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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Engenharia da Computação - FACET Alunos: Adriano Vasconcelos, Bruno Dorneles, Cristian Gomes e Thiago Lourenço. Instituição: Universidade Federal da Grande Dourados Disciplina: Engenharia de Software Orientador: Prof. Felipe José Carbone Assunto: Melhoria de Processos de Software Brasileiro (MPS.Br). Dourados - MS 2017 MPS.br 1X. Introdução As empresas mais bem sucedidas na área de desenvolvimento no mercado mundial possuem certificações CMMi com alto nível de maturidade. Geralmente para se chegar aos níveis de maturidade mais alto leva em média 4 a 8 anos e demanda um custo entre R$ 200 mil e R$1 milhão. Pequenas e médias empresas brasileiras desenvolvedoras de software não dispõe desse poder de investimento em busca de uma certificação. Com esse foco surgiu o MPS BR, voltado para a realidade de pequenas e médias empresas brasileiras. O MPS BR surgiu como um movimento que tem como objetivo suprir a demanda das empresas nacionais, que precisavam encontrar uma forma de saber como adaptar à sua realidade, rapidamente, modelos para melhoria de processos de software como o CMMi níveis 2 e 3, a um custo mais acessível. O programa começou a ser desenvolvido em dezembro de 2003, é coordenado pela SOFTEX com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID/FUMIN). 1.2 Base O Modelo de Referência MPS para Software (MR-MPS-SW) tem como base técnica a NBR ISO/IEC 12207 [ISO/IEC, 2008a] e o CMMI-DEV® [SEI, 2010a]. 1.2.1 ISO/IEC 12207 A Norma Internacional ISO/IEC 12207 [ISO/IEC, 2008a] foi publicada em 2008 pela ISO – International Organization for Standardization e o IEC - International Electrotechnical Commission. Ela tem como objetivo estabelecer uma estrutura comum para os processos de ciclo de vida de software, com uma terminologia bem definida, que pode ser referenciada pela indústria de software. A estrutura contém processos, atividades, tarefas, propósito e resultados que servem para ser aplicados durante a aquisição de um sistema que contém software, de um produto de software independente ou de um serviço de software, e durante o fornecimento, desenvolvimento, operação e manutenção de produtos de software. A norma foi construída para que fosse utilizada em todo o ciclo de vida de software, ou seja, desde o início (concepção) até a descontinuidade do produto de software; e por todos os envolvidos com a produção, manutenção e operação do software que são: adquirentes, fornecedores, operadores, desenvolvedores, mantenedores, gerentes, profissionais de qualidade e usuários. 1.2.2 CMMI-DEV O CMMI para Desenvolvimento (CMMI-DEV) é um modelo de maturidade para melhoria de processos, destinado ao desenvolvimento de produtos e serviços, composto pelas melhores práticas associadas a atividades de desenvolvimento e de manutenção que cobrem o ciclo de vida do produto desde a concepção até a entrega e manutenção, contém práticas que cobrem Gestão de Projeto, Gestão de Processo, Engenharia de Sistemas, Engenharia de Hardware, Engenharia de Software e outros processos de suporte utilizados em desenvolvimento e manutenção de produtos tecnológicos. 1.2.3 ISO/IEC família 330xx A família 330xx é um conjunto de normas que fornecem um framework consistente e coerente para avaliação de características de qualidade de processos, fornecendo um conjunto claro de requisitos para o processo de avaliação e os recursos necessários para implementá-lo efetivamente [ISO/IEC, 2015a]. 1.3 Metas O programa tem duas metas a serem alcançadas a médio e longo prazos: a) meta técnica, visando o aprimoramento do programa, com: (i) edição de guias dos Modelos de Maturidade do MPS; (ii) formação de Instituições Implementadoras; (iii) formação de Instituições Avaliadoras; (iv) formação de Instituições de Consultoria de Aquisição; b) meta de negócio, (i) criação e aprimoramento do modelo de negócio MN-MPS; (ii) realização de cursos, provas e workshops MPS; (iii) apoio para organizações que implementaram o Modelo MPS; (iv) transparência para as organizações que realizaram a avaliação MPS. 1.4 Organização O programa MPS.BR conta com uma Unidade de Execução do Programa (UEP) e duas estruturas de apoio para a execução de suas atividades, o Fórum de Credenciamento e Controle (FCC) e a Equipe Técnica do Modelo (ETM). Fórum de Credenciamento e Controle (FCC) é constituído por representantes do Governo, Universidades e Sociedade SOFTEX para: Emitir parecer que subsidie decisão da Sociedade SOFTEX sobre o credenciamento de Instituições Implementadoras do MR- MPS e Instituições Avaliadoras seguindo o MA-MPS, Monitorar os resultados das Instituições Implementadoras e Instituições Avaliadoras, emitindo parecer propondo à Sociedade SOFTEX o seu descredenciamento no caso de comprometimento da credibilidade do Modelo MPS Equipe Técnica dos Modelos MPS (ETM) é composta por membros convidados pela Softex, escolhidos entre profissionais com larga experiência em engenharia de software e melhoria de processos de software, serviços e gestão de pessoas, para: Criação e aprimoramento contínuo do MR-MPS, MA-MPS e seus Guias específicos; capacitação de pessoas por meio de cursos, provas e workshops dos Modelos MPS; submissão de artigos (papers) em eventos e publicações relevantes, no país e especialmente no exterior; Apoio à internacionalização dos modelos MPS 1.5 Processo de implementação A empresa interessada em obter a certificação MPS precisa dispor de pelo menos dez colaboradores, tendo assim, condições de alocar pessoas para a definição e implementação dos processos. Existem dois tipos de modelos de implementação: o Cooperado, definido pela Softex, e o Específico, definido segundo as necessidades da empresa. – Modelo Cooperado: implementado conjuntamente em um grupo de empresas, que compartilham os custos de algumas atividades coletivas dentro de um cronograma comum com duração total de 15 meses, sendo 12 meses de implementação e três meses para a avaliação. O projeto inclui o cumprimento de marcos e alcances técnicos definidos pela Softex. – Modelo Específico: cronograma, marcos e alcances são definidos em função dos objetivos da empresa, que arca com todo o custo do projeto. Como exemplo utilizamos a (II) Fumsoft, processo de implementação da Fumsoft é realizado por meio das atividades de diagnóstico inicial, treinamento/capacitação, consultorias executivas, análise crítica e diagnóstico Pre-Assessment. A quantidade de consultorias depende do nível que a empresa pretende alcançar, variando de 60 a 100 horas, que são divididas em encontros de quatro horas. Para iniciar a implementação, não é necessário qualquer tipo de treinamento. Durante o processo, são oferecidos cursos de capacitação para as empresas, já incluídos no plano. A obrigação da empresa consiste basicamente em designar um ou mais representantes com autonomia para delinear, acompanhar e participar das atividades de implementação, dando todo o suporte. 1.6 Treinamentos e Cursos Treinamentos: Gerência de Configuração, Medição, Gerência da Qualidade, Controle Estatístico de Processos, Gerência de Requisitos, Gerência de Pendências, Gerência de Projetos, Testes de Software, UML, Análise de Ponto de Função, RUP (Rational Unified Process), Metodologias Ágeis. Cursos: C1 - Introdução ao MPS.BR, C2 - Implementadores do MPS.BR, C3 - Avaliadores do MPS.BR, C4 - Aquisição de Software 1.7 Cenário Atual 1.7.1 MPS-SW IA – Instituições Avaliadoras = 10 instituições autorizadas II – Instituições Implementadoras = 17 instituições autorizadas Total de avaliações = 690 no Brasil e 7 no exteriorAvaliações vigentes = 186 1.7.2 MPS-SV IA – Instituições Avaliadoras = 5 instituições autorizadas II – Instituições Implementadoras = 10 instituições autorizadas Total de avaliações = 24 no Brasil e 1 no exterior Avaliações vigentes = 32 1.7.3 MPS-RH IA – Instituições Avaliadoras = Nenhuma instituição autorizada II – Instituições Implementadoras = 1 instituição autorizada Total de avaliações = 2 no Brasil e 0 no exterior Avaliações vigentes = 2 2X. Modelo de Referência (MR-MPS-SW) O Modelo de Referência MPS para Software (MR-MPS-SW) define níveis de maturidade que são uma combinação entre processos e sua capacidade. A capacidade do processo é a caracterização da habilidade do processo para alcançar os objetivos de negócio, atuais e futuros; estando relacionada com o atendimento aos atributos de processo associados aos processos de cada nível de maturidade. 2.1 Capacidade de Processo A capacidade do processo é representada por um conjunto de atributos de processo descrito em termos de resultados esperados. A capacidade do processo expressa o grau de refinamento e institucionalização com que o processo é executado na organização/unidade organizacional. No MR-MPS-SW, à medida que a organização evolui nos níveis de maturidade, um maior nível de capacidade para desempenhar o processo deve ser atingido. O atendimento aos atributos do processo (AP), pelo atendimento aos resultados esperados dos atributos do processo (RAP), é requerido para todos os processos no nível correspondente ao nível de maturidade, embora eles não sejam detalhados dentro de cada processo. Os níveis são acumulativos, ou seja, se a organização está no nível F, esta possui o nível de capacidade do nível F que inclui atributos do processo dos níveis G e F para todos os atributos relacionados ao nível de maturidade F (que também inclui os processos de nível G). Isto significa que, ao passar do nível G para o nível F, os processos do nível de maturidade G passam a ser executados no nível de capacidade correspondente ao nível F. Em outras palavras, na passagem para um nível de maturidade maior, os processos anteriormente implementados devem passar a ser executados no nível de capacidade exigido neste nível superior. 2.2 Atributos de Processo (AP) Os diferentes níveis de capacidade dos processos são descritos por nove atributos de processo (AP). O alcance de cada atributo de processo é avaliado utilizando os respectivos resultados esperados de atributo de processo (RAP). AP 1.1 O processo é executado O atributo de processo AP 1.1 é a medida do quanto o propósito de processo é alcançado pela sua execução. AP 2.1 O processo é gerenciado O atributo de processo AP 2.1 é a medida do quanto a execução do processo é gerenciada. AP 2.2 Os produtos de trabalho do processo são gerenciados O atributo de processo AP 2.2 é a medida do quanto os produtos de trabalho do processo são gerenciados, isto é, produzidos, controlados e mantidos. AP 3.1 O processo é definido O atributo de processo AP 3.1 é a medida do quanto o processo padrão da organização é mantido de forma a apoiar sua adaptação para um processo definido. AP 3.2 O processo está implementado O atributo de processo AP 3.2 é a medida do quanto o processo padrão está implementado na organização. AP 4.1 O processo é medido O atributo de processo AP 4.1 é a medida do quanto as necessidades de informação são definidas os relacionamentos entre os elementos de processo são identificados e dados são coletados. AP 4.2 O processo é controlado O atributo de processo AP 4.2 é a medida do quanto dados objetivos são utilizados para gerenciar o desempenho do processo que é previsível. AP 5.1 O processo é objeto de melhorias incrementais e inovações O atributo de processo AP 5.1 é a medida do quanto mudanças no processo são identificadas a partir de investigação de enfoques inovadores para a definição e implantação do processo. AP 5.2 O processo é otimizado continuamente O atributo de processo AP 5.2 é a medida do quanto as mudanças na definição, gerência e desempenho do processo alcançou os objetivos. A Tabela a seguir apresenta os níveis de maturidade do MR-MPS- SW, os atributos de processo correspondentes a cada nível. Nível G Parcialmen te Gerenciado Nível F Gerenciad o Nível E Parcialmen te Definido Nível D Largamen te Definido Nível C Definid o Nível B Gerenciado Quantitativame nte Nível A Em otimizaçã o AP 1.1 e AP 2.1 AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2 AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2 AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2 AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2 AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2, AP 4.1 e AP 4.2 AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1, AP 3.2, AP 4.1, AP 4.2 , AP 5.1 e AP 5.2 2.3 Níveis de maturidade Os níveis de maturidade estabelecem patamares de evolução de processos, caracterizando os estágios de melhoria e implementação de processos na organização. 2.3.1 Nível G – Parcialmente Gerenciado O nível de maturidade G é composto pelos processos Gerência de Projetos e Gerência de Requisitos. Neste nível a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1 e AP 2.1. 2.3.2 Nível F – Gerenciado O nível de maturidade F é composto pelos processos do nível de maturidade anteriores (G) acrescidos dos processos Aquisição, Garantia de Qualidade Gerencia de Configuração, Gerência de Portfólio de Projetos e Medição. Neste nível a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2. 2.3.3 Nível E – Parcialmente Definido O nível de maturidade E é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G e F), acrescidos dos processos Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional, Definição do Processo Organizacional, Gerencia de RH e Gerencia de Reutilização. O processo Gerência de Projetos sofre sua primeira evolução, retratando seu novo propósito: gerenciar o projeto com base no processo definido para o projeto e nos planos integrados. Neste nível a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.3. 2.3.4 Nível D – Amplamente Definido O nível de maturidade D é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao E), acrescidos dos processos Desenvolvimento de Requisitos, Integração do Produto, Projeto e Construção do Produto, Validação e Verificação. Neste nível a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1, AP 3.2. 2.3.5 Nível C – Definido O nível de maturidade C é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao D), acrescidos dos processos Desenvolvimento para Reutilização, Gerência de Decisões e Gerência de Riscos. Neste nível a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2. 2.3.6 Nível B – Gerenciado Quantitativamente Este nível de maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao C). Neste nível, o processo de Gerência de Projetos sofre sua segunda evolução, sendo acrescentados novos resultados para atender aos objetivos de gerenciamento quantitativo. Neste nível, a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1, AP 3.2 e os RAP 22 a RAP 25 do AP 4.1. A implementação dos processos selecionados para análise de desempenho deve satisfazer integralmente os atributos AP 4.1 e AP 4.2. 2.3.7 Nível A – Em otimização Este nível a maturidade é composto pelos processos dos níveis de maturidade anteriores (G ao B). Neste nível, a implementação dos processos deve satisfazer os atributos de processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1, AP 3.2 e os RAP 22a RAP 25 do AP 4.1. A implantação dos processos selecionados para análise de desempenho deve satisfazer integralmente os atributos de processo AP 4.1 e AP 4.2. Os atributos de processo AP 5.1 e AP 5.2 devem ser integralmente satisfeitos pela implementação de pelo menos um dos processos selecionados para análise de desempenho. 2.4 Exclusão de Processos Alguns processos podem ser excluídos, total ou parcialmente, do escopo de uma avaliação MPS por não serem pertinentes ao negócio da unidade organizacional que está sendo avaliada. Cada exclusão deve ser justificada no Plano de Avaliação. 2.5 Processos MPS.BR 2.5.1 Gerência de Projetos – GPR O propósito do processo GPR é estabelecer e manter planos que definem as atividades, recursos e responsabilidades do projeto, bem como prover informações sobre o andamento do projeto. 2.5.2 Gerência de Requisitos – GRE O propósito do processo GRE é gerenciar os requisitos do produto e dos componentes do produto do projeto e identificar inconsistências entre os requisitos, os planos do projeto e os produtos de trabalho do projeto. 2.5.3 Aquisição – AQU O propósito do processo de Aquisição é gerenciar a aquisição de produtos que satisfaçam as necessidades expressas pelo adquirente. 2.5.4 Gerência da Configuração – GCO O propósito do processo GCO é estabelecer e manter a integridade de todos os produtos de trabalho de um processo ou projeto e disponibilizá-los a todos os envolvidos. 2.5.5 Garantia de Qualidade – GQA O propósito do processo GQA é assegurar que os produtos de trabalho e a execução dos processos estejam em conformidade com os planos, procedimentos e padrões estabelecidos. 2.5.6 Gerencia de Portfólio de Projetos – GPP O propósito do processo GPP é iniciar e manter projetos que sejam necessários, suficientes e sustentáveis, de forma a atender os objetivos estratégicos da organização. 2.5.7 Medição – MED O propósito do processo de Medição é coletar, armazenar, analisar e relatar os dados relativos aos produtos desenvolvidos e aos processos implementados na organização e em seus projetos, de forma a apoiar os objetivos organizacionais. 2.5.8 Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional – AMP O propósito do processo AMP é determinar o quanto os processos padrão da organização contribuem para alcançar os objetivos de negócio da organização e apoiar a organização a planejar, realizar e implantar melhorias contínuas nos processos com base no entendimento de seus pontos fortes e fracos. 2.5.9 Definição de Processo Organizacional – DFP O propósito do processo de DFP é estabelecer e manter um conjunto de ativos de processo organizacional e padrões do ambiente de trabalho usáveis e aplicáveis às necessidades de negócio da organização. 2.5.10 Gerência de Recursos Humanos – GRH O propósito do processo GRH é promover a organização e os projetos com os recursos humanos necessários e manter suas competências adequadas às necessidades do negócio. 2.5.11 Gerência de Reutilização – GRU O propósito do processo GRU é gerenciar o ciclo de vida dos ativos reutilizáveis. 2.5.12 Desenvolvimento de Requisitos – DRE O propósito do processo DRE é definir os requisitos do cliente, do produto e dos componentes do produto. 2.5.13 Integração do Produto – ITP O propósito do processo ITP é compor os componentes do produto, produzindo um produto integrado consiste com seu projeto, e demonstrar que os requisitos funcionais e não-funcionais são satisfeitos para o ambiente alvo ou equivalente. 2.5.14 Projeto e Construção do Produto – PCP O propósito do processo PCP é projetar, desenvolver e implementar soluções para atender aos requisitos. 2.5.15 Validação – VAL O propósito do processo Validação é confirmar que um produto ou componente do produto atenderá a seu uso pretendido quando colocado no ambiente para qual foi desenvolvido. 2.5.16 Verificação – VER O propósito do processo Verificação é confirmar que cada serviço e/ou produto de trabalho do processo ou do projeto atender apropriadamente os requisitos especificados. 2.5.17 Desenvolvimento para Reutilização – DRU O propósito do processo DRU é identificar oportunidades de reutilização sistemática de ativos na organização e, se possível, estabelecer um programa de reutilização para desenvolver ativos a partir de engenharia de domínios de aplicação. 2.5.18 Gerência de Decisões – GDE O propósito do processo GDE é analisar possíveis decisões críticas usando um processo formal, com critérios estabelecidos, para avaliação das alternativas identificadas. 2.5.19 Gerência de Riscos – GRI O propósito do processo GRI é identificar, analisar, tratar, monitorar e reduzir continuamente os riscos em nível organizacional e de projeto. 3X. Processo e Método de Avaliação (MA-MPS-SW) O propósito do Processo e Método de Avaliação MA-MPS é verificar a maturidade da unidade organizacional na execução de seus processos de software e de serviços. O processo de avaliação descreve o conjunto de atividades e tarefas a serem realizadas para atingir este propósito. Ele tem início com a seleção de uma Instituição Avaliadora (IA) e encerra com o registro dessa avaliação na base de dados confidencial da SOFTEX. O patrocinador pode ser um representante da alta gerência da unidade organizacional a ser avaliada, ou de uma outra organização que solicita a avaliação da unidade organizacional por uma terceira parte para fins de contrato. Uma avaliação seguindo o MA-MPS tem validade de 3 (três) anos a contar da data em que a avaliação final foi concluída na unidade organizacional avaliada. Para que uma avaliação seja conduzida com sucesso, é necessário: Comprometimento do patrocinador: o comprometimento do patrocinador é essencial para assegurar que os objetivos da avaliação sejam atingidos. Este comprometimento também diz respeito aos recursos necessários, tempo e pessoal disponível para executar a avaliação. Motivação: a atitude da gerência da unidade organizacional tem forte impacto nos resultados de uma avaliação. O responsável pela unidade organizacional deve motivar os participantes de forma aberta e construtiva. Deve, também, deixar claro a todos que o foco da avaliação é o processo e não o desempenho dos indivíduos que implementam o processo. Fornecimento de feedback: o fornecimento de feedback e o estabelecimento de uma atmosfera que encoraje a discussão aberta sobre os resultados preliminares, durante a avaliação, ajudam a assegurar que a avaliação seja significativa para a unidade organizacional. Confidencialidade: o respeito à confidencialidade das informações obtidas durante a avaliação é essencial para que se obtenha as informações necessárias. Deve-se assegurar total confidencialidade aos participantes, tanto da equipe de avaliação quanto dos entrevistados. Da mesma forma, esse entendimento sobre a confidencialidade é essencial para que nenhum entrevistado se sinta ameaçado e todos se expressem livremente. A confidencialidade também abrange as informações contidas nos documentos apresentados pela unidade organizacional aos avaliadores. Percepção dos benefícios: os membros da unidade organizacional devem perceber que a avaliação resultará em benefícios que os ajudarão direta ou indiretamente a realizar o seu trabalho. Credibilidade: o patrocinador, o gerente e os colaboradores da unidade organizacional devem acreditar que a avaliação chegará a um resultado representativo da organização/unidade organizacional. É importante que todas as partes confiem que os avaliadores têm a experiência e competência para realizar a avaliação, são imparciais e têm um entendimento adequado da unidade organizacional. O processo de avaliação é composto de 4 subprocessos: Subprocesso 1: Contratar a avaliação; Subprocesso 2: Preparar a realizaçãoda avaliação; Subprocesso 3: Realizar a avaliação final Subprocesso 4: Documentar os resultados da avaliação. Como resultado da execução deste processo: são obtidos dados e informações que caracterizam os processos de software e/ou de serviços da organização/unidade organizacional; é determinado o grau em que os resultados esperados são alcançados e os processos atingem o seu propósito; é atribuído um nível de maturidade do MR-MPS-SW e/ou do MR- MPS-SV à organização/unidade organizacional. 3.1 Subprocesso 1: Contratar a avaliação: O propósito do subprocesso “Contratar a avaliação” é estabelecer um contrato para realização de uma avaliação, solicitada por uma organização/unidade organizacional que queira avaliar seus próprios processos ou os processos de outra. 3.1.1 Pesquisar Instituições Avaliadoras (IA): O objetivo desta atividade é obter uma lista de Instituições Avaliadoras, dentre as credenciadas pela SOFTEX, e solicitar proposta para a realização de uma avaliação MR-MPS-SW e/ou MR- MPS-SV em uma determinada unidade organizacional. 3.1.2 Estabelecer contrato: O objetivo desta atividade é a formalização do acordo entre o contratante da avaliação e a Instituição Avaliadora (IA) para a realização de uma avaliação MRMPS-SW e/ou MR-MPS-SV. 3.2 Subprocesso 2: Preparar a realização da avaliação O propósito do subprocesso “Preparar a realização da avaliação” é comunicar a contratação à SOFTEX e esta autorizar a realização da avaliação, planejar a avaliação e preparar a documentação necessária para a sua realização. A avaliação inicial é conduzida. 3.2.1 Viabilizar a avaliação: O objetivo da atividade "Viabilizar a avaliação" é participar à SOFTEX a contratação da IA para uma avaliação MR-MPS-SW e/ou MR-MPS-SV e obter aprovação para a sua realização. A composição da equipe avaliadora é analisada, também é indicado o auditor da avaliação e solicitado um avaliador em formação para compor a equipe. Nesta atividade, a contribuição da SOFTEX é paga. 3.2.2 Planejar a avaliação: É elaborado o Plano de Avaliação que será seguido na avaliação da unidade organizacional. Também é planejada a avaliação inicial, incluindo os projetos que serão inseridos (a quantidade é decidida pelo avaliador líder). 3.2.3 Preparar a avaliação: Nesta atividade, o avaliador líder envia o modelo SOFTEX da Planilha de Indicadores e o Acordo de Confidencialidade para a unidade organizacional. Então a Planilha de Indicadores é preenchida. 3.2.4 Conduzir a avaliação inicial: Nesta atividade, assina-se o comprometimento com o Plano de Avaliação e o Acordo de Confidencialidade, treina-se a equipe avaliadora, apresenta-se os processos da unidade organizacional, verifica-se os indicadores de implementação, analisa-se os dados obtidos com a avaliação inicial, enviando a documentação para auditoria logo após. 3.2.5 Preparar realização da avaliação final: O Plano de Avaliação é completado, realizando ajustes (se necessário) e confirmando a data da avaliação final. 3.3 Subprocesso 3: Realizar avaliação final Neste subprocesso, a avaliação final é conduzida, e a execução do processo de avaliação é avaliada. 3.3.1 Conduzir a avaliação final: Nesta atividade, as evidências de implementação do MPS.BR são verificadas, realiza-se entrevistas, registra-se as informações na Planilha de Indicadores, caracteriza-se, em uma reunião de consenso, um grau de implementação de cada resultado esperado do processo e de cada resultado esperado de atributo de processo em cada trabalho na unidade organizacional, apresentando pontos fortes, fracos e oportunidades de melhoria. Após a revisão da caracterização, atribui-se um nível MR-MPS. O patrocinador e os colaboradores da unidade organizacional são comunicados sobre o resultado. 3.3.2 Avaliar a execução do processo de avaliação: O patrocinador, a equipe de avaliação e o coordenador da IA avaliam a execução do processo de avaliação, enviando as avaliações para o auditoria. 3.4 Subprocesso 4: Documentar os resultados da avaliação Os resultados da avaliação são documentados para garantia de qualidade do MA-MPS. 3.4.1 Relatar resultados: Os Relatório Final de Avaliação e Resultado da Avaliação são preparados, enviando a documentação da avaliação final para auditoria, após ela ser arquivada. Envia-se o Relatório de Avaliação ao patrocinador, Comunicação do Resultado da Avaliação e documentação da avaliação à SOFTEX. 3.4.2 Registrar resultados: A unidade organizacional é inserida no banco da dados da SOFTEX, tendo divulgação no site caso seja da vontade da mesma; a documentação da avaliação é armazenada na SOFTEX e o Acordo de Confidencialidade é enviada para a unidade organizacional e para a IA. 4X. Modelo de Negócio (MR-MPS-SW) O Modelo de Negócio tem como função descrever as regras de negócio para implementação do Modelo de Referência (MR-MPS) pelas Instituições Implementadoras, avaliação seguindo o Método de Avaliação (MA-MPS) pelas Instituições Avaliadoras, organização de grupos de empresas pelas Instituições Organizadoras de Grupos de Empresas (IOGE) para implementação e avaliação do MR-MPS, certificação de Consultores de Aquisição e programas anuais para treinamento do MPS (SOFTEX, 2012). Instituições que se propõem a implantar os processos MPS.Br (Instituições Implementadoras) podem se credenciar através de um documento onde é apresentada a instituição proponente, contendo seus dados com ênfase na experiência em processos de software, estratégia de implementação do modelo, estratégia para seleção e treinamento de consultores para implementação do MR.MPS, estratégia para seleção e treinamento de avaliadores, habilitação de Consultores de Aquisição (CA) de software e serviços correlatos e credenciamento de Instituições de Consultoria de Aquisição (ICA), lista de consultores de implementação treinados no modelo e aprovados em prova específica, lista de avaliadores treinados no modelo e aprovados em prova específica e Cursos de Pós- Graduação em Engenharia e Qualidade de Software com o modelo MPS (PG-MPS) (conforme MN específico). Considerando que estas regras de negócio são sempre publicadas em www.softex.br/mpsbr no Menu em Comunicados Softex específicos. 4.1 Os diferentes focos do MN O MN-MPS compreende (WEBER, ARAÚJO, et al., 2006): Modelo de Negócio Cooperado (MNC-MPS), para micro, pequenas e médias empresas que buscam melhorar seus processos de software; Modelo de Negócio Específico (MNE-MP), para empresas de qualquer porte que não querem compartilhar nenhuma de suas melhorias de processos de software. 4.1.1 Modelo de Negócio Específico para uma Empresa (MNE) – Personalizado No Modelo de Negócio Específico para uma empresa (MNE), cada empresa interessada na implementação do Modelo MPS negocia e assina um contrato específico com uma Instituição Implementadora (II) credenciada. Para avaliação do Modelo MPS, após sua implementação, a empresa negocia e assina um outro contrato específico com uma Instituição Avaliadora (IA) credenciada observando que a instituição avaliadora não poderá ser a mesma que implementou o Modelo MPS na empresa. Com base em seu convênio com a II credenciada, por meio de relatórios anuais, a Softex toma conhecimento do nome das empresas com as quais cada II tem contratos assinados, por nível de maturidade do Modelo de Referência MR-MPS. Com base em seu convênio com a IA credenciada, por meio de relatórios anuais, a Softex toma conhecimento do nome das empresas com as quais cada IA tem contratos assinados (comunicação de avaliação) por nível de maturidade do Modelo MPS e, posteriormente, do resultado da avaliação. 4.1.2 Modelo de Negócio Cooperado em Grupo de Empresas (MNC) – Pacote No Modelo de Negócio Cooperado em Grupo de Empresas (MNC), o primeiro passo é a constituição de grupode empresas comprometidas com a implementação e avaliação MPS (o que pode acontecer, por exemplo, por iniciativa de um Agente Softex). Sempre que pertinente, a Softex assina um convênio com uma Instituição Organizadora de Grupos de Empresas (IOGE) para cada grupo de empresas. Com base em seus convênios com a IOGE para cada grupo de empresa, a Softex toma conhecimento do nome das empresas com as quais cada IOGE tem contratos assinados, por nível de maturidade do Modelo de Referência MR-MPS. Com base em seu convênio com a IA credenciada, por meio de relatórios anuais, a Softex toma conhecimento do nome das empresas com as quais cada IA tem contratos assinados (comunicação de avaliação) por nível de maturidade do Modelo MPS e, posteriormente, do resultado da avaliação. 5X. iMPS: Resultados de Desempenho de Organizações que Adotaram o Modelo MPS Em 2008, a SOFTEX contratou Grupo de Engenharia de Software Experimental da COPPE/UFRJ para modelar o projeto iMPS e apoiar a realização de pesquisas anuais. O objetivo principal era realizar um ‘survey’ periodicamente para acompanhar os resultados de desempenho de organizações que adotaram o modelo MPS. 5.1 iMPS 2008 Os resultados do iMPS 2008, contou com 123 questionários respondidos por diferentes empresas, indicam que as organizações que adotaram o MPS mostram maior satisfação do cliente, maior produtividade e capacidade para desenvolver projetos maiores, quando comparadas com organizações que estão começando a implementação do modelo MPS. Apresentaram uma satisfação superior a 80% com o modelo mps. 5.2 iMPS 2009 Os resultados do iMPS 2009, contou com 135 questionários respondidos por diferentes empresas, mostraram uma notória satisfação das organizações com o MPS, com mais de 98% parcialmente ou totalmente satisfeitas com o modelo. Adicionalmente, as organizações reportaram que foi obtido retorno sobre o investimento (ROI) e, para as organizações que evoluíram ou internalizaram o MPS nos seus processos, foi possível observar tendência de melhoria em relação a custo, duração do projeto, produtividade e qualidade. 5.3 iMPS 2010 Os resultados do iMPS 2010, que contou com 156 questionários eletrônicos respondidos por diferentes empresas, mostraram que a satisfação das organizações com o modelo foi novamente evidente, com mais de 92% parcialmente ou totalmente satisfeitas com o MPS. A caracterização das empresas que participaram da pesquisa iMPS 2010 permitiu observar que as organizações que adotaram o MPS têm clientes mais satisfeitos, tratam com projetos maiores, mostram maior precisão nas estimativas de prazos e são mais produtivas quando comparadas com organizações que estão começando a implementação do modelo MPS. 5.4 iMPS 2011 Os resultados do iMPS 2011, que contou com 133 questionários respondidos por diferentes empresas, mostraram que a satisfação das organizações com o modelo continua evidente, com aproximadamente 97% delas totalmente ou parcialmente satisfeitas com o MPS A caracterização observou que de fato, organizações com níveis de maturidade MPS mais elevados tratam com projetos maiores, mostram maior precisão nas estimativas e têm maior produtividade. 6X. Referências Bibliográficas [1]. PRESSMAN, Roger S. Engenharia de Software. Mc Graw Hill, 6 ed, Porto Alegre, 2010. [2]. http://blog.hallanmedeiros.com/2012/11/28/mps-br-resumo/ ; [3]. https://www.tiespecialistas.com.br/2013/03/mps-br-melhoria-de- processo-de-software-brasileiro-vale-a-pena-investir/ ; [4]. http://www.fumsoft.org.br/qualidade/modelo_mpsbr ; 6.1 Artigos [1]. http://www.softex.br/mpsbr/artigos/ . http://blog.hallanmedeiros.com/2012/11/28/mps-br-resumo/ https://www.tiespecialistas.com.br/2013/03/mps-br-melhoria-de-processo-de-software-brasileiro-vale-a-pena-investir/ https://www.tiespecialistas.com.br/2013/03/mps-br-melhoria-de-processo-de-software-brasileiro-vale-a-pena-investir/ http://www.fumsoft.org.br/qualidade/modelo_mpsbr http://www.softex.br/mpsbr/artigos/
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