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SISTEMA DE ENSINO
NOÇÕES DE ÉTICA 
NO SERVIÇO 
PÚBLICO
Lei Anticorrupção - Lei n. 12.846/2013
Livro Eletrônico
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Diogo Surdi
Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Sumário
Lei Anticorrupção ...........................................................................................................4
1. Definições Éticas .........................................................................................................4
2. A Importância da Ética ............................................................................................... 7
3. Lei Anticorrupção ..................................................................................................... 10
3.1. Disposições Gerais ................................................................................................. 10
3.2. Dos Atos Lesivos à Administração Pública Nacional ou Estrangeira ...................... 15
3.3. Da Responsabilização Administrativa .....................................................................17
3.4. Do Processo Administrativo de Responsabilização ................................................ 19
3.5. Do Acordo de Leniência .........................................................................................22
3.6. Da Responsabilização Judicial ................................................................................26
3.7. Disposições Finais ................................................................................................ 28
Questões de Concurso .................................................................................................. 31
Gabarito ....................................................................................................................... 41
Gabarito Comentado .....................................................................................................42
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Diogo Surdi
Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Olá, tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, estudaremos dois importantes assuntos exigidos no edital do DEPEN: ini-
ciaremos a aula com o conhecimento das Disposições Éticas (compreendendo as definições 
de ética e moral e outros importantes conceitos). Após, estudaremos a Lei n. 12.846/2013, 
norma popularmente conhecida como Lei Anticorrupção.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
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Diogo Surdi
Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
LEI ANTICORRUPÇÃO
1. Definições Éticas
Para acertarmos a possível questão de ética, temos que, inicialmente, compreender o sig-
nificado da palavra ética, bem como as diferenças existentes entre ética e moral. Constante-
mente, tais conceitos são utilizados como sinônimos, o que não faz nenhum sentido.
A palavra Ética deriva do grego ethos, que tem o mesmo sentido de “modo de ser, caráter, 
costume”.
A palavra Moral, por sua vez, deriva do latim mos, significando “comportamento”.
Podemos conceituar ética como a disciplina filosófica que se 
ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que 
fundamentam a vida moral. Essa reflexão pode seguir as mais 
diversas direções, dependendo da concepção de homem que 
se toma como ponto de partida.
Da mesma forma, podemos conceituar moral como o conjun-
to dos costumes e juízos morais de um indivíduo ou de uma 
sociedade que possui caráter normativo.
Como exemplo, podemos analisar a situação hipotética do apedrejamento de mulheres por 
um grupo de muçulmanos.
Nesta situação, a ética se preocuparia em analisar o comportamento humano, que no exem-
plo seria o próprio apedrejamento, independente de que o provocou e do local onde o mesmo 
foi realizado.
Já a moral analisaria se o comportamento é cabível segundo as regras daquela sociedade. 
Neste sentido, temos que a virtude está inteiramente ligada ao conceito de moral, estando 
relacionada à capacidade das pessoas fazerem o bem e utilizarem-se da moral pessoal.
No exemplo do apedrejamento, percebemos que no Brasil ele não seria aceito, resultando, em 
caso de sua ocorrência, em diversas infrações.
No caso do Irã, por outro lado, ele seria perfeitamente cabível.
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Conseguimos perceber, com isso, que a ética é universal, enquanto a moral é cultural.
Para não restar dúvidas, vamos sintetizar os dois conceitos:
Questão 1 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se refere a ética, 
moral e valores, julgue o item a seguir.
O senso moral, por ser universal, independe da sociedade na qual o indivíduo está inserido.
Errado.
A moral está ligada ao comportamento. Logo, a definição do que é moral sempre levará em 
conta a sociedade e a cultura em que o indivíduo está inserido.
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NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Além dos conceitos de ética e de moral, devemos conhecer também as definições utiliza-
das para os valores e as virtudes.
Os valores, em linhas gerais, podem ser entendidos como os padrões de conduta man-
tidos por determinado indivíduo, que, para isso, levará em conta a sociedade na qual está 
inserido.
Os valores se diferenciam dos demais conceitos éticos na medida em que estão relacio-
nados com a subjetividade de cada indivíduo. Neste sentido, aquilo que é considerado de va-
lor ético para uma pessoa pode não ser para a outra, ou então o grau de importância conferido 
a determinados valores tende, quase sempre, a não ser o mesmo.
Importante mencionar que os valores são intimamente relacionados e influenciados pela 
cultura de cada pessoa. Assim, a depender de aspectos relacionados com a criação, com a 
base cultural, com a família e com os diversos grupos conhecidos ao longo da vida, cada pes-
soa forma uma espécie de “conjunto de valores” a ser seguido em sua vida.
Já as virtudes estão relacionadas com a capacidade do indivíduo, diante de duas alterna-
tivas, optar por aquela que é considerada a mais certa e justa. Logo, a virtude pode ser defini-
da como a propensão que as pessoas possuem para, com base nos valores, tomar decisões 
que sejam consideradas certas e honestas.
De acordo com Aristóteles, as virtudes podem ser classificadas em intelectuais e morais.
As virtudes intelectuais estão relacionadas com o ensino e o aprendizado ao longo do 
tempo. Logo, uma pessoa que sempre frequentou a escola, de acordo com o autor, tende a 
tomar decisões que estejam mais de acordo com as virtudes intelectuais do queuma pessoa, 
por exemplo, analfabeta.
As virtudes morais, por sua vez, são adquirida ao longo dos anos com a força do hábito, 
não dependendo, ao contrário do que ocorre com as virtudes intelectuais, de estudo ou co-
nhecimento prévio.
De acordo com a teoria do autor, até mesmo uma pessoa analfabeta pode vir a desempe-
nhar de uma melhor forma a virtude moral, algo que não ocorre, praticamente, com as virtudes 
intelectuais.
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2. a importância Da Ética
Já sabemos o significado de ética. Mas qual a razão de termos, no âmbito do serviço pú-
blico e privado, diversos Código de Ética regulando as diversas práticas que podem ou não ser 
praticadas pelos agentes públicos e demais colaboradores? Em outras palavras, não basta-
riam as diversas leis disciplinando os deveres e proibições a serem observados?
Para respondermos esta pergunta, temos que saber que todos os Códigos de Ética deri-
vam do Princípio da Moralidade.
Mas esta moral administrativa (que é o nosso objeto de estudo) difere em muitos aspec-
tos da moral comum. Enquanto a moralidade administrativa está ligada à ideia de boa ou má 
administração e aos preceitos éticos da probidade, decoro e boa-fé, a moral comum está ba-
seada unicamente na crença entre o bem e o mal.
Obs.: � Dessa forma, nota-se que a moral administrativa é um conceito bem mais amplo que 
o da moral comum.
E justamente por ser um conceito amplo é que surgem as principais dúvidas pertinentes 
a este princípio: Seria ele de caráter subjetivo ou objetivo? Em caso de desrespeito, teríamos 
anulação ou revogação?
Vamos lá! Já está pacificado na doutrina que o princípio da moralidade, ainda que dotado 
de certo grau de subjetivismo (pois certas situações podem depender do julgamento de cada 
administrador, que terá uma opinião sobre o ato ser ou não contrário à moralidade), o princí-
pio é de caráter objetivo.
E, por ser de caráter objetivo, a sua não observância acarreta a anulação do ato adminis-
trativo, e não a simples revogação. A anulação importa controle de legalidade, enquanto a 
revogação adentra apenas no mérito do ato, analisando os aspectos de conveniência e opor-
tunidade. Ato contrário ao princípio da moralidade, portanto, é ato nulo.
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Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
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Outra peculiaridade do princípio em estudo é que, ao listá-lo como princípio básico da 
Administração Pública, o legislador constitucional optou pela não juridicização das regras 
morais da sociedade.
E o que vem a ser essa não juridicização?
Simples, aluno(a)... Se a ideia do Poder Constituinte fosse a de ter uma sociedade onde 
todas as regras de comportamento fossem pautadas estritamente pelas leis, teríamos a ju-
ridicização. Nesta situação, bastaria aos agentes públicos obedecerem aos diversos manda-
mentos estabelecidos em leis para que suas condutas fossem consideradas morais.
Em resumo, bastaria que o Princípio da Legalidade fosse observado!
Ao incluir a Moralidade como princípio básico da Administração Pública, por outro lado, o 
legislador constitucional quis que os agentes públicos não apenas obedecessem às estritas 
regras previstas em lei, mas também que suas condutas fossem pautadas em padrões éticos 
de probidade, decoro e boa-fé.
Se a banca descrever uma determinada situação e pedir 
qual princípio que se aplica à situação narrada, certamente 
a resposta será moralidade, que possui como principais ca-
racterísticas os subprincípios da probidade, decoro, boa-fé 
e honestidade.
Questão 2 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se refere a ética, 
moral e valores, julgue o item a seguir.
Os juízos de valor, sob a perspectiva jurídica, enunciam ações segundo o critério de legalidade 
ou ilegalidade da conduta.
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Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
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Certo.
Sob a ótica jurídica, a definição de valor leva em conta, apenas, o que é legal ou ilegal. Na ética, 
o campo de aplicação é maior, tentando compreender também aspectos ligados à moralidade 
ou imoralidade do indivíduo.
Caso, contudo, a banca queira exigir um assunto ligado aos dois assuntos (ética e moral), 
certamente exigirá o conteúdo da Súmula Vinculante n. 13. Tal súmula foi editada pelo STF, 
sendo conhecida como “súmula antinepotismo”.
Súmula Vinculante n. 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma 
pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de car-
go em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta 
e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, 
compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
E o que devemos saber sobre esta Súmula?
Primeiramente, claro, que seu desrespeito apresenta infração ao Princípio da Moralidade. 
Além disso, que a súmula NÃO se aplica à nomeação de agentes políticos (como, por exemplo, 
os Secretários e Ministros), que podem ser nomeados livremente pelos Chefes do Executivo.
Se o Prefeito quiser nomear, a título de exemplo, o seu irmão como Secretário Municipal, pode 
livremente o fazer, sem que isso acarrete infração à Súmula Vinculante n. 13.
Para finalizar, é preciso apenas mencionar que inúmeros são os instrumentos aptos a 
coibir a vedação à moralidade administrativa. Dentre eles, se destaca a Ação Popular, que 
encontra respaldo na Constituição Federal (art. 5º, LVIII):
Art. 5º, LVIII – Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, 
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, 
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
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3. Lei anticorrupção
3.1. Disposições Gerais
A Lei n. 12.846/2013, popularmente conhecida como “lei anticorrupção”, é a norma res-
ponsável por estabelecer as regras relativas à responsabilização administrativa e civil de pes-
soas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
Cumpre salientar, inicialmente, que duas são as diferentes esferas deresponsabilização 
que as pessoas jurídicas (e, como veremos posteriormente) os diretores pessoas físicas, es-
tão sujeitos: administrativa e civil.
Neste sentido, pode-se afirmar que a responsabilização administrativa implica em res-
trições na relação com a Administração Pública, ao passo que a responsabilização civil está 
relacionada com o pagamento de multa ou outros valores financeiros.
O campo de aplicação da Lei n. 12.846 é bastante extenso, de forma que as disposi-
ções da norma podem ser aplicadas às sociedades empresárias e às sociedades simples, 
personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou modelo societá-
rio adotado.
Estão sujeitas às disposições da lei anticorrupção, ainda, quaisquer fundações, asso-
ciações de entidades ou pessoas, bem como sociedades estrangeiras que tenham sede, 
filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que 
temporariamente.
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A responsabilização das pessoas jurídicas pela prática de atos contra a Administração 
Pública é objetiva, não dependendo, para a caracterização do ato lesivo, da existência de dolo 
(intenção) ou culpa.
A lógica da responsabilidade objetiva é bastante diferente da responsabilização subjetiva.
A responsabilização subjetiva é assim denominada pelo fato de haver a necessidade de 
comprovação da culpa ou do dolo daquele que praticou a infração.
Na responsabilização objetiva, não há a necessidade de tal comprovação. Uma vez come-
tido o ato lesivo, ainda que este não seja resultante de culpa ou dolo, teremos a responsabili-
zação da pessoa jurídica.
Em plena sintonia com o que acabamos de expor é a redação do artigo 2º da norma em 
estudo:
Art. 2º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e 
civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou 
não.
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É extremamente importante frisar que a responsabilidade objetiva é direcionada, ape-
nas, para as pessoas jurídicas. Isso porque as disposições da Lei n. 12.846 estabelecem 
a possibilidade de responsabilização, adicionalmente, dos dirigentes, administradores ou 
demais pessoas naturais que se encontrem na condição de autora, coautora ou partícipe 
do ato ilícito.
No entanto, com relação às pessoas físicas, a responsabilização não é objetiva, mas sim 
subjetiva.
Em outros termos, é correto afirmar que, para a responsabilização das pessoas físicas 
pelos atos ilícitos contra a Administração Pública, deve ser levado em conta, pelo menos, a 
existência de culpa.
Como trata-se de informação essencial para a compreensão das disposições da lei em 
análise, vamos sedimentar tais definições:
Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de 
seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partí-
cipe do ato ilícito.
§ 1º A pessoa jurídica será responsabilizada independentemente da responsabilização individual 
das pessoas naturais referidas no caput.
§ 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida 
da sua culpabilidade.
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Mas o que será que acontece quando a pessoa jurídica que cometeu um ato ilícito contra 
a Administração Pública é objeto de fusão, incorporação, transformação, cisão ou, ainda, al-
teração contratual?
Em todas as situações elencadas, a responsabilidade, nos termos da Lei n. 12.846, conti-
nuará existindo. Nos casos de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será 
restrita à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
Ainda assim, o valor da multa estará limitado ao limite do patrimônio transferido, não lhe 
sendo aplicáveis as demais sanções previstas em lei para os atos e fatos ocorridos antes da 
data da realização da fusão ou da incorporação.
Em caráter de exceção, temos as situações de simulação e aquelas realizadas com o ob-
jetivo de fraudar algum tipo de responsabilidade.
Nestas hipóteses, desde que devidamente comprovado, a responsabilização alcança a 
empresa sucessora.
Neste mesmo sentido, a norma determina que as sociedades controladoras, controladas, 
coligadas ou, no âmbito do respectivo contrato, as consorciadas serão solidariamente res-
ponsáveis pela prática dos atos ilícitos contra a Administração Pública, restringindo-se tal 
responsabilidade à obrigação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado.
São vários detalhes, não é mesmo? Nada melhor do que esquematizarmos tudo isso.
1º) Regra geral: na hipótese de alteração contratual, transformação, incorporação, fusão 
ou cisão societária, a responsabilidade da pessoa jurídica continuará existindo;
2º) Situações de fusão ou de incorporação: a empresa sucessora, como regra geral, será 
responsável, apenas, pelo pagamento de multa e reparação integral do dano. Neste caso, o 
valor da multa não poderá ser superior ao limite do patrimônio transferido.
3º) Quando a fusão ou a incorporação for simulada ou realizada com o objetivo de frau-
dar a responsabilidade: nestas situações, desde que devidamente comprovada a irregulari-
dade, a eventual empresa sucessora arcará com toda a responsabilidade pelos atos ilícitos 
cometidos.
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4º) Sociedades controladoras, controladas, coligadas ou, no âmbito do respectivo con-
trato, as consorciadas: são solidariamente responsáveis pela prática dos atos ilícitos contra 
a Administração Pública, restringindo-se tal responsabilidade à obrigação de pagamento de 
multa e reparação integral do dano causado.
Questão 3 (CESPE/AP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) A respeito da responsabilização de 
pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o item subsequen-
te, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n. 12.846/2013).
Nas hipóteses de fusão e incorporação societária legalmente promovida, a responsabilização 
da pessoa jurídica sucessora restringe-se à obrigação de pagamento de multas e à reparação 
integral de dano, até o limite do patrimônio transferido.
Certo.
Nas hipóteses de fusão e incorporação, e desde que as medidas sejam feitas de forma legal 
(sem fraudes), a responsabilidadeda sucessora será restrita à obrigação de pagamento de 
multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido.
Art. 4º Subsiste a responsabilidade da pessoa jurídica na hipótese de alteração contratual, trans-
formação, incorporação, fusão ou cisão societária.
§ 1º Nas hipóteses de fusão e incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita à obri-
gação de pagamento de multa e reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio 
transferido, não lhe sendo aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e 
fatos ocorridos antes da data da fusão ou incorporação, exceto no caso de simulação ou evidente 
intuito de fraude, devidamente comprovados.
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3.2. Dos atos Lesivos à aDministração púbLica nacionaL ou estranGeira
Para os fins de responsabilização, são considerados atos lesivos à Administração Públi-
ca todos aqueles que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra 
princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais assumidos 
pelo Brasil.
Importante salientar que serão considerados atos lesivos não apenas aqueles praticados 
contra a Administração Pública nacional, mas sim também contra a Administração Pública 
estrangeira.
Neste sentido, considera-se administração pública estrangeira os órgãos e entidades es-
tatais ou representações diplomáticas de país estrangeiro, de qualquer nível ou esfera de 
governo, bem como as pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder 
Público de país estrangeiro.
Equiparam-se à administração pública estrangeira, para fins de responsabilização, as or-
ganizações públicas internacionais.
Outro conceito que merece importância é o de agente público estrangeiro. De acordo 
com a Lei n. 12.846, considera-se agente público estrangeiro, para todos os efeitos, quem, 
ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerça cargo, emprego ou função pública 
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em órgãos, entidades estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro, assim 
como em pessoas jurídicas controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público de país 
estrangeiro ou em organizações públicas internacionais.
Vejamos, de acordo com a Lei n. 12.846, a lista de atos que são considerados lesivos à 
Administração Pública:
I – prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público, ou a 
terceira pessoa a ele relacionada;
II – comprovadamente, financiar, custear, patrocinar ou de qualquer modo subvencionar a prática 
dos atos ilícitos previstos nesta Lei;
III – comprovadamente, utilizar-se de interposta pessoa física ou jurídica para ocultar ou dissimu-
lar seus reais interesses ou a identidade dos beneficiários dos atos praticados;
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IV – no tocante a licitações e contratos:
a) frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter com-
petitivo de procedimento licitatório público;
b) impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de procedimento licitatório público;
c) afastar ou procurar afastar licitante, por meio de fraude ou oferecimento de vantagem de qual-
quer tipo;
d) fraudar licitação pública ou contrato dela decorrente;
e) criar, de modo fraudulento ou irregular, pessoa jurídica para participar de licitação pública ou 
celebrar contrato administrativo;
f) obter vantagem ou benefício indevido, de modo fraudulento, de modificações ou prorrogações de 
contratos celebrados com a administração pública, sem autorização em lei, no ato convocatório da 
licitação pública ou nos respectivos instrumentos contratuais; ou
g) manipular ou fraudar o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos celebrados com a admi-
nistração pública;
V – dificultar atividade de investigação ou fiscalização de órgãos, entidades ou agentes públicos, 
ou intervir em sua atuação, inclusive no âmbito das agências reguladoras e dos órgãos de fiscali-
zação do sistema financeiro nacional.
3.3. Da responsabiLização aDministrativa
No âmbito administrativo, duas são as sanções que podem ser aplicadas às pessoas jurí-
dicas em virtude do cometimento de atos lesivos à Administração Pública, sendo elas:
a) multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento 
bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos os 
tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;
b) publicação extraordinária da decisão condenatória.
As sanções aqui previstas deverão ser aplicadas de forma fundamentada, isolada ou 
cumulativamente, de acordo com as peculiaridades do caso concreto e com a gravidade e 
natureza das infrações.
Antes da aplicação das sanções, deverá a Administração Pública acionar a Advocacia Pú-
blica ou o órgão de assistência jurídica. Tais órgãos serão os responsáveis pela elaboração 
da manifestação jurídica.
Obs.: � Independente da aplicação das sanções, deverá a pessoa jurídica que cometeu o ato 
lesivo, obrigatoriamente, realizar a reparação integral do dano causado.
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Como visto, duas são as sanções passíveis de aplicação no âmbito administrativo. Com 
relação à multa, o legislador se preocupou em não deixar “brechas” para que uma possível 
alegação de impossibilidade de utilização do faturamento bruto pudesse resultar na não 
aplicação da sanção.
Assim, sempre que não for possível mensurar a multa com base no faturamento bruto 
da empresa, o valor desta será de R$ 6 mil a R$ 60 milhões.
A publicação extraordinária da decisão condenatória, por sua vez, ocorrerá na forma de 
extrato de sentença, a expensas da pessoa jurídica, em meios de comunicação de grande 
circulação na área da prática da infração e de atuação da pessoa jurídica.
Na falta de meio de comunicação de grande circulação, a publicação deverá ser feita 
das seguintes maneiras:
• Em veículo de circulação nacional;
• Por meio de afixação de edital, de modo visível ao público, pelo prazo mínimo de 30 
dias, no próprio estabelecimento ou no local de exercício da atividade;
• No sítio eletrônico na rede mundial de computadores.
No momento da aplicação das sanções (que, como já sabemos, são a multa e apublica-
ção extraordinária da decisão condenatória), certas circunstância serão levadas em conta, 
podendo resultar no agravamento ou na redução da penalidade.
Art. 7º Serão levados em consideração na aplicação das sanções:
I – a gravidade da infração;
II – a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator;
III – a consumação ou não da infração;
IV – o grau de lesão ou perigo de lesão;
V – o efeito negativo produzido pela infração;
VI – a situação econômica do infrator;
VII – a cooperação da pessoa jurídica para a apuração das infrações;
VIII – a existência de mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo 
à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito 
da pessoa jurídica;
IX – o valor dos contratos mantidos pela pessoa jurídica com o órgão ou entidade pública lesa-
dos;
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3.4. Do processo aDministrativo De responsabiLização
Como a responsabilização das pessoas jurídicas pelos atos lesivos à Administração Pú-
blica envolve a aplicação de sanções, nada mais natural do que a instauração de processo 
administrativo com o objetivo de verificar se houve ou não a prática de tais atos.
Por meio do processo administrativo, o particular consegue saber quais os fatos que estão 
sendo alegados contra ele, podendo exercer as garantias do contraditório e da ampla defesa.
Com relação à instauração e ao julgamento do processo administrativo, determina a Lei 
n. 12.846 que ambas as providências são competências da autoridade máxima de cada órgão 
ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A instauração poderá ocorrer tanto de ofício, ou seja, por interesse direto do órgão ou en-
tidade, ou mediante provocação de terceiros.
Importante salientar que a competência para a instauração e o julgamento do processo 
administrativo de apuração de responsabilidade da pessoa jurídica poderá ser delegada, sen-
do vedada a subdelegação.
No âmbito do Poder Executivo federal, a Controladoria-Geral da União terá competência con-
corrente para instaurar processos administrativos de responsabilização de pessoas jurídicas 
ou para avocar os processos instaurados com o objetivo de examinar a sua regularidade ou, 
ainda, para corrigir o andamento do processo.
Com relação às fases processuais, pode-se afirmar que o processo administrativo segue 
as seguintes fases:
1º) Como já informado, a instauração do processo compete, como regra geral, à autorida-
de máxima do órgão ou da entidade dos Poderes da República.
2º) Após a instauração, o processo administrativo será conduzido por comissão designa-
da pela autoridade instauradora e composta por 2 ou mais servidores estáveis.
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3º) O ente público, por meio do seu órgão de representação judicial, ou equivalente, a pe-
dido da comissão, poderá requerer as medidas judiciais necessárias para a investigação e o 
processamento das infrações, inclusive de busca e apreensão.
4º) A comissão poderá, cautelarmente, propor à autoridade instauradora que suspenda os 
efeitos do ato ou processo objeto da investigação.
5º) Será concedido à pessoa jurídica o prazo de 30 dias para defesa, contados a partir da 
intimação.
6º) O processo administrativo, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade 
instauradora, para julgamento.
7º) O julgamento, assim como ocorre com a instauração, deve ser realizado, como regra 
geral, pela autoridade máxima do órgão ou da entidade dos Poderes da República.
8º) A instauração de processo administrativo específico de reparação integral do dano 
não prejudica a aplicação imediata das sanções estabelecidas em lei.
9º) Concluído o processo e não havendo pagamento, o crédito apurado será inscrito em 
dívida ativa da fazenda pública.
10º) A comissão designada para apuração da responsabilidade de pessoa jurídica, após a 
conclusão do procedimento administrativo, dará conhecimento ao Ministério Público de sua 
existência, para apuração de eventuais delitos.
A comissão deverá concluir o processo no prazo de 180 dias, que serão contados da data 
da publicação do ato que a instituir e, ao final, apresentar relatório sobre os fatos apurados, 
bem como sobre a eventual responsabilidade da pessoa jurídica, sugerindo, de forma motiva-
da, as sanções a serem aplicadas.
O prazo de 180 dias poderá, em caso de necessidade, ser prorrogado mediante ato funda-
mentado da autoridade instauradora.
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A norma estabelece que, nos processos de responsabilização relacionados com os atos 
ilícitos praticados contra a administração pública estrangeira, a autoridade competente para 
a apuração e o julgamento será a Controladoria-Geral da União.
Um grande avanço da norma, sem dúvida, foi a possibilidade de desconsideração da per-
sonalidade jurídica sempre que a autoridade verificar que foi feito uso de abuso de poder para 
facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos, ou então para provocar confusão 
patrimonial.
Em linhas gerais, a possibilidade de desconsideração da personalidade consiste em res-
ponsabilizar os sócios da empresa quando esta não tiver condições de arcar com o pagamen-
to dos valores sancionados.
Por meio da desconsideração, o patrimônio dos sócios vem à tona, podendo ser utilizado, 
desde que atendidos os demais requisitos, para o cumprimento da dívida não paga pela empre-
sa.
Em outros termos, todos os efeitos das sanções aplicadas à pessoa jurídica são estendi-
dos aos seus administradores e sócios com poderes de administração, observados, em todo 
caso, as garantias do contraditório e a ampla defesa.
No entanto, a desconsideração da personalidade jurídica não pode ser feita de qualquer 
forma. Diversamente, a medida apenas pode ser utilizada quando estivermos diante de uma 
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conduta utilizada com o objetivo facilitar, encobrir ou dissimular a prática dos atos ilícitos, ou 
então para provocar confusão patrimonial.
3.5. Do acorDo De Leniência
De todos os institutos presentes na Lei n. 12.846, o acordo de leniência é, sem dúvida, o 
mais peculiar. Em linhas gerais, o acordo de leniência constitui-se na já conhecida delação 
premiada. Por meio do acordo, as pessoas jurídicas responsáveis pela prática dos atos ilícitospodem colaborar com as investigações realizadas pelo Poder Público.
Como contrapartida, as pessoas jurídicas ficam isentas das sanções de publicação ex-
traordinária da decisão condenatória e da vedação ao recebimento de incentivos, subsídios, 
subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições fi-
nanceiras públicas ou controladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máximo 
de 5 (cinco) anos.
Além disso, as pessoas jurídicas que formalizam acordo de leniência têm uma redução de 
até 2/3 (dois terços) do valor da eventual multa aplicável.
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Contudo, para que o acordo de leniência seja possível de ser formalizado, certos requisi-
tos devem ser atendidos, cumulativamente, pela pessoa jurídica, sendo eles:
a) a pessoa jurídica deve ser a primeira a se manifestar sobre seu interesse em cooperar 
para a apuração do ato ilícito. Em outros termos, a vontade de colaborar com as investigações 
deve ser de iniciativa da pessoa jurídica.
b) a pessoa jurídica deve cessar completamente o seu envolvimento na infração investi-
gada a partir da data de propositura do acordo;
c) a pessoa jurídica deve admitir a sua participação no ilícito investigado, cooperando ple-
namente e permanentemente com as investigações e com o processo administrativo. Deve a 
pessoa jurídica comparecer, sob suas expensas, sempre que solicitada, a todos os atos pro-
cessuais, até seu encerramento.
Como não poderia deixar de ser, a celebração de acordo de leniência não exime a pessoa 
jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.
Para não atrapalhar nas investigações, a proposta de acordo de leniência somente se tor-
nará pública após a efetivação do respectivo acordo, salvo no interesse das investigações e 
do processo administrativo.
Com a celebração do acordo de leniência, temos a interrupção do prazo prescricional le-
galmente previsto para os atos ilícitos.
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Se a pessoa jurídica formalizar proposta de acordo de leniência e esta for negada pela 
Administração Pública, a eventual negativa não importará em reconhecimento da prática, por 
parte da pessoa jurídica, do ato ilícito investigado.
Caso a pessoa jurídica, após a celebração de acordo de leniência, deixe de cumprir com 
as regras do acordo, ficará ela impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 anos, que 
serão contados do conhecimento, pela Administração Pública, do referido descumprimento.
Questão 4 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Considerando as disposições acerca 
do acordo de leniência estabelecidas na Lei n. 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), julgue o pró-
ximo item.
Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a pessoa jurídica deverá ficar impedida 
de celebrar novo acordo pelo prazo de três anos, contados do conhecimento pela administra-
ção pública do referido descumprimento.
Certo.
De acordo com o § 8º do artigo 16, “Em caso de descumprimento do acordo de leniência, a 
pessoa jurídica ficará impedida de celebrar novo acordo pelo prazo de 3 (três) anos contados 
do conhecimento pela administração pública do referido descumprimento”.
Obs.: � A Controladoria-Geral da União é o órgão competente para celebrar os acordos de 
leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos 
praticados contra a Administração Pública estrangeira.
Em seu artigo 17, a Lei n. 12.846 prevê a possibilidade de celebração de acordo de leniên-
cia com a pessoa jurídica responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei das Licitações.
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Art. 17. A administração pública poderá também celebrar acordo de leniência com a pessoa jurídi-
ca responsável pela prática de ilícitos previstos na Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, com vistas 
à isenção ou atenuação das sanções administrativas estabelecidas em seus arts. 86 a 88.
Sendo assim, vamos a uma rápida revisão acerca das sanções que podem ser aplicadas 
(e, consequentemente, objeto de acordo de leniência) para os particulares licitantes.
Devido ao regime jurídico a que estão sujeitos os contratos administrativos, a administra-
ção dispõe da prerrogativa de, em caso de irregularidades, aplicar certas sanções aos contra-
tados no caso de inexecução total ou parcial do contrato.
Tais sanções, em plena consonância com o princípio da autotutela, não precisam de auto-
rização do judiciário para a sua aplicação, transitando exclusivamente na órbita administrati-
va. O único requisito que deve ser observado é que antes da aplicação da sanção a adminis-
tração deve assegurar ao contratado as garantias do contraditório e da ampla defesa.
Nos termos da Lei n. 8.666, são as seguintes as sanções que podem ser aplicadas pela 
administração:
a) Advertência;
b) Multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
c) Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a 
administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
d) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública en-
quanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabi-
litação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que 
o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo 
da sanção aplicada com base no inciso anterior.
Merece destaque, acerca das penalidades passíveis de aplicação, o fato de a suspensão 
temporária não poder exceder o prazo de 2 anos, ao passo que a declaração de inidoneidade, 
em sentido oposto, possui como prazo mínimo para aplicação o referido prazo, ou seja, 2 
anos.
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As sanções administrativas acima elencadas podem, quando objeto de acordo de leniên-
cia com a pessoa jurídica, ser objeto de isenção ou de atenuação da penalidade.
3.6. Da responsabiLização JuDiciaL
Até o momento, vimos que a prática de atos ilícitos contra a Administração Pública pode 
dar ensejo à responsabilização na órbita administrativa, podendo implicar, após a instauração 
de processo administrativo, em diversas sanções.
No entanto, estabelece a Lei Anticorrupção, também, a possibilidade de responsabilização 
na esfera judicial.
Neste sentido, a normaestabelece como legitimados para o ajuizamento da presente 
ação a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas 
Advocacias Públicas ou órgãos de representação judicial ou equivalentes, e, ainda, o Mi-
nistério Público.
A ação judicial tem por objetivo a aplicação das seguintes sanções à pessoa jurídica infra-
tora:
• Perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito direta 
ou indiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de 
boa-fé;
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• Suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
• Dissolução compulsória da pessoa jurídica;
• Proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de 
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo 
poder público, pelo prazo mínimo de 1 ano e máximo de 5 anos.
Assim como acontece com as sanções administrativas, as sanções decorrentes de ação 
judicial podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente.
Quando a ação judicial for proposta pelo Ministério Público, as sanções administrativas (apli-
cação de multa e publicação extraordinária da decisão condenatória) poderão ser aplicadas 
sem prejuízo das sanções judiciais.
Para isso, deverá ser comprovado que houve omissão das autoridades competentes para 
promover a responsabilização administrativa.
Como visto, uma das sanções judiciais é a dissolução compulsória da pessoa jurídica. 
Dada a gravidade da medida, a sanção em questão apenas poderá ser aplicada nas seguintes 
situações:
a) ter sido a personalidade jurídica utilizada de forma habitual para facilitar ou promover 
a prática de atos ilícitos;
b) ter sido constituída para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos 
beneficiários dos atos praticados.
Como medida acautelatória e destinada a evitar que o particular condenado dilapide seus 
bens e não tenha condições de pagar a multa ou a reparação integral do dano causado, pode 
o Ministério Público ou a Advocacia Pública ou órgão de representação judicial, ou equiva-
lente, do ente público, solicitar a indisponibilidade de bens, direitos ou valores necessários à 
garantia do pagamento.
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Para facilitar a compreensão e diferenciação, relaciono abaixo as sanções administrativas 
e judiciais que podem ser aplicadas às pessoas jurídicas em decorrência do cometimento de 
atos contra a Administração Pública.
Sanções Administrativas Sanções Judiciais
a) multa, no valor de 0,1% (um décimo por 
cento) a 20% (vinte por cento) do fatura-
mento bruto do último exercício anterior ao 
da instauração do processo administrativo, 
excluídos os tributos, a qual nunca será infe-
rior à vantagem auferida, quando for possível 
sua estimação;
b) publicação extraordinária da decisão con-
denatória
a) perdimento dos bens, direitos ou valores que repre-
sentem vantagem ou proveito direta ou indiretamente 
obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de 
terceiro de boa-fé;
b) suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
c) dissolução compulsória da pessoa jurídica;
d) proibição de receber incentivos, subsídios, subven-
ções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades 
públicas e de instituições financeiras públicas ou con-
troladas pelo poder público, pelo prazo mínimo de 1 ano 
e máximo de 5 anos.
3.7. Disposições finais
Como forma de reunir e dar publicidade às sanções aplicadas pelos órgãos ou entidades 
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo, a Lei n. 12.846 
determina que será criado, no âmbito do Poder Executivo Federal, o Cadastro Nacional de 
Empresas Punidas – CNEP.
Devem os órgãos e entidades dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as 
esferas de governo informar e manter atualizados, no CNEP, os dados relativos às sanções 
por eles aplicadas.
O CNEP conterá, entre outras, as seguintes informações acerca das sanções aplicadas:
a) razão social e número de inscrição da pessoa jurídica ou entidade no Cadastro Nacio-
nal da Pessoa Jurídica - CNPJ;
b) tipo de sanção; e
c) data de aplicação e data final da vigência do efeito limitador ou impeditivo da sanção, 
quando for o caso.
Sempre que possível, a celebração de acordo de leniência deverá constar no CNEP. A me-
dida apenas não será aplicada quando o cadastramento das informações puder comprometer 
o sigilo das investigações ou do processo administrativo.
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Em caso de descumprimento do acordo de leniência, por parte da pessoa jurídica, deverá 
ser incluída no CNEP informações acerca do efetivo descumprimento.
Os registros das sanções e acordos de leniência serão excluídos depois de decorrido o 
prazo previamente estabelecido no ato sancionador ou do cumprimento integral do acordo de 
leniência e da reparação do eventual dano causado, mediante solicitação do órgão ou entida-
de sancionadora.
Falamos, até o momento, do CNEP. Agora, vamos conhecer o CEIS - Cadastro Nacional de 
Empresas Inidôneas e Suspensas.
Ao contrário do que ocorre com o CNEP, que é um cadastro destinado ao registro de in-
formações relacionadas com a aplicação de sanções previstas nesta norma, o CEIS já existia 
antes da edição da Lei n. 12.846, sendo destinado ao registro das sanções decorrentes de 
infrações cometidas no âmbito das licitações e contratos administrativos.
Neste sentido, a Lei Anticorrupção determina que os órgãos ou entidades dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário de todas as esferas de governo deverão informar e manter 
atualizados, para fins de publicidade, no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Sus-
pensas - CEIS, de caráter público, instituído no âmbito do Poder Executivo federal, os dados 
relativos às sanções por eles aplicadas, nos termos do disposto nos arts. 87 e 88 da Lei n. 
8.666, de 21 de junho de 1993.
Vejamos as demais informações apresentadas nas “Disposições Finais” da Lei Anticor-
rupção...
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a) A multa e o perdimento de bens, direitos ou valores aplicados com fundamento 
no texto da Lei n. 12.846 serão destinados, preferencialmente, aos órgãos ou entidades 
públicas lesadas.
b) Prescrevem em 5 anos as infrações previstas na norma emestudo, prazo este que terá 
início da data da ciência da infração ou, no caso de infração permanente ou continuada, do 
dia em que tiver cessado. Na esfera administrativa ou judicial, a prescrição será interrompida 
com a instauração de processo que tenha por objeto a apuração da infração.
c) As disposições da Lei n. 12.846 aplicam-se aos atos lesivos praticados por pessoa ju-
rídica brasileira contra a administração pública estrangeira, ainda que cometidos no exterior.
d) A aplicação das sanções previstas nesta lei não afeta os processos de responsabili-
zação e aplicação de penalidades específicos, tais como os decorrentes do cometimento de 
improbidade administrativa (que é regido pela Lei n. 8.429) e dos atos ilícitos praticados no 
âmbito das licitações públicas (regidos pelas regras da Lei n. 8.666 ou, quando estivermos 
diante do Regime Diferenciado de Contratações, pela Lei n. 12.462).
e) A autoridade competente que, tendo conhecimento das infrações previstas na norma, 
não adotar providências para a apuração dos fatos será responsabilizada penal, civil e admi-
nistrativamente nos termos da legislação específica aplicável.
f) A pessoa jurídica será representada no processo administrativo na forma do seu esta-
tuto ou contrato social.
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Lei Anticorrupção – Lei n. 12.846/2013
NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/AJ/TJ-PA/ADMINISTRATIVA/2020) No que se refere ao acordo de leni-
ência previsto na Lei n. 12.846/2013, assinale a opção certa.
a) A proposta de acordo de leniência suspende o prazo prescricional dos atos ilícitos previs-
tos na referida lei.
b) O termo final para a prática dos atos infracionais pela pessoa jurídica é a celebração do 
acordo de leniência.
c) A celebração do acordo de leniência isenta a pessoa jurídica da sanção de multa.
d) O acordo de leniência não exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o 
dano causado.
e) A celebração dos acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal é de compe-
tência exclusiva do Ministério Público Federal.
Questão 2 (CESPE/AUX J./TJ-PA/2020) Considerando o disposto na Lei n. 12.846/2013, 
assinale a opção certa.
a) As regras da referida lei são inaplicáveis às fundações privadas.
b) A responsabilização das pessoas jurídicas é subjetiva.
c) Na hipótese de fusão, a sucessora poderá ser responsabilizada por ressarcir valores supe-
riores ao montante total do patrimônio transferido.
d) O limite para a sanção de multa será de 40% do faturamento líquido do ano anterior à ins-
tauração do processo administrativo sancionador.
e) Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na me-
dida da sua culpabilidade.
Questão 3 (CESPE/PJ/MPE-CE/2020) De acordo com a Lei Anticorrupção (Lei n. 
12.846/2013), acordo de leniência celebrado na esfera administrativa entre a administração 
pública e pessoa jurídica de direito privado, em razão da identificação de conduta ilícita pre-
vista na referida norma,
a) não tem o condão de eximir a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano 
causado na esfera cível.
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b) é legítimo somente se houver comprovação de conduta culposa da pessoa jurídica envol-
vida em ato de corrupção contra a administração pública.
c) é nulo de pleno direito, porque somente pode ser feito em sede de processo judicial.
d) isenta integralmente a multa aplicável pela conduta que for objeto do acordo e deve obri-
gatoriamente ser mantido em sigilo até o término de seu cumprimento integral.
e) suspende o prazo prescricional para responsabilização dos atos ilícitos previstos na Lei 
Anticorrupção, desde que seja ratificado pelo Ministério Público.
Questão 4 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Considerando as disposições acerca 
do acordo de leniência estabelecidas na Lei n. 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), julgue o pró-
ximo item.
A proposta de acordo de leniência rejeitada não implica reconhecimento da prática do ato 
ilícito investigado.
Questão 5 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Considerando as disposições acerca 
do acordo de leniência estabelecidas na Lei n. 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), julgue o pró-
ximo item.
A celebração do acordo de leniência exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integral-
mente dano causado.
Questão 6 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/DIREITO/2020) Considerando as disposições acerca 
do acordo de leniência estabelecidas na Lei n. 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), julgue o pró-
ximo item.
Celebrado o acordo de leniência, fica suspenso o prazo prescricional dos atos ilícitos previs-
tos na referida lei.
Questão 7 (CESPE/AP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) A respeito da responsabilização de 
pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o item subsequen-
te, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n. 12.846/2013).
Atos lesivos praticados contra a administração direta por sociedade simples nacional não 
personificada e que atentem contra compromissos internacionais assumidos pelo Brasil são 
passíveis de apuração por meio da instauração de processo administrativo, que pode ser de-
flagrado de ofício pela autoridade máxima do órgão.
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Questão 8 (CESPE/AP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) A respeito da responsabilização de 
pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o item subsequen-
te, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n. 12.846/2013).
As sociedades empresárias consorciadas por força de contrato administrativo são responsá-
veis solidárias entre si por atos de improbidade administrativa, respondendo irrestritamente 
umas pelas outras nos âmbitos administrativo, civil e criminal.
Questão 9 (CESPE/AP/PGE-PE/CALCULISTA/2019) A respeito da responsabilização de 
pessoa jurídica pela prática de atos contra a administração pública, julgue o item subsequen-
te, à luz da Lei Anticorrupção (Lei n. 12.846/2013).
Para avaliar a graduação da sanção administrativa a ser aplicada, a autoridade competente 
está impedida de considerar parâmetros referentes ao estado econômico do infrator, devendo 
se restringir ao dano ao erário efetivamente apurado.
Questão 10 (CESPE/ACI/COGE-CE/CORREIÇÃO/2019) As sociedades empresárias e as fun-
dações brasileiras ou estrangeiras sediadas no território brasileiro serão responsabilizadas 
objetivamente pelos atos lesivos que praticarem, desde que
a) sejam direta e exclusivamente beneficiárias do ato.
b) os atos decorram de incorporação societária, sendo afastada a responsabilização no caso 
de fusão societária.
c) ocorra a responsabilização individual das pessoas físicas que compõem a pessoa jurídica.
d) a responsabilidade das consorciadas se limite à obrigação de pagamento de multa e repa-
raçãointegral do dano causado.
e) a cisão societária preveja a responsabilidade da pessoa jurídica.
Questão 11 (CESPE/ASS. P./PGE-PE/2019) Considerando as Leis n. 12.846/2013 e n. 
16.309/2018, que tratam, respectivamente, de responsabilização de pessoas jurídicas pela 
prática de atos contra a administração pública e do processo administrativo de responsabili-
zação (PAR), julgue o item a seguir.
A responsabilidade civil das pessoas jurídicas é subjetiva; depende, portanto, da análise de 
dolo ou culpa na prática da conduta lesiva.
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Questão 12 (CESPE/ASS. P./PGE-PE/2019) Considerando as Leis n. 12.846/2013 e n. 
16.309/2018, que tratam, respectivamente, de responsabilização de pessoas jurídicas pela 
prática de atos contra a administração pública e do processo administrativo de responsabili-
zação (PAR), julgue o item a seguir.
A responsabilização por atos ilícitos apurados, cometidos por pessoas naturais que exercem 
a administração de sociedades empresárias, será aplicada conforme a culpabilidade da pes-
soa.
Questão 13 (CESPE/ASS. P./PGE-PE/2019) Considerando as Leis n. 12.846/2013 e n. 
16.309/2018, que tratam, respectivamente, de responsabilização de pessoas jurídicas pela 
prática de atos contra a administração pública e do processo administrativo de responsabili-
zação (PAR), julgue o item a seguir.
Para apurar ilícitos administrativos lesivos a licitações e contratos públicos, admite-se ao 
Poder Executivo estadual celebrar acordo de leniência com as pessoas jurídicas que tenham 
participado do certame, desde que a colaboração dessas seja efetiva.
Questão 14 (CESPE/ASS. P./PGE-PE/2019) Considerando as Leis n. 12.846/2013 e n. 
16.309/2018, que tratam, respectivamente, de responsabilização de pessoas jurídicas pela 
prática de atos contra a administração pública e do processo administrativo de responsabili-
zação (PAR), julgue o item a seguir.
A responsabilização da pessoa jurídica na esfera administrativa afasta a possibilidade de sua 
responsabilização na esfera judicial.
Questão 15 (CESPE/ANA MIN/TCE-PA/CONTROLE EXTERNO/2019) A celebração de acordo 
de leniência entre administração pública e pessoa jurídica investigada pela prática dos atos 
previstos na Lei n. 12.846/2013
a) é nula de pleno direito em razão da indisponibilidade do interesse público.
b) pode ser realizada, independentemente de admissão de participação no ato ilícito pela 
pessoa jurídica investigada.
c) suspende o prazo prescricional para eventual ação de responsabilidade pela prática de ilí-
cito.
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d) acarreta a isenção integral de eventual multa referente ao ilícito investigado.
e) não desonera a pessoa jurídica da obrigação de reparação integral do dano causado.
Questão 16 (CESPE/OI/ABIN/ÁREA 1/2018) A empresa e-Gráfica Ltda. manifestou interesse 
em formalizar acordo de leniência com o Ministério Público, comprometendo-se a entregar os 
documentos comprobatórios, no prazo de trinta dias, de prática de ato ilícito ocorrido durante 
licitação no estado X.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz da Lei n. 12.846/2013.
Se, transcorridos sessenta dias após a subscrição do acordo, a empresa não entregar os re-
feridos documentos, o Ministério Público deverá, de imediato, notificá-la para comparecer à 
instituição, a fim de celebrar novo acordo de leniência para a entrega dos documentos com-
probatórios, de modo a assegurar o resultado útil do processo.
Questão 17 (CESPE/OI/ABIN/ÁREA 1/2018) A empresa e-Gráfica Ltda. manifestou interesse 
em formalizar acordo de leniência com o Ministério Público, comprometendo-se a entregar os 
documentos comprobatórios, no prazo de trinta dias, de prática de ato ilícito ocorrido durante 
licitação no estado X.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item subsequente à luz da Lei n. 12.846/2013.
Na situação descrita, o Ministério Público poderá desconsiderar, no acordo de leniência que 
vier a ser firmado, o perigo de lesão e a vantagem pretendida pelo infrator, limitando-se a 
observar, no estabelecimento da sanção a ser aplicada, a situação econômica do infrator e o 
valor dos contratos mantidos com a entidade pública lesada.
Questão 18 (CESPE/AG. FEP/DEPEN/ÁREA 3/2015) No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o 
item.
Na esfera administrativa, no momento da aplicação de sanções previstas na Lei Anticorrup-
ção, devem ser considerados, entre outros fatores, o efeito negativo produzido pela infração, 
a gravidade da infração e a situação econômica do infrator.
Questão 19 (CESPE/AG. FEP/DEPEN/ÁREA 3/2015) No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o 
item.
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A lei em apreço permite que sejam celebrados acordos de leniência referentes a infrações 
previstas na Lei de Licitações, de forma a possibilitar a isenção ou atenuação das sanções 
administrativas previstas nesta última para punição da pessoa jurídica responsável.
Questão 20 (CESPE/AG. FEP/DEPEN/ÁREA 3/2015) No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o 
item.
Para celebrar acordo de leniência, a empresa interessada tem de atender, entre outros, aos 
seguintes requisitos: ser a primeira a manifestar desejo de cooperar na apuração dos atos 
ilícitos; devolver ao Estado os valores obtidos ilicitamente; cooperar com as investigações 
criminais e administrativas.
Questão 21 (CESPE/AG. FEP/DEPEN/ÁREA 3/2015) No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o 
item.
A celebração do acordo de leniência previsto na lei em questão gera benefícios para os ad-
ministradores da empresa celebrante que estiverem envolvidos nos atos de corrupção inves-
tigados, pois tem o efeito de reduzir as penas privativas de liberdade que lhes possam ser 
aplicadas.
Questão 22 (CESPE/AG. FEP/DEPEN/ÁREA 3/2015) No tocante à Lei Anticorrupção, julgue o 
item.
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Uma empresa envolvida em atos de corrupção celebrou contrato de 
leniência previsto pela Lei Anticorrupção, mas deixou de cumprir o que foi acordado. ASSER-
TIVA: Nessa situação, a empresa estará impedida de celebrar novo acordo de leniência pelo 
prazo de três anos a partir da data em que a administração pública tomar conhecimento da 
desobediência ao pacto.
Questão 23 (CESPE/ESP GT/TELEBRAS/ADVOGADO/2015) Considerando que a noção de 
responsabilidade civil remete à ideia de responder perante a ordem jurídica por fato prece-
dente, julgue o item subsequente a respeito da responsabilidade civil.
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NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Segundo a Lei n. 12.846/2013, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, 
civil e administrativamente, por ato lesivo praticado em seu interesse ou benefício, seja este 
exclusivo ou não.
Questão 24 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se refere a ética, 
moral e valores, julgue o item a seguir.
Os valores positivos e negativos de uma sociedade podem ser dissociados do senso moral.
Questão 25 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se refere a ética, 
moral e valores, julgue o item a seguir.
A existência da conduta ética pressupõe a liberdade de consciência do agente.
Questão 26 (CESPE/ANA MIN/MPE-CE/ADMINISTRAÇÃO/2020) No que se refere a ética, 
moral e valores, julgue o item a seguir.
Segundo a escola da moral das virtudes ou do caráter, de Aristóteles, os seres morais são 
definidos pelos hábitos e costumes desenvolvidos no decorrer do tempo.
Questão 27 (CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) A respeito de moral, ética e valores, julgue o 
item que se segue.
Os valores éticos são imutáveis em relação ao tempo.
Questão 28 (CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) A respeito de moral, ética e valores, julgue o 
item que se segue.
Os valores éticos possuem origem na natureza e são independentes da cultura social.
Questão 29 (CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) A respeito de moral, ética e valores, julgue o 
item que se segue.
A pessoa moral e os valores são elementos constitutivos do campo ético.
Questão 30 (CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) A respeito de moral, ética e valores, julgue o 
item que se segue.
O imperativo categórico, para ser considerado ético, deve limitar-se a determinado grupo so-
cial e, portanto, não possuir caráter universal.
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Questão 31 (CESPE/TEC MIN/MPE-CE/2020) A respeito de moral, ética e valores, julgue o 
item que se segue.
A tradição é um dos elementos que formam a moral de uma sociedade.
Questão 32 (CESPE/JL/TJ-BA/2019) A partir da delimitação feita no texto Ética e Adminis-
tração Pública: Uma Abordagem a Partir de Três Modelos Normativos, assinale a opção certa 
a respeito do conceito de ética.
a) A ética pressupõe uma reflexão sobre o modo de agir do ser humano conforme determina-
da estrutura de valores.
b) A ética limita-se à reflexão sobre as normas de conduta da sociedade global e atemporal.
c) A reflexão sobre a ética é superficial e automática.
d) A ética apenas se atém aos princípios morais que norteiam a ação do ser humano.
e) A ética dedica-se exclusivamente às relações entre os cidadãos e o Estado.
Questão 33 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Considerando os conceitos, princípios 
e valores da ética e da moral, bem como o disposto na Lei n. 8.429/1992, julgue o item a seguir.
Nem todos os meios para se alcançar algo são justificáveis do ponto de vista da ética, uma 
vez que fins éticos exigem, necessariamente, meios éticos.
Questão 34 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Considerando os conceitos, princí-
pios e valores da ética e da moral, bem como o disposto na Lei n. 8.429/1992, julgue o item a 
seguir.
A ética, por ser universal, não pode ser influenciada por condições históricas e temporais, 
ainda que se tenha o intuito de preservar os valores de determinada sociedade.
Questão 35 (CESPE/TJ/STJ/ADMINISTRATIVA/2018) Considerando os conceitos, princí-
pios e valores da ética e da moral, bem como o disposto na Lei n. 8.429/1992, julgue o item a 
seguir.
A consciência moral deve nortear o comportamento do servidor público, que deve sempre 
apresentar conduta ética, ainda que receba ordem hierárquica superior que lhe imponha con-
duta imoral e antiética.
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Questão 36 (CESPE/ANA MIN/MPE-PI/ENGENHARIA/ENGENHARIA CIVIL/2018) A respeito 
da ética, da moral, de valores e democracia, julgue o item a seguir.
Além de demandar a obediência a valores e normas de conduta, a solução dos problemas éti-
cos na administração pública requer um padrão transparente e previsível de procedimentos.
Questão 37 (CESPE/NA MIN/MPE-PI/PROCESSUAL/2018) A respeito da ética, da moral, de 
valores e democracia, julgue o item a seguir.
Moral, vocábulo herdado do latim, e ética, do grego, identificam conceitos que exprimem um 
conjunto de regras de conduta que se espera que sejam adotadas.
Questão 38 (CESPE/ADMIN/SUFRAMA/2014) Julgue o item que se segue, relacionados à 
moral e à ética no serviço público.
Entre outros aspectos, a moral pessoal é formada pela cultura e tradição do grupo ao qual o 
indivíduo está inserido.
Questão 39 (CESPE/ANA TA/SUFRAMA/GERAL/2014) Julgue o próximo item, acerca de mo-
ral e ética no serviço público.
O conceito de ética, que está vinculado aos valores sociais, sofre alterações com o passar do 
tempo, ao passo que a moral, por estar relacionada à tradição de um povo, é imutável.
Questão 40 (CESPE/AG ADM/SUFRAMA/2014) Julgue o próximo item, acerca de moral e éti-
ca no serviço público.
A moral, concebida como conjunto de regras de conduta admitidas em determinada época 
ou por um grupo de pessoas, não exclui a existência de um caráter pessoal relacionado a tais 
regras e evidenciado principalmente após o aprimoramento do pensamento abstrato e da 
reflexão crítica do indivíduo sobre os valores herdados.
Questão 41 (CESPE/TBN/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a ética, ética empresa-
rial e ética profissional, julgue o item a seguir.
A ética profissional diz respeito às regras morais que os indivíduos devem observar em suas 
atividades laborais com o fim de valorizar sua profissão e atender adequadamente àqueles 
que deles dependam.
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Questão 42 (CESPE/TBN/CEF/ADMINISTRATIVA/2014) Com relação a ética, ética empresa-
rial e ética profissional, julgue o item a seguir.
O alvo da reflexão ética é a conduta humana, avaliada a partir de valores construídos em 
sociedade.
Questão 43 (CESPE/TA/ANTAQ/2014) Considerando os conceitos de ética e moral, julgue o 
item abaixo.
A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
Questão 44 (CESPE/TEC/MPU/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/SEGURANÇA INSTITU-
CIONAL E TRANSPORTE/2015) Com relação a moral e ética, julgue o item a seguir.
A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de regras, 
seus fundamentos e suas características.
Questão 45 (CESPE/OF/CBM-AL/COMBATENTE/2017) Com referência a ética e cidadania, 
julgue o item a seguir.
A ética e a moral têm conceitos equivalentes: ambas são entendidas como conjunto de prin-
cípios e valores universais que regem as relações humanas.
Questão

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