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Prova Presencial_ Cultura e Sociedade corrigida

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Prévia do material em texto

Prova Presencial
Entrega 17 abr em 23:59 Pontos 60
Perguntas 10
Disponível 12 abr em 0:00 - 17 abr em 23:59 6 dias
Limite de tempo 60 Minutos
Instruções
Este teste foi travado 17 abr em 23:59.
Histórico de tentativas
A Prova Presencial tem peso 60 e é
composta por:
8 (oito) questões objetivas (cada uma com
o valor de 5 pontos);
2 (duas) questões dissertativas (cada uma
com o valor de 10 pontos);
Você terá 60 (sessenta) minutos para
finalizar esta atividade avaliativa. 
Tentativa Tempo Pontuação
MAIS RECENTE Tentativa 1 44 minutos 60 de 60
Pontuação deste teste: 60 de 60
Enviado 15 abr em 21:41
Esta tentativa levou 44 minutos.
5 / 5 ptsPergunta 1
“Contudo, essa ação criativa nem sempre é
iniciativa de um juiz ativista. No cenário
contemporâneo a ação criativa muitas vezes é
fomentada também pela derrogação política, o que
deflagra, por consequência, um apoderamento da
função legislativa por parte do judiciário. Isto é, nota-
se que o poder legislativo tem delegado decisões ao
poder judiciário por razões como a elaboração de
leis vagas e ambíguas, a falta de fôlego e a pouca
perícia técnica para atuar a cada mudança de
quadro (Cappelletti, 1993); ou por não querer se
envolver em questões impopulares ou irrelevantes
do ponto de vista eleitoral (Tate; Vallinder: 1995).
Por todos esses motivos, o poder legislativo é
levado a não responder às demandas imediatas
com presteza e a formular leis tardiamente. Ainda,
quando formuladas, logo se tornam obsoletas dado
https://dombosco.instructure.com/courses/4061/quizzes/15647/history?version=1
o cenário de rápidas mudanças. O legislativo, por
vezes, conduz-se de forma lenta e ineficiente nesse
cenário. Assim, o judiciário e o executivo muitas
vezes levam vantagem frente aos métodos
legislativos e, por essa razão, ganham espaço no
terreno político. “
Acerca da judicialização das relações sociais é
possível afirmar que:
 
Foi superada pela conquista e manutenção dos
direitos pela movimentação política e pela luta dos
movimentos sociais.
 
Surge como um novo modelo de solução pacífica
de conflitos sociais.
 
É uma prática comum desde os primeiros códigos
de leis escritos.
 
Embora seja uma prática popularizada, tem como
uma de suas consequências o esvaziamento da
esfera política como mediadora de conflitos.
o!o!
 
Bastante utilizada na modernidade, foi
abandonada na contemporaneidade e substituída
pela luta política na garantia de direitos.
5 / 5 ptsPergunta 2
“A crença de que a razão é capaz de captar a
dinâmica do mundo material e de que a lei natural,
inscrita no coração dos homens, pode ser
descoberta espontaneamente vai ganhando força,
deteriorando, aos poucos, os velhos princípios de
autoridade - entre os quais os mantidos pela Igreja
católica. Sobre essa base, torna-se mais fácil
compreender a emergência do empirismo, do
racionalismo cartesiano e o avanço das ciências
experimentais que, no seu conjunto, caracterizarão
a era moderna.”
Acerca do iluminismo, podemos afirmar que:
 
Tem Deus como centro do mundo e referência
para todas as explicações.
 
Tem caráter científico, ou seja, tem Deus como
centro do mundo e referência para todas as
explicações.
 
É politeísta já que propõe as divindades como
referências para todas as explicações .
 
Tem caráter antropocêntrico, ou seja, tem o
Homem como centro do mundo e referência para
todas as explicações.
o!o!
 
Tem caráter economicista, isto é, tem na produção
a referência para todas as explicações.
5 / 5 ptsPergunta 3
“Durante a Modernidade, fez-se o controle da
desordem em nome da Razão Suprema que toma o
lugar do Deus único. O racionalismo triunfante fará
da ciência a teologia do mundo moderno. A
Modernidade levou mais de dois séculos para
edificar a política racional e esta submergiu sob
violentas ondas; pois contemporaneamente
vivenciamos que o coletivo tende a prevalecer, para
o bem ou para o mal, vivendo fortes emoções, seja
na desafeição em massa referente à ação política,
seja na violência das gangues, seja nas diversas
aglomerações que pontuam a vida social”
Acerca da modernidade, podemos afirmar que:
 
Tem como característica cada radical princípios de
orientação religiosos.
 
Busca em elementos como a ciência e a razão as
soluções para os problemas que vivencia.
o!o!
 
Absolutamente contrária ao espírito científico,
busca na religiosidade soluções para os
problemas que vivencia.
 
Historicamente, podemos afirmá-la como marcada
pelo surgimento de movimentos orientados por
princípios de reforço a ordem absolutista vigente
anteriormente.
 
Podemos defini-la, historicamente, como um
período marcado por patamares de igualdade
social.
5 / 5 ptsPergunta 4
“Para mim não se trata de recusar a diferença, mas
de entender o que ela designa. Em vez de
mergulhar na cilada, eu gostaria de reafirmar, como
tem sido uma tendência importante também no
campo da teoria feminista, a existência de um
vínculo intrínseco entre a igualdade e a diferença.
No campo da direita, a diferença sempre emerge
como afirmação do privilégio e portanto como
defesa da desigualdade. No campo da esquerda, no
campo da cidadania, a diferença emerge enquanto
reivindicação precisamente na medida em que ela
determina desigualdade. A afirmação da diferença
está sempre ligada à reivindicação de que ela possa
simplesmente existir como tal, o direito de que ela
possa ser vivida sem que isso signifique, sem que
tenha como consequência, o tratamento desigual, a
discriminação.”
Acerca do surgimento de novos atores sociais, na
contemporaneidade é possível afirmar que:
 
Absolutamente democráticas, as sociedades
contemporâneas acolhem bem todos os novos
atores sociais com suas múltiplas identidades,
mesmo as advindas das periferias e contrárias à
ordem social vigente.
 
As sociedades contemporâneas não apresentam
espaço para a diversidade e para novos atores
sociais.
 
apesar dos dispositivos legais e dos meios
democráticos garantidos, os novos atores sociais
ainda têm um longo caminho a percorrer, até
estarem totalmente inseridos na sociedade.
o!o!
 
Basicamente homogênea, devido ao uso
excessivo da internet, a sociedade
contemporânea não tem espaço para o
surgimento de novos atores sociais.
 
Garantidos por meio dos dispositivos jurídicos,
todos os novos atores sociais estão incluídos nas
sociedades contemporâneas.
5 / 5 ptsPergunta 5
“De início, pode-se supor que o conceito de
“distopia” poderia ser simplesmente definido por
meio de sua simples contraposição ao conceito de
“utopia”, o que não nos parece um procedimento
adequado. Um método mais válido para esta
definição parece-nos ser o que confronta eutopia e
distopia. Ou seja, trata-se da oposição entre o “bom
lugar” e o “lugar ruim”. Pois a distopia apresenta um
componente de materialidade – trata-se, em sua
maioria, de lugares situados no tempo (geralmente
no futuro) e no espaço – que o termo utopia não
pressupõe em igual medida; cujo oposto seria tão
somente topia. Dito de forma resumida, podemos
então dizer que a distopia caracteriza-se pela
extrapolação negativa do status quo à época de sua
funcionalização ficcional; já não nos parece ser
cabível falar aqui em superação, como no conceito
de utopia.”
Nas distopias sociais, a sociedade geralmente é
apresentada como:
 
Sociedades idealizadas onde elementos como
ciência e tecnologia exacerbaram suas funções e
os indivíduos, muitas vezes, está submetido às
mesmas.
o!o!
 
Sociedades idealizadas pautada na ideia de
igualdade, onde as desigualdades de raça, cor e
gênero estão superadas.
 
Sociedades justas e equilibradas, geralmente
organizadas por mecanismos democráticos
bastante consolidados.
 
Sociedades idealizadas onde problemas ligados à
sustentabilidade social e ambiental foram
superados.
 
Sociedades idealizadas, retratos paradisíacos de
igualdade, fraternidade e liberdade.
5 / 5 ptsPergunta 6
“Em primeiro lugar, a passagem da fase "sólida" da
modernidade para a "líquida" - ou seja, para uma
condição em que as organizações sociais
(estruturasque limitam as escolhas individuais,
instituições que asseguram a repetição de rotinas,
padrões de comportamento aceitável) não podem
mais manter sua forma por muito tempo (nem se
espera que o façam), pois se decompõem e se
dissolvem mais rápido que o tempo que leva para
moldá-las e, uma vez reorganizadas, para que se
estabeleçam. É pouco provável que essas formas,
quer já presentes ou apenas vislumbradas, tenham
tempo suficiente para se estabelecer, e elas não
podem servir como arcabouços de referência para
as ações humanas, assim como para as estratégias
existenciais a longo prazo, em razão de sua
expectativa de vida curta: com efeito, uma
expectativa mais curta que o tempo que leva para
desenvolver uma estratégia coesa e consistente, e
ainda mais curta que o necessário para a realização
de um "projeto de vida" individual.
Para Bauman a modernidade é líquida, por isso
mesmo, as relações sociais:
 
São fluidas, rápidas, inconsistentes, causando,
muitas vezes um desconforto constante os
indivíduos.
o!o!
 
Encontram-se equilibradas e estáveis, isentas de
conflitos são, portanto,cada vez mais duráveis.
 
Solidamente fundamentadas, são mais duráveis e
resilientes aos conflitos sociais.
 
Possuem padrões de comportamento religiosos
dada a relevância que a religião alcançou na
contemporaneidade.
 
De caráter formais, são cada vez mais pautadas
na tradição e manutenção de formas históricas.
5 / 5 ptsPergunta 7
“A palavra "violência" parece ser um destes casos.
Todos a conhecem ela é redigida ou pronunciada
inúmeras vezes em incontáveis situações pelos
mais diferentes atores sociais. O poder deste termo
é evidente; ele parece expressar inequivocamente
realidades sociais tão flagrantes quanto indesejáveis
e dolorosas. Esta associação de "violência" a
"inde¬selado.' e "doloroso" passa a ser vista corno a
única acepção possível da palavra e ela a palavra,
parece se fundir aos objetos que deveria
representar. Esta fusão de palavra e coisa acaba
por formar um agregado de difícil separação e no
qual as distâncias entre a linguagem e seus objetos
de referência são apagadas”
Acerca da conceituação de violência é possível
afirmar que:
 
As ciências humanas sociais pautam-se em
definições jurídicas do fenômeno para entendê-
los.
 
Definidos no senso comum, esses fenômenos são
transferidos sem mediações para as análises e
reflexões científicas.
 
Trata-se de um conceito unívoco, visto a
unanimidade que encontramos em definir um ato
violento.
 
Trata-se de um conceito de difícil definição, visto a
necessidade de contextualização para
compreendê-lo.
o!o!
 
Um dos únicos conceitos onde a polissemia não
está presente nas ciências humanas/sociais.
5 / 5 ptsPergunta 8
“A investigação dos distintos projetos de construção
democrática e dos significados que os constituem se
põe como tarefa analítica no Brasil pelo menos
desde os anos oitenta, com a ruptura da
momentânea “unidade” da sociedade civil que havia
se construído em torno do restabelecimento do
Estado de Direito e das instituições democráticas. O
debate entre as várias concepções de democracia
que se inicia naqueles anos, expressando a
diversidade que sucedeu àquela “unidade”, catalisou
boa parte das energias intelectuais e políticas do
país. No entanto, nos últimos anos, o que
denominamos acima de “confluência perversa”
agudizou, desde o nosso ponto de vista, a
necessidade dessa tarefa. “
Ao pensarmos em sociedades na
contemporaneidade, é certo afirmar que:
 
Há uma diversidade de projetos sociais, visto a
existir uma diversidade de formas de pensar e
compreender as relações sociais.
o!o!
 
Existe apenas um grande projeto de sociedade,
visto que a educação universal alcança a todos e
homogeniza o pensamento.
 
Embora exista uma diversidade de formas de
compreensão acerca das relações sociais, mas
todas elas resultam num projeto universal de
sociedade .
 
Existe uma diversidade de projetos sociais e todos
eles têm em comum seu início religioso.
 
O final das utopias culminou na unificação de um
grande projeto de sociedade.
10 / 10 ptsPergunta 9
“Já no século XVIII tomavam forma várias teorias
democráticas em que, na Europa que passava por
transformações em direção ao capitalismo e à
hegemonia burguesa, centravam suas
preocupações na constituição de um tipo de
governo não-despótico, debate em meio ao qual
ganha relevo a problemática da relação entre
democracia e república.
Essa preocupação com o governo não-despótico
pode, entretanto, ser já bem observada no final do
século XVII, na obra de John Locke. Após a
ascensão de Guilherme de Orange ao trono
britânico em 1688, com o sucesso da Revolução
Gloriosa, Locke retoma à Inglaterra após um longo
período de exílio na Holanda, e suas principais
obras são publicadas, revelando já uma teorização
Sua Resposta:
de base liberal e a preocupação com o governo
limitado. “
(MATOS, Sidney Tanaka de Souza. Liberalismo e
Democracia. Apontamentos sobre a evolução
histórica dos conceitos liberais de democracia. In:
Mediações – Revista de Ciências Sociais, Londrina,
v. 4, n. 2, p. 42-50, jul./dez. 1999.)
A partir do excerto acima, do que foi visto em aula e
das leituras indicadas, desenvolva um texto curto
onde apresente as principais ideias do Iluminismo.
O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços
econômicos, a Revolução Industrial abriu caminhos
para a produção e expansão dos mercados e
mudanças políticas que acabaram na Revolução
Francesa. O Mercantilismo característico da época
anterior deu lugar para a liberdade econômica sem
a intervenção do Estado.
10 / 10 ptsPergunta 10
Na abordagem de Kracauer podemos encontrar
alguns dos principais problemas e inquietações que
os intelectuais alemães desenvolviam no início do
século XX . A dura crítica à modernidade, que
Georg Simmel e Max Weber desenvolveram em
suas principais obras, aparecia como um decisivo
problema nos ensaios de Georg Lukács, Karl
Mannheim e do próprio Siegfried Kracauer. No
centro da resenha de Siegfried Kracauer, sobre a
importância das teses que Georg Lukács
desenvolvia para compreender o estado atual do
romance num "mundo abandonado por Deus", está
presente a ideia de que a modernidade é marcada
pela perda do sentido. Acompanhando o raciocínio
de Lukács, Kracauer reafirma que a sociedade
capitalista estabelece o divórcio entre a alma e as
formas, o homem e o mundo, o interior e o exterior,
a subjetividade e a objetividade das leis. Se a
epopeia descreve um mundo que era concebido
como "um Kosmos ordenado, que constitui um
homogênese, na qual a substância divina impõe-se
no todo, incorporando-se harmoniosamente nos
homens e nas coisas" (Kracauer, 1992, p. 83), o
"mundo do romance", ao contrário, é definido como
sendo o "mal infinito, isto é, um caos, que não pode
ser confinado e compreendido" (Kracauer, 1992, p.
84). Logo, no mundo moderno, expresso pelas
Sua Resposta:
sucessivas crises e rupturas, o homem é obrigado a
encontrar e estabelecer por si mesmo o sentido das
coisas, dos objetos e de suas ações. Orientar-se
passa a ser uma necessidade imperativa para
restaurar o sentido do mundo perdido após o
declínio da religião como sistema organizador da
vida das pessoas.”
(ZUIN, J. C. S. A crise da modernidade no início do
século XX. In: Estudos de Sociologia v. 6, n. 11
(2001))
Pautando-se no excerto acima citado, nas reflexões
feitas em aula e nas leituras indicadas, elabore um
texto argumentativo onde você apresenta os
principais elementos que constituem a crise da
modernidade.
Com a Primeira Guerra Mundial, acentua-se o
declínio de um longo ciclo: dos anos de preparação
da 
Revolução Francesa até o início da guerra mundial,
em 1914, os intelectuais europeus adquiriram um 
substancial aura de respeitabilidade e autoridade
acadêmica e civil. Uma grande ênfase ao papel dos 
intelectuais surgiu no apelo que Brissot de Warville
dirigiu aos "jornalistas filósofos" na França dos 
Setecentos, na filosofia idealista que o jovem Fichte
elaborou sobre os intelectuais como "educadores do 
gênero humano" e"maestros da humanidade", e,
por fim, no engajamento político dos intelectuais 
franceses durante o caso Dreyfus. No pensamento
de Brissot e na filosofia de Fichte, os elogios
dirigidos à posição privilegiada dos intelectuais na
ordem social revelavam o surgimento de um novo
ator social 
concebido como agente do progresso e intérprete
da universalidade. É justamente esse sentido
originário 
da missão dos intelectuais que entra em crise no
início do século XX . A Primeira Guerra Mundial, que 
provocou o sacrifício de milhares de pessoas no
altar da purificação dos Estados nacionais, que
promoveu profundas feridas nos indivíduos, que
alterou decisivamente as concepções de mundo,
impôs, também, 
uma substancial perda da aura de autoridade civil
dos intelectuais. Se recorrermos ao dito de Fichte
sobre a "missão do intelectual" para expressarmos
os contornos da crise da modernidade, poderíamos
dizer que a Primeira Guerra Mundial revelou que os
intelectuais deixaram de ser o "sal da terra" e, por
consequência, a terra manteve-se violentamente
insípida.
Pontuação do teste: 60 de 60

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