Buscar

Paralisia Cerebral

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Paralisia CerebralParalisia Cerebral
Desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e postura 
por um distúrbio não progressivo durante o desenvolvimento do cérebro 
fetal ou infantil. Pode limitar o perfil funcional.
ETIOLOGIAS
→ Fatores pré-natais: infecções congênitas, anóxia ou hipóxia etc. 
→ Fatores perinatais: anóxia neonatal, eclâmpsia etc. 
→ Fatores pós-natais: infecções, traumas etc.
Os distúrbios podem envolver visão, audição, tato, capacidade de 
interpretar informações sensoriais e/ou cognitivas e podem ser 
consequência de distúrbios primários, atribuídos à própria paralisia 
cerebral ou distúrbios secundários, pela limitação de atividades que 
restringem o aprendizado e desenvolvimento de experiências 
sensório-perceptuais e cognitivas.
Pode afetar comunicação expressiva, receptiva e habilidade de 
interação social. Dentre as comportamentais, podem ter distúrbios 
do sono, transtornos do humor e da ansiedade. Crises convulsivas 
são comuns. 
Problemas musculoesqueléticos secundários, contraturas 
musculares e tendíneas, rigidez muscular, deslocamento de quadril 
podem se desenvolver ao longo da vida.
Espástica → há tônus elevado (aumento de reflexos miotáticos, 
clônus, reflexo cutâneo plantar em extensão - Sinal de Babinski); 
causada por lesão no sistema piramidal. A espasticidade predomina 
em crianças que a paralisia é consequente do nascimento pré-
termo, enquanto as formas discinética e atáxica são mais comuns 
em crianças a termo. 
Discinética → com movimentos atípicos mais evidentes quando o 
paciente inicia movimento voluntário; engloba a distonia (tônus 
muscular variável, desencadeado pelo movimento) e a coreoatetose 
(tônus instável, com movimentos involuntários e movimentação 
associada); causada por lesão do sistema extrapiramidal, 
principalmente dos núcleos da base (corpo estriado e globo pálido, 
substância negra e núcleo subtalâmico). 
Atáxico → distúrbio de coordenação dos movimentos, por 
dissinergia, apresentando marcha com aumento de base de 
sustentação e tremor; causada por disfunção cerebelar.
CLASSIFICAÇÃO + QUADRO CLÍNICO
 É uma condição que se manifesta na primeira infância, 
usualmente antes dos 18 meses de idade. 
 Os quadros de espasticidade devem ser classificados 
também quanto à distribuição anatômica em unilateral (engloba as 
classificadas como monoplégicas e hemiplégicas) e bilateral 
(engloba as classificadas como diplégicas, triplégicas, quadri/
tetraplégicas e com dupla hemiplegia). A paralisia cerebral espástica 
bilateral é mais frequente que a unilateral, tanto em prematuros, 
com prevalência média de 73% e 21%, respectivamente, quanto 
nos nascidos a termo (48,5%, bilateral e 36,5% unilateral).
DIAGNÓSTICO
Definido clinicamente, com alterações do movimento e postura. Os 
exames complementares são utilizados para diagnóstico diferencial 
com encefalopatias progressivas. 
Costuma ser consolidado ao redor dos 24 meses de idade, 
principalmente nos casos leves, pelo aparecimento de distonias 
transitórias. 
→ Principais marcadores para dgx: movimentos globais 
espontâneos anormais. Normalmente, são em sequencias variáveis 
de intensidade e velocidade de movimento dos membros, 
pescoço e troncos. São contínuos, mas apresentam rotações ou 
mudanças leves na direção. 


NO DIAGNÓSTICO, É IMPORTANTE:
✓ História de comprometimento predominantemente motor não 
evolutivo 
✓ Exame neurológico capaz de identificar o tipo de PC 
✓ EEG nos casos em que há epilepsia associada 
✓TAC e RM na demonstração das alterações estruturais cerebrais 
✓ Reflexos primitivos
Disfunções motoras podem ser divididas em positivas e negativas. 
→ Positivas: sinais adicionados no comportamento motor habitual; 
costumam ser de fácil identificação. São: espasticidade, postura anormal, 
discinesia, reflexos exaltados e persistência das reações primitivas. 
→ Negativas: fraqueza, paresia, problemas de coordenação central, 
movimentos espelhados. 
A classificação tradicional de paralisia cerebral se refere aos subtipos 
motores relacionados à base topográfica da lesão e sua gravidade é: 
leve, moderada ou grave. Por serem variáveis os fatores concorrentes, 
a avaliação funcional é imprecisa, embora descreva o padrão motor 
predominante no caso. 
Gross Motor Function Classification (GMFCS) → descreve crianças 
entre 2-18 anos, estratificando a função em 5 níveis de independência 
motora. 
Manual Assessment Classification System (MACS)→ classifica o uso de 
ambas as mãos e membros superiores. 
Mini-MACS → para < 4 anos; também estratificado em 5 níveis. 
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA E 
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE 
FUNCIONALIDADE (CIF)
Para avaliar a comunicação, idealizou-se o Communication Function 
Classification System (CFCS) → análogo aos dois anteriores, analisa em 
5 níveis a eficiência do indivíduo para receber e enviar mensagens. 
Permite todos os métodos de comunicação (inclui vocalização, sinais 
manuais, figuras, geradores de voz), levando em conta a eficiência 
alcançada com familiares e estranhos. 
FATORES DE RISCO 
E ETIOLOGIAS
Predizem encefalopatia: ↓ idade gestacional, ↓ peso ao nascer, asfixia perinatal., leucomalácia periventricular 
ou subcortical, hemorragia intraventricular grave, isquemia cerebral e lesão da substância cinzenta profunda. 
Destaque: tratamento para fertilidade, história familiar de doenças neurológicas ou convulsões. 
Dentre os fatores pré-natais, destacam-se: retardo de crescimento intra-útero, baixo peso ao nascer, 
doença tireoidiana ou infecções virais agudas maternas durante a gestação. Ex: exposição perinatal ao vírus 
herpes quase dobra o risco de PC nos RN.
Para funções de alimentação, foi elaborado o Eating and Drinking Ability Classification System (EDACS).
→ Eventos intraparto que podem causar injúria cerebral em fetos antes hígidos: Descolamento prematuro da placenta, prolapso de 
cordão uterino e choque hipovolêmico materno. 
→ RN prematuros, durante o parto e período neonatal são vulneráveis a dano cerebral, possivelmente pelo maior risco de hemorragia 
periintravascular secundária à fragilidade dos vasos sanguíneos do SNC. 
→ Estão associados à PC: kernicterus, displasia broncopulmonar, malformações congênitas e infecções congênitas ou neonatais.
✓ Infecção congenita (15%) 
✓ Infecção SNC (10,6%) 
✓ Estado de Mal convulsivo (22,5%) 
A prematuridade esteve associada a estes fatores de risco em 50% dos 
lactentes. 
Evidencias indicam que a PC resulte de associação de fatores, incluindo a 
predisposição genética e os desencadeantes ambientais intra e 
extrauterinos. 
FARMACOLÓGICO Não raro, a criança com PC precisa de acompanhamento 
fonoaudiológico, psicopedagógico, psicológico, oftalmológico e 
pediátrico. 
→ O processo osteopoótico, pela imobilização prolongada, uso 
de certos medicamentos por longos períodos e presença de 
doenças crônicas frequentemente associadas, somados a 
déficits nutricionais aumentam o risco de fraturas na PC. Neste 
caso, o uso de vitamina D e cálcio são fundamentais na 
recuperação óssea. 
→ Bloqueios neuromusculares com álcool, fenol e anestésicos 
são experimentados. Atualmente, o uso da toxina botulínica em 
casos selecionados tem sido útil na prevenção de defomidades 
secundárias à espasticidade. Esta toxina é produzida pelo 
Clostrídio, que inibe a recaptação da acetilcolina na fenda 
sináptica da junção neuromuscular. 
FATORES DE RISCO + FREQUENTES 
EM LACTENTES
TRATAMENTO
✓ PREVENÇÃO → identificar precocemente os eventos que levam à 
PC; 
✓Quanto mais precoce a ação, melhor a resposta. 
✓Métodos fisioterapêuticos são empregados de acordo com cada 
caso. 
Método de Bobath: inibição dos reflexos primitivos e dos padrões 
patológicos de movimentos. 
Método de Pelphs: habilitação por etapas dos grupos musculares até 
chegar à independência motoras e praxias completas. 
Método de Kabat: estímulos proprioceptivos facilitadores de respostas 
motora, partindo de respostas reflexas, até chegar na motricidade 
voluntária. 
SE COM EPILEPSIA 
ASSOCIADA:✓A maioria dos casos responde bem à monoterapia com fenobarbital nos RNs e lactentes menores; 
✓ Em epilepsia focal, as drogas de escolha são: fenitoína, carbamazepina ou oxcarbazepina. 
✓ Em formas multifocais, a principal indicação é o valproato. 
Drogas + recentes (lamotrigina, vigabatrina, gabapentina, topriramato e felbamato) são indicadas quando 
a epilepsia é refratária e exige politerapia.

Continue navegando