Buscar

cumprimento de sentença

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL
Resenha Crítica de Caso 
Isadora Orlandini Carneiro Ducatti
Trabalho da disciplina Cumprimento de sentença e processo de execução
 Tutor: Profª. Maria Carolina Cancella de Amorim
Monte Azul Paulista - SP 
2021
1
NOVO CPC AMPLIOU SOBREMANEIRA OS PODERES DO JUIZ 
Referência: 
CÂMARA, Alexandre Freitas. Novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz. Harvard Business School, jun.2016. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/ead/supportMaterialDetails/support. Acesso em: 24. Abr. 2021.
O texto apresentado como proposta para resenha da disciplina nos traz a visão de um magistrado que atuava como advogado a respeito das mudanças advindas do Novo CPC, em virtude de escutar de muitos colegas de profissão que o código fora feito para os advogados, demonstrando sua visão contrária a isso, com exemplos do próprio código, que, segundo ele, está muito mais voltado aos magistrados do que para os advogados, em virtude de inúmeros poderes que esses últimos passam a ter.
Para tanto, traz exemplos do artigo 139 do NCPC, como uma leitura demonstrativa das possibilidades de decisão que os magistrados passaram ter, dando a eles mais poderes nos autos do que nunca, o que, segundo ele, faz com que o NCPC seja muito mais voltado aos magistrados do que aos advogados.
Como podemos verificar ao se comparara o código de 1973 com o atual, existia o artigo 125 que hoje encontra-se revogado junto com a lei antiga, o qual continha quatro incisos (I, II, III e V) correspondentes com o atual 139 CPC/15, sendo que esses não foram abordados no texto pois tiveram mudanças muito pontuais, sem muitas modificações. Também não abordou sobre VIII do 139 e X, por estarem expressos anteriormente em legislações que estavam vigentes e que não tiveram modificações. Para tanto, abordou apenas os demais incisos do artigo 139 (IV, VI, VII e IX), por serem novidades que merecem ser apreciadas, segundo o autor.
Nessa perspectiva, apresenta que o inciso IV do artigo 139 CPC/15 determina o poder do juiz valer-se de meio diversos para assegurar que as decisões judicias fossem cumpridas, de forma que pode impor deveres jurídicos de fazer, não fazer ou entregar coisa certa, além de permitir, como novidade, que as decisões atípicas sejam impostas para impor decisões pecuniárias, visto que além da multa de 10%, torna-se possível, até mesmo, a proibição de uma pessoa jurídica participar de licitações, por não ter adimplido com suas obrigações pecuniárias, ou mesmo que um condutor, condenado em relação a acidentes de trânsito, seja proibido de conduzir veículos automotores até que pague o que deve.
Porém, ainda que possa vale-se de diversos meios para assegurar o cumprimento das decisões judiciais, como dito acima, o autor afirma que as decisões mais utilizadas pelos magistrados são e continuarão sendo a aplicação de fixação de astreinte, ou seja, de multa diária pelo atraso no cumprimento da decisão, pois o “peso” no bolso faz com que as pessoas se movimentem em sentido de resolver por logo o problema, evitando de despender maiores valores do que os devidos.
O próximo inciso que traz como referência aos poderes concedidos aos juízes é o VI do art. 139 CPC/15, o qual prevê a dilação de prazos processuais e alteração da ordem de produção dos meios de prova quando a realidade fática for inversamente proporcional ao que se tipificado no código, como em casos de um grande volume de documentos a serem analisados para uma contestação em 15 dias da citação, sendo humanamente impossível de ser realizado com cautela para que se produza um bom documento, ou mesmo quando a ordem dos fatores na realidade seja o inverso da ordem probatória, podendo ser alterada as colheitas de prova conforme a realidade fática e financeira de cada caso.
Essas alterações demonstram a possibilidade de o juiz dar uma flexibilizada nos procedimentos, mas com a necessidade de observância dos princípios constitucionais básicos, como a isonomia, que exige ao tratar os iguais igualmente e os desiguais, desigualmente, na medida de suas desigualdades, além do princípio de eficiência, como no exemplo de inversão da colheita de provas.
Outra mudança é o poder de polícia atribuído aos magistrados no inciso VII do art. 139, não apenas para momentos em que se precisa manter a ordem em uma audiência, mas de forma genérica, para que possa ser utilizado conforme a necessidade de cada situação, fazendo restrições e agindo para condicionar, no decorrer de suas atividades administrativas, direitos e atividades privadas como forma de assegurar interesses gerais da coletividade e promover direitos fundamentais.
O inciso IX do artigo 139 prevê o poder do juiz de “determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais”. Esse último exemplo demonstra a prerrogativa do juiz de sanar vícios no processo, desde que possíveis legalmente, para que o mesmo possa continuar de forma benéfica para as partes, deixando aquilo era empecilho para traz e fazendo com que uma resolução seja atingida. É claro que isso não permite aos ajuízes sanar vícios como a incapacidade das partes, o que seria ilegal e não se enquadra em suas prerrogativas.
Por fim, a intenção do autor fora de demonstrar que o CPC/15 não é um código para advogados, mas que também não pode ser visto como um código para juízes, promotores ou qualquer outro serventuário da justiça, pois ele deve ser equilibrado afim de se atender todas as partes processuais, bem como os profissionais que estão por detrás das ações para que elas possam ocorrer, visando o atendimento de todos e o bem comum dos cidadãos.
Por fim, qual que seja a visão de cada um, todos devem ter em comum que o processo civil existe com o intuído de se obter um Estado Democrático de Direito, respeitando seus princípios básicos, retirados da Constituição Federal e tipificados em seus primeiros artigos, com o fim único de se obter uma cooperação para uma boa e regular desenvoltura jurisdicional.
4