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ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO. UNIDADE 1, TÓPICO 1. Órgãos constituintes do sistema digestório: Essa figura demonstra o caminho que o alimento faz ao percorrer em nosso organismo antes de virar a energia da qual tanto precisamos. --.> Primeiramente, fazemos a ingestão do alimento pela boca. Estrutura da cavidade oral (boca): A boca, ou cavidade oral propriamente dita, é formada pelas seguintes estruturas: bochecas, palato duro e mole e a língua. -🡪 De acordo com os anatomistas é descrita como a cavidade oval que liga o tubo digestório e meio externo. Função da língua: · Processo de mestigação e deglutição; · Fonação(produção da voz) e processamentos dos sinais gustatórios. Dentes: Estruturas extremamente importantes no processo de mastigação e trituração do alimento. Os dentes são órgãos do corpo humano de consistencia dura, natureza cacária e cor branca. Estão localizados na boca e fixados á mandíbula. -🡪 Adulto: 32 dentes, sendo 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12 molares. Principal função: Realizar a mastigação dos alimentos. Os dentes são classificados de acordo com a posição e a função: Incisivos: dentes situados na parte anterior da boca e servem para cortar os alimentos. Caninos: possuem formato pontiagudo e servem para rasgar os alimentos. Pré-molares e molares: possuem a função de triturar os alimentos e localizam-se na porção posterior da boca. Os seres humanos possuem, na sua primeira dentição, 20 dentes de leite, também chamados dentes decíduos, sendo este o primeiro conjunto de dentes que aparece em humanos (10 dentes na parte superior e 10 dentes na parte inferior). Após os 6 anos, os dentes de leite começam a cair e surge a dentição permanente. Esta é formada por 32 dentes (16 dentes superiores e 16 dentes inferiores). Desta forma, o ser humano possui quatro incisivos, dois caninos, quatro pré-molares e seis molares na parte superior e a mesma quantidade na cavidade inferior. Dentes: Bom, uma vez que o alimento chegue à boca, é triturado pelos dentes e misturado à saliva, o mesmo passa a ser chamado bolo alimentar, e você precisa degluti-lo, certo? Quando se inicia este processo, uma série de eventos voluntários e involuntários que visam fazer com que você não se engasgue com o alimento, visto que tanto o processo de deglutição quanto o processo de respiração compartilham uma estrutura em comum: a faringe. Vamos ver como isso acontece: • Fase oral (voluntária): esta fase voluntária tem como principal estrutura a língua que é capaz de empurrar o alimento do seu ápice para trás, levando o bolo alimentar a ser pressionado contra o palato duro; desta forma, o bolo alimentar é forçado em direção a faringe, onde ocorre a estimulação de receptores táteis que começarão o processo de deglutição. • Fase faríngea (involuntária): uma vez que o bolo alimentar estimula os receptores faríngeos, ocorre uma sequência de eventos muito rapidamente (menos de um segundo), e que culminam com a inibição, de maneira reflexa, da respiração. • Fase esofagiana (involuntária): por último, esta fase leva o bolo alimentar do esôfago ao estômago através de movimentos peristálticos, muito rapidamente, fazendo com que o bolo alimentar percorra todo o esôfago em menos de dez segundos. Processo de deglutição: Após a deglutição, o bolo alimentar chega ao esôfago. O esôfago é um órgão tubular oco, com aproximadamente 25cm de comprimento, que se estende desde a vértebra cervical de número 6 (C-6) até a junção gastroesfofágica localizada ao nível da vértebra torácica número 11 (T-11), cuja principal função é levar o alimento ao estômago. Com relação à histologia deste órgão, temos as seguintes camadas celulares: O esôfago possui a camada mucosa (camada formada por epitélio de revestimento associado a tecido conjuntivo), que reveste internamente as cavidades corpóreas, formada por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, lâmina própria (constituída de tecido conjuntivo frouxo) e túnica muscular da mucosa (formada por músculo liso). No terço superior esofágico temos uma camada muscular esquelética, no terço médio deste órgão temos a presença de células musculares esqueléticas e lisas, já no terço inferior, temos somente a presença de células lisas. A camada submucosa do esôfago é formada por tecido conjuntivo frouxo e glândulas mucosas. Estrutura do esofago: o esôfago pode ser subdividido em esôfago cervical, torácico e abdominal, de acordo com sua localização na cavidade torácica/abdominal. Agora, o bolo alimentar, que passou pelo esôfago, deve chegar até o estômago, sempre impulsionado pelos movimentos peristálticos. . Divisoes do estomago: Estas divisoes podem ser vistas em radiografia de contraste. Funçoes do estomago: · Armazenamento temporário do bolo alimentar até a secreção ácida. A histologia deste órgão possui os tipos celulares e estruturas descritas a seguir: A superfície mucosa possui uma camada de células epiteliais simples colunares e não ciliadas, são as células mucosas superficiais. A mucosa deste órgão é formada por lâmina própria, constituída de tecido conjuntivo frouxo e a camada muscular da mucosa que é formada por células musculares lisas. Também, neste órgão, temos uma coluna de células secretoras que são as glândulas gástricas. Estas glândulas gástricas possuem três tipos celulares: células mucosas do colo, células principais e células parietais. Quando várias glândulas gástricas se abrem em canais estreitos, temos o que chamamos de fovéolas gástricas. A glândula gástrica também possui um tipo de célula enteroendócrina, denominada célula G, que secreta o hormônio gastrina. Além disso, o estômago também é constituído por uma camada submucosa, formada por tecido conjuntivo frouxo e uma camada muscular que possui três camadas de músculo liso. Glandula parietal: Escala de ph: Ao se misturar com o ácido estomacal, o bolo alimentar passa a se chamar quimo. O quimo, agora, chega à porção inicial do intestino delgado (duodeno) onde continuará o seu processo de digestão. Como estão dispostas as células que constituem este órgão? Vamos descrever um pouco da histologia do intestino delgado: o intestino delgado, assim como a maior parte do trato gastrintestinal é formado pelas seguintes camadas: mucosa, submucosa, muscular e. A camada epitelial da mucosa do intestino delgado possui diversos tipos celulares: absortivas, caliciformes, enteroendócrinas e de Paneth. Já a camada submucosa do duodeno, possui glândulas duodenais, “também chamadas de glândulas de Brunner”. A camada muscular do intestino delgado é formada por músculo liso, a camada serosa envolve quase totalmente o intestino delgado, com exceção do duodeno. O intestino delgado também apresenta algumas características morfológicas e celulares diferentes do resto do trato digestivo, como a presença de vilosidades, que correspondem a projeções em forma de “dedos” da mucosa epitelial deste órgão. A grande quantidade destas projeções aumenta muito a área de absorção deste órgão! Um pouco mais adiante falaremos destas estruturas. Além destas vilosidades, temos as microvilosidades que correspondem a projeções da membrana apical de células absortivas. Duodeno in situ: Posterior ao duodeno encontra-se a veia porta, principal componente do sistema porta hepático. É através da veia porta que os nutrientes, provenientes da alimentação, chegarão até o sangue, após o processo de digestão. Esta estrutura também foi destacada na figura a seguir. A próxima porção do intestino delgado a ser percorrida pelo quimo é o jejuno (segunda porção do intestino delgado), a interseção entre duodeno e jejuno. Após o jejuno, o quimo percorrerá a porção do intestino delgado chamada de íleo. As células do epitélio intestinal, também denominadas enterócitos, são células possuidoras de microvilosidades, as quais formam a “borda em escova” deste epitélio. Estas células são cruciais para o aumento da área absortiva deste tecido (GUYTON; HALL, 2017). Discutiremos a participação destas células posteriormente. Colaraçaopor hematoxilina-eosina: Microvilos: O processo de digestão de macronutrientes (carboidratos, lipídios e proteínas), bem como a emulsificação de gordura, envolvem a participação de enzimas e bile produzidas, respectivamente, por glândulas como pâncreas e fígado. Após, as enzimas e a bile são liberadas na porção inicial do intestino delgado. Os processos de digestão destes macronutrientes, bem como a emulsificação de gordura, serão posteriormente discutidos. Pancreas: Face visceral do figado: Vesicula biliar: Por fim, o quimo segue seu caminho em direção ao intestino grosso onde os restos não absorvíveis da alimentação, juntamente à reabsorção de água, formarão as fezes. HISTOLOGIA o intestino grosso tem as mesmas quatro camadas celulares: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Na camada mucosa temos a presença de epitélio colunar simples, lâmina própria formada de tecido conjuntivo frouxo e células musculares lisas. No epitélio colunar vemos as células absortivas e caliciformes, estas células localizam-se nas “glândulas intestinais ou criptas de Lieberkühn”. A camada submucosa possui tecido conjuntivo frouxo e a presença de tecido linfoide, já a camada muscular é formada por musculatura lisa. Por fim, a camada serosa deste órgão é parte do peritônio (camada de células serosas que recobrem a parede abdominal). FISIOLOGIA: acompanhando como o quimo se movimenta no intestino grosso. A propulsão do quimo em direção ao intestino grosso, segue sendo realizada com o auxílio dos movimentos peristálticos. Estruturas anatomicas que formam o intestino grosso. O intestino grosso é formado por quatro estruturas: ceco, cólon, reto e ânus. O Ceco corresponde a primeira e mais dilatada das porções do intestino grosso e se comunica com o intestino delgado (íleo) pela válvula ileocecal. O cólon se ramifica em porção ascendente, transverso, descendente e sigmoide. As duas últimas estruturas que compõem o intestino grosso são o reto e o ânus. A maior parte da absorção de íons e água, que percorrem o nosso tubo digestório, ocorre em nosso intestino grosso. Grande parte desta absorção dá-se no cólon. Por fim, as fezes serão expulsas pelo ânus, através de estímulos de esfíncteres interno e externo, eventos que serão discutidos posteriormente.
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