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Politica Nacional da População em Situação de Rua

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Secretaria Municipal de Saúde Superintendência de Atenção à Saúde Gerência de Políticas Estratégicas e Programas
Residência Multiprofissional em Atenção Básica e Saúde da Família 
Disciplina: Políticas Estratégicas e Programas (PEP)
 
FICHA DE AVALIAÇÃO
 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
OBJETIVOS
Confeccionar material informativo sobre a Política Nacional da População em situação de Rua, visando o alcance de profissionais e de usuários dos serviços do Sistema Único de Saúde, com fins de dar visibilidade aos direitos dessa população historicamente invisibilizada. 
RESUMO DA ANÁLISE CRÍTICA
É sabido por todos que a população em situação de rua sempre existiu e sempre esteve às margens da sociedade sofrendo todas as mazelas e expressões da questão social. Porém, no Brasil, uma política nacional que trate sobre o assunto só foi publicada no ano de 2009. Cabe salientar a importância dessa política e todos os ganhos essenciais apresentado por ela nas entrelinhas do texto, no entanto, quando analisamos o que se passa na vida real, percebermos claramente a disparidade entre o que está estabelecido no texto da política e a realidade cotidiana.
No período que passamos pesquisando sobre as garantias legais e institucionais, vimos intencionalmente por meio dos objetivos, princípios, propostas de ações, intervenções, etc, a importância da valorização da vida humana como o ponto chave de tratamento e reconhecimento do ser que por motivos reais vivem na rua. Porém, a realidade principalmente na cidade de Jaboatão, nos aponta um anúncio da barbárie e da banalização da vida humana da população que vive em situação de rua. Isso se justifica quando não temos benefícios, auxílios, instituições que acolhem integralmente essa população, sobretudo em relação ao rechace do poder público pouco sensível a realidade daqueles que se esforça para sobreviver as mazelas do sistema.
REFERÊNCIAS UTILIZADAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. Saúde da população em situação de rua : um direito humano / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, Departamento de Apoio à Gestão Participativa. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_populacao_situacao_rua.pdf> Acesso em: 02 de Maio de 2020.
BRASIL. Decreto Presidencial n° 7.053 de 23 de Dezembro de 2009. Política Nacional para a População em Situação de Rua e Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento. Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, 24 dez. 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7053.htm> Acesso em: 02 de Maio de 2020.
AVALIAÇÃO DO GRUPO
A disciplina abordou temas de bastante relevância, foi possível aprender muito com todos os convidados participantes das lives, gostamos da integração da turma, mesmo percebendo que poderia ter sido bem mais intensa. Quanto às discussões no ambiente on-line, desde as aulas até as reuniões do grupo para produção do material final (podcast), acreditamos que foram desafios, pelo fato de ser uma forma nova de aprender e interagir; porém um desafio alcançado com afinco.
PROCESSOS METODOLÓGICOS
Foram realizadas reuniões online via Hangouts e Whatsap para planejamento e desenvolvimento do podcast com a temática, conforme mostrado nas imagens 1 e 2. Em seguida, aproveitando a escala de trabalho na Regional 3 dos residentes, a gravação dos áudios foi realizada pelo celular e em seguida editada para então ter o produto final: o podcast. A seguir encontra-se o roteiro que foi criado pela equipe através de um arquivo compartilhado do Google Docs.
Roteiro Para Construção do Podcast: 
Política Nacional da População em Situação de Rua 
· O que é a Política?
A Política Nacional para a População em Situação de Rua - PNPR, foi instituída pelo Decreto 7.053 de 23 de dezembro de 2009, para assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as diversas políticas públicas. Garante os processos de participação e controle social e possui entre seus princípios além da igualdade e equidade, o respeito à dignidade humana; o direito à convivência familiar e comunitária; a valorização e o respeito a vida e a cidadania; o atendimento humanizado e o respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade,gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência.
· Características da população em situação de rua:
Antes de qualquer coisa é importante saber um retrato dessa população. A pesquisa Nacional sobre População em Situação de rua destaca que 29,7% dos entrevistados relatam ter algum problema de saúde. 
Há um número aproximado de 50 mil pessoas em situação de rua, segundo pesquisas nas 75 maiores cidades brasileiras (não existe dados a nível nacional, nem para calcular a porcentagem de aumento dessa população). A grande maioria são Homens (82%), 67% negros, 53% têm idade entre 25 e 44 anos, ou seja idade produtiva. Essas pessoas em sua maioria têm trabalho informal como meio de renda (mais de 70%), e ao contrário do que muitos pensam apenas 15% pedem dinheiro como meio de renda. 
É importante destacar que a maioria das pessoas que estão em situação de ruas não são usuárias de drogas ilícitas. Em pesquisa feita no RJ com 2 mil pessoas, 62% relataram não utilizam drogas ilícitas, o que contradiz a visão e preconceito de muitos (importante considerar a diferença de uso e dependência, muitos usam dados de uso para falar de dependência química para criminalizar a população de rua).
· Objetivos da política:
1 - Assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte, lazer, trabalho e renda;
2 - Garantir a formação e capacitação permanente de profissionais e gestores para atuação no desenvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais direcionadas às pessoas em situação de rua;
3- Instituir a contagem oficial da população em situação de rua;
4- produzir, sistematizar e disseminar dados e indicadores sociais, econômicos e culturais sobre a rede existente de cobertura de serviços públicos à população em situação de rua;
5- desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de respeito, ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, de modo a resguardar a observância aos direitos humanos;
6- Incentivar a pesquisa, produção e divulgação de conhecimentos sobre a população em situação de rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude étnico-racial, sexual, de gênero e geracional, nas diversas áreas do conhecimento;
7- implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua;
8- incentivar a criação, divulgação e disponibilização de canais de comunicação para o recebimento de denúncias de violência contra a população em situação de rua, bem como de sugestões para o aperfeiçoamento e melhoria das políticas públicas voltadas para este segmento;
9- proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios previdenciários e assistenciais e aos programas de transferência de renda, na forma da legislação específica;
10- Criar meios de articulação entre o sistema único de assistência social e o sistema único de saúde para qualificar a oferta de serviços;
11- Adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na estruturação e reestruturação dos serviços de acolhimento temporários;
12- Implementar centros de referência especializados para atendimento da população em situação de rua, no âmbito da proteção social especial do sistema único assistência social;
13- implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acesso permanente à alimentação pela população em situação de rua à alimentação, com qualidade;
14-disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua, com o objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho.
· Órgãos representativos 
As principais formas de participação social no âmbito da saúde são as Conferências e Conselhos de Saúde e o Comitê Técnico de Saúde da População em Situação de Rua.
· Conferência: espaço de debate para avaliar a situação de saúde e propor diretrizes para a formulação da política de saúde. Ocorre de 4 em 4 anos. 
· Conselho: espaço de discussão, formar estratégias, controle, fiscalização e implementação da política de saúde. Ocorre mensalmente ou de forma extraordinária.
· Comitê: espaços de participação e controle social que colabora na elaboração, acompanhamento e avaliação de ações programáticas do Ministério da Saúde no que se refere à saúde da população em situação de rua, entre outras atribuições.
· Cartão SUS:
Você conhece a Portaria nº 940/2011?
Não podemos esquecer que o §1°, artigo 23, da Portaria MS/GM n° 940, de 28 de abril de 2011, dispensa aos ciganos, nômades e moradores de rua a exigência de apresentar o endereço do domicílio permanente para aquisição do Cartão SUS. Sobre esse assunto é importante ressaltarmos que qualquer pessoa tem o direito de ser atendido nas unidades de saúde, independentemente de apresentação de documentação.
OBSERVAÇÃO: Vale ressaltar que o Consultório na Rua não é a única porta de entrada da PSR no SUS. O seu acesso também pode se dar por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), principalmente nos municípios onde não houver Consultório na Rua.
· 5 eixos: 
· Inclusão da PSR no escopo das redes de atenção à saúde 
· Promoção e Vigilância em Saúde
· Educação Permanente em Saúde na abordagem da Saúde da PS
· Fortalecimento da Participação e do Controle Social 
· Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a PSR
Eixo 1: Inclusão da População em Situação de Rua no escopo das redes de atenção à saúde.
Ações: Implantação de equipes de Consultórios na Rua; garantia de acesso à atenção domiciliar em espaços de acolhimento institucional; capacitação das equipes da urgência e emergência para atendimento da PSR; e inclusão da PSR no escopo das políticas de atenção à saúde para grupos específicos.
Eixo 2: Promoção e Vigilância em Saúde.
Ações: intensificar a busca ativa e os tratamentos supervisionados para o controle de doenças infecciosas; controlar e reduzir a incidência de tuberculose, DST/aids e outros agravos recorrentes nessa População; e propor estratégias que garantam o acesso dessa população às vacinas disponíveis no SUS.
Eixo 3: Educação Permanente em Saúde na abordagem da Saúde da População em Situação de Rua.
Ações: capacitação e sensibilização de profissionais de saúde para atendimento da População em Situação de Rua; inserção da temática no Módulo de Educação à Distância para cursos de formação voltados para profissionais de saúde; fomentar pesquisas; e elaboração de material que informe a População em Situação de Rua sobre o SUS e as redes de atenção à saúde.
Eixo 4: Fortalecimento da Participação e do Controle Social.
Ações: apoiar a formação e sensibilização de lideranças do Movimento Social da População em Situação de Rua; articular e fomentar com gestores estaduais e municipais a capacitação de conselheiros de saúde sobre a temática; produzir e publicar material sobre saúde dessa população destinado a gestores e a profissionais de saúde; apoiar encontros regionais sobre saúde da População em Situação de Rua; e instituir Comitê Técnico de Saúde da População em Situação de Rua ou referência técnica nas instâncias estaduais e municipais.
Eixo 5: Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a População em Situação de Rua.
Ações: monitorar e avaliar as ações que foram pactuadas, considerando as prioridades e metas dos Planos Estaduais e Municipais de Saúde.
Reuniões:
Imagem 1 - Produção dos áudios
Imagem 2 - Reunião de equipe