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Melhoria de Processo de Software: MPS.BR Prof. Edemilson Junior edejuniorgigante@gmail.com Material cedido gentilmente pelo professor Luciano Édipo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Computação FA C O M -U FM S Motivação • Em 2003, dados da Secretaria de Política de Informática do MCT apontavam que apenas 30 empresas no Brasil possuíam avaliação CMM e 214 possuíam certificação ISO 9001. • Claramente, as empresas locais favoreceram a ISO 9000. • Dados de uma pesquisa do MIT 1, apontavam que até 2003, na Índia 32 empresas atingiram o nível 5 do CMM, enquanto a China tinha apenas uma e o Brasil nenhuma. • Em relação ao CMM, a maioria das empresas chinesas e brasileiras não estava em um nível suficientemente alto de maturidade do processo para competir com as empresas indianas. 1 Ref: Slicing the Knowledge-based Economy in Brazil, China and India: a tale of 3 software industries [MIT, 2003] FA C O M -U FM S Problema da Excelência: Como atingir níveis de maturidade CMMI no Brasil? • No topo da pirâmide estão as empresas exportadoras de software e outras grandes empresas que desejam atingir níveis mais altos de maturidade (CMMI níveis 4 e 5) e serem formalmente certificadas pelo SEI, em um processo de longo prazo. O fator custo não é crítico. • O processo como um todo pode levar de 4 a 10 anos e custar centenas de milhares de dólares. • A melhoria de processo é baseada na oferta de serviços personalizados para cada empresa (Modelo de Negócio Específico).= FA C O M -U FM S Problema da Excelência: Como atingir níveis de maturidade CMMI no Brasil? • Na base da pirâmide encontra-se a grande massa de micro, pequenas e médias empresas (PMEs) que desenvolvem software no Brasil e que necessitam melhorar radicalmente os seus processos de software, em conformidade com normas internacionais (como ISO/IEC 12207 e 15504) e em compatibilidade com outros modelos (como CMMI níveis 2 e 3). O fator custo é crítico. • Esse processo pode levar de 2 a 4 anos e custar dezenas de milhares de dólares. • A melhoria de processo deve ser baseada na oferta de pacotes de serviços para grupos de empresas (Modelo de Negócio Cooperado). FA C O M -U FM S Problema da Excelência: Como atingir níveis de maturidade CMMI no Brasil? Empresas exportadoras e grandes Pequenas e médias Níveis de maturidade 2 e 3 Custo é crítico – 2 a 3 anos Níveis de maturidade CMMI 4 e 5 Custo não é crítico – 4 a 10 anos FA C O M -U FM S Níveis de Maturidade • São uma combinação entre processos e sua capacidade. • O progresso e o alcance de um determinado nível de maturidade do MR-MPS se obtém quando são atendidos os propósitos e todos os resultados esperados dos respectivos processos e dos atributos de processo estabelecidos para aquele nível. • Os níveis de maturidade estabelecem patamares de evolução de processos, caracterizando estágios de melhoria da implementação de processos na organização. FA C O M -U FM S Níveis de Maturidade • O MR-MPS define sete níveis de maturidade: • A. Em Otimização • B. Gerenciado Quantitativamente • C. Definido • D. Largamente Definido • E. Parcialmente Definido • F. Gerenciado • G. Parcialmente Gerenciado FACOM-UFMS Equivalência com CMMI Nível MPS.BR Nível CMMI G 2 F E 3D C B 4 A 5 FA C O M -U FM S 2 2 Níveis de Maturidade e Processos Garantia da Qualidade / Medição Aquisição / Gerência de Configuração Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional / Definição do Processo Organizacional / Gerência de Recursos Humanos / Gerência de Reutilização / Gerência de Projetos (evolução) Desenvolvimento de Requisitos / Integração do Produto/ Projeto e Construção do Produto / Verificação / Validação Análise de Decisão e Resolução / Gerência de Reutilização (evolução) / Desenvolvimento para Reutilização / Gerência de Riscos G F E D C Gerência de Requisitos Gerência de Projeto Gerência de Projeto (evolução) Análise de Causas de Problemas e Resolução A B Parcialmente Gerenciado Gerenciado Parcialmente Definido Largamente Definido Definido Gerenciado Quantitativamente Em Otimização FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Projetos • Propósito: estabelecer e manter planos que definem as atividades, recursos e responsabilidades do projeto, bem como prover informações sobre o andamento do projeto que permitam a realização de correções quando houver desvios significativos no desempenho do projeto. • O propósito deste processo evolui à medida que a organização cresce em maturidade (nos níveis E e B). FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Projetos • Resultados Esperados (GPR 1 a GPR 8): 1. O escopo do trabalho para o projeto é definido. 2. As tarefas e os produtos de trabalho do projeto são dimensionados utilizando métodos apropriados. 3. O modelo e as fases do ciclo de vida do projeto são definidas. 4. O esforço e o custo para a execução das tarefas e dos produtos de trabalho são estimados com base em dados históricos ou referências técnicas. 5. O orçamento e o cronograma do projeto, incluindo marcos e/ou pontos de controle, são estabelecidos e mantidos. 6. Os riscos do projeto são identificados e o seu impacto, probabilidade de ocorrência e prioridade de tratamento são determinados e documentados. 7. Os recursos humanos para o projeto são planejados considerando o perfil e o conhecimento necessários para executá-lo. 8. As tarefas, os recursos e o ambiente de trabalho necessários para executar o projeto são planejados. FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Projetos • Resultados Esperados (GPR 9 a GPR 15): 9. Os dados relevantes do projeto são identificados e planejados quanto à forma de coleta, armazenamento e distribuição. Um mecanismo é estabelecido para acessá-los, incluindo, se pertinente, questões de privacidade e segurança. 10. Planos para a execução do projeto são estabelecidos e reunidos no Plano do Projeto. 11. A viabilidade de atingir as metas do projeto, considerando as restrições e os recursos disponíveis, é avaliada. Se necessário, ajustes são realizados. 12. O Plano do Projeto é revisado com todos os interessados e o compromisso com ele é obtido. 13. O progresso do projeto é monitorado com relação ao estabelecido no Plano do Projeto e os resultados são documentados. 14. O envolvimento das partes interessadas no projeto é gerenciado. 15. Revisões são realizadas em marcos do projeto e conforme estabelecido no planejamento. FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Projetos • Resultados Esperados (GPR 16 e GPR 17): 16. Registros de problemas identificados e o resultado da análise de questões pertinentes, incluindo dependências críticas, são estabelecidos e tratados com as partes interessadas. 17. Ações para corrigir desvios em relação ao planejado e para prevenir a repetição dos problemas identificados são estabelecidas, implementadas e acompanhadas até a sua conclusão. FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Requisitos • Propósito: Gerenciar os requisitos dos produtos e componentes do produto do projeto e identificar inconsistências entre os requisitos, os planos do projeto e os produtos de trabalho do projeto. FA C O M -U FM S Nível G: Gerência de Requisitos • Resultados Esperados (GRE 1 a GRE 5): 1. O entendimento dos requisitos é obtido junto aos fornecedores de requisitos;;. 2. Os requisitos de software são aprovados utilizando critérios objetivos; 3. A rastreabilidade bidirecional entre os requisitos e os produtos de trabalho é estabelecida e mantida;; 4. Revisões em planos e produtos de trabalho do projeto são realizadas visando identificar e corrigir inconsistências em relação aos requisitos. 5. Mudanças nos requisitos são gerenciadas ao longo do projeto. FA C O M -U FM S Nível F: Processo e Propósitos • Aquisição: gerenciar a aquisição de produtos e/ou serviços que satisfaçam a necessidade expressa pelo adquirente. • Gerência de Configuração: estabelecer e manter a integridade de todos os produtosde trabalho de um processo ou projeto e disponibilizá-los a todos os envolvidos. • Garantia da Qualidade: assegurar que os produtos de trabalho e a execução dos processos estejam em conformidade com os planos e recursos predefinidos. • Medição: coletar, analisar e relatar os dados relativos aos produtos desenvolvidos e aos processos implementados na organização e em seus projetos, de forma a apoiar os objetivos organizacionais. FA C O M -U FM S Nível E: Processo e Propósitos • Avaliação e Melhoria do Processo Organizacional: determinar o quanto os processos padrão da organização contribuem para alcançar os objetivos de negócio da organização e para apoiar a organização a planejar, realizar e implantar melhorias contínuas nos processos com base no entendimento de seus pontos fortes e fracos. • Definição do Processo Organizacional: estabelecer e manter um conjunto de ativos de processo organizacional e padrões do ambiente de trabalho usáveis e aplicáveis às necessidades de negócio da organização. • Gerência de Recursos Humanos: prover a organização e os projetos com os recursos humanos necessários e manter suas competências consistentes com as necessidades do negócio. • Gerência de Reutilização: gerenciar o ciclo de vida dos ativos reutilizáveis. FA C O M -U FM S Nível D: Processo e Propósitos • Desenvolvimento de Requisitos: estabelecer os requisitos dos componentes do produto, do produto e do cliente. • Projeto e Construção do Produto: projetar, desenvolver e implementar soluções para atender aos requisitos. • Integração do Produto: compor os componentes do produto, produzindo um produto integrado consistente com o projeto, e demonstrar que os requisitos funcionais e não-funcionais são satisfeitos para o ambiente alvo ou equivalente. • Verificação: confirmar que cada serviço e/ou produto de trabalho do processo ou do projeto atende apropriadamente aos requisitos especificados. • Validação: confirmar que um produto ou componente do produto atenderá a seu uso pretendido quando colocado no ambiente para o qual foi desenvolvido. FA C O M -U FM S Nível C: Processo e Propósitos • Análise de Decisão e Resolução: analisar possíveis decisões usando um processo formal, com critérios estabelecidos, para avaliação das alternativas identificadas. • Desenvolvimento para Reutilização: identificar oportunidades de reutilização sistemática na organização e, se possível, estabelecer um programa de reutilização para desenvolver ativos a partir de engenharia de domínios de aplicação. • Gerência de Riscos: identificar, analisar, tratar, monitorar e reduzir continuamente os riscos em nível organizacional e de projeto. FA C O M -U FM S Níveis A e B: Processo e Propósitos • Nível B: não possui processos específicos. • Nível A: • Análise de Causas de Problemas e Resolução: identificar causas de defeitos e de outros problemas e tomar ações para prevenir suas ocorrências no futuro. FA C O M -U FM S Estrutura do Modelo MPS.BR Programa MPS.BR Modelo de Negócio (MN-MPS) Método de Avaliação (MA-MPS) Guia de Aquisição Guia Geral Modelo de Referência (MR-MPS) Guia de Avaliação Documento do Programa ISO/IEC 12207 Guias de Implementação ISO/IEC 15504CMMI- DEV FA C O M -U FM S Guia de Avaliação • Descreve o processo e o Método de Avaliação do MPS.BR definidos em conformidade com a norma ISO/IEC 15504- 2:2003. • O processo e o Método de Avaliação MA-MPS foram definidos de forma a: • permitir a avaliação objetiva dos processos de software de uma organização / unidade organizacional; • permitir a atribuição de um nível de maturidade do MR-MPS com base no resultado da avaliação; • ser aplicável a qualquer domínio de aplicação na indústria de software; • ser aplicável a organizações /unidades organizacionais de qualquer tamanho. FA C O M -U FM S Guia de Avaliação • Público alvo: Destinado, mas não está limitado, às Instituições Avaliadoras (IAs), às empresas de software que desejam ser avaliadas seguindo o MA-MPS e às Instituições Implementadoras (IIs) do MR-MPS. • Validade: Uma avaliação seguindo o MA-MPS tem validade de 3 (três) anos a contar da data em que a avaliação final foi concluída na unidade organizacional avaliada. FA C O M -U FM S O Processo de Avaliação MPS.BR FA C O M -U FM S Subprocesso: Contratar a avaliação Propósito: estabelecer um contrato para realização de uma avaliação MPS, solicitada por uma organização / UO que queira avaliar seus processos ou os processos de outra. FACOM-UFMS 42 Subprocesso: Preparar a Realização da Avaliação Propósito: planejar a avaliação, preparar a documentação necessária e fazer uma avaliação inicial que permita verificar se a UO está pronta para a avaliação no nível de maturidade pretendido. FA C O M -U FM S Viabilizar a Avaliação • Participar à SOFTEX a contratação da IA para uma avaliação MPS.BR e obter aprovação para a sua realização. • A equipe de avaliação é composta por membros internos e externos à UO. FA C O M -U FM S Equipe de Avaliação • No mínimo 3 pessoas: • 1 Avaliador Líder • 1 ou mais Avaliadores Adjuntos • 1 ou mais Representante da Unidade Organizacional • Deve ter assistido ao Curso Oficial de Introdução ao MPS.BR. • Deve ter experiência em desenvolvimento de software, preferencialmente em gerência de projetos • Não pode ser superior hierárquico dos participantes da avaliação • Não pode ter tido participação significativa em nenhum dos projetos que serão avaliados FACOM-UFMS Tamanho da Equipe de Avaliação Níveis No min – No max A e B 8 - 9 C e D 6 - 7 E e F 4 - 5 G 3 - 4 FA C O M -U FM S Planejar Avaliação • Elaborar o plano de avaliação a ser seguido para se realizar a avaliação na unidade organizacional. • Documentos Base: Modelo de Plano de avaliação (template SOFTEX) e Acordo de Confidencialidade • Planejar Avaliação Inicial • Preencher Modelo de Plano de Avaliação (definir cronograma, equipe e projetos) e Acordo de Confidencialidade FACOM-UFMS Estimativa de Tempo Níveis Duração (em dias) Avaliação Inicial Avaliação Final A e B 2 - 3 4 - 5 C e D 2 - 3 3 - 5 E 2 3 - 4 F 1 - 2 2 - 3 G 1 1 - 2
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