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TORQUE E EQUÍLIBRIO DE CORPOS RÍGIDOS 1 | P á g i n a Profa. Adriane Schelin IFUnB Torques e Equilíbrio de Corpos Rígidos CORPOS RÍGIDOS Um corpo rígido é um objeto, ou um sistema de partículas, para o qual as distâncias entre suas partes permanecem fixas. CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO Uma condição importante para muitas aplicações práticas de corpos rígidos é a condição de equilíbrio. Exemplos incluem pontes, vigas ou feixes de elétron em um laboratório. Um objeto está em equilíbrio quando: (i) Equilíbrio estático: a somatória das forças é nula. ∑ �⃗� = 0 ; (ii) A somatória dos torques é nula: equilíbrio estático de rotação. ∑ 𝜏 = 0; TORQUE A magnitude do torque é igual ao produto da força, F, pela distância perpendicular (braço da alavanca) entre a força e o eixo de rotação, 𝑟⊥: 𝜏 = 𝑟𝐹𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑟⊥𝐹 Figura 1: A magnitude do torque depende da força e sua distância até o eixo de rotação. Imagem retirada de [1]. Exemplo 1: Encontre os torques que cada força da figura abaixo exerce em relação ao ponto A: TORQUE E EQUÍLIBRIO DE CORPOS RÍGIDOS 2 | P á g i n a Profa. Adriane Schelin IFUnB Figura 2: calcule os torque de cada força em relação ao ponto A. Imagem retirada de [2]. Sabendo que 𝜏 = 𝑟𝐹 𝑠𝑒𝑛𝜃 e considerando torque horários negativos, têm-se: CENTRO DE GRAVIDADE O centro de gravidade de um objeto é o ponto no qual todo o peso do objeto pode ser concentrado. Ou seja, a linha de ação da força peso passa pelo centro de gravidade. POSIÇÃO DO EIXO PARA UM SISTEMA EM EQUILÍBRIO Se a somatória dos torque for zero em relação a um ponto para um objeto que obedece a primeira condição de equilíbrio estático, ela será também igual a zero para qualquer ponto paralelo ao primeiro. Exemplo 2: Uma barra de tamanho L pesa 200 N e segura um objeto de 450 N, como mostra a figura abaixo. Encontre as forças que atuam nas duas extremidades da barra. Assuma que o sistema está em equilíbrio. Figura 3: imagem retirada de [2] TORQUE E EQUÍLIBRIO DE CORPOS RÍGIDOS 3 | P á g i n a Profa. Adriane Schelin IFUnB A primeira condição de equilíbrio impõe que: ∑ �⃗� = 0, portanto: Da segunda condição de equilíbrio temos ∑ 𝜏 = 0. Assim: Dividindo a equação acima por L e resolvendo para F2, temos: F2 = 438 N e F1 = 212 N. Exemplo 3: Considere a régua com massas penduradas conforme o sistema abaixo: Figura 4: Imagem retirada de [1] Se as massas são dadas por: m1 = m3 = 50 g e m2 = m4 = 100 g, e as posições apontadas pela régua são: 10 cm, 40 cm e 60 cm, para cada massa respectivamente, qual a posição da massa m4 para o sistema estar em equilíbrio? Pela segunda condição de equilíbrio: ∑ 𝜏 = 0 Onde as forças são gravitacionais: Fi = mig. O pivô está a 50 cm do início da régua, portanto, a regra geral para as posições das massas é: ri = 50 cm – xi. Dividindo a equação acima por g: TORQUE E EQUÍLIBRIO DE CORPOS RÍGIDOS 4 | P á g i n a Profa. Adriane Schelin IFUnB Resolvendo para r4: Em relação à régua, temos que a massa m4 deverá estar a 75 cm da origem. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Wilson J e Hernandes-Hall C, Physics Laboratory Experiments, Brooks/ Cole. [2] Schaums Outline of College Physics. TORQUE E EQUÍLIBRIO DE CORPOS RÍGIDOS 5 | P á g i n a Profa. Adriane Schelin IFUnB Exercícios de Revisão 1) O móbile abaixo está em equilíbrio. O objeto 3 pesa 1,40 + 0,2 N enquanto as barras horizontais são idênticas e pesam 0,5 + 0,2 N. Encontre (a) os pesos dos objetos 1 e 2 e (b) a tensão no fio superior. Resp: (a) 1,5 e 1,4 N e (b) 5,3 N. 2) A barra uniforme da figura abaixo pesa 40 N e está sujeita às forças mostradas. Encontre a magnitude, a posição e a direção da força necessária para deixar o sistema em equilíbrio. Considere que a incerteza instrumental de cada medida de força é 1 N. Resp: 0,11 kN, 0,68L da extremidade direita e 49o.
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