recreativas, ou 
seja, humanizando e tornar mais agradável aquele ambiente temido que, 
geralmente, tornam as crianças tristes. Por esse motivo é tão importante a 
presença de pedagogos e psicopedagogos dentro dos hospitais para atuarem 
dentro dos parâmetros educacionais e sociais, amenizando a angústia que os 
pacientes sentem por estarem hospitalizados. 
A psicopedagogia hospitalar trata-se de um campo de atuação que 
possui um vasto potencial. A carência de classes hospitalares e de 
brinquedotecas nos hospitais é o principal motivo desse profissional não estar 
inserido nas equipes multidisciplinares. Mesmo que de haja leis que assegurem 
que brinquedotecas e classes hospitalares devem ser implantadas no Brasil, a 
10 
 
realidade é bem divergente e ainda tem muito a se fazer para que tais leis 
possam ser cumpridas. 
Os pacientes pediátricos que se submetem a internação por grandes 
períodos para a realização de tratamentos de doenças crônicas passam por 
alterações psicológicas e sociais de forma simultânea. Esses pacientes são 
retirados bruscamente da convivência com família, amigos e escola, e sendo 
assim, os mesmos precisam passar por um acompanhamento 
psicopedagógico, para poder dar continuidade aos estímulos dos seus 
processos cognitivos, afetivos e sociais. 
Porto relata que: 
 
A psicopedagogia hospitalar apresenta uma das novas 
especializações da Psicopedagogia, que vem dar suporte e apoio de 
aprendizagens e reaprendizagens ao paciente interno, humanizando 
e contribuindo para promoção da Saúde. (PORTO, 2010, p. 20) 
 
Esse ramo da psicopedagogia tem o objetivo de colaborar na promoção 
da saúde. O psicopedagogo hospitalar deve fazer a implementação de uma 
visão humanizadora tanto na relação quanto no tratamento dos pacientes.A proposta da psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor, não só 
de crianças, mas também de todos aqueles que passam por 
internações, sejam elas curta, média e de longa durações, doenças 
crônicas e de pacientes terminais, dando o de nossa atenção e 
técnica, mas criando um mundo onde as pessoas se preocupam com 
as outras. (PORTO, 2010, p. 22) 
 
Dentro de unidades hospitalares, o paciente é considerado como um 
portador de uma determinada doença. Nessa concepção, o psicopedagogo 
hospitalar procurar apreciar a individualidade do sujeito, dando um novo 
significado à vida, contribuindo para a promoção da saúde do paciente doente. 
 
Como psicopedagogo, o nosso principal objeto é a aprendizagem 
humana e temos a competência para desenvolvermos um trabalho 
eficiente e eficaz também nos hospitais e na área da saúde. Já 
provamos nosso exercício na clínica e nas instituições, agora vamos 
partir para uma área pouco conhecida da intervenção 
psicopedagógica (PORTO, 2010, p. 26) 
 
Sendo assim, a escuta e o acolhimento são fatores essenciais para que 
o vínculo entre o psicopedagogo e o paciente seja estabelecido. No cenário 
11 
 
hospitalar o psicopedagogo não deve nortear o seu trabalho apenas para as 
dificuldades de aprendizagem, mas também para a criação situações de 
aprendizagem que possibilitem ao paciente se sentir “vivo”, capaz, com um 
vínculo com o mundo externo, mesmo que se encontre hospitalizado. 
De forma geral, as crianças resistem aos tratamentos hospitalares. São 
diversas injeções, medicações, exames e outros procedimentos que a criança 
passa durante o período da internação, ocasionando a vontade contínua de 
voltar logo para a sua rotina normal, pois a maioria do tempo que passa 
internada a criança passa deitada no leito do hospital limitando o seu convívio 
social. 
Os pais, família e os responsáveis que acompanham o paciente também 
são afetados por este processo e acabam passando por estresse emocional e 
físico porque além de aguardar pela reabilitação do enfermo, presenciam a 
agitação e angústia do paciente, acabam desencadeando nervosismo e 
irritação por causa da presença ou ausência da equipe médica. 
As equipes de profissionais da unidade também se afetam pelo estresse 
laboral por conta da jornada de trabalho, preocupação com a recuperação de 
seus pacientes, ou até mesmo na perda destes. Na maioria das vezes, essas 
situações acabam ocasionando dificuldades de relacionamento entre os 
integrantes da equipe médica e os familiares dos pacientes. 
O trabalho do psicopedagógico hospitalar que é desenvolvido em 
espaço lúdicos pode ser colocado neste cenário para ajudar na mediação de 
conflitos entre os profissionais da unidade e pacientes, atuando como um 
intermediário que conduz para novas aprendizagens, propiciando um melhor 
convívio social e o equilíbrio emocional. 
Dentro das brinquedotecas hospitalares, o psicopedagogo também atua 
para proporcionar um vínculo da criança enferma com um ambiente 
semelhante ao escolar e assim a mesma adquirir a aprendizagem. Esse 
profissional também auxilia os pacientes que ocasionalmente passaram por 
algum trauma que gerou a redução de sua capacidade funcional ou que tenha 
resultado em alguma perda de conhecimentos. 
 
 
 
12 
 
4. BRINCAR PARA PROMOVER A SAÚDE 
 
Por muito tempo acreditava-se que o tratamento de doenças tinha uma 
ligação somente com exames, remédios e outros procedimentos clínicos, que 
em muitas situações podem interferir mais ainda na recuperação do enfermo. 
Esse fato ocorre por não haver uma atenção voltada para a situação emocional 
e psicológica da paciente. 
Vários profissionais consideram o conceito de saúde apenas como o 
bem-estar físico da pessoa enferma, desconsiderando os aspectos mentais e 
sociais. Situações como essa ocorrem por a diversos profissionais atuarem na 
cura da enfermidade apenas de forma técnica. 
Diversos estudos foram realizados na área da saúde e foi possível 
observar que tanto o remédio como outras ações favorecem o processo de 
cura. A enfermidade resulta de um conjunto de causas que ocasionam a 
desarmonia e desequilíbrio. Então, a cura de uma enfermidade não se limita 
somente ao cuidado do corpo físico, mas devem se incluir os aspectos 
emotivos e psíquicos do enfermo. Passa esses últimos aspectos, os hospitais 
passaram a adotar muitas iniciativas para buscar da cura de uma forma mais 
eficiente, com a realização de terapias, fisioterapias, atendimentos 
psicológicos, psicopedagógicos entre outros. 
As iniciativas adotadas mais recentemente no cenário hospitalar são 
relacionadas com o processo educacional, voltadas principalmente para jovens 
e crianças que se encontram hospitalizadas, com a finalidade de assegurar-
lhes uma atenção exigida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei 
8069, aprovado em 1990, onde é reconhecido e regularizado o direito a 
educação para todas as crianças e jovens, incluindo as que estão realizando 
tratamento de saúde em unidades hospitalares. 
Conforme Friedmann (2002), o brincar surge como uma opção para 
resgatar os nossos valores fundamentais enquanto seres humanos e com a 
capacidade de proporcionar a cura psíquica e física. Assim, as atividades 
lúdicas apresentam inúmeras funções na vida do indivíduo que brinca. 
Portanto, ressalta-se que: 
O brincar na sociedade contemporânea, nasce como oportunidade 
para o resgate dos nossos valores mais essenciais; como potencial 
da cura psíquica e física; como forma de comunicação entre iguais e 
13 
 
entre as várias gerações; como instrumento de desenvolvimento e 
ponte para a aprendizagem; como possibilidade de resgatar o 
patrimônio lúdico cultural dos diferentes contextos socioeconômicos. 
Por meio do brincar a criança consegue manter viva e ativa a sua 
história de vida, dando vazão ao seu mundo interno, externalizando 
emoções e sentimentos que colaboram para a sua recuperação 
(GOLDENBERG, 2007, p.86). 
 
Compreende-se que o brincar pode ser considerado como mais uma 
ferramenta que te a capacidade de colaborar com o processo de reabilitação e 
cura dos pacientes infantis, pois a brincadeira é uma atividade primordial para 
que as crianças consigam alcançam o equilíbrio de suas tensões, trabalhar 
suas necessidades cognitivas, psicológicas, favorecendo a formação de 
conhecimento e de desenvolvimento racional, conforme se dá a relação com o 
brinquedo e a atividade lúdica . 
 
 
5. A BRINQUEDOTECA HOSPITALAR E SUAS CONTRUIÇÕES 
 
Esta tipologia de brinquedoteca tem a finalidade de deixar o ambiente 
hospitalar mais agradável e menos traumatizante, proporcionando melhores 
conjunturas para que a criança possa se recuperar. 
A Lei Federal 11.104, de 21 de março de 2005, “dispõe sobre a 
obrigatoriedade de instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que 
ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, reconhecendo a 
importância do brincar das crianças em situação de risco”. E nela consta os 
seguintes artigos: 
 
Art. 1º Os hospitais que ofereçam atendimento pediátrico contarão, 
obrigatoriamente, com brinquedotecas nas suas dependências. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se a 
qualquer unidade de saúde que ofereça atendimento pediátrico em 
regime de internação. 
Art. 2º Considera-se brinquedoteca, para os efeitos desta Lei, o 
espaço provido de brinquedos e jogos educativos, destinado a 
estimular as crianças e seus acompanhantes a brincar. 
Art. 3º A inobservância do disposto no art. 1º desta Lei configura 
infração à legislação sanitária federal e sujeita seus infratores às 
penalidades previstas no inciso II do art. 10 da Lei nº 6.437, de 20 de 
agosto de 1977. 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data 
de sua publicação 
Brasília, 21 de março de 2005; 184º da Independência e 117º da 
República. (BRASIL, 2005). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6437.htm#art10ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6437.htm#art10ii14 
 
 
Essa lei retrata uma relevante vitória das crianças que, quando forem 
internadas em unidades de saúde, sendo públicas ou privadas, terão a sua 
disposição uma brinquedoteca, colaborando para reduzir o sofrimento de um 
tratamento hospitalar, e é comprovado que a mesma tem a capacidade de 
auxiliar na restauração da saúde da criança. 
No Brasil, mesmo de um jeito tímido, diversas experiências vêm 
apresentando efeitos positivos. Os objetivos mais marcantes das 
Brinquedotecas Hospitalares são: 
 
[...] diminuir a ansiedade e os traumatismos dos rituais de 
hospitalização; fortalecer a estrutura familiar, recuperar e/ou fortalecer 
a autoimagem, autoconfiança e autoestima, estabelecendo relações 
amigáveis e prazerosas que procuram minimizar os entraves 
relacionados às doenças e ao tratamento. (SILVÉRIO E RÚBIO, 
2012, p.9) 
 
Atualmente, o trabalho desenvolvido pelas brinquedotecas hospitalares é 
primordial para o bem-estar de crianças e adolescentes durante a internação. A 
brinquedoteca é um ambiente onde as crianças e adolescentes passam a 
compartilhar brinquedos, histórias, emoções, alegrias e tristezas sobre a 
circunstância de hospitalização. 
Por meio das brincadeiras coletivas, as crianças passam a desenvolver 
a socialização, desenvolvimento motor e cognitivo. A brinquedoteca favorece o 
estreitamento do vínculo entre pais e filhos e dispõe de uma diversidade de 
representações: é um ambiente lúdico, terapêutico, político e pedagógico pois 
assegura o direito da criança de brincar, se entreter, e favorece a formação da 
cidadania da mesma. Por meio cuidado e preservação com os brinquedos, do 
patrimônio, do desprendimento e da posse dos brinquedos, as crianças que 
frequentam as brinquedotecas passam a aprender conceitos de democracia e 
direitos sociais. 
Geralmente, as unidades hospitalares, não possuem o devido preparo 
para atender crianças, visto que quando elas são hospitalizadas a vida passa 
possa uma intensa mudança. As crianças deixam suas casas, amigos, 
brinquedos e se deparam com um local diferente do seu cotidiano, com 
paredes sem cor, dispositivos estranhos, indivíduos desconhecidos e usando 
15 
 
uniformes que lhe dão remédios amargos, injeções, exames complexos, e tudo 
isso ocasiona medo, sofrimento, ansiedade e desconforto. 
 
É fundamental lembrar que a vida da criança, seu crescimento e 
desenvolvimento físico, mental, emocional e social, não estacionam, 
mas continuam evoluindo durante a internação no hospital. A 
hospitalização, impedindo suas atividades normais junto à família e 
dos amigos, na escola e em tudo que faz parte do seu dia-a-dia, 
quebra o ritmo pode modificar a criança (...) (CUNHA E VIEGAS, 
2003, p.11). 
 
A hospitalização pode desencadear diversas implicações psicológicas 
como problemas relacionados com o sono, comportamento, apetite e 
dificuldades escolares. A criança enferma continua sendo criança e, para 
assegurar a sua estabilidade emocional e intelectual, o jogo é fundamental. A 
criança privada de brincar tem seu desenvolvimento afetado e sua estabilidade 
emocional perturbada. 
 
A brincadeira, além de desenvolver uma série de atividades lúdicas, 
assume uma fundamental importância no processo de atividade 
infantil, assume a função de promover o desenvolvimento da criança 
enquanto indivíduo e a construção do conhecimento. (KISHIMOTO, 
1995, p.14). 
 
O brincar dentro da unidade hospitalar proporciona uma circunstância 
agradável comum ao seu cotidiano antes da hospitalização e preserva uma 
ligação com a vida que sucede fora do hospital. O brincar mostra-se como um 
prenúncio de saúde numa conjuntura que tem o principal objetivo de obter a 
cura de uma doença. A internação viabiliza diversas transformações na rotina e 
na vida da criança, do adolescente e dos seus familiares. 
Na brinquedoteca hospitalar, compreende-se a indispensabilidade de 
reconstituir a realidade. Este local torna o ambiente hospitalar mais confortável 
e proporciona acontecimentos que estimulam a socialização e desenvolvimento 
das habilidades dos pacientes como: atenção, concentração, afetividade, 
cognição, dentre outras. 
Quando a hospitalização de uma criança é indispensável, faz-se 
necessário a existência de espaços para brincar em todos os ambientes de 
tratamento da mesma. O material para brincar, determinado para as crianças 
de diversas idades, tem que ser arrumado em estantes e armários abertos. 
16 
 
Borba considera que, 
 
[...] o brincar é um dos pilares da constituição de culturas da infância, 
compreendidas como significações e formas de ação social 
específica que estruturam as relações das crianças entre si, bem 
como os modos pelos quais interpretam, representam e agem sobre o 
mundo [...] é importante demarcar que no brincar as crianças vão se 
constituindo como agentes de sua experiência social, organizando 
com autonomia suas ações e interações, elaborando planos e formas 
de ações conjuntas, criando regras de convivência social e de 
participação de brincadeiras. (BORBA, 2007, p. 39 – 41). 
 
Com base nessa compreensão, considera-se que no momento da 
brincadeira, a criança se envolve completamente, e passa a ter um melhor 
entendimento da situação difícil que está sendo vivenciada, agilizando a sua 
recuperação, em muitas situações isso ocorre até mesmo de forma 
inconsciente. 
A criança se comunica consigo mesma e com o outro, ela consegue se 
transferir no espaço e no tempo. Isso expressa de forma clara que a ludicidade 
tem a capacidade de levar a criança para outra dimensão, favorecendo de 
forma positiva o seu desenvolvimento. 
Cunha (2007) descreve alguns dos objetivos das brinquedotecas 
hospitalares: 
 
 Preservar a saúde emocional da criança, proporcionando 
brincadeiras, jogos e parceiros também em tratamento; 
 Preparar a criança às situações advindas do tratamento; 
 Dar continuidade aos estímulos de desenvolvimento, como 
também apoio pedagógico; 
 Proporcionar condições de visitas aos amigos e familiares; 
 Preparar a criança para a volta pra casa quando liberada 
pelos médicos. 
 
As brinquedotecas visam estimular a criatividade, o cognitivismo, 
oportunizar o desenvolvimento da imaginação, oralidade, socialização, 
expressão e instiga o lúdico de diversas formas, seja para solucionar 
problemas ou pelo entretenimento. Esses espaços lúdicos tornam o ambiente 
hospitalar menos impactante para a criança. O contato do paciente com 
brinquedos e atividades programadas, torna-os participantes ativos da sua 
recuperação ajudando a aceitarem melhor o tratamento e o período de 
internação. 
17 
 
A brinquedoteca hospitalar é um mecanismo estimulante para as 
crianças, pois fornece a oportunidade de continuar o processo educativo e de 
desenvolvimento, visto que a criança poderá descobrir um ambiente que lhe 
parece familiar e aconchegante, totalmente diferente do ambiente hospitalar 
previamente conhecido. 
 
A brinquedoteca hospitalar oferece para a criança alegria, 
estimulando sua fantasia através dos brinquedos e do brincar, 
proporcionando mecanismos que fazem com que elas se sintam à 
vontade em um ambiente diferente. Com propósito de atender e 
oferecer às crianças um lugar favorável a sua recuperação contribui 
também para a formação educacional da criança em novo conceito 
de atendimento hospitalar na pediatria. (SILVA, 2010, p. 23) 
 
Uma relevante contribuição da brinquedoteca hospitalar para as 
crianças hospitalizadas é a preparação das mesma para obter alta, para 
retornar às suas atividades normais, e também de aceitar a possibilidade de 
regressar à unidade de saúde, suavizando assim prováveis traumas que os 
pacientes podem adquirir por causa de sua continuidade e até mesmo a recusa 
da partida do âmbito hospitalar. 
 
Se a permanência foi longa, alguns vínculos podem ter sido 
interrompidos e ela pode precisar de ajuda para se adaptar. Até 
porque em certos casos,a volta pode ser pior do que permanecer no 
hospital. Pode acontecer também que no hospital ela tenha 
encontrado mais atenção e alimento do que em sua própria casa. 
(MALUF, 2012, p. 66) 
 
A brinquedoteca hospitalar também oportuniza condições para que 
familiares e amigos do paciente possam visitá-lo e o encontrar em um ambiente 
apropriado e que possa reduzir a ansiedade, angústia e qualquer tipo de 
sofrimento dos visitantes perante da patologia do indivíduo hospitalizado. 
Roza e Santos (1997, p.138) afirmam que: “A brincadeira é a melhor 
maneira da criança comunicar-se, relacionar-se com outras crianças; brincando 
ela aprende sobre o mundo que a acerca e procura integrar-se a ele”. Dessa 
forma, o resgate do lúdico realizado em uma brinquedoteca hospitalar é 
importante na recuperação e tratamento de crianças e no próprio 
desenvolvimento, pois auxilia na recuperação da autoconfiança de suas 
capacidades e assegura o seu direito de brincar. 
18 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que a brinquedoteca hospitalar tem que ser considerada 
como uma inovação pedagógica, uma vez que a criança tende a aprender 
enquanto brinca e também, pelo fato do brincar ser realizado dentro do 
hospital, pode suavizar os traumas ocasionados pela internação. Através da 
ludicidade a criança se desenvolve de um jeito espontâneo, constituindo seus 
próprios conceitos, aprendendo a seguir regras do jogo, a respeitar a ponto de 
vista dos demais pacientes, a tomar atitudes e decisões, além de ter uma 
melhor convivência com a sua própria enfermidade. 
O papel do pedagogo hospitalar, em especial o que atua em uma 
brinquedoteca, é viabilizar que a criança construa novos conhecimentos de um 
jeito mais prazeroso, através do lúdico, visto que o brincar é uma atividade 
inerente da criança e serve se elo de ligação com outras pessoas e com as 
coisas. 
A ludicidade é uma ferramenta ideal para a construção coletiva do 
conhecimento. A criança tem uma necessidade natural de brincar para poder 
se desenvolver, construir conhecimentos, exprimir suas emoções e 
compreender o mundo que chega até ela. 
O trabalho desenvolvido pelo psicopedagogo hospitalar inseridos em 
brinquedotecas hospitalares beneficia em muitas questões como a aceitação 
do tratamento, auxilia na internação da criança e colabora para a continuação 
do seu processo educacional. O profissional pode usar esse ambiente para 
realizar atividades pedagógicas e lúdicas. 
O brincar no hospital pode ser considerado como um importante recurso 
onde a criança pode resgatar um pouco da sua vida antes de se submeter à 
hospitalização, sendo assim, a criança hospitalizada tem assegurado o seu 
conato com especificidades próprias da infância durante a hospitalização. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
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