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QUESTÕES DISCURSIVAS-convertido Direito civil

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QUESTÕES DISCURSIVAS 
1) Explique no que consiste o Princípio da “Perpetuatio Iurisdiciones”, bem como explique 
onde a competência vem fixada. (resposta exige fundamento jurídico e fundamento legal) 
R- visa preservar a ação onde inicialmente foi distribuída impedindo o deslocamento de 
competência de um juízo para outro, mesmo que seja criado órgão dentro da mesma 
comarca. A competência territorial é fixada no momento da propositura da ação e para uma 
possível mudança dessa competência só em caso de descumprimento das regras pertinentes 
ao caso. 
2) Qual a competência para a propositura de ações reais imobiliárias? É possível a invocação 
de foro de eleição em ação que tenha por objeto bem imóvel? (resposta exige fundamento 
jurídico) 
R- Nas ações reais imobiliárias a competência para seu processamento é do foro da situação 
do imóvel, conforme o Art. 47 do CPC. O artigo 47 do Código de Processo Civil diz que, nas 
ações fundadas em direito real sobre imóveis, é competente o foro da situação da coisa. O 
mesmo artigo autoriza a utilização de foro de eleição, desde que a ação não recaia sobre 
direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras, ou nunciação 
de obra nova. 
3) Em contrato de adesão celebrado entre Empresa X e Caio constou a estipulação de foro de 
eleição em favor da parte proponente. Por sua vez, surgiu litígio entre as partes e, para a 
defesa de seus direitos, a Empresa X propôs ação no local do foro de eleição (local de sua 
sede), isso em detrimento ao domicílio do réu (em outro Estado). Diante da situação 
apresentada, como poderá agir o magistrado ao receber a inicial? (resposta exige fundamento 
jurídico) 
R- Tratando-se de bem imóvel, aplica-se o art. 47 , § 2º , do CPC , sendo competente o 
foro do local imóvel. Nesse caso, a regra é de competência absoluta. Então o 
magistrado deverá encaminhar o processo, ao foro onde o imóvel está localizado. 
4) Redija o endereçamento da demanda e justifique a competência (se é absoluta ou relativa?) 
para a propositura de “ações” nos seguintes casos: 
a) Ação de indenização para a reparação de danos ocorridos em razão de acidente de 
veículo,considerando que o acidente ocorreu em Fortaleza/CE, o réu reside em São Paulo e o 
autor na cidade de Londrina/PR. 
R- Local do incidente, ou domicilio do autor, Art 53 inciso V do CPC. “De domicílio do autor 
ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido em razão de delito ou acidente 
de veículos, inclusive aeronaves”. 
b) Ação de usucapião de imóvel – imóvel situado em Porto Nacional/TO, sendo certo que atual 
proprietário reside em São Paulo Capital. 
R- De acordo com o Art 47, que diz que “Para as ações fundadas em direito real sobre 
imóveis é competente o foro de situação da coisa. 
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não 
recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e 
de nunciação de obra nova. 
§ 2º A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem 
competência absoluta.” 
Portanto o foro da questão seria o de Porto Nacional. 
c) Lucas alugou determinado veículo a Antonio, celebrando as partes contrato escrito de 
locação de bem móvel. Findo o prazo, Antonio se recusou a realizar a devolução do bem. Lucas 
deseja ingressar com possessória para ter o veículo de volta. Lucas reside em Araçatuba/SP e 
Antonio em Americana/SP. 
R- De acordo com o Art 46, u. Art. 46, “A ação fundada em direito pessoal ou em direito real 
sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu”. Portanto, o foro 
deverá ser o da Americana/SP. 
d) Ação de despejo por falta de pagamento – o imóvel está situado em Cuiabá/MT, no entanto, 
o contrato prevê foro de eleição como sendo o domicílio do Autor (locador) em Petrópolis/RJ. 
R-Foro da eleição ou na ausência dela o local do imóvel. 
5) Em relação ao conflito de competência: (resposta exige fundamento jurídico) 
A) Em quais casos haverá conflito de competência? 
R- De acordo com o Art 66, Quando dois ou mais juízes se declaram competentes, ou 
incompetentes, atribuindo um ao outro a competência, e quando dois ou mais juízes se 
controvertem, em relação a reunião ou separação de processos. 
B) Quem tem legitimidade para arguir o conflito de competência? 
R- Art. 951. O conflito de competência pode ser suscitado por qualquer das partes, pelo 
Ministério Público ou pelo juiz. 
C) Como será processado o incidente de conflito de competência? 
R- Art. 953. O conflito será suscitado ao tribunal: 
I - pelo juiz, por ofício; 
II - pela parte e pelo Ministério Público, por petição. 
Parágrafo único. O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à 
prova do conflito. 
6) Laurinda propôs, na Comarca de Cabo Frio – RJ, ação contra Ricardo, na qual pretende ver 
decretado o divórcio do casal e partilhados os bens amealhados durante o convívio conjugal. 
Devidamente citado, Ricardo ofereceu contestação ao pedido de Laurinda. Contudo, no prazo 
que lhe foi conferido para apresentação de réplica, Laurinda apresentou pedido que visava o 
deslocamento da competência para julgamento da lide para a Comarca de Campina Grande – 
PB. Sustentou seu pleito na alegação de que passara a residir nessa cidade e que a 
competência para julgar a ação de divórcio dos cônjuges é do foro da residência da mulher, 
sendo necessário o julgamento da ação no local onde reside a parte presumidamente mais 
fraca. Considerando essa situação hipotética, responda, de forma fundamentada 
(fundamentação jurídica), às seguintes perguntas: 
(a) O caso implica competência absoluta ou relativa? 
R- É relativa quando ditada por interesses das partes. É o caso do domicílio do réu, da 
mulher. Na hipótese, a competência é relativa. 
(b) É possível o acolhimento do pedido de Laurinda, quanto ao deslocamento da competência? 
Sim, é possível. 
7) Defina o que é competência e quais as diferenças entre (In) competência absoluta e (In) 
competência relativa? Aponte no mínimo 04 diferenças. 
R- A competência, é o conjunto de limites, dos quais cada órgão pode exercer 
legitimamente, sua função jurídica. Entre alguns critérios da competência interna, alguns 
são criados em razão do interesse público da sociedade, já outros, há leis que o preveem, 
com o fim de proteger interesses particulares, na maioria. Aos primeiros dá-se o nome de 
critérios absolutos de fixação da competência, e aos segundos critérios relativos. A 
incompetência relativa, é causa de anulabilidade do processo, não pode ser decretada pelo 
juiz sem a autorização da parte, deve ser alegada em autos apartados do processo principal 
(exceção de incompetência)e se a parte não solicitar a anulação do processo na ocasião 
apropriada o processo será válido. Já a incompetência absoluta, é causa de nulidade do 
processo, por ser mais grave, é decretada pelo juiz, de oficio, sem necessidade das partes a 
alegarem, pode ser decretada em qualquer tempo e deve ser alegada na contestação como 
preliminar de mérito. 
8) No que se refere aos fenômenos da distribuição por dependência, conexão, continência e 
prevenção explique no que consiste cada um, apontando inclusive os seus fundamentos legais. 
R- A distribuição por dependência, se aplica em casos de continência, ou várias causas 
conexas. A competência para todas elas, está definida pelo juiz que se tornou competente 
para o primeiro processo. A distribuição dos feitos, será feita por dependência, e os feitos 
conexos, serão distribuídos ao mesmo juiz da causa anterior. Artigo 286 do Código de 
Processo Civil 
R- A distribuição por prevenção, é um fenômeno em que um órgão jurisdicional pode passar 
a ser competente para apreciar determinado processo. Seu objetivo, é dar maior 
racionalidade na divisão do trabalho e evitar conflitos de decisões, sobre um mesmo 
assunto. Art 59do CPC/15 
R- Conexão, é um mecanismo processual, que leva à reunião, duas ou mais ações, para que 
estas, sejam julgadas conjuntamente. Seus critérios são relativos ao elemento da ação, 
partes, pedido e causa de pedir. O julgador também deve questionar a suficiência de razões 
ou motivos para efetivar a reunião, favorecer a economia processual, e evitar decisões 
conflitantes. Art 55 do CPC/15 
R- Continência, se faz presente quando entre duas, ou mais ações houver identidade quanto 
às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das 
demais. Art 56 CPC/15

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