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Lista 5 Industrial
1. Diferencie Jogos Cooperativos dos Não Cooperativos. Um cartel se enquadra melhor em qual das duas classes?
Os jogos cooperativos, têm como unidade fundamental a análise de grupos e subgrupos de indivíduos, que são assumidos por serem capazes de alcançar um resultado particular por meio do comprometimento com acordos de cooperações. Já os jogos não cooperativos, tem uma interdependência estratégica, na qual não tem o comprometimento por meio de acordos, o processo é descrito pelos agentes os quais fazem suas escolhas. Um cartel se encaixa no jogo não cooperativo, pois cada concorrente espera lucrar cada vez mais e não cooperar, fazendo com que o ganho seja maior.
2. O que é um equilíbrio de Nash? 
O equilíbrio de Nash acontece quando a competição presente no sistema é estável, organizada pela definição de estratégias acordadas entre os agentes, e dentro de um jogo específico, os métodos e técnicas escolhidos por cada jogador são as melhores para eles. A escolha ótima de qualquer jogador depende da sua análise das possíveis opções de decisões que poderão ser tomadas por outros jogadores. Não há cooperação dentro do jogo, pois apesar de ambos acreditarem que a melhor escolha foi tomada, nenhum deles ganha caso a mudança de estratégia seja unilateral. O equilíbrio de Nash pode ser único, múltiplo e pode até mesmo não existir. 
3. Diferencie os equilíbrios de Nash em Estratégias Puras dos Equilíbrios em Estratégias Mistas.
No caso das Estratégias Puras num equilíbrio de Nash a informação sobre as estratégias escolhidas por todos é perfeita, ou seja, todos sabem as decisões tomadas pelos outros, tornando as escolhas ótimas previsíveis.
Já na situação em que há Estratégias Mistas, probabilidades são dadas para a escolha de cada estratégia por um jogador, existe assim uma distribuição probabilista sobre as demais estratégias, isso ocorre quando estratégias mistas que maximizam o payoff são escolhidas dadas as estratégias mistas escolhidas pelo adversário. 
4. O que é qual a função da Indução Reversa (Backward Induction) em Teoria dos Jogos?
A indução reversa detecta um equilíbrio perfeito nos subjogos de um jogo estendido, ela analisa um jogo de trás para frente, analisando quais são as melhores opções, desta forma exclui as informações preteridas, repete a operação com o jogo resultante e assim chegará ao nó inicial do jogo.
5. Defina Cartéis, toda a coordenação de atividades ou esforços entre concorrentes deve ser reprimida? Explique.
O cartel acontece quando firmas concorrentes se associam em busca de uma diminuição de atritos concorrenciais, é um conduta em que os agentes concorrentes coordenas suas ações e escolhas culminando em uma prática anticompetitiva, gerando um coluio, colusão, arranjo ou coordenação horizontal. É possível também, a existência de carteis oligopolistas (demandante), que busca imitar as escolhas monopolistas, ou um cartel oligopsônista (ofertantes), que busca imitar as escolhas monopsônistas. 
Os cartéis podem também não ser explícitos, quando não há uma organização intencional entre os agentes. Isso é explicado pelo teorema de Folk, quando jogos cooperativos se repetem por vezes infinitas ou por um número finito muito grande e os jogadores não conhecem o momento da última jogada, a solução cooperativa tende a aparecer mesmo se tratando de um jogo não cooperativo. 
6. O que são os Teoremas de Folk? Por que são importantes para a análise de cartéis?
Os teoremas de Folk defendem que um jogo não cooperativo que se repete por vezes tendendo a valores infinitos ou num número finito muito grande de vezes, onde o “t” final não é conhecido se equilibram por uma solução cooperativa de um jogo não cooperativo. 
Isso é importante para a análise de cartéis porque o cartel é um jogo não cooperativo, uma vez que os agentes procuram apenas maximizar o lucro individual, no entanto ao jogar o jogo da competição de mercado infinitas vezes, os agentes entendem que podem chegar a uma solução cooperativa e formar o cartel. 
7. Quais os fatores que facilitam a criação de cartéis? E sua manutenção?
A facilitação para criação de cartéis vem com os seguintes fatores: baixos custos organizacionais (poucos membros, ou facilidade de associação) e baixa expectativa de punição (legislação vigente, mecanismos de defesa do sistema de defesa concorrencial), habilidades de elevar preços (altas barreiras de entrada e saída, produtos dificilmente substituíveis). 
A manutenção dos cartéis é facilitada pelos seguintes fatores: vendas pequenas e frequentes, custos incrementais inelásticos, custos fixos), baixos Detecção de traidores (poucas firmas, preços abertos, produtos idênticos ou no mesmo step da cadeia produtiva) ou a baixa possibilidade de traição (vendas centralizadas, preços que não flutuam independentemente.
8. O que são e qual a lógica das guerras de preço em cartéis? O que são estratégias tit-for-tat.
As guerras de preço em cartéis acontecem quando um dos membros do cartel faz uma tentativa de venda abaixo do preço mínimo firmado no acordo, tentando com isso aumentar a sua fatia de mercado. Quando preço de mercado flutuam ou acontecem recessões, os agentes tendem a diminuir os preços a fim de compensar com o aumento do volume vendido, gerando o cenário perfeito para a guerra de preço nos cartéis.
A estratégia “tit for tat” se resume pela cooperação de um agente na condição de que o seu concorrente também coopere, e pela adoção de práticas não cooperativas caso o oponente não coopere. Enquanto a alternativa cooperativa for adotada durante uma guerra de preços e os preços se nivelam, a situação é estável e a cooperação prevalece. Todavia, a partir do ponto em que qualquer uma das empresas inicie o movimento de diminuição de preço a fim de atrair mais demanda, as empresas oponentes também diminuirão os preços visando a proteção contra o risco concorrencial, o que gerará uma consequente guerra de preços.
9. Onde, na Lei Brasileira de Defesa da Concorrência vigente, estão previstas as infrações de prática de cartel?
Na Constituição Federal de 1988 encontra-se o Art.170 ele diz “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados nos seguintes princípios: IV – livre concorrência V – defesa do consumidor”, esse artigo relata que todo trabalho humano que tem início por livre iniciativa, “convive” com a livre concorrência e pode gozar da defesa do consumidor.
No Art. 173 está “§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.”, Lei 8884/94 (Lei de Defesa da Concorrência), o parágrafo quatro no artigo 173 expõe que o cartel não pode abusar de seu poder e dominar totalmente o mercado sobre determinado bem.
Atualmente a Lei 12529/11 (Lei de Defesa da Concorrência) tem como órgão o CADE e o SEAE, prezando pela conduta e controle de estrutura ex ante e tendo a autonomia de fazer um mandato de quatro anos sem recondução. Uma das principais alterações da nova lei de defesa da concorrência para “atingir” os cartéis são: modificação dos critérios para notificação dos atos de concentração econômica, consolidação e maior rigor na penalização de condutas de cartéis como aplicação de multa, reclusão, entre outros.
10. O que é uma conduta concorrencialmente ilícita de per se? A prática de cartel e a prática de discriminação de preços são, cada uma delas, infrações competitivas de per se, na prática do Antitruste brasileira?
É uma conduta que pode ser considerada ilícita, independentemente do contexto em que foram praticadas, sejam eles danosos ou benéficos à concorrência, o per ser, quando aplicado retira a autoridade do antitruste para fazer a análise profunda do ato praticado, e do seu contexto econômico, então quando uma conduta é vista como ilícita, per se é restritiva da concorrência. Sim, ambas são infrações de per se no Antitruste brasileiro.

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