Buscar

APS BARBARA v


Continue navegando


Prévia do material em texto

ATIVIDADE 1
Realizamos a visita virtual ao MASP, no dia 23 de Maio de 2020 pelo aplicativo e site Google Arts and Culture. 
O MASP, Museu de Arte de São Paulo, foi fundado em 1947 por Assis Chateaubriand, sendo considerado o primeiro museu moderno do país. Famoso pela sua arquitetura, desenvolvida por Lina Bo Bardi, ele apenas foi transferido para sua ‘’sede’’ atual na Avenida Paulista em 1968, sendo primeiro instalado na rua 7 de Abril. No campo da inovação arquitetônica, a exposição do acervo é feita diferente. Em cavaletes, as obras ficam expostas fora da parede na intenção de quebrar essa linearidade de museus ‘’comuns’’, segundo o site do museu: ‘’Ao retirar as obras da parede, os cavaletes questionam o tradicional modelo de museu europeu, no qual o espectador é levado a seguir uma narrativa linear sugerida pela ordem e disposição das obras nas salas’’. No tocante ao acervo, o MASP possui cerca de dez mil peças de diferentes estilos, nacionalidades e épocas, incluindo não apenas pinturas e esculturas, mas também outras formas de arte, como desenhos fotografias e roupas.
Destaques do espaço cultural: retirantes, van gogh, monet, di Cavalcanti, anita, Rembrandt.
Além da arquitetura, que não pode ser contemplada na visita virtual, o que de fato chama atenção é a diversidade apresentada pelo museu, conceito que já é absorvido pela própria entidade. Este, apresenta obras e artistas de diferentes partes do mundo tocando diversos momentos e civilizações, fugindo um pouco da visão eurocêntrica e apresentando, por exemplo, obras de origem latina, algo que faz sentido de acordo com a geolocalização do nosso país, e que podem passar mais despercebidas pelo olhar do visitante mais leigo.
Atividade 2
O RETRATO DE AUGUSTE GABRIEL GODEFROY
Jean-Baptiste-Siméon Chardin Retrato de Auguste Gabriel Godefroy,1741
“Retrato de Auguste Gabriel Godefroy” é uma pintura em oléo sobre tela, de 1714, feita por Jean Baptiste Simeon Chardin.
 A obra deu entrada fisicamente ao MASP em 19 de março de 1958 e retrata Auguste Gabriel Godefroy, filho do joalheiro e banqueiro Charles Godefroy. A obra Retrata o garoto Auguste Godefroy observando um pião girar em sua escrivaninha com um leve sorriso no rosto. Na mesma mesa, encontram-se, um tinteiro com uma pena e um rolo de papel, além de uma gaveta parcialmente aberta. 
Na obra o garoto se encontra em uma sala com apenas um faixo de luz sobre ele, que se veste de maneira impecável com trajes elegantes e cabelos arrumados, revelando a classe social a qual pertence. Pode-se notar que ele aparenta indiferença a presença do pintor, assim como aos livros a sua esquerda.
Os elementos da obra comprovam uma tendência da pintura francesa sobre retratar o tema da educação infantil, por exemplo, o prolongador de giz presente na gaveta, os livros a esquerda, o tinteiro com a pena e o pergaminho. Já o pião se opõe a esses elementos ao representar a distração da criança com os estudos. O brinquedo representa o caráter infantil, a sorte e a própria vida que é aleatória.
O pintor Jean Baptiste Siméon Chardin, nasceu em Paris no dia 2 de novembro de 1699. Era da classe média baixa na França e proveniente de uma família de artesãos. Foi um dos grandes nomes da pintura francesa do século 18. O pintor faz uso de cores suaves e delicadas e trabalha principalmente com temáticas mais simples e cotidianas da época de maneira profunda. Chardin foi um dos mais célebres pintores do barroco francês, principalmente pelas suas obras de naturezas-mortas, representando objetos inanimados, como frutos, flores, porcelanas, entre outros. Mas também gostava de representar cenas da vida da burguesia francesa em pinturas de gênero que destacavam cenas cotidianas e sem importância histórica.
As pinturas de Chardin não possuem grandes símbolos a serem interpretados como alegorias, mas são repletas de significados e desafiam a simples interpretação. 
A obra foi escolhida pois apesar de se aparentar simples, seus elementos representam diversos significados e nos apresenta o contexto em que ela foi realizada e que pode ser associado para os dias atuais.
O quadro é representante do estilo neoclássico, movimento cultural nascido na europa no século XVIII. Esse movimento contempla a “volta aos clássicos” tendo com a Grécia e a Roma antigas como modelo ideal, é marcado pelo interesse a Antiguidade Clássica, ao racionalismo, equilíbrio, simplicidade formal e desapego ao luxo, principalmente pela ascensão aos ideais do iluminismo e o declínio da religião. 
O “Retrato de Auguste Gabriel Godefroy” também flerta com elementos da arte barroca, estilo artístico na qual o autor se consagrou e que se estendeu pelo século XVII e pelas primeiras décadas do século XVIII. A arte barroca combina a técnica avançada e a emoção, intensidade e dramaticidades do maneirismo, trazendo para as obras um estilo luxuoso e ornamentado, como nas roupas do garoto.