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Experimento A2 Condutividade elétrica de metais em função da temperatura Estevão Pimentel de Barcellos Santos Robert Laquini Bernabé 13 de novembro de 2020 Resumo Neste documento analisaremos os dados obtidos experimentalmente visando investigar o comportamento da condutividade elétrica do cobre em função da variação da temperatura, obter o coeficiente de temperatura da resistividade elétrica e verificar o comportamento da re- sistividade linear frente a variação de temperatura. No experimento em questão foram empregadas duas fontes, das quais uma fornecia corrente cont́ınua que passava através da amostra metálica a ser analisada e a outra fornecia corrente alternada para o resistor que aqueceria a amostra. As medidas foram tomadas com o uso de mult́ımetros conectados às extremidades da amostra metálica, do resistor e de um termopar acoplado ao sistema para medir a temperatura da amostra metálica. Dados Experimentais Vt ∆T T AUMENTANDO (↑) T AUMENTANDO (↑) (mV ) (◦C) I (mA) V (mV ) I (mA) V (mV ) 0,0 0 181,8 222,6 182,2 223,9 0,4 10 181,8 231,7 182,1 232,6 0,8 20 181,8 239,5 182,1 240,6 1,2 30 181,8 247,6 182,1 248,8 1,6 40 181,7 256,1 182,0 257,3 2,0 50 181,7 263,8 182,0 264,6 2,4 60 181,6 272,2 181,9 272,4 2,8 70 181,6 278,7 181,8 279,8 3,2 80 181,5 286,0 181,8 287,0 3,6 90 181,4 293,6 181,6 294,4 4,0 100 181,4 300,9 181,6 301,8 4,4 110 181,3 307,8 181,5 309,0 4,8 120 181,2 314,6 181,4 315,8 5,2 130 181,2 321,6 181,3 322,6 5,6 140 181,1 328,5 181,3 329,6 6,0 150 181,1 335,5 181,2 336,3 Tabela 1: Medidas de tensão e corrente com temperatura crescente. 1 Vt ∆T T DIMINUINDO (↓) (mV ) (◦C) I (mA) V (mV ) 6,0 150 181,1 336,0 5,6 140 181,2 327,7 5,2 130 181,3 322,6 4,8 120 181,4 315,4 4,4 110 181,4 309,0 4,0 100 181,5 298,8 3,6 90 181,6 294,7 3,2 80 181,6 288,4 2,8 70 181,7 280,6 2,4 60 181,8 274,2 2,0 50 181,9 266,6 1,6 40 182,0 259,0 1,2 30 182,0 250,7 0,8 20 182,1 242,7 0,4 10 182,2 234,1 0,0 0 182,3 226,7 Tabela 2: Medidas de tensão e corrente com temperatura decrescente. As medidas foram realizadas à temperatura ambiente de 22 ◦C. 2 Análise dos dados Dada a primeira lei de Ohm: R = V I (1) podemos, através dela, utilizando os dados experimentais, elaborar uma tabela que apresente os valores da resistência elétrica da amostra metálica de cobre para cada valor da temperatura. Usando o modelo de Drude e a lei de Ohm temos a seguinte expressão para a resistência elétrica ∆ T (K) Temperatura T (K) Primeira medida R1 (Ω) Segunda medida R2 (Ω) Terceira medida R3 (Ω) 0 295 1,224 1,229 1,224 10 305 1,274 1,277 1,285 20 315 1,317 1,321 1,333 30 325 1,362 1,366 1,377 40 335 1,409 1,414 1,423 50 345 1,452 1,454 1,466 60 355 1,499 1,498 1,508 70 365 1,535 1,539 1,544 80 375 1,576 1,579 1,588 90 385 1,619 1,621 1,623 100 395 1,659 1,662 1,646 110 405 1,698 1,703 1,703 120 415 1,736 1,741 1,739 130 425 1,775 1,779 1,779 140 435 1,814 1,818 1,808 150 445 1,853 1,856 1,855 Tabela 3: Resistências medidas experimentalmente para cada temperatura. As primeira e segunda medidas correspondem aos dois conjuntos de dados da tabela 1 e a terceira medida corresponde aos dados da tabela 2. em função da temperatura. R(T ) = R0[1 + α(T − T0)] (2) Em que R0 é a resistência do metal à temperatura T0, e α é o coeficiente de resistividade. Para verificar o comportamento descrito por essa expressão faremos uma análise desses dados usando regressão linear conforme nos gráficos a seguir. 3 Figura 1: Comportamento da resistência elétrica do fio de cobre em função de sua temperatura durante a primeira série de medidas. Figura 2: Comportamento da resistência elétrica do fio de cobre em função de sua temperatura durante a segunda série de medidas. 4 Figura 3: Comportamento da resistência elétrica do fio de cobre em função de sua temperatura durante a terceira série de medidas. Analisando a expressão (2) e as funções obtidas por regressão linear é fácil notar que: y ≡ R x ≡ T − T0 a ≡ R0α b ≡ R0 Para encontrar os coeficientes de resistividade respectivos a cada série de medidas fazemos α = a b (3) Assim obtemos α1 = (3, 36± 0, 04) · 10−3 α2 = (3, 36± 0, 04) · 10−3 α3 = (3, 20± 0, 05) · 10−3 Por fim, tomando a média dos valores de α observados temos: α = (3, 31± 0, 03) · 10−3[Ω/K] 5 Conclusão O valor obtido diverge ligeiramente do valor adotado pela Comissão Eletrotécnica In- ternacional para “cobre-padrão recozido” que é de (3, 93 · 10−3)[Ω/K], isto é, uma divergência de ∼ 16%, mas que apesar de pequena, é uma diferença considerável. Diversas podem ser as fontes dessa divergência. Dentre elas, podemos destacar posśıvel impureza do cobre e os erros intŕınsecos ao aparato experimental que em nossas contas não foram inclúıdos. Não incluir o este erro intŕınseco implica num resultado com um erro aparente muito menor que o erro real, o que afasta o valor de referência da margem de erro do valor obtido. Apesar de certamente ter influência na divergência observada, essa certamente não é a única causa. O grau de pureza do metal influencia significativamente no coeficiente de resistividade ocasionando resultados diversos para graus de pureza diversos. Todavia, conseguiu-se verifi- car experimentalmente os prinćıpios teóricos estabelecidos de forma que podemos tomar essa experimentação, para os efeitos de seus objetivos, como bem-sucedida. Referências Bibliográficas IEC 60028:1925 6
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