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Integração da capacidade processual das pessoas casadas

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Integração da capacidade processual das pessoas casadas 1
⚖
Integração da capacidade 
processual das pessoas 
casadas
Criado
Revisado
Outorga uxória ou marital
Conforme o CPC
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro 
para propor ação que verse sobre direito real imobiliário, 
salvo quando casados sob o regime de separação absoluta 
de bens.
Exceto quando o regime seja, por convenção dos cônjuges, o de separação 
absoluta de bens, as ações como a de usucapião sobre bem imóvel 
dependerão da outorga do outro cônjuge.
Apr 26, 2021 1006 AM
Integração da capacidade processual das pessoas casadas 2
Além disso, o inciso II do art. 1.647 do Código Civil versa que nenhum dos 
cônjuges pode, sem a autorização do outro, salvo no regime da separação 
absoluta, pleitear, como autor ou réu, acerca de bens imóveis de modo que 
configure natureza real. Contudo, a outorga pode ser suprida pelo juiz quando 
não for apresentado motivo justo para a sua não autorização ou quando o 
cônjuge for incapaz de emitir sua vontade, conforme o artigo 74 do Código 
Civil.
Ainda, segundo o Código Civil:
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de 
participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a 
livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
💡 Aquestos são todos os bens do casal adquiridos na vigência do 
casamento.
Do polo ativo nas ações que versam sobre direitos 
reais imobiliários
Se o bem pertence a só um dos cônjuges, só ele figurará no polo ativo, 
trazendo a outorga do outro, salvo quando a outorga não for exigida por lei.
Se o bem pertencer a ambos, será indispensável a presença de ambos em 
litisconsórcio necessário.
💡 Parte da doutrina entende que, caso um dos cônjuges não queira 
participar do litisconsórcio, ele deverá ser intimado, podendo 
participar no polo ativo ou passivo ou permanecer neutro, tornando o 
outro cônjuge um legitimado extraordinário para defender seu 
interesse.
Quando o imóvel pertencer a ambos os cônjuges e a ação for 
reivindicatória ou possessória, por força do artigo 1.314 do Código Civil, 
cada condômino poderá, sozinho, defender a coisa toda, podendo haver 
litisconsórcio facultativo ou só um dos cônjuges entrar com ação, 
independentemente do consentimento do outro.
Integração da capacidade processual das pessoas casadas 3
Do polo passivo das ações que versam sobre 
direitos reais imobiliários
No polo passivo, a lei determina que, se o réu for casado, sejam citados ele e o 
seu cônjuge, formando um litisconsórcio necessário passivo, conforme o artigo 
31, §1º do CPC. O réu não pode optar por estar ou não no polo passivo. 
Excetua-se, contudo, se o réu for casado no regime de separação absoluta de 
bens ou participação nos aquestos, com pacto antenupcial de livre disposição 
dos imóveis particulares, caso em que só o réu será citado.
Outorga uxória na união estável
A exigência da outorga uxória no polo ativo e do litisconsórcio necessário no 
polo passivo aplica-se também às pessoas que vivem em união estável, 
conforme o §3º do art. 73 do CPC
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à união estável 
comprovada nos autos.
Contudo, é necessária a comprovação da união estável nos autos.
Forma da outorga uxória
Não há forma predeterminada na lei, exigindo-se normalmente o mero 
consentimento instrumentalizado por escrito.
Possibilidade de suprimento da outorga 
uxória
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser 
suprido judicialmente quando for negado por um dos 
cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível 
concedê-lo. 
Parágrafo único. A falta de consentimento, quando 
necessário e não suprido pelo juiz, invalida o processo.
Integração da capacidade processual das pessoas casadas 4
A ausência da outorga deve ser motivada, podendo ser suprida pelo juiz caso 
seja injusta, permitindo que a parte prossiga na demanda. Isto visa não 
inviabilizar o direito de ação do outro cônjuge.
Em não havendo a outorga e nem o seu suprimento pelo juiz, o processo será 
inválido, sendo extinto em decorrência da ausência de capacidade processual 
do autor da demanda.
O pedido de suprimento deve ser feito em processo autônomo em vara de 
família, onde houver. Trata-se de jurisdição voluntária, aqueles onde não há 
conflito de interesses entre duas partes, oposta à jurisdição contenciosa. 
Não se pressupõe a existência de lide.

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