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Ação Regressiva de Ressarcimento em Caso de Danos Elétricos

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REGRESSIVA DE RESSARCIMENTO. SEGURADORA. PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO AO SEGURADO. SUBROGAÇÃO. CEMIG. TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO. DANOS CAUSADOS EM APARELHOS DO SEGURADO. DESCARGAS ELÉTRICAS. PROVA DO DANO E DO NEXO DE CAUSALIDADE. INEXISTÊNCIA DE EXCLUDENTES. FORTUITO INTERNO. DEVER DE INDENIZAR. CONFIGURAÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 
 1. Nos termos da regra contida no art. 786, caput, do Código Civil, e enunciado da súmula nº 188 do Supremo Tribunal Federal, uma vez paga a indenização, o segurador sub-roga-se, nos limites do respectivo valor, nos direitos e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.
 2. O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que, no caso de danos decorrentes de atos comissivos ou omissivos, a responsabilidade do Estado e das pessoas jurídicas prestadoras de serviço público é objetiva, nos termos do art. 37, §6º, da Constituição da República.
 3. Os "fortuitos internos" - como o são as descargas elétricas -, se enquadram no risco da própria atividade desenvolvida pela concessionária de serviço público, não possuindo o condão de romper o nexo de causalidade.
 4. Comprovado que os danos causados nos aparelhos do segurado foram causados em virtude de comportamento omissivo atribuível à concessionária, forçoso o reconhecimento do dever de indenizar.
V.V.
1. A Constituição da República dispõe em seu art. 37, § 6º, que é objetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos. 2. Não se desincumbindo a autora do seu encargo probatório, concernente à prova do liame entre os danos verificados no equipamento e eventual falha na prestação do serviço de fornecimento de energia elétrica, impõe-se a manutenção da sentença de improcedência.  (TJMG -  Apelação Cível  1.0000.19.123918-5/001, Relator(a): Des.(a) Wagner Wilson , 19ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 05/03/2020, publicação da súmula em 18/03/2020).
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REGRESSO. CEMIG. EVENTOS DANOSOS. PREJUÍZOS ASSUMIDOS PELA SEGURADORA. APÓLICE REGULAR. RELAÇÃO DE CONSUMO. DESCARGA ELÉTRICA. AVARIAS EM EQUIPAMENTOS. PROVAS. SUB-ROGAÇÃO DA SEGURADORA. CONCESSIONÁRIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CONTRAPROVA. AUSÊNCIA. RESSARCIMENTO DEVIDO.
Constatando-se que as avarias em equipamentos dos segurados foram causadas por descargas elétricas, resta configurado o nexo de causalidade por falha na prestação dos serviços. Portanto, deve a CEMIG indenizar os danos materiais sofridos, salvo a demonstração inequívoca de excludente de responsabilidade.
 
 Verificando-se que a seguradora realizou o pagamento decorrente das despesas referentes aos danos, sub-roga-se no crédito, com todas as prerrogativas do consumidor.
Recurso conhecido e não provido.  (TJMG -  Apelação Cível  1.0000.19.158275-8/001, Relator(a): Des.(a) Fábio Torres de Sousa (JD Convocado) , 8ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 05/03/2020, publicação da súmula em 12/03/2020)
 EMENTA: APELAÇÃO CIVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - RESPONSABILIDADE CIVIL - CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA - DANOS CAUSADOS POR DESCARGA ATMOSFÉRICA - NEXO DE CAUSALIDADE - SITUAÇÃO NÃO DEMONSTRADA - RECURSO NÃO PROVIDO. 1. O art. 37, § 6º, da CF/1988, que estabelece a responsabilidade objetiva, é fundado na teoria do risco administrativo, impondo à pessoa de direito privado prestadora de serviço público o dever de indenizar, independentemente de culpa, bastando, para tanto, que o lesado comprove a existência do dano e do nexo causal, interligando este à atividade desenvolvida pelo prestador de serviço público. 2. Sendo inconclusiva a prova no sentido de que os danos suportados pelos apelantes, em decorrência de descarga atmosférica, tenham decorrido de falha do serviço prestado pela apelante, tem-se por não configurado o nexo de causalidade, o que afasta a responsabilidade civil. 3. Recurso não provido.
 VEL Nº 1.0000.19.042740-1/001 - COMARCA DE PARACATU - APELANTE(S): JOSE JULIO JACINTO, TELMA GENI MENDES SANTIAGO - APELADO(A)(S): CEMIG DISTRIBUIÇÃO SA (TJMG - Apelação Cível 1.0000.19.042740-1/001, Relator(a): Des.(a) Raimundo Messias Júnior , 2ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 28/01/2020, publicação da súmula em 31/01/2020).

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