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AV1 METODOS ADEQUADOS DOS CONFLITOS 24/04/2021 1)Sobre os Meios Adequados dos conflitos , considere o texto a seguir: “O atual momento pelo qual passa o Poder Judiciário brasileiro, evidenciado pelos diversos fóruns, seminários, simpósios, programas de incentivo à conciliação(https://jus.com.br/tudo/conciliacao) etc., há muito demonstra o esgotamento pelo qual passa nosso sistema jurisdicional, revelando-nos a insuficiência, ineficácia e, por vezes, a insatisfação gerada pela atuação jurisdicional do magistrado, como modelo tradicionalmente adotado para a resolução de conflitos em uma sociedade. É com vistas nesse cenário que a proposta deste trabalho se ancora no estudo detalhado dos Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos ou MARCs, como modelos aliados ao Poder Público, especialmente o Judiciário, e aptos a ampliar o acesso à justiça, de forma mais humana, equânime, legítima, e capazes de produzir desfechos idôneos a gerar efetiva satisfação para todas as partes em um litígio, concluindo-se, destarte, que os MARCs são, teleologicamente, expressão do acesso à justiça (https://jus.com.br/tudo/acesso-a-justica) enquanto direito fundamental previsto na Constituição Federal e, portanto, merecedores de aprimoramento em homenagem ao princípio da máxima efetividade dos direitos fundamentais.”(Métodos alternativos de resolução de conflitos sob a ótica do direito contemporâneo/Larissa Affonso Mayer (https://jus.com.br/950994-larissa-affonso-mayer/publicacoes) Publicado em 09/2011. Elaborado em 07/2011. Assinale a alternativa que apresenta a denominação CORRETA a) Emenda Constitucional 45/2004 não representou um grande marco desses novos conceitos, uma vez que teve o intuito de edificar, dentro de um Estado Democrático de Direito, alterações relativas ao processo à luz dos princípios da cidadania e da dignidade da pessoa humana. b) é possível observar que a gênese do ativismo judicial no Brasil se atribui preponderantemente, ao movimento neoconstitucionalista iniciado durante o processo de redemocratização do país e marcado pela Emenda Constitucional 45/2004. c)Segundo Pietro de Jesus Lora Alarcón, a Emenda Constitucional nº 45/2004 não modificou, o aspecto técnico do Judiciário, uma vez que o mesmo deixou de ser visto como um mero instrumento de persecussão de um rol político, passando a ser um meio de fortalecimento e construção da democracia e do respeito aos direitos humanos. https://jus.com.br/950994-larissa-affonso-mayer/publicacoes d) o ativismo judicial e o movimento neoconstitucionalista iniciado durante o processo de redemocratização do país e marcado pela Constituição Federal de 1988, gerou inúmeras incongruências, o que exigiu a criação de mecanismos capazes de otimizar e a prestação jurisdicional, como por exemplo, a previsão dos princípios do acesso à justiça e da celeridade processual. e) Para Daniel Sarmento, a evolução do Neoconstitucionalismo no Direito Brasileiro passou pela fase da "efetividade" e do "pós-positivismo constitucional". Defendida por Luis Roberto Barroso e Clèmerson Merlin Clèveidade, o Constitucionalismo da Efetividade asseverou não contribui com a elevação do status da Constituição como norma jurídica e da aplicação direta deste diploma pelo Judiciário, independentemente da regulamentação de dispositivos pelo legislador ordinário. 2) Sobre a Resolução 125 de 2010 do Conselho Nacional de Justiça, considere o texto a seguir: “A criação de uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que dispõe sobre a conciliação e a mediação partiu de uma premissa de que cabe ao Judiciário estabelecer a política pública de tratamento adequado dos conflitos de interesses resolvidos no seu âmbito – seja por meios heterocompositivos, seja por meios autocompositivos. Esta orientação foi adotada, de forma a organizar, em todo território nacional, não somente os serviços prestados no curso da relação processual (atividades processuais), como também os que possam incentivar a atividade do Poder Judiciário de prevenção de demandas com as chamadas atividades pré-processuais de conciliação e mediação.” (A Resolução 125 e seus objetivos. (Disponível em https://www.sutori.com/story/a-resolucao-125-e-seus-objetivos- - ttgWRCjhu8oA9wz3CShdZk5V) Assinale a alternativa CORRETA que apresenta os objetivos da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça a)criação da Resolução 125 do CNJ não decorrente da necessidade de se estimular, apoiar e difundir a sistematização e o aprimoramento de práticas já adotadas pelos tribunais. b) Resolução 125 surgiu de uma necessidade de mudar a forma com que o Poder Judiciário se apresenta e uma resposta ao cidadão. Ocorre que não apresentou mudanças significativas no cenário jurídico no sentido de tornar mais ágil e como solucionador de conflitos mas principalmente como um centro de soluções efetivas do ponto de vista do jurisdicionado. c) A Resolução 125 do CNJ apresenta uma proposta de melhorar a prestação jurisdicional, sendo que as elevadas despesas com os litígios e o excessivo formalismo processual ocorre que as exigências dispostas na resolução impedem sua implementação sendo que as atividades jurídicas do Estado são complexas e não autorizam uma forma simplista e tratar os conflito. d) o acesso a justiça se confunde com acesso ao judiciário para que os jurisdicionados possam ter seus conflitos resolvidos. e) a sobrecarga dos tribunais pátrios, as elevadas despesas com os litígios e o excessivo formalismo processual; por outro lado, tem se aceitado o fato de que escopo social mais elevado das atividades jurídicas do Estado é harmonizar a sociedade mediante critérios justos, e, ao mesmo tempo, apregoa-se uma “tendência quanto aos escopos do processo e do exercício da jurisdição que é o abandono de fórmulas exclusivamente positivadas, logo, a Resolução 125/2010 é um marco legal do métodos adequados de grande importância para a efetiva e célere prestação jurisdicional. 3) Sobre Mediação considere o texto a seguir: A prática da mediação vem se expandindo de forma expressiva no panorama mundial nas últimas décadas em diversas searas, fazendo-se sentir sua crescente valorização no Brasil. É relevante compreender melhor o espectro original da mediação porque o Brasil tem experiência tradicional com a autocomposição pela via da conciliação. Além disso, os temas abordados neste artigo foram objeto da Resolução n. 125 do CNJ e merecem ser analisados com cuidado. (FALECK, D. Introdução histórica e modelos de mediação. Disponívelemhttp://www.fernandatartuce.com.br/wp-ntent/uploads/2016/06/Introducao-historica- emodelos-de-mediacao-Faleck-e-Tartuce.pdf Acesso em 08 jul. 2020) Assinale a alternativa CORRETA a)A teoria da resolução de conflitos não se preocupa com a aplicação de conceitos, princípios e proposições para a resolução pragmática de disputas e a melhoria da qualidade das relações humanas. b) As pesquisas desenvolvidas sobre o tema não observa o princípio do enfoque em interesses e necessidades das partes, em ganhos mútuos, interdependência, e participação (ou não) e de neutros facilitadores. c) O mediador deve ser conhecedor do histórico e das amplas possibilidades de vivência, seja versátil e tenha a mente aberta para possibilitar abordagens produtivas na comunicação entre os envolvidos na disputa, entretanto, não deve implementar técnicas de negociação na resolução de disputas. d) o protagonista da mediação é o mediador, e não os mediandos , que voluntariamente participam da mediação e tentam alcançar o consenso. O mediador, em sua atividade técnica (art. 1º da Lei nº 13.140/15), facilita o diálogo e estimula a comunicação, permitindo que os mediandos tragam suas emoções e exponham seus sentimentos em um ambiente de cordialidade e respeito. http://www.tjsp.jus.br/download/conciliacao/nucleo/parecerdeskazuowatanabe.pdfe) Existem vários métodos de tratar o conflito e cada método tem integridade funcional e moralidade distintas, sendo a mediação melhor utilizada quando as partes estão envolvidas em relacionamentos continuados e precisam ser reorientadas umas para as outras ao invés de ter uma decisão proferida ou uma lei promulgada para elas. 4) Sobre Negociação considere o texto a seguir: “Negociar tornou-se atualmente uma das mais relevantes habilidades humanas, por isto é essencial que sejam entendidas as formas de se proceder em uma negociação (ALYRIO, 2004).(...) Quotidianamente o cidadão comum depara-se com a necessidade de negociar, que ocorre em situações que vão desde a negociação salarial anual ou o fechamento de unidades de uma empresa, até aspectos essencialmente familiares como, por exemplo, a compra de um carro usado ou quando o marido negocia com a esposa a autorização para jogar futebol na 4ª feira à noite. Mas existe uma receita universal de negociação? Para Roger Fisher (1997), um dos maiores especialistas mundiais no tema negociação, sim. São sete os fatores que, segundo ele, podem servir tanto à fusão de duas empresas no Brasil como a um tratado de paz entre países do Oriente Médio. Estes fatores são: comunicação eficaz, bom relacionamento, descobrir o interesse da outra parte, elaborar os diversos acordos possíveis, convencer a outra parte que está sendo tratada com justiça, definir quais são as opções para o acordo e chegar ao acordo final.” (FERREIRA, André; FUERTH, Leonardo Ribeiro; BOAS, Ana Alice Vilas. A utilização do modelo ganha-ganha no processo de negociação sindical. Disponível em http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos05/361_ASEGET.pdf Acesso em 10 març. 2021) A partir dessas informações, assinale a opção correta em relação aos fundamentos da Negociação adotado no Brasil. a)Não se pode considerar que a negociação é, na verdade, uma forma particular de comunicação em que os interlocutores desempenham os papéis de emissores e receptores. b)Para se alcançar uma negociação não é necessário ter um bom relacionamento e ainda não há que se falar em adquirir a confiança do interlocutor c)Descobrir os interesses comuns, complementares, opostos e neutros da outra parte são técnicas ultrapassadas e inaplicáveis. d)Se o objetivo é obter um bom acordo é preciso mostrar um caminho na negociação, uma possibilidade e não múltiplas, mas que possa identificar a margem de negociação. e) Uma das formas de tratar com respeito o interlocutor de uma negociação é a parceria. Um acordo fará as duas partes se sentirem tratadas com justiça na medida em que se basear em parâmetros, critérios ou princípios externos, além da vontade de cada uma das partes. 5) A leitura contemporânea do acesso à justiça não significa apenas acesso ao Judiciário, mas sim acesso a uma ordem jurídica justa. Consequentemente, o Poder Judiciário não é o único cenário para a solução de conflitos, reconhecendo-se que outros meios podem ser adequados. Pode-se, então, afirmar que a concepção de acesso à justiça contemporânea: a)incentiva a perpétua da crise do Poder Judiciário. b) incentiva a litigiosidade exacerbada. c) reconhece a impossibilidade de se prestar uma justiça célere. d) deslegitima as formas de solução de conflitos. e) incentiva a utilização dos métodos de solução de conflitos. 6) Em consonância com o entendimento da ilustre professora Nathaly Campitelli Roque no estudo dogmático do Direito, voltado à definição de institutos jurídicos e seus procedimentos, muitas vezes pode dispensar uma definição expressa, para focar nos instrumentos jurídicos que o constituem (como é comum nos estudos sobre acesso à justiça) ou nos princípios que orientam a aplicação do instituto. A consequência é que se identificam, no caso de “acesso à justiça”, as mais variadas definições. E ainda, no que tange ao princípio do Acesso a Justiça, o mestre Cândido Rangel Dinamarco destaca, desde há muito, a relevância de se emprestar “interpretação evolutiva aos princípios e garantias constitucionais do processo civil”, reconhecendo que “a evolução das ideias políticas e das fórmulas de convivência em sociedade” repercute necessariamente na leitura que deve ser feita dos princípios processuais constitucionais a cada época. Com efeito, o acesso à justiça é um princípio essencial ao funcionamento do Estado de direito. Assim o que quer dizer o Acesso a Justiça em conformidade com o Direito Processual Contemporâneo a luz dos métodos adequados dos conflitos. 7)O poder judiciário nacional vive um momento de intensa litigiosidade que traz como consequência a carência de estrutura e deficiência na prestação jurisdicional. A litigiosidade de massa, inúmeras ações repetitivas, excesso de recursos e execuções morosas e ineficazes são razões para levar os estudiosos do Direito a pensar numa forma de filtrar os conflitos que são trazidos ao Poder Judiciário. A Resolução 125 do CNJ sancionada em 2010, dispõe sobre a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e foi editada, entre outros, considerando que há uma necessidade de se consolidar uma política pública permanente de incentivo e aperfeiçoamento dos mecanismos consensuais de solução de litígios. Não é novidade que o Estado não vem cumprindo com o seu dever de prestar a tutela jurisdicional de forma célere e satisfatória. Ao que tudo indica, os maiores problemas não são de ordem econômica, razão pela qual só poderão ser sanados, quiçá, se houver a devida destinação da verba orçamentária, possibilitando a investidura de um maior número de magistrados e servidores auxiliares da justiça, bem como o aparelhamento material, instrumental e tecnológico do Poder Judiciário. Apesar de não haver unanimidades, já que variam os pontos de vista, vários doutrinadores convergem para o reconhecimento de uma profunda crise no Judiciário. Para José Carlos Barbosa Moreira, o aspecto mais visível do que se costuma chamar “a crise da justiça” é sem dúvida a duração dos processos. Em análise a todos esses posicionamentos doutrinários que apontam a realidade do Poder Judiciário Nacional podemos dizer que a Resolução 125/2010 do CNJ trouxe avanços para o acesso a Justiça? Boa Prova!!
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